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Acção de Formação MABE – Novembro 2009

Sessão 3 – Tarefa 2 (1ª Parte)

1. Análise à realidade da minha escola, sua capacidade de resposta ao processo e


factores que considero inibidores do mesmo

“Self-evaluation should be a part of normal school life which involves everyone:


staff, pupils, parents, governors, inspectors and the wider community […] If the value of
the library in supporting teaching and learning is to be fully appreciated, its evaluation
should be seen as an integral part of all school self evaluation.”

(in McNicol, Sarah “ Incorporating library provision in school self-evaluation”,


pág. 7)

À medida que, através da literatura disponibilizada, vou aprofundando o meu


conhecimento dos estudos e investigações realizadas no que respeita ao papel das
bibliotecas escolares e importância da auto-avaliação, tenho-me apercebido que o
MABE é um documento que corresponde inteiramente aos objectivos e metodologias
propostos. É perfeitamente entendível que toda a concepção e investigação se baseia
em experiências de países anglo-saxónicos que têm organizações escolares bem
diferentes da nossa, mas reconheço que o modelo faz um esforço de adaptação à
nossa realidade e que se encontra em consonância com os demais princípios e
directrizes emanadas para as escolas. Falta agora, na minha perspectiva, dotar as
escolas dos meios físicos e humanos que as adaptem as mudanças em curso.

Para esta tarefa, senti portanto necessidade de consultar documentação


referente à avaliação externa da escola (quadro de referência para a avaliação de
escolas e agrupamentos e tópicos para apresentação da escola), o projecto educativo
da minha escola e o relatório de avaliação externa da escola, realizado em 2008/09.

Retive dos documentos analisados as seguintes questões:

O Projecto Educativo refere, nos seus princípios e valores, a “implementação de


práticas de auto-avaliação individual, departamental e da escola como organização”;
nos objectivos e metas, surge uma única referência à BE “aumentar em 5%, num
período de três anos, o número de requisições domiciliárias dos diferentes livros
existentes na Biblioteca/CRE”; finalmente, nas atitudes e estratégias para concretizar
estes objectivos e metas diz “promoção, através da equipa da BE/CRE, do
desenvolvimento de hábitos de leitura na população escolar”. Noutras estratégias
refere ainda, embora sem referir a BE, “divulgação de materiais de ensino de qualidade
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para os diversos níveis de ensino (grelhas de observação, de avaliação, fichas de


trabalho, testes de avaliação, textos pedagógicos…)”, “promoção de uma eficiente
circulação da informação, organizando e dinamizando os meios existentes e
desenvolvendo outros, nomeadamente um Jornal Escolar em papel e digital, Website,
plataforma digital, exposições, divulgação de notícias nos órgãos de comunicação
locais” e “colaboração com o coordenador das TIC e com outros responsáveis pelas
áreas da novas tecnologias no desenvolvimento de uma inteligência conectiva e da
cidadania digital na população escolar.”

Quanto ao relatório de avaliação externa, da responsabilidade da IGE, encontrei


as seguintes referências “boa dinamização da biblioteca, bem apetrechada, em torno
de projectos de literacia e de desenvolvimento de escrita e de estudo”, “ a auto-
avaliação ainda não assume uma dimensão institucional” e, como um dos pontos
fracos da escola “um modelo de auto-avaliação institucional pouco abrangente e
consolidado”.

Concluí, baseada nestas evidências e não apenas da minha percepção da


realidade que, na minha escola, existem bons princípios em relação a processos de
auto-avaliação mas poucas práticas correctamente implementadas e que a BE surge
um pouco marginal a estas questões e unicamente valorizada no que diz respeito à
promoção da leitura, deixando de lado questões muito importantes como a sua ligação
ao desenvolvimento curricular e promoção da literacia da informação e práticas
pedagógicas inovadoras neste novo contexto das competências digitais. Verifico, no
entanto, uma janela de oportunidade no facto de muitos professores levarem as suas
turmas à biblioteca para fazerem trabalhos de pesquisa e de, mesmo sem
acompanhamento do professor, muitos alunos a procurarem para a realização dos
seus trabalhos.

Tenho verificado também que a avaliação é uma questão muito delicada na


minha escola e que o trabalho colaborativo é ainda uma prática pouco comum e,
quando existe, se confina demasiado às áreas disciplinares, havendo alguma
resistência em relação ao trabalho feito pelos departamentos. Exemplo disso é a
alteração introduzida no Regulamento Interno, que passou a estabelecer a
obrigatoriedade mensal das reuniões de área disciplinar, relegando as de
departamento para duas por período, uma no início e outra no fim. Também não
existe qualquer forma partilhada de processos de avaliação, sendo esta feita apenas
pelos relatórios dos respectivos coordenadores, que são analisados pelo Director e
pelo Conselho Geral, ficando os professores completamente ausentes do processo e
sem conhecimento global dos resultados dessa avaliação interna.
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Existe também na minha escola alguma dificuldade de difusão da informação e


ausência de fóruns de discussão que possam motivar toda a comunidade para
reflexões conjuntas e compreensão da necessidade de haver uma avaliação baseada
em evidências e uma visão partilhada por todos, em que todos possam avaliar de que
forma podem dar o seu contributo e beneficiar do contributo dos outros para a
melhoria dos resultados globais que realmente interessam, i. e., o sucesso educativo
dos alunos. No meu ponto de vista, a direcção da escola não tem conseguido
transmitir aos professores esta necessidade nem tem criado as condições físicas e
psicológicas para que este trabalho se realize, sendo exemplo disso a falta de tempos
comuns disponíveis a todos os professores, de modo a poderem realizar-se actividades
que envolvam toda a escola. Não considero que esta crítica abranja a intenção da
direcção, antes pelo contrário, penso que o director sente a necessidade de envolver
toda a escola nestes princípios, apenas não o tem conseguido pôr em prática por não
estar a usar as estratégias mais adequadas e daí obter mais ou menos
sistematicamente uma reacção negativa da parte dos professores.

