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As tríades constituídas por 3ª e os acordes de 7ª são uma parte importante, mas talvez menos
preponderante, do vocabulário harmónico da música do século XX. Enquanto alguns compositores
baseiam o seu vocabulário harmónico nestes acordes, outros reservam a sua sonoridade para momentos
particulares como cadências importantes ou o final de andamentos. Outros compositores raramente
recorrem a estas sonoridades tradicionais.
Acordes de 3ª com extensões superiores à 7ª – 9ª, 11ª e 13ª – só se tornaram comuns a partir do
início do século XX. Em teoria, qualquer acorde pode ser estendido por 3ªs até à 13ª antes de se duplicar a
sua nota fundamental. Na prática, no entanto, são os acordes de dominante e de dominante secundária os
que mais se adequam a este tratamento (e em menor grau os de sobre-tónica e os de sobre-dominante). As
alterações cromáticas, especialmente em acordes com função de dominante, são usadas com frequência.
Alguns acordes com extensões superiores à 7ª estão com frequência incompletos. Nestes casos
surgem alguns problemas na análise pois podem ser interpretados de diversas maneiras.
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fundamental – 2ªs ou 6ªs, menos frequentes são as 4ªs. Estes acordes podem-se designar também por
‘acorde de notas erradas’.
Do mesmo modo que uma tríade com 6ª acrescentada pode ser interpretada como um acorde de
7ª invertido (no entanto, neste caso o contexto esclarece a dúvida), uma tríade com uma 2ª ou uma 4ª
acrescentada pode ser interpretada como um acorde de 9ª ou de 11ª incompleto.
4. ‘Acorde vazio’ de 5ª
É o único ‘acorde de omissão’ importante. O ‘acorde de omissão’ é o contrário do ‘acorde de
notas acrescentadas’, é um acorde tradicional que se transforma numa sonoridade diferente pela omissão
de uma nota. O ‘acorde vazio’ de 5ª resulta de uma tríade sem a 3ª é um acorde que havia caído em
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desuso, praticamente desde o final da Idade Média, tendo sido recuperado no início do século XX pelo
seu poder de evocação do Oriente ou de um passado distante.
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5.3 Acordes formados por intervalos mistos
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Um ‘acorde de intervalos mistos’ é um acorde que não é constituído por uma série de 2ªs, 3ªs ou
4ªs, mas antes que combina dois ou mais destes tipos de intervalos formando uma sonoridade mais
complexa. As possibilidades são numerosas. Muitos ‘acordes de intervalos mistos’ podem ser
interpretados de outra maneira – eles podem ser arranjados de modo parecerem acordes de 2ª, de 3ª ou de
4ª. Em muitos casos o contexto sugere a abordagem analítica correcta.
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Apontamentos organizados a partir de: Kostka, Stefan – “Materials and Techniques of
Twentieth Century Music”
Pedro Moreira dos Santos, 2006