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3.4 Estagflação
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P OA P P
DA0 DA1 OA DA0 DA1
P1 P1
P0 P0 P0 OA
DA1
DA0
Y Y Y0 Y1 Y Y0 Y1 Y
Figura 1 Figura 2 Figura 3
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P OA
P2
P1
DA3
P0 DA2
DA1
DA0
Y0 Yf Y
Figura 4
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1
Tecnicamente, desemprego estrutural ocorre quando as pessoas desempregadas não dispõem da
qualificação necessária para ocupar as vagas oferecidas (há, por exemplo, vagas de professor universitário,
mas o desempregado é pedreiro ou enfermeiro). Nos países em desenvolvimento, o desemprego estrutural
também surge do simples fato de que a economia é incapaz de absorver toda a mão-de-obra existente.
2
Veja no anexo a esta Aula 1 uma versão detalhada da Teoria Quantitativa da Moeda.
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3
Confira: Wonnacott, P., Macroeconomics, R.D. Irwin Inc., Illinois, 1988, cap. 13.
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Y = f(K, L) (3)
onde, K = estoque de capital, considerado constante; e,
L = quantidade de mão-de-obra (variável).
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DL = f (W/P) (5)
4
Para os nossos propósitos aqui, é indiferente adotarmos a hipótese clássica ou keynesiana.
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SL
W2
W1
W0
DL(P2)
DL(P1)
DL(P0)
L0 L1 L2 L
Figura 5
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IS0
LM0
r2
r1
r0
(a) Y0 Y1 Y2 Y
SL
W2
W0
DL2 (P2)
DL1 (P0)
(b) L0 L2 L
P
OA
P2
P0
DA1
DA0
(c) Y0 Y2 Y1 Y
Figura 6
Vale observar que o nível de preços continua se elevando
enquanto houver excesso de demanda, ou seja, até que os preços
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7. Inflação de custos
5
Mark-up corresponde, na prática, a um percentual de lucros calculado sobre os custos diretos de produção
(basicamente mão-de-obra e matérias-primas).
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P = W/m (1 + π) (6)
onde, P é o preço por unidade de produto
W é o nível do salário
m é a produtividade média do trabalho (= Q/L)
w é o custo salarial por unidade de produto (= W/m)
π é o percentual de mark-up sobre os custos salariais.
r LM1
6
Sabendo que a maioria de nossos alunos não têm boa formação matemática, temos evitado ao máximo o uso
de cálculos em nossas Aulas. Mas, vez por outra, isso se torna inevitável...
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LM0
ro
r2
r1
IS
(a) Y 1 Y0 Y
W SL1
SL0
W1
W0
DL1
DL(P0)
(b) L1 L2 L0 L
P
OA1
OA0
P1
P0
DA0
(c) Y1 Y2 Y0 Y
Figura 7
Do lado da oferta, a elevação dos preços provoca um
aumento na demanda das firmas por mão-de-obra, deslocando a
curva DL para a direita. Haverá, assim, um acréscimo no nível de
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A N E X O 1:
A Teoria Quantitativa da Moeda e a Inflação de Demanda
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Como está expressa, a equação (1) nos diz meramente que o valor das compras é
igual ao valor das vendas. Nesses termos, dir-se-ia que a equação das trocas é uma
tautologia, isto é, está afirmando o óbvio. Para transformar essa equação numa teoria de
determinação dos preços em geral, os clássicos foram adiante e supuseram que V e Y são
constantes no curto prazo, sob o argumento de que a velocidade da moeda reflete os hábitos
de compra da população e a tecnologia de compensação bancária – fatores estes que não
não mudam no curto prazo, digamos, em seis meses – enquanto Y reflete a capacidade
instalada da economia – o que também não muda no curto prazo – estando a economia, na
suposição, no pleno emprego.
Assim, com essas duas restrições a respeito dos valores de V e de Y, a teoria
quantitativa clássica torna-se a melhor representação de um modelo puro de inflação de
demanda, predizendo que o nível de preços subirá proporcionalmente a um aumento da
oferta monetária. A expansão monetária torna-se, então, o fator causal do processo
inflacionário.
Observe-se que a hipótese de V constante implica supor que a demanda por moeda é
uma função constante ou pelo menos estável do nível de renda, isto é,
Md = kPY (2)
onde,
k = 1/V
No entanto, uma corrente de economistas, geralmente associados à teoria
keynesiana, costuma fazer restrições à essa associação direta entre expansão monetária e
aumentos automáticos dos preços, argumentando que a hipótese de uma demanda por
moeda estável tinha uma certa lógica numa época em que a única função da moeda era a de
servir como meio de pagamento. No entanto, com o desenvolvimento do mercado de títulos
e o posterior reconhecimento de que parte da demanda por moeda é explicada por motivos
especulativos (à feição keynesiana), dificilmente se poderia sustentar a tese de uma função
demanda por moeda estável e conseqüentemente de V estável. Isso porque, sendo a
demanda por moeda para especulação uma função da taxa de juros, a demanda agregada
por moeda oscilaria toda vez que a taxa de juros se alterasse. Assim, para se manter a
igualdade expressa na equação (1), a velocidade , V, da moeda teria que se alterar.
Esse ponto pode ser facilmente verificando que o equilíbrio do setor monetário
ocorre quando
Ms = Md = M (3)
onde,
Ms é a oferta monetária e,
Md é a demanda total por moeda.
Substituindo Md (dado pela equação (3)) na equação (1), temos:
MdV = PY
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ou,
V =PY/Md (4)
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1. Introdução
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∆%W
8%
2% µn% µ%
Figura 1
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∆%P
7%
2% µn% µ%
Figura 2
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1
Atente-se que pode ocorrer, também, choques de oferta positivos, de redução de custos – o que
deslocaria a curva de oferta para a direita.
