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O documento discute o objeto do processo penal e as teorias sobre o assunto. Segundo a teoria que melhor explica, o objeto é a pretensão processual acusatória, cuja função é satisfazer juridicamente as pretensões e resistências das partes. A natureza jurídica da ação penal é pública, autônoma e abstrata, mas conectada ao caso concreto. Quanto às condições da ação, diferem das do processo civil, devendo-se considerar a prática aparente de crime, punibilidade, legitimidade das partes
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O Objeto Do Processo Penal é Uma Questão de Grande Relevância
O documento discute o objeto do processo penal e as teorias sobre o assunto. Segundo a teoria que melhor explica, o objeto é a pretensão processual acusatória, cuja função é satisfazer juridicamente as pretensões e resistências das partes. A natureza jurídica da ação penal é pública, autônoma e abstrata, mas conectada ao caso concreto. Quanto às condições da ação, diferem das do processo civil, devendo-se considerar a prática aparente de crime, punibilidade, legitimidade das partes
O documento discute o objeto do processo penal e as teorias sobre o assunto. Segundo a teoria que melhor explica, o objeto é a pretensão processual acusatória, cuja função é satisfazer juridicamente as pretensões e resistências das partes. A natureza jurídica da ação penal é pública, autônoma e abstrata, mas conectada ao caso concreto. Quanto às condições da ação, diferem das do processo civil, devendo-se considerar a prática aparente de crime, punibilidade, legitimidade das partes
O objeto do processo penal uma questo de grande relevncia,
vista por alguns doutrinadores sobre a tica do processo civil tratando o objeto do processo como Lide teoria avocada por Carnelutti como "a exigncia de subordinao do interesse alheio ao interessse prprio, portanto processo seria a justa composio de uma lide, ou seja, um conflito intersubjetivo de interesses qualificados por uma pretenso resistida. H alguns crticos sobre este pensamento carneluttiano sobre o objeto do processo penal, dentre eles esta Aury Lopes Jr, que explica que so trs as teorias que buscam explicar o objeto do processo penal, sendo elas: Teoria Sociolgica (conflito de interesses, de vontades e de opinies); Teorias Jurdicas (subjetiva e objetiva); Teoria da Satisfao Jurdica das Pretenses e Resistncias. Na teoria sociolgica o processo tem como funo basilar a resoluo de conflitos sociais atravs do direito, neste caso, seria objeto do processo os conflitos de interesses (elemento material) e a pretenso resistida (elemento formal), o autor critica este pensamento carneluttiano, sendo que, os conflitos de interesses por si s no podem sequer chegar a um resultado, necessrio a invocao da tutela jurisdicional atravs do respectivo instrumento processual. J na teoria jurdica se refere misso de realizar ou atuar o direito, protegendo no o direito dos particulares, mas sim, o direito penal objetivo. O processo penal, em ltima anlise, tutela o direito material de punir, tendo em vista que o direito penal de coero indireta, necessitando do processo para tornar efetiva a sano. A crtica a esta teoria que se permite um processo penal utilitarista e autoritrio se expandindo para o direito penal do inimigo, legitimando absurdos penais como pensamentos nazistas reformados, priso cautelar como forma de preveno geral e especial, etc. A terceira teoria a que melhor explica o objeto do processo penal, partindo da premissa de que a pretenso o conceito fundamental do processo, sendo assim, o objeto do processo penal uma pretenso e sua funo satisfazer juridicamente as pretenses. O objeto do processo penal no o ponto de partida, nem mesmo o fim, portanto, trata-se da matria sobre a qual recai o complexo de elementos que o integram. No poderamos dizer que o objeto do processo seria a lide penal, tampouco afirmar que o objeto o caso penal, para se aferir o real objeto do processo penal deve se encontrar duas bases como ensina Aury lops Jr, a base sociolgica que proporcione o conflito social ao qual o processo esta vinculado, e de outro lado uma base jurdica para se esclarecer o tratamento que o direito proporciona. Portanto, o objeto do processo penal se caracteriza como a pretenso processual acusatria e tem como funo imediata a satisfao jurdica das pretenses e resistncias.
