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Portfólio

UNIVERSIDADE DE FRANCA
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA
POLO BAUHAUS – RIBEIRÃO PRETO
CURSO EAD-ADMINISTRAÇÃO

PORTIFÓLIO DE POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA E MERCADO DE


CAPITAIS

PLÍNIO ALEXANDRE DOS SANTOS CAETANO


NOVEMBRO DE 2009

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PORTIFÓLIO
POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA E MERCADO DE CAPITAIS

0. Sumário

0. Sumarío
Página 2

1. Proposta
Página 3

2. A globalização e o mercado de capitais


Página 3

2.1 Globalização x Globalização Financeira


Página 3

2.2 Recessão na Economia dos EUA


Página 4

2.2 Reação do mercado brasileiro frente à possível crise global


Página 6

3. Conclusão
Página 8

4. Referências Bibliográficas
Página 10

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Portfólio
1. Proposta

A globalização e o Mercado de Capitais.


Focar:
a) Tendências do mercado mundial, com os efeitos da recessão americana, na
produção, no consumo e no capital.
b) Quais as conseqüências sofridas pelo mercado brasileiro e quais suas reações
positivas e negativas?

Nota: Mínimo de 10 e Maximo 15 laudas – utilizar a metodologia da ABNT.

2. A Globalização e o Mercado de Capitais

2.1 Globalização x Globalização Financeira

A pretexto de abordar o assunto proposto iniciaremos com a definição de


globalização financeira proposta por DALCERO (1997), quando do artigo “Globalização
financeira e volatilidade de capitais: a busca de uma realidade racionalista”:

“O termo "globalização" não é consensual. Porém, mesmo analistas que descrêem na


existência do fenômeno – vendo na palavra um signo ideológico –, reconhecem que na esfera das
transações financeiras internacionais atingiu-se algo inédito e de abrangência global. O que
distingue a globalização financeira contemporânea dos grandes fluxos de capitais do início do séc.
XX é a prevalência, em nossa época, do fluxo de capitais privados. Naquele outro período a maior
parte dos capitais migravam apenas no sentido bilateral e na forma de empréstimos, garantidos por
títulos públicos emitidos pelos países industrializados. A partir da década de 60, esse cenário sofreu
uma mudança qualitativa. Como salienta Eric Hobsbawm, o surgimento do eurodólar representa a
primeira vez na história em que um grande volume de uma determinada moeda passava a ser
transacionada fora da base territorial e do controle da sua respectiva autoridade monetária. Entre os
problemas gerados por esse fenômeno estava a capacidade desse mercado "criar" moeda, na
medida em que empréstimos bancários eram concedidos em dólares fora do âmbito de regulação do
Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.”

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PORTIFÓLIO
POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA E MERCADO DE CAPITAIS
De acordo com a fala de DALCERO, percebe-se que a comunidade acadêmica e
política não tem uma visão equivalente do fenômeno da globalização, totalmente
compreensível face ao processo de globalização ser bastante dinâmico. Nota-se ainda que,
diante do ano de publicação do artigo – 1997 – ainda existe certa discordância da existência
do fenômeno.
Já outro autor, CORAZZA, aponta o fenômeno da globalização financeira como
um processo de financeirização1 da economia e, aponta ainda formas de expressão deste
fenômeno:
a) valorização financeira superior ao crescimento do produto real;
b) como lógica, concorrência e macroestrutura financeiras, que envolvem e
subordinam a dinâmica da acumulação real;
c) como processo de globalização e integração dos mercados financeiros, que
desconhecem fronteiras e poderes nacionais, na medida em que esses mercados perderam
suas referências espaciais, assumindo mais a forma de redes articuladas de fluxos
financeiros “desterritorializados”2, que operam ininterruptamente, em tempo real; e
d) as próprias crises financeiras se tornaram autônomas e passaram mesmo a ser
causa das crises econômicas reais.
O conceito de globalização e, portanto o conceito de globalização financeira, vem
sendo construídos ao longo do tempo e tem sofrido diversas pequenas alterações de sentido
sendo que, seu sentido em âmbito mais abrangente diz respeito à abertura de mercados e
facilitação de câmbio entre diversos Estados.