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P
OA1
P1 OA0
P0
DA
Y1 Y0 Y
Figura 3
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U%
Curva de Phillips
P
de longo prazo
P2
P1
µ1 µn µ%
Figura 4
6. Conclusões
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1
Atente-se que pode ocorrer, também, choques de oferta positivos, de redução de custos – o que
deslocaria a curva de oferta para a direita.
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P
OA1
P1 OA0
P0
DA
Y1 Y0 Y
Figura 3
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U%
Curva de Phillips
P
de longo prazo
P2
P1
µ1 µn µ%
Figura 4
6. Conclusões
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PARTE 1: O CONSUMO
1. Introdução
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1
Embora o período da Escola Clássica tenha se encerrado por volta de 1880, Keynes chamou de
“clássicos” todos os economistas que vieram antes dele.
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Irving Fisher para a teoria do consumo das famílias – que serviu de base
para os estudos de Modigliano e de Friedman.
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C2 = (1+r)(Y1-C1) + Y2 (3)
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Consumo no
2° período, C2
Y2 A
Empréstimo
Y1 Y1 + Y2/(1+r)
Consumo no 1° período, C1
Figura 1
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Consumo no
2° período, C2
A
B D CI2
C
CI1
Consumo no 1º período, C1
Figura 2
Uma observação importante: a inclinação em qualquer ponto da
curva de indiferença mostra o quanto de consumo no segundo período
o consumidor exige para compensar a redução de 1 unidade do
consumo no primeiro período. Esta inclinação fornece a taxa marginal
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Consumo no
2° período, C2
D
C CI4
CI3
B CI2
A CI1
Consumo no 1° período, C1
Figura 4
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Pela equação (10), pode-se constatar que, se a renda (Y) cair a zero,
haveria ainda um consumo igual a αW – que pode variar conforme a
variação em W -, não sendo portanto um valor fixo como é a parcela
autônoma do consumo na função consumo keynesiana.
De outra parte, pela função consumo do ciclo da vida, a propensão
média a consumir é dada por:
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Tudo o que foi discutido e analisado nesta Aula 3 (de Economia 2) pode ser
assim resumido:
i) Keynes afirmou que a propensão marginal a consumir (PMgC) situa-
se entre 0 e 1, e que a propensão média a consumir (PmeC) cai à
medida que a renda sobe, e que a renda corrente (Y) é o principal
determinante do consumo. Alguns estudos sobre o consumo, de
curto prazo, pareceram comprovar a afirmação keynesiana. No
entanto, nos estudos de longo prazo, não foi encontrada qualquer
tendência de a PMeC cair quando a renda aumenta.
ii) Irving Fisher elaborou um modelo de consumo do consumidor onde
este se defronta com uma restrição orçamentária intertemporal, e
escolhe o consumo para o presente e para o futuro, a fim de alcançar
o mais alto nível de satisfação durante a vida. Enquanto o
consumidor puder poupar e tomar emprestado, o consumo depende
dos seus recursos ao longo de sua vida.
iii) A hipótese do ciclo da vida, de Modiliani, enfatiza que a renda varia
de maneira um tanto previsível ao longo da vida de uma indivíduo, e
que os consumidores usam a poupança e o empréstimo para manter
o consumo estável ao longo da vida. Segundo esta hipótese, o
consumo depende da renda e da riqueza.
iv) Já a hipótese da renda permanente, de Friedman, enfatiza que as
pessoas experimentam oscilações permanentes e oscilações
transitória em sua renda. Como os consumidores podem poupar e
tomar emprestado, e porque querem manter seu consumo estável, o
consumo não reage muito à renda transitória. O consumo depende
então principalmente da renda permanente.
_________________________
Bibliografia consultada:
Este texto foi elaborado tomando por base, fundamentalmente, o
capítulo 16 de Mankiw, N. G., Macroeconomia, LTC Editora, R.Janeiro,
5ª Edição, 2004.
Complementarmente, foram também consultados o Manual de
Macroeconomia, da equipe de Professores da FEA-USP, Editora Atlas,
S.Paulo, 1998, 1ª Edição, e Macroeconomia, de Olivier Blanchard,
S.Paulo, Prentice Hall, 3ª Edição, 2004.
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Parte 2: O INVESTIMENTO
(Veja observação contida no início da Aula 4, anterior).
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A/P
Oferta de capital
Quantidade de
capital
Figura 1
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3. O custo do capital
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Ck = Pk(r* – δ) (3)
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4. Os determinantes do investimento
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r* r*
Investimento, I Investimento, I
Figura 2 Figura 3
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“A arte de ensinar Economia de uma maneira simples, sem mistérios”.
De Maria Eulália, uma ex-aluna.
1. Introdução
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Da mesma forma, a tomada de empréstimos bancários,
também bastante utilizada em anos passados, hoje já não se
constitui em alternativa de financiamento do déficit graças a
inúmeros dispositivos legais que impedem que órgãos do
governo se endividem junto ao setor bancário.
Restaram como opções, então, o aumento da carga
tributária e a venda de títulos públicos – mecanismos que o
governo tem usado e abusado. A carga tributária no Brasil tem
crescido de forma sistemática ao longo das duas últimas
décadas, saltando de algo como 22% do final dos anos 70 para
algo em torno de 32% na virada do século e, segundo
estimativas recentes, já está atingindo cerca de 38% do PIB,
agora em 2005.
Para se ter uma idéia da magnitude desta taxa, basta dizer
que não existe paralelo em nenhum país de estágio de
desenvolvimento equivalente ao do Brasil. Na América Latina, os
países com maiores cargas tributárias são o México e a
Argentina, mas ambos giram em torno dos 20%-21% do PIB –
ou seja, praticamente a metade da taxa registrada no Brasil.
