Sie sind auf Seite 1von 12

10.

MÉTODOS ANALÍTICOS PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NA


CONFORMAÇÃO MECÂNICA DE METAIS.

Os métodos de análise comumente utilizados, e em ordem crescente de complexidade são os


seguintes:
a – Método da energia de deformação uniforme;
b – Método de “Slab” (método dos blocos);
c – Método da teoria do campo das linhas de deslizamento;
d – Método do limite superior e inferior;
e – Método de elementos finitos.

Alguns processos de conformação são tratados como processos quase-estacionários ou de


movimento constante. Nessa condição a tensão e a velocidade de deformação não variam em um
ponto qualquer considerado e referido a um sistema de coordenadas, o qual pode estar parado ou em
movimento.Aos processos contínuos de conformação (laminação, trefilação e extrusão de semi-
produtos de longos comprimentos) pode ser aplicada a condição de quase-estacionário, que facilita
substancialmente a aplicação de métodos de análise das tensões e deformações. Os processos não-
estacionários e descontínuos (como o forjamento e a estampagem profunda) são os que apresentam
maior dificuldade de análise precisa, devido que a cada instante se tem uma nova forma do corpo,
com nova distribuição de tensões e deformações para cada parte considerada.

a) Método da energia de deformação uniforme

O método da energia de deformação uniforme permite obter a mínimo trabalho possível para
produzir uma dada secção, que é o trabalho requerido para a deformação homogênea (calcula as
tensões de conformação médias a partir do trabalho de deformação plástica). Esse trabalho por
unidade de volume é igual à integral da curva tensão-deformação entre os limites de deformação.
Para metais previamente encruados pode-se calcular a integral linear considerando um valor médio
para o limite de escoamento que não é integrado dentro dos limites de deformação; para materiais
recozidos essa simplificação conduz a erros apreciáveis.
Como o método da energia de deformação uniforme não considera o trabalho de deformação
redundante e o trabalho de atrito, isto significa que não considera a forma da ferramenta e a
natureza do contato corpo-ferramenta.
Assim, o valor da tensão, da deformação obtida (e, por conseguinte da força, do trabalho e
da potência) é inferior ao real.
119
Aplicação à trefilação de barras

Figura 58 – Ilustração simplificada da forma da fieira.

Considerando o processamento do material metálico conforme mostra a Figura 58, para um


elemento na zona cônica, a tensões principais tem os seguintes valores:

σ1=σ0 , σ2=σ3=0 (245)

onde σ0 é o limite de escoamento instantâneo para a deformação ε, área A e comprimento l.


O trabalho de deformação por unidade de volume é dado como:
Sabe-se que: dW = (σ 0 . A)dl (para um aumento de comprimento dl)
Onde:

dW dW dl
= = σ 0. (por unidade de volume) (246)
V A.l l

Integrando (246), para δV=0, vem:

W l dl ⎛l ⎞
= σ 0 .∫l 1 = σ 0 . ln⎜⎜ 1 ⎟⎟ (247)
V 0 l
⎝ l0 ⎠

Sendo que:

l1 dl ε
∫l0 σ 0 l
= ∫ε 1 σ 0 .dε , é a área sob a curva tensão-deformação no ensaio de tração
0

(curva de escoamento) e σ 0 , um valor médio do limite de escoamento que varia devido ao

120
encruamento.
O trabalho externo de deformação é dado pela seguinte expressão:

W = F .l1 (248)

Onde F, é a força de trefilação.


Logo, igualando-se as expressões referentes aos trabalhos de deformação interno e externo,
respectivamente (247) e (248), vem:

V ⎛l ⎞
F= .σ 0 . ln⎜⎜ 1 ⎟⎟
l1 ⎝ l0 ⎠
⎛l ⎞
F = A1 .σ 0 . ln⎜⎜ 1 ⎟⎟ , para δV = 0 ,
⎝ l0 ⎠

⎛A ⎞
F = A1 .σ 0 . ln⎜⎜ 0 ⎟⎟ (249)
⎝ A1 ⎠

A − A1
Definido-se o coeficiente de redução de área r, como r= 0 , tem-se que:
A0

A0 1
= (250)
A1 (1 − r )

Substituindo-se (250) em (249), vem:

⎛ 1 ⎞
F = A1 .σ 0 . ln⎜ ⎟ (251)
⎝1 − r ⎠
F
explicitando (251) em função da tensão de trefilação, σ 1 = , tem-se finalmente:
A1

⎛ 1 ⎞
σ 1 = σ 0 . ln⎜ ⎟ (252)
⎝1 − r ⎠
121
b) Método de “Slab” (ou Método dos blocos, ou Método da divisão em elementos)

O método de “Slab” considera o trabalho de deformação uniforme e o trabalho de atrito,


porém não leva em conta o trabalho de deformação redundante. Apresenta também a
inconveniência de não considerar a influência da tensão de cisalhamento, originada no atrito metal-
ferramenta, no critério de escoamento; essa tensão é considerada somente no nível global dos
esforços aplicados no elemento em equilíbrio. Para os processos onde a superfície livre do corpo é
pequena em relação a superfície atritada, o método “Slab” melhor se aplica.