2.2 Recessão na economia dos EUA

Conforme relata BADARÓ, a crise nos EUA se iniciou em 2007, a partir de alguns
equívocos cometidos na liberação de crédito para empreendimentos imobiliários. Desde
então, a economia estadunidense tem sofrido com as diminuições das atividades
econômicas.

1
Neologismo proposto pelo autor.
2
Uma vez mais um neologismo do autor.

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A este processo denomina-se recessão. A fim de intervir na situação o Federal
Reserve (Fed), banco central do país, iniciou uma série de reformas a fim de combater esta
situação no país.
Face à visão de tempos de crise, os investimentos em ações e títulos cessaram por
todo o mundo. Neste cenário, o Fed começou a agir, a partir da redução das taxas de juros.
Tal iniciativa visava duas coisas: injetar um número maior de capital no mercado e, mostrar
que o Fed interviria sempre que necessário a fim que de fosse afastado o risco da crise (com
o objetivo de aumentar a confiança dos investidores).
Porém, as medidas não foram suficientes para que a população se sentisse mais
segura ou confiante. E, por fim, o consumo do país diminuiu – por conta da incerteza
econômica – levando ao recuo da atividade econômica.
Ainda segundo o artigo de BADARÓ, áreas de crescimento econômico
emergentes, tais como Índia e China, bem como países da América Latina, irão neste
cenário manter um crescimento econômico em princípio estável. Contudo, para o
continente europeu, já desde então poderão ser identificados certos contratempos e
inconvenientes que possam resultar na recessão.
Tal cenário conota a interdependência na economia dos países, fruto da
globalização financeira.
Neste cenário é notável a percepção de que, as pessoas (e num primeiro momento
apenas nos países rotulados como desenvolvidos) terão receio de gastar por não saber como
ficará a situação financeira em médio prazo. Logo, o consumo tende a sofrer uma queda e o
capital a não circular, ficando concentrado com uma pequena parcela.
O risco de tal processo está entre dois extremos que afetam diretamente a
economia, pois envolvem o preço dos produtos e a continuidade de sua produção. O
fenômeno da recessão em si pode ser negativo, face ao fato de que indústrias podem ser
forçadas a reduzir produção e, portanto cortar número de mão-de-obra qualificada para a
prestação dos trabalhos.
CORAZZA faz menção a um trecho de Apud Moffit, cujo teor expressa bastante o
sentido da recessão e de onde pode ser extraído o fato de que a especulação cambial não é
tão somente um simples jogo que se faz contra os governos para que se ganhe dinheiro mas,

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POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA E MERCADO DE CAPITAIS
um fenômeno que tem transformado a própria natureza das relações monetárias no cenário
internacional.
Já DALCERO se refere ao fato de modo mais sutil, ao abordar as rupturas
sistêmicas, ameaças de rompimento aos arranjos monetários, ou sua ruptura efetiva. Tais
rupturas visam destruir o sistema (e entende-se aqui como uma falha do capitalismo). O
autor ainda aponta que antes que se proceda a ruptura possa ser observável a redistribuição
de prestígio e benefícios entre as moedas do sistema.
Se associarmos esta colocação de DALCERO com a postura tomada pelo Fed,
conforme apontado por BADARÓ nota-se claramente o papel desempenhado pelo banco ao
tentar controlar a crise em vias de processo e oferecer como moeda de troca sua
credibilidade.
Percebe-se então que, ainda que no viés dos acontecimentos, as medidas políticas
visam evitar e combater o risco da recessão, talvez por conta do conhecimento dos seus
impactos diretos sobre a economia global.
Historicamente, pode-se detectar uma amostra do fenômeno de recessão na
economia estadunidense na crise de 1929, conforme relata ELIENE, que foi fruto da
euforia inicial ao pós-guerra. No cenário em que os agricultores se viram na necessidade de
armazenar cereais, na tentativa de controlar a crise, o mercado consumidor sofreu grandes
abalos e vários trabalhadores perderam seus empregos.
Não obstante, naquele momento os pequenos, médios e grandes investidores
mantiveram suas especulações com ações e iniciaram um comércio de papéis por valores
condizentes ao das empresas. Só que a crise atingiu a Bolsa de Valores de Nova Iorque e,
em 29 de outubro de 1929 resultou na queda dos preços das ações, provocando o famoso
crash (quebra) da bolsa.
Tal situação apenas foi controlada no governo estadunidense de Roosevelt, com a
implantação de uma série de medidas definidas como New Deal.