A venda de títulos públicos – outro mecanismo bastante
usado pelos sucessivos governos brasileiros para financiar o
déficit fiscal ou orçamentário - tem como principal resultado a
formação da chamada dívida interna pública (DIP) que, no caso
brasileiro, mercê dos elevados juros, tem crescido de forma
geométrica nos últimos 15 anos. Assim, por exemplo, em 1994,
quando se iniciou o Governo FHC, a DIP situava-se em torno de
R$ 64,0 bilhões; já em 2002, isto é, oito anos depois, quando
Lula assumiu o governo, aquela dívida havia se multiplicado por
10, situando-se em cerca de R$ 650,0 bilhões. Agora, dois anos
e meio depois, a dívida interna pública, situa-se em
aproximadamente R$ 1,0 trilhão!
Qual a principal implicação desta monstruosa dívida? A
resposta é muito simples e óbvia: uma despesa com juros que
supera, de longe, qualquer outro item da despesa
governamental. Com uma taxa média de juros incidente sobre a
DIP da ordem de 17% ao ano, a despesa anual do governo
federal com juros está projetada, este ano, para algo como R$
170,0 bilhões – o correspondente a um terço da arrecadação
tributária total do governo e equivalente a mais do dobro dos
gastos previstos com educação e saúde somados! Registre-se
que o volume dos juros devidos pelo governo é tão elevado que,
por maior que seja o “superávit primário”, não é suficiente para
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o pagamento daquele montante. Conseqüentemente, a
alternativa é a venda de mais títulos no mercado para pagar os
juros vencidos, elevando mais ainda a DIP.
Neste contexto, está, então, criado o círculo vicioso da
dívida pública: mais dívida leva a mais juros que leva a mais
dívida, e assim, sucessivamente.
Diante desse quadro um tanto desanimador, para não
dizer aterrador, o que deve ser feito? A resposta de qualquer
economista com um mínimo de sensatez é: redução dos gastos
públicos, via corte de gastos com pessoal, redução das
aposentadorias, dos gastos supérfluos, do empreguismo político,
das obras desnecessariamente suntuosas, e coisas do gênero.
Infelizmente, no entanto, tais cortes contrariam fortes
interesses de grupos com grande poder de pressão
(magistratura, procuradoria, auditores fiscais, militares e
assemelhados) – o que tem inviabilizado todas as tentativas e
esforços naquele sentido.
Feitas estas colocações, vamos analisar a chamada
“equivalência ricardiana” relativa às contas públicas. O objeto
desse tema é verificar a reação dos indivíduos – ou agentes
econômicos – diante do anúncio por parte do governo de que
vai cortar parte dos impostos, e que o eventual déficit público
daí derivado será financiado com empréstimos.
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CURSOS ON-LINE – ECONOMIA 2 4
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área econômica fornece a resposta ao Governo, mais ou menos
nas seguintes linhas:
“O corte dos impostos provoca, de imediato, um aumento na renda
pessoal disponível, aumentando, em conseqüência, os gastos de consumo
das famílias. Este aumento do consumo afeta a atividade econômica no
curto e no longo prazos.
No contexto do modelo de curto prazo da IS-LM, o aumento do consumo
se traduz num aumento da demanda agregada por bens e serviços,
provocando um aumento do produto (ou da renda) agregado e do emprego.
No entanto, mantida a oferta monetária atual, o aumento do produto e da
renda causa uma maior demanda por moeda para transações, elevando a
taxa de juros doméstica – o que desestimula o investimento mas, ao
mesmo tempo, estimula a entrada de capitais externos. Esta entrada de
capitais externos (dólares), aumenta o valor do Real em relação à moeda
americana (e, também, em relação às outras moedas. Com isso, as
exportações brasileiras perdem competitividade no mercado internacional,
ao mesmo tempo em que as nossas importações tenderão a se elevar.
A longo prazo, o corte fiscal reduz a poupança do governo e, daí, a
poupança interna se reduz também. Com conseqüência, os investimentos
domésticos se reduzem e o produto do país deve cair.
Quanto ao efeito do corte fiscal sobre o bem-estar da economia, vale
registrar que as gerações atuais se beneficiariam de um consumo maior e
de um emprego maior, ainda que talvez com inflação mais alta.
Certamente, as gerações futuras arcarão com grande parte do ônus dos
déficits orçamentários de hoje, pois sua herança será uma dívida pública
impagável.
Pelo exposto acima, a área econômica deste Ministério não recomendaria
a adoção desta medida. Sem mais para o momento, agradecemos a
confiança em nós depositada. a) Chefe da Coordenação Econômica.
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Deste modo, tendo por base a análise daquele economista “ricardiano”,
gostaria de comunicar a V.Sa. e à sua equipe que o governo levará adiante
a proposta do corte fiscal.
Atenciosamente,
J.D. – Secretário do Governo”.
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David Ricardo1 que foi o economista a tratar desse tema, no
século XIX.
Em outras palavras, a equivalência ricardiana argumenta que
um corte fiscal hoje, que gera um déficit orçamentário
financiado por dívida, deixa o consumo inalterado. Neste
contexto, as famílias prevenidamente deverão destinar à
poupança a renda extra obtida, visando pagar o aumento futuro
dos impostos conseqüente do corte fiscal de hoje. Esse aumento
da poupança privada compensa exatamente o decréscimo da
poupança pública fruto daquele corte nos impostos.
Ou seja, no frigir dos ovos, a poupança nacional – que
corresponde à soma da poupança pública mais a poupança
privada – permanece a mesma. Esta conclusão é, portanto,
bastante diferente daquela prevista pela visão tradicional.