O método adota as seguintes hipóteses:


1 – O corpo é dividido em elementos (fatias) respeitando a simetria de forma
(paralelepípedos, discos, anéis e outras formas), de dimensões infinitesimais segundo uma
determinada direção coincidente com o eixo de simetria do corpo;
2 – As direções principais, para todo o volume do corpo deformado, são as direções dos
eixos de simetria e dos eixos perpendiculares ao de simetria;
3 – As tensões principais são constantes dentro de um elemento e somente dependem da
posição no eixo de simetria;
4 – as forças aplicadas no elemento resultam em parte dessas tensões principais e em parte
da tensão de cisalhamento criada pelo atrito entre o corpo e a ferramenta (com a condição de não
alterar a hipótese anterior).
Os esforços atuantes são obtidos a partir da seguinte seqüência de cálculos:
1 – Estabelecer as equações de equilíbrio para o conjunto de forças atuantes no elemento;
2 – Calcular a força de cisalhamento na superfície do elemento em função da força normal a
superfície;
3 – Estabelecer as relações entre as tensões principais pelo critério de escoamento;
4 – Aplicar a lei de escoamento que estabelece as relações entre as tensões e deformações no
regime plástico,
5 – Utilizar as condições de contorno do processo, para resolução da equação diferencial
definida.

Aplicação à estampagem profunda:

Considera-se nesse cálculo, as seguintes hipóteses simplificadoras:


I – A força de conformação se concentra no flange ou aba do corpo e não há contribuição de
esforços devido ao dobramento nos cantos, na parede lateral e no fundo;

122
II – Não há influência do atrito (hipótese pouco verdadeira);
III – A chapa não tem a espessura alterada;
IV – A força de sujeitador é desprezada.

O elemento do corpo (metal), que é um segmento do anel de disco, fica submetido à σt e σr


(respectivamente, tensão de compressão circunferencial e tensão de tração radial), como mostra
Figura 59.

e P
h

Rd
R'd
Rc

2

στ r
σr
dr
στ
σr + dσr dθ
2

Figura 59 – Ilustração do disco sob conformação e das tensões atuantes.

Na direção radial, pode-se estabelecer a equação de equilíbrio como:



(σ r + dσ r )(r + dr ).dθ .e − σ r .r.dθ .e + 2.σ t . sen .dr.e = 0
2
Desenvolvendo a expressão, eliminando a espessura “e” e os produtos infinitesimais dσr.dr e
dθ dθ
considerando sen = , tem-se:
2 2

123
σ r .dr.dθ + dσ r .r.dθ + σ t .dr.dθ = 0
r.dσ r = −(σ t .dr + σ r .dr ) (253)
dr
dσ r = − (σ t + σ r )
r
O critério de escoamento de Tresca para um estado plano de tensões é:
σ 1 − σ 3 = 2K = σ 0 (254)

onde σ0 é o limite de escoamento em tração uniaxial e K é máxima tensão de cisalhamento.


σt e σr, são tensões principais, logo em (254), vem:

σr +σt = σ0 (255)
dr
substituindo (255) em (253), vem: dσ r = − σ0 (256)
r
Considerando o encruamento desprezível, o que geralmente não é verdadeiro nos trabalhos a
frio usuais, obtém-se integrando (256):
σ R dr
∫0 dσ r = ∫R 'd − σ 0 r
r c

σ r = −σ 0 .(ln Rc − ln R' d ) (257)


⎛ R' d ⎞
σ r = σ 0 . ln⎜ ⎟
⎝ rc ⎠
A expressão (257), vale para um dado instante do processamento do metal. A força de
conformação P é dada como:

⎛ R' d ⎞
P = 2.π .Rc.e.σ r = 2.π .Rc.e.σ 0 . ln⎜ ⎟ (258)
⎝ Rc ⎠
Pode-se introduzir uma tensão de escoamento média σ 0 devido ao encruamento
progressivo a partir do raio inicial do disco, Rd, a carga P; de onde vem:

⎛ Rd ⎞
P = 2.π .Rc.e.σ 0 . ln⎜ ⎟ (259)
⎝ Rc ⎠
Deve-se observar que Rc é igual ao raio do punção, mais a metade da espessura da chapa.
Pode-se ainda, introduzir um coeficiente de rendimento η do processo para compensar os
efeitos de atrito e de deformação não uniforme, que se aplica a σ0;
σ0
σ 0' = (260)
η
σ 0 ⎛ Rd ⎞
P = 2.π .Rc.e. . ln⎜ ⎟ (261)
η ⎝ Rc ⎠
124
O procedimento recomendado para calcular essa força de conformação P é o seguinte:
1º - Calcular o raio Rd do disco a partir do conhecimento de R:
Por exemplo: Ad → área do disco;
Ac → área do corpo.
Ad = Ac
π .Rd 2 = π .Rc 2 + 2.π .Rc.h
Rd = Rc 2 + 2.Rc.h
2º - Calcular as deformações logarítmicas:

