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1. O documento discute três situações em que contribuições previdenciárias poderiam ser recuperadas: auxílio-creche, auxílio-doença e bolsa de estudo. Em todos os casos, o argumento é que esses benefícios não constituem remuneração salarial, e portanto não devem ser considerados na base de cálculo das contribuições.
1. O documento discute três situações em que contribuições previdenciárias poderiam ser recuperadas: auxílio-creche, auxílio-doença e bolsa de estudo. Em todos os casos, o argumento é que esses benefícios não constituem remuneração salarial, e portanto não devem ser considerados na base de cálculo das contribuições.
1. O documento discute três situações em que contribuições previdenciárias poderiam ser recuperadas: auxílio-creche, auxílio-doença e bolsa de estudo. Em todos os casos, o argumento é que esses benefícios não constituem remuneração salarial, e portanto não devem ser considerados na base de cálculo das contribuições.
Ncleo da Tese: No incidncia do INSS sobre o auxlio dado pelo empregador a funcionrio para ajuda de custo com auxlio creche, no constituindo, assim, espcie de remunerao salarial por no estar inserida na folha de pagamento.
Crdito previsto ou economia fiscal: Valores correspondentes contribuio previdenciria incidente sobre os valores pagos relativos ao auxlio creche pelo empregador.
Perodo: Prazo quinquenal podendo ser discutido judicialmente at decenal.
Fundamentos: Os fundamentos dessa tese, como no poderia deixar de ser advm da prpria legislao vigente: O artigo 28, I, da Lei n. 8.212/91, que trata do salrio de contribuio, dispe:
"Art. 28 - Entende-se por salrio-de-contribuio:
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remunerao auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer ttulo, durante o ms, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos servios efetivamente prestados, quer pelo tempo disposio do empregador ou tomador de servios, nos termos da lei ou do contrato, ou ainda, de conveno ou acordo coletivo de trabalho ou sentena normativa; (...)."
No entanto, a ajuda de custo destinadas a custeio de creche, bem como, pr- escolas (denominada auxlio creche) no se trata de retribuio pelo trabalho, pois no configura um ganho habitual, perfazendo assim apenas uma vantagem atribuda aos trabalhadores e seus familiares.
Mesmo se considerssemos como habitual, indiscutvel que o valor pago pelo empregador ao empregado como auxlio creche no se caracteriza, no se integra como base de clculo das contribuies previdencirias, tendo em vista que no tem natureza salarial a importncia recebida desta forma.
Isto posto, depreendemos no haver configurado carter remuneratrio, o que torna, assim, indevida a cobrana do INSS sobre esses valores, relativos ao auxlio creche dado pelo empregador.
Jurisprudncia: "(...) o Tribunal, considerando a relevncia da arguio de inconstitucionalidade do 2o do art. 22 da Lei 8.212/91, com a redao dada pela MP 1.523-14 (" 2o - Para os fins desta Lei, integram a remunerao os abonos de qualquer espcie ou natureza, bem como as parcelas denominadas indenizatrias pagas ou creditadas a qualquer ttulo, inclusive em razo da resciso do contrato de trabalho, ressalvado o disposto no 9o do art. 28."), por ofensa, primeira vista, aos artigos 195, I, que fala das contribuies sociais dos trabalhadores, incidente sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro, e 204, 4o ("Os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios, nos casos e na forma da lei.") todos da CF, com a interpretao dada, majoritariamente pelo Tribunal, expresso "folha de salrio" constante do inciso I do art. 195 da CF; bem como a convenincia da suspenso do dispositivo atacado vista da expressivo nmero de aes de restituio do tributo indevido que eventualmente
venham a ser propostas na hiptese de ser julgada procedente a ao direta, deferiu a liminar para suspender a eficcia do mencionado dispositivo. Precedente citado: RE 166.772-RS. ADIn 1.659-UF, rel. Min. Moreira Alves, (Informativo 94 do STF).
TRIBUTRIO. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. AUXLIO-CRECHE. NO-INCIDNCIA. RESP 217064 1. O auxlio-creche constitui-se numa indenizao pelo fato de a empresa no manter em funcionamento uma creche em seu prprio estabelecimento. 2. Ante sua natureza indenizatria, o auxlio-creche no integra o salrio-de- contribuio, base de clculo da Contribuio Previdenciria. 3. Recurso especial improvido.
EXECUO FISCAL. EMBARGOS DO DEVEDOR. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. AUXLIO CRECHE/BAB. ININCIDNCIA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. REDUO. AUSNCIA DE INTERESSE. RESP N 2288158/RS 1. Consoante reconhecido pelo prprio Ministro da Previdncia Social (Parecer CJ/n. 57/96), o reembolso-creche previsto na Portaria MTb 3.296/86 no integra o salrio de contribuio, sendo inequvoco a natureza indenizatria da verba. 2. Verba honorria. O recorrente no tem legtimo interesse de impugnar a parte da deciso que lhe foi favorvel. 3. Recurso especial improvido.
2. Contribuio Previdenciria: Auxlio Doena.
Ncleo da Tese: No incidncia das contribuies Previdencirias sobre verba relacionada ao perodo de afastamento de empregado, por motivo de doena, por quanto no se constitui em salrio.