Agora, vejamos um outro desdobramento do corte dos
impostos: suponha, por exemplo, que, ao cortar os impostos, o
governo deixa claro que pretende cortar também suas
despesas, reduzindo suas compras no futuro. Caso o
consumidor perceba que isso é um fato, ele acreditará que não
haverá aumento de impostos no futuro, e então se sentirá mais
rico e, nesta situação, ele aumenta seu consumo presente.
Mas, note-se que a aumento do consumo, nesta hipótese, se
deveu ao corte dos gastos do governo e , não, ao corte nos
impostos. Em outras palavras, caso o governo anunciasse uma
redução futura das suas compras, o consumo aumentaria hoje,
mesmo que os impostos atuais permanecessem inalterados, já
que isso implicaria impostos mais baixos amanhã.
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outras gerações, mostrando uma certa
preocupação com os próprios descendentes da
atual geração e com seu bem-estar. Portanto, pela
teoria da equivalência ricardiana, não há razão
para os agentes econômicos alterarem seu nível
de consumo presente em razão de eventuais
reduções de impostos e aumento do déficit
público, porque isso terá repercussões nas
próximas gerações;
ii) Segundo, o setor público defronta-se com uma
restrição orçamentária intertemporal que precisa
ser atendida. Mas, o governo, como qualquer
outro agente econômico, não pode acumular
dívida indefinidamente. Assim, menor carga
tributária hoje significa maiores impostos amanhã.
Em conclusão, os agentes econômicos não
definem seu consumo pelo nível dos impostos
vigentes, mas pelo valor presente desses
impostos.
iii) Terceiro, a teoria da equivalência ricardiana se
apóia na hipótese da renda permanente, ou seja,
as famílias tomam decisões quanto ao nível de seu
consumo tendo por base sua renda permanente, e
não sua atual renda disponível. Como já vimos na
Aula 3, a renda permanente é definida como o
valor presente esperado dos rendimentos líquidos
(descontados os impostos). Portanto, flutuações
abaixo ou acima do valor presente dos impostos
alteram a renda disponível das famílias, mas não
interferem em sua trajetória de consumo.
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CURSOS ON-LINE – ECONOMIA 2 8
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perspectiva de impostos futuros não tem uma influência tão
grande no consumo atual, como sugere a visão ricardiana.
Esses “tradicionalistas” apresentam três argumentos
contrários à visão ricardiana: primeiro, eles argumentam que as
pessoas são “míopes”, sendo incapazes de compreenderem
plenamente as implicações dos déficits orçamentários do
governo. Nesta hipótese, um corte fiscal financiado, hoje, por
endividamento, levará esta pessoa a acreditar que sua renda
permanente aumentou, mesmo que isso não tenha ocorrido. Daí
afirmarem que o corte fiscal levará a um consumo maior hoje e
a uma poupança nacional menor.
Um segundo argumento dos tradicionalistas pode ser descrito
assim: a visão ricardiana da dívida do governo parte do
pressuposto de que os consumidores baseiam seu consumo não
apenas na renda presente, mas também na renda permanente,
que inclui não só a renda atual mas também a renda esperada
no futuro. Neste raciocínio, um corte fiscal financiado por
endividamento aumenta a renda atual, mas não altera a renda
nem o consumo permanente. No entanto, os defensores da
visão tradicional da dívida do governo argumentam que a renda
atual é mais importante do que a renda permanente para os
consumidores, especialmente levando-se em conta que os
consumidores enfrentam restrições para contrair empréstimos.
Ora, uma pessoa que deseje consumir mais do que sua
renda atual permanente – talvez porque espera uma renda
maior no futuro – só precisa tomar emprestado. Mas, se ela não
pode tomar empréstimo para financiar seus consumo ou se só
pode tomar emprestado uma quantia limitada, a renda atual
determina seu nível de gasto – independentemente de qual é a
sua renda permanente. Nesse caso, um corte fiscal financiado
por dívida do governo aumenta, sim, a renda atual e, em
conseqüência, aumenta também o consumo, mesmo que a
renda futura seja mais baixa. Em outras palavras, este corte de
impostos funciona, para o consumidor, como um empréstimo
que o governo lhe faz e este empréstimo deverá ser pago no
futuro com aumento dos impostos. E se assim é, o corte fiscal,
ao contrário do que afirma a visão ricardiana, amplia, sim, o
consumo presente
. Além da miopia e das restrições aos empréstimos, os teóricos
da visão tradicional da dívida do governo argumentam, mais,
que os consumidores esperam que os impostos futuros maiores
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recairão não só sobre eles, mas também sobre as gerações
futuras.
Vejamos um exemplo de tal situação: suponha que o
governo corte impostos hoje e, para compensar, emita títulos
com prazo de 30 anos e, ao encerrar este prazo, aumente os
impostos para pagar os títulos. Nesse caso, dívida hoje do
governo representa uma transferência de riqueza da próxima
geração de contribuintes – que vai ter de pagar aqueles
impostos – para a geração atual de contribuintes (que recebeu o
aumento de renda fruto do corte dos impostos). Ou seja, um
corte fiscal financiado com dívida estimula o consumo pois
propicia à atual geração a chance de consumir às custa da
próxima geração.
6. Algumas conclusões
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mesmo reconhecendo as limitações desta teoria, acreditam
fortemente que ela representa uma boa aproximação da
realidade.
É difícil tomar partido nesse debate. De qualquer forma, se a
visão tradicional da dívida pública estiver correta, palmas para a
análise do Coordenador da Área Econômica do Ministério da
Fazenda. Sua interpretação dos efeitos do corte dos impostos
estava correta. E o Palácio com suas Chefias míopes que pague
o “pato” do corte dos impostos!