⎛ Rd ⎞
ε R 'd = ln⎜ ⎟ → para a borda externa do disco de raio R’d;
⎝ R ' d ⎠
⎛ R' d ⎞
ε Rc = ln⎜ ⎟ → para a borda interna do corpo de raio Rc.
⎝ Rc ⎠
E uma curva experimental σ 0 × ε , determina-se os valores de σ0 correspondentes a ε R 'd
e ε Rc e o valor médio desses dois σ0 avaliados, σ 0 .
3º - Calcular a força de conformação com a expressão (261).
4º - Verificar se o valor de σr não ultrapassa o limite de resistência à tração do material:
v ⎛ Rd ⎞
σ r = σ 0 . ln⎜ ⎟ < σ rt (262)
⎝ rc ⎠
Ainda, no método dos blocos (“Slab”), podem-se considerar as forças atuantes nas outras
partes da estampagem de um corpo.

Figura 60 – Segmento de corpo conformado (copo) com indicação das forcas atuantes.
125
Como estimativa do trabalho de deformação realizado na estampagem profunda, pode-se
afirmar que: Wr = 0,70.Wt , Wa = 0,13.Wt e Wd = 0,17.Wt (263)
Onde:
Wr = trabalho de deformação radial;
Wa = trabalho de atrito;
Wd = trabalho de dobramento e deslocamento;
Wt = trabalho total de conformação.
A equação aproximada de Sachs, é a seguinte para a carga de conformação na estampagem
profunda de chapas.
π
⎛ ⎞
⎡ D0 ⎛ Dp ⎞ ⎤ ⎜⎝ µ . 2 ⎟⎠
P = ⎢π . Dp .h .(1,1 .σ 0 ). ln + µ .⎜⎜ 2 . H ⎟⎟ ⎥ .e +B (264)
⎣ Dp ⎝ D 0 ⎠⎦

Onde: P = Carga total da chapa;


h = espessura da chapa;
Dp = Diâmetro do punção;
D0 = Diâmetro inicial do disco (“blank”);
H = Força de sujeição;
B = Força de dobramento e deslocamento de blank;
µ = coeficiente de atrito.
Na equação (264) o primeiro termos expressa a força ideal necessário para produzir o copo,
e o segundo termo é à força de atrito sob o sujeitador do blank. O termo exponencial é relativo ao
atrito no raio da matriz, e a grandeza B leva em conta a força necessária para dobrar e endireitar a
chapa em torno deste raio.
A estampabilidade de um material é medida pela razão entre o diâmetro inicial do blank e o
diâmetro final do copo estampado. Para um dado material existe uma “razão limite de estampagem”
(LDR) – “Limiting draw ratio”, que representa o maior blank capaz de ser embutido através de uma
matriz Dp, sem apresentar ruptura. O limite teórico do LDR é:

⎛D ⎞
LDR ≅ ⎜⎜ 0 ⎟⎟ ≅ eη (265)
⎝ Dp ⎠ máx
onde η é um termo de eficiência que compensa as perdas por atrito. Se η=1, então LDR≅2,7,
enquanto que se η=0,7; LDR≅2,0. Isto confirma a experiência, que mostra ser difícil produzir um
copo metálico com altura muito superior ao seu diâmetro, mesmo que o metal em questão seja de
grande ductilidade.
Alguns fatores que na prática afetam a estampabilidade:
- raio da matriz – deve ser cerca de 10 vezes a espessura da chapa;
126
- raio do punção – um ângulo muito agudo leva a redução de espessura localizada e ruptura
do material;
- folga entre o punção e a matriz – 20 a 40% maior do que a espessura da chapa;
- pressão de fixação – cerca de 2% da média de σ0 (limite de escoamento) e σrt (limite de
resistência à tração);
- lubrificação da superfície lateral para a matriz para reduzir o atrito na estampagem
profunda.
Uma vez que a redução máxima na estampagem profunda é da ordem de 50%, é necessário
empregar-se operações sucessivas de estampagem caso se queira produzir peças altas e delgadas
(como capas de cartuchos e tubos fechados).

c) Método da teoria do campo das linhas de deslizamento (Slip line fields theory)

