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O documento descreve um professor de direito constitucional brasileiro, Luís Roberto Barroso, e apresenta trechos de um livro sobre princípios instrumentais de interpretação constitucional. O resumo inclui os principais princípios listados no documento: a supremacia da Constituição, a presunção de constitucionalidade das leis, a interpretação conforme a Constituição e o princípio da razoabilidade.
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BARROSO L.R.-Principios instrumentais de interpretacao constitucional-05200.pdf
O documento descreve um professor de direito constitucional brasileiro, Luís Roberto Barroso, e apresenta trechos de um livro sobre princípios instrumentais de interpretação constitucional. O resumo inclui os principais princípios listados no documento: a supremacia da Constituição, a presunção de constitucionalidade das leis, a interpretação conforme a Constituição e o princípio da razoabilidade.
O documento descreve um professor de direito constitucional brasileiro, Luís Roberto Barroso, e apresenta trechos de um livro sobre princípios instrumentais de interpretação constitucional. O resumo inclui os principais princípios listados no documento: a supremacia da Constituição, a presunção de constitucionalidade das leis, a interpretação conforme a Constituição e o princípio da razoabilidade.
Professor Titular de Direito Constitucional da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Doutor livre-docente pela UERJ. Mestre em Direito pela Yale Law School. Advogado no Rio de Janeiro TEMAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL Tomo 111 RENOVAR Rio de Janeiro So Paulo Recife 2005 Coe\hO Si\veira Bordas MvOQados AsSOCiados ( ''I . . \ , ~ \ - , . I.J 1:5 o ' . ~ _/ de uma delas. Apreciando a matria, o juiz de primeiro grau nega a liminar, fundamentando sua deciso em um teste trplice: a) O fato verdadeiro. Argumento: somente em situaes de rara excepcionalidade deve o Judicirio impedir, me- diante interferncia prvia, a divulgao de um fato que incontroversamente ocorreu; b )O conhecimento do fato foi obtido por meio lcito. Argu- mento: O Judicirio pode e deve interferir para impedir a divulgao de uma notcia se ela tiver sido produto, por exemplo, de um crime, como uma interceptao telefnica clandestina ou uma invaso de domiclio. No sendo este o caso, no deve faz-lo; c) H interesse pblico potencial no conhecimento do fato. Suponha-se que a autoridade em questo exercesse seu cargo no Ministrio dos Transportes, onde uma importante licitao estivesse por ser decidida. E que a senhora que o acompanhava estivesse a servio de um dos licitantes, uti- lizando argumentos - como dizer? - no previstos no edital. Em sua fundamentao, portanto, o juiz levou em conta as nor- mas constitucionais relevantes, os elementos do caso concreto e a existncia ou no de interesse pblico legitimador de uma determina- da opo. Esta soluo no era a nica possvel, pois o domnio dos conflitos de direitos fundamentais no de verdades ou certezas absolutas. Mas a argumentao desenvolvida suficientemente lgica e racional para pretender conquistar a adeso de um universo de pessoas bem intencionadas e esclarecidas. Parte 11 PRINCPIOS INSTRUMENTAIS DE INTERPRETAO CONSTITUCIONAL I. Generalidades As normas constitucionais so espcies de normas jurdicas. Alis, a conquista desse status fez parte do processo histrico de ascenso 33 cientfica e institucional da Constituio, libertando-a de uma dimen- so estritamente poltica e da subordinao ao legislador infraconstitu- cional. A Constituio dotada de fora normativa e suas normas con- tm o atributo tpico das normas jurdicas em geral: a imperatividade. Como conseqncia, aplicam-se direta e imediatamente s situaes nelas contempladas e sua inobservncia dever deflagrar os mecanismos prprios de sano e de cumprimento coercitivo. Por serem as normas constitucionais normas jurdicas, sua inter- pretao serve-se dos conceitos e elementos clssicos da interpreta- o em geraP 9 . Todavia, as normas constitucionais apresentam deter- minadas especificidades que as singularizam, dentre as quais poss- vel destacar: a) a superioridade jurdica 60 ; b) a natureza da lingua- gem61; c) o contedo especfico 62 ; d) o carter poltico 63 . Em razo 59. Alm dos elementos clssicos, como o gramatical, histrico, sistemtico e teleolgico, vale-se das mltiplas categorias desenvolvidas pela hermenutica, como a interpretao declarativa, restritiva e extensiva, a analogia, o costume, dentre muitas outras. Sobre o tema, v. Lus Roberto Barroso, Interpretao e aplicao da Constituio, 2003. 