______________
Bibliografia consultada:
-Esta Aula 5 foi inteiramente embasada, com as devidas adaptações e
reduções nas seguintes duas obras:
1. Rezende, F. – Finanças Públicas – 2ª Edição, Editora Atlas,
S.Paulo, 2001.
2. Mankiw, N.G. – Macroeconomia – 5ª edição, Editora LTC,
R.Janeiro, 2004.
_______
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1. Introdução
A teoria econômica vista por nós até agora – tal como mostrada
nos modelos keynesianos de determinação do nível da renda/produto
de equilíbrio, no sistema iS-LM, na geração e análise das curvas de
oferta e demanda agregadas e, também, na análise do processo
inflacionário - enfocava a economia no curto prazo. Como se
costuma dizer, a análise de curto prazo da economia é uma análise
estática, como se fosse uma fotografia num determinado instante da
economia.
No entanto, se quisermos uma explicação por que o produto
interno do país cresce, e por que algumas economias crescem mais
depressa que outras, temos de ampliar nossa análise para ver o que
acontece no longo prazo. Ao fazer isso, transformamos nossa análise
de estática em dinâmica, tal como num filme, ao invés de uma
fotografia.
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Para tanto, vamos tomar como exemplo o chamado modelo de
crescimento de Solow – não por julgarmos que é o modelo mais
representativo e completo da teoria do crescimento, mas sim por
que, como dissemos, este modelo tem sido objeto de questões das
provas de Economia dos concursos públicos, particularmente do
AFRFB.
O modelo de crescimento de Solow mostra como a poupança, o
crescimento populacional e o progresso tecnológico afetam o nível do
produto da economia e sua expansão no longo prazo. Neste texto,
nós vamos expor o modelo de forma resumida, porém por partes,
primeiro analisando o papel da poupança e do crescimento
populacional e, depois, o do progresso tecnológico. Em fazendo assim
acredito que esta análise se tornará mais “palatável” aos nossos
alunos.
Y = f(K,L) (1)
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Agora, se dividirmos todos os termos da equação (1) por L, nós
teremos:
Y/L = f(K/L, 1) (2)
y=c+i (5)
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Para verificar o que essa função consumo (6) acarreta para o
investimento, vamos substituir c na equação (5) por essa função,
encontrando:
y = (1 – s)y + i (7)
E, rearrumando os temos da equação (7), obtemos:
i = sy (8)
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letra grega δ é chamada de taxa de depreciação. Assim, por
exemplo, se o capital tem uma vida média de 20 anos, a taxa de
depreciação é de 5% ao ano (δ = 0,05).
Podemos expressar o impacto do investimento e da depreciação
sobre o estoque de capital pela seguinte equação:
Variação do estoque de capital = investimento – depreciação
Ou, ∆k = i - δk (10)
Como o investimento i é igual a sf(k), podemos substituir este
valor na equação (10), obtendo:
∆k = sf(k) – δk (11)
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Um exemplo numérico:
Y = K1/2L1/21 (12)
Y/L = K1/2L1/2/L
Y =k1/2 (14)
Y = √k (15)
1
Esta é a conhecida função de produção Cobb-Douglas, onde o expoente ½ corresponde `a elasticidade do
produto (Y) a uma variação percentual de K e de L,
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0,9 compensa a depreciação de 0,9. Aí, o estoque de capital e o
produto não estão mais crescendo.
Vamos ver o que acontece com uma economia quando sua taxa de
poupança aumenta. Supõe-se que a economia esteja em um estado
estacionário, com a taxa de poupança s1, e o estoque de capital k*1.
Quando a taxa de poupança aumenta de s1 para s2, a curva sf(k) se
desloca para cima. À taxa de poupança inicial s1 e ao estoque de
capital inicial k*1, o investimento apenas compensa a depreciação.
Logo após o aumento da taxa de poupança, o investimento torna-se
maior, mas o estoque de capital e a depreciação permanecem
inalterados. Portanto, o investimento excede a depreciação. O
estoque de capital aumentará gradativamente, até que a economia
alcance o novo estado estacionário k*2, que tem um estoque de
capital maior e um nível de produto superior ao estado estacionário
anterior.
O modelo de Solow mostra que a taxa de poupança é um
determinante fundamental do estoque de capital do estado
estacionário, podendo ser concluído que:
-Se a taxa de poupança é alta, a economia terá um grande
estoque de capital e um nível de produto elevado; se a taxa de
poupança é baixa, a economia terá um pequeno estoque de
capital e um nível de produto reduzido.
E o que diz o modelo Solow sobre a relação entre poupança e
crescimento econômico? A resposta é: a poupança maior leva a um
crescimento mais rápido, mas apenas temporariamente, só até que a
economia atinja o novo estado estacionário. Se a economia mantém
uma alta taxa de poupança, manterá um grande estoque de capital e
um alto nível de produção, mas não será capaz de manter uma
elevada taxa de crescimento para sempre.
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tecnológico. Nessa seção, vamos analisar o crescimento populacional.
Para tanto, vamos imaginar que a população e a força de trabalho
crescem a uma taxa constante η. Assim, se a população do Brasil
crescer a uma taxa de 2% ao ano, η = 0,02.
Mas, então, qual é o efeito do crescimento populacional sobre o
estado estacionário?
Como já foi dito, o investimento aumenta o estoque de capital por
trabalhador, enquanto a depreciação o reduz. Mas, agora, o
crescimento do número de trabalhadores faz, também, com que o
capital por trabalhador diminua.