2.2 Reação do mercado brasileiro frente à possível crise global

Existe um órgão dos EUA, o Center for Economic and Policy Research – CEPR,
cujo trabalho é dedicado a estudar a relação política e econômica entre os Estados Unidos e
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a América Latina. Em março de 2008, o CEPR liberou o resultado de um estudo em que era
previsto que a recessão americana reduziria o crescimento do Brasil no patamar de 2 a 4
décimos percentuais.
Ainda segundo o estudo, os países que aderiram ao Tratado de Livre Comércio
(NAFTA), sofrerão mais acentuadamente com a crise. Os responsáveis pelo estudo ainda
ameaçaram que, com a diminuição da atividade econômica tais países tendem a receber
menores remessas financeiras.
O estudo não descarta, no entanto, que alguns países da região possam buscar
recursos energéticos fora – traçando parcerias com Irã, Rússia, China ou mesmo com a
Índia.
No blog Espaço Público, AURELIANO aponta que mesmo com a retração do
consumidor brasileiro, perturbado frente a crise e inseguro quanto à renda e seu emprego,
ainda existe certa tendência de crescimento no país.
Mais recentemente, o comitê da FGV apontou que o país tem invertido a curva de
desaquecimento da economia e aponta para uma maior esperança de crescimento no setor,
mesmo que este seja bastante pequeno.
Diante desta série de fatos coletados, é conveniente tentar filtrar quais são os
aspectos positivos e quais os negativos para a economia brasileira frente a possibilidade de
crise global e a recessão estadunidense.
No que tange aos aspectos positivos, podemos salientar o fato de que o Brasil tem
um sistema financeiro nacional bastante solidificado e oferece taxas de juros bastante
razoáveis frente a outros países, sem contar que o Banco Central incentiva tais medidas.
Ainda que tenha sido anunciado quando a possibilidade de crise a redução dos rendimentos
de conta poupança, ainda existe um rendimento razoável.
Em relação ao setor empresarial, tem apresentado crescimento de suas receitas e
fechado seus anos fiscais com lucros, o que influencia diretamente o governo federal.
Sem contar que, nos últimos tempos o setor energético brasileiro tem se destacado
no cenário internacional, inclusive por conta da exploração do Pré-Sal. Tal situação pode
ser evidenciada em uma reportagem na página da CUT (Central Única dos Trabalhadores),
onde é apresentado o fato de que esta estação representa a quadruplicação da capacidade
energética brasileira.
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POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA E MERCADO DE CAPITAIS
Contudo, o grande risco da crise para o país e – o principal ponto negativo também
para a economia – está no corte de funcionários, principalmente de empresas
multinacionais que tem unidades distribuídas pelo país. A demissão em massa seria uma
grande lástima e provocaria grandes danos.
Neste cenário, conforme reportagem de MORAES para o jornal Folha de São
Paulo, chegou a ser especulada a redução de jornada de trabalho e dos vencimentos de
funcionários com o intuito de evitar a demissão dos mesmos.