60. A Constituio dotada de superlegalidade, de superioridade jurdica em relao s demais normas do ordenamento. Tal caracterstica faz dela o parme- tro de validade, o paradigma pelo qual se afere a compatibilidade de uma norma com o sistema como um todo. Adiante se voltar ao tema. 61. A natureza da linguagem constitucional, prpria veiculao de normas principiolgicas ou esquemticas, faz com que estas apresentem maior abertura, maior grau de abstrao e, conseqentemente, menor densidade jurdica. Clu- sulas gerais e conceitos indeterminados conferem Constituio uma adaptabi- lidade s mudanas operadas na realidade e ao intrprete um significativo espao de discricionariedade. 62. As normas materialmente constitucionais podem ser classificadas em trs grandes categorias: a) as normas constitucionais de organizao, que contm as decises polticas fundamentais, instituem os rgos de poder e definem suas competncias; b) as normas constitucionais definidoras de direitos, que identi- ficam os direitos individuais, polticos, sociais e coletivos de base constitucional; e c) as normas programticas, que estabelecem valores e fins pblicos a serem realizados. As normas definidoras de direitos tm, como regra, a estrutura tpica das normas de conduta, presentes nos diferentes ramos do Direito: prevem um fato e a ele atribuem uma conseqncia jurdica. Mas as normas de organizao e as normas programticas tm caractersticas singulares na sua estrutura e no seu modo de aplicao. 63. A Constituio o documento que faz a travessia entre o poder constituinte originrio - fato poltico - e a ordem instituda, que um fenmeno jurdico. 34 disso, desenvolveram-se ou sistematizaram-se categorias doutrinrias prprias, identificadas como princpios especficos ou princpios ins- trumentais de interpretao constitucional. Impe-se, nesse passo, uma qualificao prvia. O emprego do termo princpio, nesse contexto, prende-se proeminncia e prece- dncia desses mandamentos dirigidos ao intrprete, e no propria- mente ao seu contedo, sua estrutura ou sua aplicao mediante ponderao. Os princpios instrumentais de interpretao constitu- cional constituem premissas conceituais, metodolgicas ou finalsti- cas que devem anteceder, no processo intelectual do intrprete, a soluo concreta da questo posta. Nenhum deles encontra-se ex- presso no texto da Constituio, mas so reconhecidos pacificamente pela doutrina e pela jurisprudncia. 11. Catlogo dos princpios instrumentais Como intuitivo, toda classificao tem um componente subjeti- vo e at mesmo arbitrrio. Nada obstante, parece-me ter resistido ao teste do tempo a sistematizao que identifica os seguintes princpios instrumentais de interpretao constitucional 64 : Cabe ao direito constitucional o enquadramento jurdico dos fatos polticos. Embora a interpretao constitucional no possa e no deva romper as suas amarras jurdicas, deve ela ser sensvel convivncia harmnica entre os Pode- res, aos efeitos simblicos dos pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal e aos limites e possibilidades da atuao judicial. 64. Esta foi a ordenao da matria proposta em nosso Interpretao e aplicao da Constituio, cuja P edio de 1995, e que teve amplo curso. Autores alemes e portugueses de grande expresso adotam sistematizaes diferentes, mas o elenco acima parece o de maior utilidade, dentro de uma perspectiva brasileira de concretizao da Constituio. Na doutrina brasileira mais recente, embora de forte influncia germnica, destaca-se o tratamento dado ao tema por Humberto vila, em seu Teoria dos princpios (da definio aplicao dos princpios jurdicos), 2003. Prope ele a superao do modelo dual de separao regras-princpios pela criao de uma terceira categoria normativa: a dos postu- lados normativos aplicativos. Seriam eles "instrumentos normativos metdicos" que imporiam "condies a serem observadas na aplicao das regras e dos princpios, com eles no se confundindo". Em alguma medida, tal categoria se aproxima daquilo que temos denominado de princpios instrumentais de inter- 35 a)princpio da supremacia da Constituio; b )princpio da presuno de constitucionalidade das leis e atos do Poder Pblico; c)princpio da interpretao conforme a Constituio; d)princpio da unidade da Constituio; e )princpio da razoabilidade ou da proporcionalidade; f)princpio da efetividade. A seguir, breve comentrio objetivo acerca de cada um deles. 