Vamos continuar utilizando letras em caixa baixa para representar
as quantidades por trabalhador. Assim k = K/L é o capital por
trabalhador e y = Y/L é o produto por trabalhador. Como, agora, o
número de trabalhadores está crescendo ao longo do tempo, a
variação do estoque de capital por trabalhador é:
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Y=F(K,L x E) (18)
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Como antes, a mudança do estoque de capital ∆ké igual ao
investimento sf(k) menos o investimento de equilíbrio (δ+ η +g)k.
Uma observação importante é que, com inclusão do progresso
tecnológico, o modelo de Solow pode explicar os aumentos
sustentados dos padrões de vida que se observam nos países
desenvolvidos. Enquanto a poupança só leva a uma alta taxa de
crescimento até que se alcança o estado estacionário, o progresso
tecnológico pode levar a crescimento sustentado do produto por
trabalhador. No estado estacionário, a taxa de crescimento do
produto por trabalhador depende apenas do progresso tecnológico.
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* * *
Com esse resumo-conclusão, encerramos esta nossa Aula de n° 7 -
que, certamente, se constitui na parte teórica mais complexa e mais difícil
entendimento.
Como dissemos no início, a rigor este tópico não consta do programa
de Economia do Edital do concurso do AFRFB, mas fizemos questão de
transformá-lo num dos temas de nossas Aulas de Economia 2 porque em
praticamente todas as provas de Economia dos concursos mais recentes de
Auditor Fiscal aparece uma ou mais questão sobre este modelo de Solow.
Por que isso acontece, eu não sei. Talvez algum dos elaboradores da prova
gosta desse modelo. Afinal, existe gosto pra tudo, não é mesmo?
Na nossa próxima (e última) Aula versará sobre Contas do Sistema
Financeiro – a rigor, o único tópico do programa de Economia que ainda não
foi abordado em nossas Aulas. Até lá, então!
__________________
Bibliografia consultada:
Este texto foi extraído, com algumas alterações na redação, do Cap.
7 do livro de N.G.Mankiw, Macroeconomia, 5ª edição, Editora LTC, R.
Janeiro, 2004. As alterações que introduzimos na redação objetivaram,
precipuamente, tornar o texto mais palatável ao aluno não-economista.
Este mesmo tópico está exposto também em R.Vasconcelos –
Macroeconomia – porém de uma forma mais matemática e menos descritiva
– o que torna o modelo praticamente ininteligível para os não iniciados em
economia e para aqueles que não têm muita base matemática.
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“A arte de ensinar Economia de uma maneira simples,
sem mistérios”. De Maria Eulália, uma ex-aluna.
1. Introdução
TABELA 1
BALANCETE CONSOLIDADO SINTÉTICO DOS BANCOS
COMERCIAIS
Saldo em R$ bilhões
TABELA 2
BALANCETE CONSOLIDADO SINTÉTICO DO BANCO
CENTRAL
Saldo em R$bilhões
a) Voluntários 18,0
TABELA 3
BALANCETE CONSOLIDADO SINTÉTICO DO SISTEMA
MONETÁRIO
Ativo (aplicações) Dez/ Passivo (recursos) Dez/
2004 2004
1. Empréstimos 1.585,0 A) Passivo não-monetário 1.868,0
* * *
Feitas estas colocações, encerramos este nosso último texto
de Economia 2. Como dissemos no início, com este texto,
podemos afirmar que todo o programa de Economia do concurso
de AFRFB foi coberto – algo que você não encontrará em nenhum
outro livro, ou apostila ou “cursinho preparatório”.
Assim, mais uma vez, só nos resta lhe desejar muito sucesso.
Boa sorte e muito obrigado! Vou ficar torcendo por você!
E até uma nova oportunidade.
Prof. Mozart Foschete.
_______________________
Bibliografia consultada:
Este Texto foi extraído, com as devidas adaptações de redação,
de: Foschete, M. – MANUAL DE ECONOMIA – Ed. Vestcon,
Brasília, 3ª Edição, 1996.
______________________
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Para resolver esta fórmula, temos de ter o valor do PIB que, pelos dados do problema,
pode ser assim encontrado:
PIB + importações = C + FBKF + G + X + ∆est
PIB + 60 = 600 + 100 + 120 + 10 (não há G).
PIB = 770. Ssubstituindo este valor na fórmula anterior:
770 = 1200 – consumo intermediário + 70
Consumo intermediário = 500
Logo, a resposta é a letra a.
Investimentos Poupanças
FBKF = 184.087 Poupança bruta = 149.491
Var. estoques = 11.314 Transf. de cap. Resto do mundo = 91
Transf. de cap. p/ resto mundo = -29
Total = 195.401 Total = 149.553
Como os dois lados da tabela acima têm de apresentar valores totais iguais,
constata-se que há uma diferença de poupança igual a 195.401 – 149.553 =
45.848. Esta é, então, a “necessidade de financiamento”.
Logo, a resposta é a letra b.
5. (AFRF-2002.2) Considere:
. Curva de demanda agregada derivada do modelo IS/LM
.Curva de oferta agregada de longo prazo horizontal
.Curva de oferta agregada de curto prazo vertical.
Considere a ocorrência de um choque adverso de oferta como, por exemplo, uma
elevação nos preços internacionais do petróleo. Supondo que este choque não desloca a
curva de oferta de longo prazo, é correto afirmar que:
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a) Uma elevação na demanda tenderá a intensificar a queda no produto que decorre
do choque de oferta.
b) O choque adverso de oferta aumenta os custos e, portanto, os preços. Se não
houver alterações na demanda agregada, teremos uma combinação, no curto
prazo, de preços crescentes com redução do produto. No longo prazo, com a
queda dos preços, a economia retornará ao seu nível de pleno emprego.
c) Se não ocorrer deslocamentos na curva de demanda agregada, o choque de
oferta causará deflação.
d) O choque de oferta alterará apenas o produto de pleno emprego.
e) Não ocorrerá alterações nem nos preços, nem no nível do produto, tanto no curto
quanto no longo prazo, uma vez que, se o choque de oferta não desloca a curva
de oferta de longo prazo, também não deslocará a curva de oferta de curto prazo.