Assim, penso já ter respondido, pelo menos em parte, à questão da capacidade


de resposta da minha escola ao processo de auto-avaliação em geral e, por maioria de
razão, ao da biblioteca escolar em particular, identificando alguns factores que podem
ser inibidores do mesmo.

Considero, no entanto, que há ainda outros factores, intrínsecos ao próprio


modelo e que se prendem com: a quantidade de tempo que tem de ser consumido na
elaboração e tratamento de documentos de suporte das evidências a analisar e a
colaboração que também ser dada pelos professores, que, também eles já têm o
tempo muito sobrecarregado de trabalho; a dificuldade do professor efectuar registos
de observação de processos e resultados de aprendizagem, o que só conseguirá fazer
com colaboração dos outros professores; e, finalmente, o professor bibliotecário
resistir a tentação de tentar fazer tudo de uma vez, já que lhe são pedidas bastantes
tarefas, mesmo considerando que poderá (e deverá) seleccionar e delinear no tempo e
no espaço as diversas áreas da sua intervenção. Tal como Elspeth Scott diz no
document “How good is your school library resource centre? An introduction to
performance measurement “, página 7,”It is tempting to try and address all your
problems at once, but trying to do too much will only result in nothing being
satisfactorily achieved.”

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2. Plano de acção que contempla o conjunto de medidas necessárias a alteração da


situação e à sua consecução com sucesso

Não tendo pretensões (nem tempo) para formular aqui um plano de acção
totalmente rigoroso e bem trabalhado, deixarei aqui algumas das medidas que tenho
consciência de que terei de tomar para conseguir cumprir o modelo de auto-avaliação
da biblioteca escolar que coordeno e fazê-lo ser aceite pela escola.

Em primeiro lugar, e assumindo que tenho que ser líder do processo e que tenho
boa aceitação e respeito por parte da comunidade escolar, continuarei a tentar que o
Conselho Pedagógico discuta duas questões fundamentais. A mais importante prende-
se com os maus resultados dos alunos, reflectidos no lugar obtido pela escola nos
rankings dos exames nacionais, e pela desmotivação, falta de empenho, falta de
objectivos, comportamento displicente (por vezes até indisciplinado) e fracos
resultados escolares revelados pelos alunos e demonstrado pela leitura das actas das
reuniões intercalares realizadas no fim de Outubro.

Em segundo lugar, dar conhecimento ao mesmo conselho dos princípios,


objectivos, orientações e metodologias do modelo de autoavaliação das bibliotecas
escolares e relacioná-lo de uma forma evidente com a avaliação interna e externa da
escola. Aproveitarei a existência de uma comissão de avaliação no C. P. para me
integrar nela (mais uma! Já estou na do Projecto Educativo e na do Regulamento
Interno) e tentar produzir documentos que ajudem toda a comunidade escolar a
identificar as prioridades, definir as questões-chave, recolher e analisar dados,
sintetizar a informação e divulgá-la à comunidade. Relativamente à avaliação das
escolas Sarah McNicol refere em “Incorporating library provision in school self-
evaluation”, página 5, que “it is likely to create less work for busy library staff if the
method of self-evaluation can be adapted to serve both purposes if necessary”.

Em terceiro lugar, fazer um diagnóstico real e objectivo do contributo que a


biblioteca tem dado no desenvolvimento do trabalho de professores e alunos, baseado
nos relatórios dos coordenadores que me antecederam, e pedir sugestões aos
professores (através dos coordenadores de departamento) aos alunos e aos pais
(através dos directores de turma) sobre a forma de melhorar os serviços da BE e
consequentemente melhorar as atitudes e o comportamento dos alunos. Entrevistas e
debates (formais ou informais) também podem dar informação valiosa.

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Em quarto lugar, criar uma espécie de comité de aconselhamento, como


sugerido por Doug Johnson em “Getting the most of your school library media
program”, página 2, em que representantes dos vários intervenientes do processo
educativo, professores, alunos e pais, possam reunir regularmente e dar o seu
contributo para o plano de desenvolvimento da BE.

Em quinto lugar, encontrar formas de tornar o trabalho desenvolvido pela BE


efectivamente também útil e visível para os professores, por exemplo, encontrando
formas de planificar e ensinar em equipa, ou avaliar com os professores as unidades
curriculares que incluem a literacia da informação e as competências tecnológicas.
Criar registos de utilização da BE por parte dos professores, à semelhança do que já se
faz com os alunos, de modo a se encontrarem evidências da utilização da BE e seus
recursos na planificação das actividades lectivas dos professores.

Em sexto lugar, criar uma “evidence box” com cópias dos trabalhos que os alunos
realizaram com recurso à BE, recolher feedback dos departamentos sobre o impacto
do uso das tecnologias da BE nos trabalhos dos seus alunos e fazer sessões de
exposição desses trabalhos.

Ao longo de todos estes processos, ir sempre recolhendo evidências e analisando


dados de modo a que se possa fazer uma síntese de toda a informação recolhida e
proceder a elaboração do relatório de auto-avaliação da BE, que, finalmente, deve ser
discutido em conselho pedagógico, bem como o plano de melhoria. Esta síntese deve
também integrar o relatório de autoavaliação da escola, que deve mencionar o
impacto da BE na escola e no sucesso educativo dos alunos.

Chaves, 18 de Novembro de 2009

Mariana Mesquita Oliveira

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