3. Conclusão

Tendo em vista todos os aspectos abordados, tanto no que se refere ao mercado


internacional quanto ao nacional, a crise é sim um risco existente e que não pode ser
descartado. No entanto, é consensual entre os líderes políticos de diversos Estados que, se
faz necessário tentar manter a economia em funcionamento e, se possível ainda alavancá-la
para que se evite a crise.
Conforme muitos autores apontaram, tudo isto é fruto de um intenso fluxo não
apenas cultural, mas em especial aqui, financeiro, que foi sendo tecido com o advento dos
recursos tecnológicos. Neste cenário, qualquer pequeno abalo na economia de uma potência
ou de um país tido como ainda muitos chama – de terceiro mundo – pode sim causar danos
na economia toda. Afinal, graças à abertura dos mercados tudo se interliga.
Sem contar que, para os países que traçam pequenos laços comerciais regionais –
tais como os blocos econômicos, União Européia, NAFTA e mesmo MERCOSUL, alguns
impactos podem ser um tanto quanto mais drásticos e resultar na própria necessidade futura
de se rever estes acordos comerciais preestabelecidos.
No que se refere ao Brasil, o governo e, em especial o Banco Central (BACEN), já
tem tomado certas medicas cautelares para que se evite quaisquer grandes problemas com
relação a crise e, já foi inclusive pautadas certas soluções temporárias para não desaquecer
a economia. O fato é que, ainda que timidamente, tem ocorrido certo crescimento da
economia local.

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No entanto, uma possível falha do governo pode vir a ser a redução de IPI de
certos produtos, como inicialmente o foi com veículos automotivos e, tem ocorrido
atualmente com relação aos eletroportáteis.
Ainda que tais medidas aqueçam a economia a priori, de médio a longo prazo
podem acarretar o endividamento da população.
Como a economia e, a própria globalização, são processos constantes e em
mutação contínua, vale a pena esperar e até mesmo se planejar para cada nova aquisição
financeira sim, ainda que saibamos que não adianta de nada deixarmos de consumir e
causar a recessão. Afinal, tudo está tão interligado, que se não se refletir bem, de repente a
ação que tinha por objetivo se preservar, volta como danos ao próprio patrimônio.

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4. Referências Bibliográficas

AURELIANO, L. Recessão no Brasil? Disponível em:


[http://www.espacopublico.blog.br/?p=6497]
BADARÓ, C. C. M. Economia estadunidense sob risco de recessão. Disponível em:
[http://www.pucminas.br/imagedb/conjuntura/CNO_ARQ_NOTIC200804161322
31.pdf]
CORAZZA, G. Globalização Financeira – a utopia do mercado e a re-invenção da
política. Disponível em: [http://www.anpec.org.br/encontro2003/artigos/A24.pdf]
DALCERO, P. L. Globalização financeira e volatilidade de capitais: a busca de uma
alternativa racionalista. Rev. bras. Polít. Int. vol. 40 Brasília July/Dec. 1997.
ELIENE, P. Crise de 29. Disponível em:
[http://www.brasilescola.com/historiag/crise29.htm]
MORAES, M. Redução da jornada de trabalho em discussão. Disponível em:
[http://www.estadao.com.br/economia/not_eco288910,0.htm]
Mercado de Capitais, governança corporativa e regulação frente às mudanças globais. In:
IBGC em foco. Ago 2008, nº 42. Disponível em: [http://docs.google.com/gview?
a=v&q=cache:Ha_qJ4e1v1gJ:www.ibgc.org.br/Download.aspx%3FRef
%3DNewsletter%26CodNewsletter%3D19+globaliza
%C3%A7%C3%A3o+e+mercado+de+capitais&hl=pt-
BR&pid=bl&srcid=ADGEESjTMBnGlg6NeaYJPpxaTyEw7E1nFrmE6G_lC6d0j
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_1bSsR0h8992qFAyxOh7gC_BPw]
Estudo: Recessão americana reduz crescimento do Brasil de 0,2 a 0,4%. Disponível em:
[http://www.viomundo.com.br/opiniao/estudo-recessao-americana-reduz-
crescimento-do-brasil-de-02-a-04/]
Diminui probabilidade de recessão no Brasil. Disponível em:
[http://ww3.assintecal.org.br/page_noticias.php?
title=Diminui+probabilidade+de+recess
10
Portfólio
%E3o+no+Brasil+&ckey=e62ce8c59af5ba12e4db137b3bf6822a&wts=MDAwM
DAwNTI3MQ==]
O papel do Pré-Sal na Crise Financeira Internacional. Disponível em:
[http://www.cut.org.br/content/view/14027/170/]

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