Solução: Este é o típico modelo clássico. Caso haja algum choque de oferta (aumentos
abruptos de custos, como o aumento dos preços do petróleo, mencionado nesta
questão), os preços devem se elevar no curto prazo. Graficamente, a curva de oferta
vertical se desloca para a esquerda, cortando a curva de demanda agregada (DA) num
ponto mais elevado e reduzindo o produto de equilíbrio e elevando os preços no curto
prazo. Com o passar do tempo, no entanto, com preços e salários flexíveis, tudo volta
ao nível original, definido pela curva de oferta de oferta horizontal. Assim considerado,
vejamos as afirmativas da questão:
i) a letra a está errada porque, com uma curva de oferta vertical, um aumento
da DA desloca esta curva para a direita, porém ela continua interceptando a
curva de oferta vertical no mesmo nível de produto (Y) de equilíbrio – não
intensificando, assim, o efeito do choque de oferta.
ii) a letra b está correta e responde à questão.
iii) Pelo que se disse acima, as demais alternativas estão erradas.
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- formação bruta de capital fixo mais variação de estoques = 360
Com base nestas informações e considerando a identidades macroeconômicas de um
sistema de contas nacionais, é correto afirmar que a renda nacional líquida e o consumo
pessoal são, respectivamente:
a) 950 e 600
b) 900 e 500
c) 900 e 600
d) 850 e 550
e) 800 e 500
Solução: A soma de salários + juros + aluguéis + lucros = 900, corresponde ao
produto interno líquido a custo de fatores – que é igual, por definição, à renda interna
líquida (RIL).
Subtraindo-se da RIL a renda líquida enviada ao exterior (100) encontramos a “renda
nacional líquida” (RNL) = 800.
Para encontrarmos o consumo pessoal, temos de usar a fórmula já vista atrás: OA =
DA, ou seja:
PIB + M = C + FBKF + G + X + ∆est
O PIB = RIL (900) + depreciação (10) = 910. Assim:
910 + 50 = C + 360 + 100 (não há G nem variação de estoques!)
Ou, C = 500.
Logo, a resposta é a letra e. Vale observar que o gabarito oficial deu como correta a
letra c, mas, como se pode ver pelas contas acima, o correto é a letra e.
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Lto . tj =
∑ QoPj
∑ QoPo
Onde,
to = ano base
tj = ano atual
QoPo = quantidades e preços vigentes no ano base.
QoPj = quantidades vigentes no ano base e preços vigentes no ano atual.
Ou seja, pela fórmula de Laspeyres, o índice de preços toma como constantes as
quantidades produzidas nos dois anos (igual à do ano base), fazendo distinção
apenas entre os preços vigentes nos dois anos.
Assim, aplicando o índice de preços de Laspeyres nos dados da questão, temos:
Σ QoPj = 10 x 2,50 + 15 x 4,83 = 97,45
Σ QoPo = 10 x 2,00 + 15 x 3,50 = 72,50
Dividindo-se 97,45 por 72,50 encontramos 1, 344. Logo, a taxa de inflação entre o
ano 1 e o ano 2 foi de 34,4%.
Vamos, agora, achar o valor do produto nominal no ano 1 e no ano 2:
Ano 1: 10 x 2 + 3,50 x 15 = 72,50
Ano 2: 2,50 x 12 + 4,83 x 10 = 78,30
Para acharmos a taxa de crescimento nominal entre os dois anos, dividimos 78,30 por
72,50, encontrando 1,08. Logo, houve um crescimento nominal de 8%.
Para acharmos a taxa de crescimento (ou queda) real do Ano 2 em relação ao Ano 1,
temos de deflacionar o valor do produto nominal do Ano 2 pela taxa de inflação
(dividindo por 1,344), assim:
97,45/1,344 = 58,40
Agora, o produto do Ano 2 é “real”, estando medido aos preços do Ano 1. E verifica-se
que, em termos reais, o produto do Ano 2 é menor que o do Ano 1. Para sabermos de
quanto foi a queda real, dividimos o produto real do Ano 2 pelo produto do Ano 1,
assim:
58,40/72,50 = 0,8055
(0,80,55–1) x 100 = -19,45
Logo, a reposta é a letra e.
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L(r,Y) = demanda de saldos monetários reais;
Lr = derivada parcial da função demanda de saldos monetários reais em relação à taxa
de juros;
Ly = derivada parcial da função demanda de saldos monetários reais em relação à renda;
r* = taxa de juros mundial.
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Solução: Lembre-se de que o resultado do Balanço de Pagamentos é dado pela soma
do saldo da balança de transações correntes (BTC) + o saldo da conta de capitais
autônomos. Como o resultado do BP = 0 e como a conta de capitais autônomos teve um
saldo positivo de 100, o saldo da BTC foi, obrigatoriamente, negativo em 100.
Assim, como o saldo da conta comercial (-100) + o saldo da conta de serviços (+10) foi
de –90, então a conta de serviços apresentou um saldo negativo de 10.
Logo, a resposta é a letra c.
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a) No modelo IS-LM, a demanda por moeda é uma função positiva do nível
de renda (para transações) e uma função inversa da taxa de juros (para
especulação). Assim, a opção a está errada.
b) Pela explicação dada na letra (a) anterior, as opções b, c e d estão
erradas.
c) Resta, assim, a letra e como resposta da questão. Porém, devemos fazer
uma ressalva: não se trata de uma relação inversamente proporcional à
taxa de juros e, sim, simplesmente, uma relação inversa à taxa de juros.