11.1. Princpio da supremacia da Constituio Do ponto de vista jurdico, o principal trao distintivo da Cons- tituio a sua supremacia, sua posio hierrquica superior das demais normas do sistema. As leis, atos normativos e atos jurdicos em geral no podero existir validamente se incompatveis com algu- ma norma constitucional. A Constituio regula tanto o modq de produo das demais normas jurdicas como tambm delimita o con- tedo que podem ter. Como conseqncia, a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo poder ter carter formal ou material. A supremacia da Constituio assegurada pelos diferentes mecanis- mos de controle de constitucionalidade 65 . O princpio no tem um contedo prprio: ele apenas impe a prevalncia da norma constitu- cional, qualquer que seja ela. por fora da supremacia da Constitui- o que o intrprete pode deixar de aplicar uma norma inconstitucio- nal a um caso concreto que lhe caiba apreciar- controle incidental de constitucionalidade- ou o Supremo Tribunal Federal pode para- lisar a eficcia, com carter erga omnes, de uma norma incompatvel com o sistema constitucional (controle principal ou por ao direta). pretao constitucional. Todavia, sua classificao bem distinta, nela se iden- tificando o que denomina de postulados inespecficos (ponderao, concordncia prtica e proibio de excesso) e postulados especficos (igualdade, razoabilidade e proporcionalidade). 65. Clemerson Merlin Cleve, A fiscalizao abstrata de constitucionalidade no direito brasileiro, 2001. 36 11.2. Princpio da presuno de constitucionalidade das leis e atos do poder pblico A Constituio contm o cdigo de conduta dos trs Poderes do Estado, cabendo a cada um deles sua interpretao e aplicao no mbito de sua competncia. De fato, a atividade legislativa destina-se, em ltima anlise, a assegurar os valores e a promover os fins consti- tucionais. A atividade administrativa, tanto normativa quanto concre- tizadora, igualmente se subordina Constituio e destina-se a efeti- v-la. O Poder Judicirio, portanto, no o nico intrprete da Lei Maior, embora o sistema lhe reserve a primazia de dar a palavra final. Por isso mesmo, deve ter uma atitude de deferncia para com a interpretao levada a efeito pelos outros dois ramos do governo, em nome da independncia e harmonia dos Poderes. O princpio da pre- suno de constitucionalidade, portanto, funciona como fator de au- tolimitao da atuao judicial: um ato normativo somente dever ser declarado inconstitucional quando a invalidade for patente e no for possvel decidir a lide com base em outro fundamento. 11.3. Princpio da interpretao conforme a Constituio A interpretao conforme a Constituio pode ser apreciada como um princpio de interpretao e como uma tcnica de controle de constitucionalidade. Como princpio de interpretao, decorre ele da confluncia dos dois princpios anteriores: o da supremacia da Constituio e o da presuno de constitucionalidade. Com base na interpretao conforme a Constituio, o aplicador da norma infra- constitucional, dentre mais de uma interpretao possvel, dever buscar aquela que a compatibilize com a Constituio, ainda que no seja a que mais obviamente decorra do seu texto. Como tcnica de controle de constitucionalidade, a interpretao conforme a Consti- tuio consiste na expressa excluso de uma determinada interpreta- o da norma, uma ao "corretiva" que importa em declarao de inconstitucionalidade sem reduo de texto. Em qualquer de suas aplicaes, o princpio tem por limite as possibilidades semnticas do texto, para que o intrprete no se converta indevidamente em um legislador positivo 66 . 66. Gilmar Ferreira Mendes, Jurisdio constitucional, 1998, p. 268 e ss .. 37 11.4. Princpio da unidade da Constituio A ordem jurdica um sistema, o que pressupe unidade, equi- lbrio e harmonia. Em um sistema, suas diversas partes devem convi- ver sem confrontos inarredveis. Para solucionar eventuais conflitos entre normas jurdicas infraconstitucionais utilizam-se, como j visto, os critrios tradicionais da hierarquia, da norma posterior e o da especializao. Na coliso de normas constitucionais, especialmente de princpios- mas tambm, eventualmente, entre princpios e re- gras e entre regras e regras- emprega-se a tcnica da ponderao. Por fora do princpio da unidade, inexiste hierarquia entre normas da Constituio, cabendo ao intrprete a busca da harmonizao pos- svel, in concreto, entre comandos que tutelam valores ou interesses que se contraponham. Conceitos como os de ponderao e concor- dncia prtica so instrumentos de preservao do princpio da unida- de, tambm conhecido como princpio da unidade hierrquico-nor- mativa da Constituio. 11.5. Princpio da razoabilidade ou da proporcionalidade O princpio da razoabilidade ou da proporcionalidade, termos aqui empregados de modo fungvel 67 , no est expresso na Constitui- 67. A idia de razoabilidade remonta ao sistema jurdico anglo-saxo, tendo especial destaque no direito norte-americano, como desdobramento do concei- to de devido processo legal substantivo. O princpio foi desenvolvido, como prprio do sistema do common law, atravs de precedentes sucessivos, sem maior preocupao com uma formulao doutrinria sistemtica. J a noo de proporcionalidade vem associada ao sistema jurdico alemo, cujas razes roma- no-germnicas conduziram a um desenvolvimento dogmtico mais analtico e ordenado. De parte isto, deve-se registrar que o