NATUREZA JURDICA DA AO Fato controverso superada o carter pblico ou privado da ao processual penal. Se no processo civil alguma razo existia, no processo penal o carter pblico evidente. Aury Lopes jr. Como vimos no tpico anterior, acusao um instrumento do direito potestativo, ou seja, direito de proceder contra algum baseado no princpio da necessidade, portanto, a natureza jurdica da ao processual penal de natureza pblica, j que provoca a atuao jurisdicional e tem como contedo sempre interesse geral. Correto seria classificar em acusao pblica e privada (ao penal de iniciativa pblica e ao penal de iniciativa privada), mas no Brasil a forma tcnica j se consolidou em ao penal pblica e ao penal privada. Outra natureza jurdica da ao autnoma por ser independente do direito material, de modo que a ao poder ser exercida e o processo nascer e se desenvolver, ainda que o autor no tenha razo, ou seja, mesmo que a sentena negue o postulado, a ao ter sido exercida, pois a existncia dela no est vinculada a uma sentena favorvel de mrito. Tambm tem-se como natureza jurdica a abstrao, ou seja, a ao processual penal abstrata, esta acepo no totalmente aceita, admitida assim como a autonomia, mas ambas so atenuadas, desde que se tenha uma conexo instrumental em relao ao caso penal , entende-se por conexo instrumental uma exigncia do princpio da necessidade, em que o delito somente pode ser apurado no curso do processo, pois o Direito Penal no tem realidade concreta nem poder coercitivo fora do instrumento processo. Portanto, o carter abstrato coexiste com a vinculao a uma causa, que o fato aparentemente delituoso. Logo, uma causa concreta. Existe assim uma limitao e vinculao a uma causa concreta que deve ser demonstrada, ainda que em grau de verossimilhana, ou seja, de fumus commissi delicti. Sendo assim, a natureza jurdica da ao processual penal um direito potestativo de acusar, pblico, autnomo, abstrato, mas conexo instrumentalmente ao caso penal.
CONDIES DA AO
Grande parte das doutrinas trata as condies da ao como legitimidade das partes, interesse de agir e possibilidade jurdica do pedido, ou seja, importam as mesmas condies do processo civil para o processo penal. Segundo Aury Lopes Jr, esta tentativa de se adequar matria de processo civil em processo penal falha, vejamos a seguir: a) Legitimidade: esse um conceito que pode ser aproveitado, pois se trata de exigir uma vinculao subjetiva, pertinncia subjetiva, para o exerccio da ao processual penal. b) Interesse: para ser aplicado no processo penal, o interesse precisa ser completamente desnaturado na sua matriz conceitual. L no processo civil, visto como utilidade e necessidade do provimento. Trata-se de interesse processual de obteno do que se pleiteia para satisfao do interesse material. c) Possibilidade Jurdica do Pedido: quanto possibilidade jurdica do pedido, cumpre, inicialmente, para o pedido (de condenao, obviamente) ser juridicamente possvel a conduta deve ser aparentemente criminosa (o que acaba se confundindo com a causa de absolvio sumria do art. 397, III, do CPP); no pode estar extinta a punibilidade (nova confuso, agora com o inciso IV do art. 397) ou ainda haver um mnimo de provas para amparar a imputao (o que, na verdade, a justa causa). Portanto, percebem-se que se torna inadequado as categorias do processo civil ao processo penal, devendo buscar as condies da ao no prprio processo penal. As condies da ao inseridas no art.43, revogado, inspira as condies da aes vista pela tica de Aury Lopes jr, vejamos: prtica de fato aparentemente criminoso fumus commissi delicti; Deve-se haver fato aparente de delito (crime). punibilidade concreta; A punibilidade no pode estar extinta. legitimidade de parte; As partes devem ser legtimas. justa causa. Garantia contra o uso abusivo do direito de acusar