Diz-se que a relação é proporcional quando as duas variáveis se alteram
na mesma proporção ou no mesmo percentual (exemplo, ambas variam
10% por cento). Mas, como não resta outra alternativa melhor, ficamos
com esta letra e.
Logo, a resposta é a letra e.
14. (Esaf-AFTN-1998) O governo pode afetar a demanda agregada usando uma política
fiscal recessiva quando:
a) Diminui os gastos do governo e/ou aumenta os impostos.
b) Aumenta os dispêndios governamentais.
c) Aumenta o nível da renda e a taxa de juros.
d) Aumenta o nível de impacto fiscal a um nível de renda de pleno emprego.
e) Aumenta os gastos públicos e diminui os impostos, introduzindo um diminuição
no consumo.
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Solução: Como já sabemos dos modelos keynesianos, todas as medidas listadas nas
alternativas b, c, d e e são expansionistas, isto é, aumentam a demanda agregada da
economia. A única que não tem esta característica é a letra a.
Logo, a resposta é a letra a.
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Temos, assim, de achar o valor do PIB através daquela já nossa bastante conhecida
equação:
PIB = produção – consumo intermediário + impostos sobre produto
Ou: PIB = 1.323.410.847 – 628.444.549 + 83.920.429
PIB = 778.889.727
Assim: 778.889.727 + 69.310.584 = 630.813.704 + FBKF + 54.430.127 + 12.903.180
E, FBKF = 150.050.300
Logo, a resposta é a letra a.
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a) Empréstimos dos bancos comerciais ao setor privado.
b) Reservas internacionais.
c) Empréstimos do Banco Central ao setor privado.
d) Papel-moeda em poder do público.
e) Aplicações dos bancos comerciais em títulos públicos e privados.
Solução: Há um engano do examinador na formulação desta questão: Na verdade,
todos os itens fazem parte do balancete consolidado do sistema monetário. Só que todos
os itens, exceto a opção d, fazem parte do ativo do sistema monetário. De fato, a letra
d é a única que faz parte do passivo. A proposição correta seria: “Não faz parte do
Ativo do balancete consolidado do sistema monetário”...:
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Solução: Como podem ver, seja em provas de 2002 ou de 2003, ou de 2005, como esta,
este tipo de questão está sempre se repetindo. Aqui, como já foi visto, temos de usar a
equação da OA = DA, ou seja:
PIB + M = C + FBKF + G + X + ∆est
Para resolver a questão, temos de achar, antes, o valor do PIB que é dado por:
Produto interno bruto = produção – consumo intermediário + impostos sobre produtos
Assim: PIB = 1.300 – 607 + 85
PIB = 778
Substituindo este valor na fórmula OA = DA:
778 + 70 = 630 + FBKF + 55 + 13
FBKF = 150
Logo, a resposta é a opção a.
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argumentaria que este modelo faz parte da economia intertemporal. Mas, na
realidade, não faz, mesmo!
No entanto, em praticamente todas as provas de concursos elaboradas pela
Esaf, aparece pelo menos uma questão do modelo de Solow. Esta é a razão pela
qual resolvemos incluir três questões deste modelo. Quem sabe, com a
orientação que damos a seguir, você acerta a resposta. Quem sabe?
Mas, veja bem: o modelo de Solow é um tanto complexo, complicado mesmo,
cheio de equações confusas para os não-matemáticos. Assim, me parece uma
perda de tempo um candidato de concurso – que luta contra o tempo e o relógio
– pretender gastar boa parte de seu precioso tempo procurando entender este
modelo. Por isso, achei melhor fornecer a você, candidato, algumas dicas e
definições importantes sobre as características deste modelo e que, certamente,
o ajudarão a resolver qualquer questão sobre Solow que vier na prova e que,
por isso mesmo, você deve procurar decorar (e, não necessariamente,
entender!). São as seguintes:
1) No modelo de Solow, a taxa de poupança (s) de uma economia determina, no
longo prazo, o tamanho do estoque de capital e, também, por conseqüência,
o nível do produto desta economia.
2) “Estado estacionário” – corresponde a uma situação de equilíbrio da
economia de longo prazo.
3) “Estado estacionário da regra de ouro” corresponde ao nível de capital que
maximiza o consumo da população.
4) O modelo de Solow mostra que a taxa de crescimento da população de uma
economia é um dos determinantes do padrão de vida no longo prazo.
5) Quanto maior a taxa de crescimento populacional, menor é o produto por
trabalhador.
6) Pelo modelo de Solow, somente o progresso tecnológico explica o
crescimento de longo prazo.
7) No modelo de Solow, valem as seguintes definições:
k = estoque de capital por trabalhador;
y = produto por trabalhador = √k, ou seja, o produto por trabalhador
é dado pela raiz quadrada do estoque de capital.
s = taxa de poupança da economia;
∂ = taxa de depreciação do estoque de capital.
Com estes esclarecimentos e com estas simbologias, pode-se deduzir que a
única alternativa correta dentre as opções da questão 21 é a letra e.
Logo, a resposta é a letra e.
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c) Quanto maior a taxa de poupança, maior o bem-estar da sociedade.
d) O estado estacionário pode ser considerado como um equilíbrio de longo
prazo.
e) Somente o progresso tecnológico explica o crescimento de longo prazo.
Solução: Pelo que foi resumido na solução da questão 21, anterior, a resposta
que está incorreta é a letra c.
Logo, a resposta é a letra c.
______________________
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