princpio, nos Estados Unidos, foi antes de tudo um instrumento de direito constitucional, funcionando como um critrio de aferio da constitucionalidade de determinadas leis. J na Ale- manha, o conceito evoluiu a partir do direito administrativo, como mecanismo de controle dos atos do Executivo. Sem embargo da origem e do desenvolvimen- to diversos, um e outro abrigam os mesmos valores subjacentes: racionalidade, justia, medida adequada, senso comum, rejeio aos atos arbitrrios ou capri- chosos. Por essa razo, razoabilidade e proporcionalidade so conceitos prxi- 38 o, mas tem seu fundamento nas idias de devido processo legal substantivo e na de justia. Trata-se de um valioso instrumento de proteo dos direitos fundamentais e do interesse pblico, por permi- tir o controle da discricionariedade dos atos do Poder Pblico e por funcionar como a medida com que uma norma deve ser interpretada no caso concreto para a melhor realizao do fim constitucional nela embutido ou decorrente do sistema. Em resumo sumrio, o princpio da razoabilidade permite ao Judicirio invalidar atos legislativos ou administrativos quando: a) no haja adequao entre o fim perseguido e o instrumento empregado (adequao); b) a medida no seja exig- vel ou necessria, havendo meio alternativo menos gravoso para che- gar ao mesmo resultado (necessidade/vedao do excesso); c) no haja proporcionalidade em sentido estrito, ou seja, o que se perde com a medida de maior relevo do que aquilo que se ganha (proporcionali- dade em sentido estrito). O princpio pode operar, tambm, no senti- do de permitir que o juiz gradue o peso da norma, em uma determi- nada incidncia, de modo a no permitir que ela produza um resulta- do indesejado pelo sistema, assim fazendo a justia do caso concreto. 11.6. Princpio da efetividade Consoante doutrina clssica, os atos jurdicos em geral, inclusive as normas jurdicas, comportam anlise em trs planos distintos: os da mos o suficiente para serem intercambiveis. Este o ponto de vista que tenho sustentado desde a 1 a edio de meu Interpretao e aplicao da Constituio, que de 1995. No sentido do texto, v. por todos Fbio Corra Souza de Oliveira, Por uma teoria dos princpios. O princpio constitucional da razoabili- dade, 2003, p. 81 ss. certo, no entanto, que a linguagem uma conveno. E se nada impede que se atribuam significados diversos mesma palavra, com muito mais razo ser possvel faz-lo em relao a vocbulos distintos. Basta, para tanto, qualifi- car previamente a acepo com que se est empregando um determinado termo. o que faz, por exemplo, Humberto vila (Teoria dos princpios, 2003), que explicita conceitos diversos para proporcionalidade e razoabilidade. Ainda na mesma temtica, Lus Virglio Afonso da Silva (O proporcional e o razovel, RT, 798:23, 2002) investe grande energia procurando demonstrar que os termos no so sinnimos e critica severamente a jurisprudncia do STF na matria. 39 sua existncia, validade e eficcia. No perodo imediatamente ante- rior e ao longo da vigncia da Constituio de 1988, consolidou-se um quarto plano fundamental de apreciao das normas constitucionais: o da sua efetividade. Efetividade significa a realizao do Direito, a atuao prtica da norma, fazendo prevalecer no mundo dos fatos os valores e interesses por ela tutelados. Simboliza a efetividade, portan- to, a aproximao, to ntima quanto possvel, entre o dever ser nor- mativo e o ser da realidade social 68 O intrprete constitucional deve ter compromisso com a efetividade da Constituio: entre interpreta- es alternativas e plausveis, dever prestigiar aquela que permita a atuao da vontade constitucional, evitando, no limite do possvel, solues que se refugiem no argumento da no auto-aplicabilidade da norma ou na ocorrncia de omisso do legislador. Parte III OS PRINCPIOS NA CONSTITUIO BRASILEIRA DE 1988 Examinou-se, at aqui, o instrumental dogmtico referido como nova interpretao constitucional, bem como o conjunto de princ- pios instrumentais especficos de interpretao constitucional. A par- te final do presente estudo dedicada aos princpios constitucionais materiais, aqueles que, como visto, consagram valores e indicam fins a serem realizados. O discurso acerca da importncia dos princpios exige, para sua concretizao, a compreenso do contedo e alcance de cada um, bem como a identificao dos comportamentos exigveis com fundamento neles. Esse esforo se desenvolve em duas frentes interligadas. A primeira delas exige a elaborao de uma teoria espe- cfica e consistente sobre a eficcia jurdica dos princpios; a segunda supe a aplicao dessa teoria a cada princpio constitucional, de acordo com seu sentido particular. A esses dois pontos so dedicados os tpicos que se seguem. 68. Lus Roberto Barroso, O direito constitucional e a efetividade de suas nor- mas, 2003. 40