O método da teoria do campo das linhas de deslizamento permite calcular ponto a ponto a
tensão somente em condições de deformação plana [ver item 3.9 (Dieter) – pág. 82]. Há
necessidade do conhecimento das propriedades das linhas de deslizamento (α, β) [ver Kachanov,
L.M. – Fundamentals of the theory of plasticity – Mir Publishers, Moscou, 1984 (traduzido para o
inglês)].

d) Método do limite superior (Üpper Bound Theory)

Na análise do limite superior constrói-se um campo de velocidades cineticamente


admissível, ou seja, o hodógrafo deve ser satisfeito e as cargas são calculadas de forma a tornar o
campo de velocidades operativo. Não se exige que as condições de equilíbrio de tensão sejam
satisfeitas em nenhum ponto do campo. O cálculo da tensão se baseia no teorema do limite superior
de Drucker. Este teorema afirma que a carga calculada estará acima da carga crítica do limite
superior se puder ser controlado em um campo de velocidades para o qual a taxa de trabalho devido
à carga externa exceda a taxa de dissipação da energia interna. O teorema pode ser representado
matematicamente sob a forma:

P.µ = p média .µ . A ≤ ∫V σ ij* .dε ij* .dV + ∫S τ .V * .dS (266)

σ
onde: τ = (por Von Mises);
3
S = Superfície da descontinuidade; V* = Velocidade da descontinuidade.
Como somente examinaremos condições sob deformação plana, no lugar de:

127
∫V σ ij .dε ij .dV , ∫V K .dγ
* * *
vem: .dV ,

C argas
externas

σij
D is continuidade

σij
Veloc idade da
desc ontinuidade

onde K é a tensão de cisalhamento no escoamento em deformação plana e dγ* é o incremento


*
máximo de deformação de cisalhamento. Quando dγ =0, a análise do limite superior admite que a
deformação se processa através de movimentos de elementos triangulares de um corpo rígido, no
qual todas as partículas de um determinado elemento se movem com a mesma velocidade. Assim, a
expressão final a ser empregada, é:

P.µ = p média .µ . A ≤ ∫S τ .V * .dS (267)

onde: P = carga do limite superior;


µ = velocidade de conformação;
τ = tensão de cisalhamento ao longo de S;
S = superfície da descontinuidade;

dε ij* = incremento de deformação efetiva em um elemento de volume dV;

σ ij* = é um campo de tensão.

No caso do limite superior:


- As deformações ocorrem pelas tensões de cisalhamento ou pelas tensões principais;
- O atrito não influi na distribuição das tensões;
- Não fornece distribuição de tensões, mas sim valor médio de pressão e carga;
- Utiliza-se em processos contínuos ou estacionários.

Aplicação para forjamento

Supõe-se que as bases do cabeçote superior e inferior sejam planas e lisas, e que o cabeçote
superior se move com uma velocidade unitária µ = 1; o corpo se divide em blocos rígidos: ABC,
128
ABD, DBF e assim sucessivamente e o mesmo é constituído de um paralelepípedo de altura h e
largura b.

µ=1 (Velocidade unitária)

A 5 C 1
θ
4 3 2
B
h
9 8 7
10 6
D F
b

9' 8' 7'


µ=1

θ 5'=10' θ θ
1'=6' 0 Hodógrafo de
Velocidades
θ θ θ
4' 2' µ=1
3'

Figura 61 - Ilustração do método do limite superior.

A velocidade ao longo de AB, vale;


µ µ 1
µ AB = ⇒ sen θ = ⇒ µ AB = (268)
sen θ 4' sen θ
Como as velocidades são iguais para as outras direções inclinadas de um ângulo θ, tem-se:

µ AB = µ FB = µ BD = µ BC , e assim por diante (269)

O trabalho de deformação na unidade de tempo é dado pela expressão:


dWi
= ∑ K .µ .S , sendo:
dt
µ = velocidade nas interfaces; S = área dividida pela largura unitária;
K = tensão máxima de cisalhamento no escoamento.
129
S AE
A distância S AB = logo: (270)
cos θ
S AB = S FB = S BD = S BC e assim sucessivamente (271)

Assim tem-se:
dWi
= K .[S AB .µ AB + S FB .µ FB + S BD .µ BD + ...] (272)
dt
considerando (268), (269), (270), (271) em (272), vem:

dWi ⎡S 1 S 1 ⎤
= K ⎢ AE . + AE . + ...⎥
dt ⎣ cosθ sen θ cos θ sen θ ⎦

dWi K
= .(6 × S AE ) , como 6.SAE=b,
dt sen θ . cos θ
dWi K .b
= (273)
dt sen θ . cos θ

A potência externa vale:


dWe
= P.b.µ = P.b.1 (274)
dt
Igualando-se a potência externa e interna respectivamente (274) e (273), vem:

K .b 2.K .b
P.b = = ∴
sen θ . cos θ 2. sen θ . cos θ
(275)
P 1
=
2.K sen 2θ

130

Das könnte Ihnen auch gefallen