Crdito previsto ou economia fiscal: Valores correspondentes contribuio previdenciria incidente sobre os valores pagos relativos ao Auxlio/salrio doena, que correspondem ao percentual de 25,8 % sobre o valor pago a ttulo de auxlio, adicionando-se, tambm, os valores relativos aplicao do percentual relativo contribuio SAT, que poder variar de 1% a 3%, bem como o percentual varivel relativo aposentadoria especial.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podendo ser discutido judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamentos: Dispe o artigo 60, pargrafo 3 da Lei n 8.213/91, que os valores pagos pela empresa nos primeiros quinze dias de afastamento do funcionrio de seu emprego por motivo de doena ( auxlio doena ) no se caracterizam como base de clculo das contribuies previdencirias , tendo em vista que no tem natureza salarial, porque no representa uma contraprestao de trabalho.
Jurisprudncia: Superior Tribunal de Justia 2 Turma Resp n 413824, Relator Ministro Paulo Medina, DJ 03.05.2002:TRIBUTRIO CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA AUXLIO DOENA EXAO NO DEVIDA INCIDNCIA APENAS SOBRE O SALRIO. No incide contribuio previdenciria sobre verba relacionada ao perodo de afastamento de empregado, por motivo de doena, porquanto no se constitui em salrio, em razo da inexistncia da prestao de servio no perodo.
Superior Tribunal de Justia 1 Turma Agravo n 421.633 - RS, Relator Ministro Francisco Falco: Cuida-se de agravo de instrumento tendente a viabilizar subida a esta Corte de recurso especial interposto, com fulcro no artigo 105, III, alnea a e c, da CF, contra acrdo proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4 Regio, que restou assim ementado ,
verbis: TRIBUTRIO. EMBARGOS EXECUO FISCAL CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA SOBRE AUXLIO DOENA. 1. O auxlio-doena tem natureza salarial, integrando, assim, a base de clculo da contribuio previdenciria. Alega a agravante violao ao artigo 60, 3, da Lei n 8.213/91, bem como divergncia jurisprudencial, aduzindo, em sntese que o auxlio-doena no tem natureza salarial porque no representa uma contraprestao de trabalho. O Tribunal a quo, na deciso que inadmitiu o recurso especial, entendeu que o dispositivo invocado como fundamento recursal no foi versado no acrdo recorrido e, que a divergncia no atendeu aos requisitos do artigo 541 do CPC. Relatados Decido. Verifico que a pretenso do agravante merece guarida. Em precedente anlogo, esta Corte manifestou-se no sentido de que no incide a contribuio previdenciria sobre o auxlio-doena, conforme se verifica no RESP n 22.333/SP, Relator Ministro Amrico Luz, DJ de 22.11.1993, assim ementado: PREVIDENCIRIO. AUXLIO DOENA, MAS, APENAS, SOBRE AS PARCELAS REFERENTES A REMUNERAO POR SERVIOS PRESTADOS. RECURSO NO CONHECIDO. Tais razes expendidas, com esteio no artigo 544 3, c/c o artigo 557, 1 - A, do CPC, conheo do agravo, para DAR PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
3. Contribuio Previdenciria: Bolsa Estudo.
Ncleo da Tese: No incidncia das contribuies Previdencirias sobre o auxlio dado pelo empregador a funcionrio para custeio de estudo por intermdio de bolsas de estudo, no constituindo, assim, espcie de remunerao salarial por no estar inserida na folha de pagamento.
Crdito previsto ou economia fiscal: Valores correspondentes contribuio previdenciria incidente sobre os valores pagos relativos a bolsa de estudo dada pelo empregador.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamentos: Conforme dispe o artigo 28, I, da Lei n. 8.212/91, os valores pagos pela empresa ao funcionrio a ttulo de bolsa de estudo, no se caracterizam como base de clculo das contribuies previdencirias, tendo em vista que no tem natureza salarial, no configurando ganho habitual.
Jurisprudncia: (...) o Tribunal, considerando a relevncia da arguio de inconstitucionalidade do 2o do art. 22 da Lei 8.212/91, com a redao dada pela MP 1.523-14 (" 2o - Para os fins desta Lei, integram a remunerao os abonos de qualquer espcie ou natureza, bem como as parcelas denominadas indenizatrias pagas ou creditadas a qualquer ttulo, inclusive em razo da resciso do contrato de trabalho, ressalvado o disposto no 9o do art. 28."), por ofensa, primeira vista, aos artigos 195, I, que fala das contribuies sociais dos trabalhadores, incidente sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro, e 204, 4o ("Os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios, nos casos e na forma da lei.") todos da CF, com a interpretao dada, majoritariamente pelo Tribunal, expresso "folha de salrio" constante do inciso I do art. 195 da CF; bem como a convenincia da suspenso do dispositivo atacado vista da expressivo nmero de aes de restituio do tributo indevido que eventualmente venham a ser propostas na hiptese de ser julgada procedente a ao direta, deferiu a liminar para suspender a eficcia do mencionado dispositivo. Precedente citado: RE 166.772-RS. ADIn 1.659-UF, rel. Min. Moreira Alves, (Informativo 94 do STF).
CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS. PRAZO DECADENCIAL. INCIDNCIA.SALRIO IN NATURA. AUXLIO ALIMENTAO E BOLSAS DE ESTUDO. 1. Antes do advento da Constituio Federal de 1988, o prazo prescricional/decadencial para as contribuies previdencirias era de 30 anos, tendo em conta a EC 08/77. 2. No interregno entre a EC 08/77 e a CF/88 as contribuies previdencirias no ostentavam natureza tributria, qualidade que retomaram com a CF/88, passando a se sujeitar s regras do CTN e, portanto, prescrio quinquenal. 3. No constituem salrio in natura e, portanto, no sofrem a incidncia de contribuio previdenciria as refeies oferecidas pelo empregador que so descontadas do salrio do empregado, assim como as cestas bsicas e as bolsas de estudos conferidas aos empregados, porquanto no se tratam de retribuio pelo trabalho,
cuidando-se de verdadeiro vestimento da empresa na qualificao dos trabalhadores. (Origem: TRIBUNAL - QUARTA REGIO; Classe: AC APELAO CIVEL 442954; Processo: 200104010652855 UF: PR rgo Julgador: PRIMEIRA TURMA Data da deciso: Documento: TRF400098606)
TRIBUTRIO. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. BOLSA DE ESTUDO. NO INTEGRA O SALRIO DE CONTRIBUIO. ARTIGO 28, I, DA LEI N. 8.212/91. ARTIGOS 457 E 458, DA CLT. 1. Os valores pagos a empregados a ttulo de bolsa de estudos no integram o salrio-de-contribuio, ante a ausncia do requisito da habitualidade, o qual lhe conferiria carter remuneratrio. Em consequncia, no h a incidncia de contribuio previdenciria. 2. Apelao e remessa oficial improvidas. (TRIBUNAL - QUARTA REGIO; Classe: AC - APELAO CIVEL 493338; Processo: 200204010123747 UF: RS rgo Julgador: PRIMEIRA TURMA; Data da deciso: Documento: TRF400090621)
4. Contribuio Previdenciria: Indenizaes e Bnus Trabalhistas.
Ncleo da Tese: Inconstitucionalidade da contribuio previdenciria incidente sobre indenizaes e abonos trabalhistas.
Crdito previsto ou economia fiscal: Economia oriunda da recuperao dos valores recolhidos a ttulo de contribuio previdenciria sobre parcelas indenizatrias, inclusive aquelas decorrentes da resciso de contrato de trabalho, bem como abonos de qualquer espcie, inclusive abono de frias.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamento(s): O art. 195, I da CF/88, dispe que a contribuio social do empregador incide sobre a folha de salrios. As verbas indenizatrias, tais como, aviso prvio indenizado, indenizao adicional e indenizao de tempo de servio possuem natureza jurdica indenizatria, portanto, no constituem salrio.
A CF/88, em seu artigo 195, par. 4 o ., c/c art. 154, inc. I, estabelece que podero ser institudas outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, mediante Lei Complementar. Trata-se do exerccio de competncia tributria residual da Unio Federal, que poder se efetuar apenas mediante Lei Complementar. Portanto, a matria relacionada contribuio previdenciria constante da MP 1523-7/97, que acrescentou o par. 2. Lei n. 8.212/91, deveria ser veiculada atravs de Lei Complementar, para que pudesse ser validamente exigida dos seus contribuintes.
Com a edio da Lei n. 9.528 de 10.12.97 (DOU de 11.12.96), o Governo Federal voltou atrs, tendo sido alterada a redao do par. 9. do art. 28 da Lei n. 8.212/91, que estabelece as parcelas indenizatrias que, por fora do disposto no par. 2. do art. 22 da mesma Lei, no integram a remunerao. Assim, a partir da Lei n. 9.528/97, a contribuio sob comento no mais incide sobre parcelas indenizatrias.
Jurisprudncia: Supremo Tribunal Federal - Ao Direta de Inconstitucionalidade n. 1659-6, Relator Ministro Moreira Alves, Pleno, v. u. em 27.11.97: "(...)Relevncia da fundamentao jurdica da arguio de inconstitucionalidade do par. 2 do artigo 22 da Lei n. 8.212/91 na redao dada pela Medida Provisria 1.523-13 e mantida pela Medida Provisria 1.596-14. Ocorrncia do requisito da convenincia da suspenso de sua eficcia. Suspenso do processo desta ao quanto s alneas "d" e "e" do par. 9. do artigo 28 da Lei n. 8212/91 na redao mantida pela Medida Provisria 1.523-13, de 23.10.97. Liminar deferida para suspender a eficcia "extunc", do par. 2 do artigo 22 da mesma Lei na redao dada pela Medida Provisria 1.596-14."
5. Contribuio Previdenciria: Licena Paternidade.
Ncleo da tese: No incidncia das contribuies previdencirias sobre verba relacionada ao perodo de afastamento de empregado, em razo do evento paternidade, porquanto no se constitui salrio.
Crdito previsto ou economia fiscal: At 28,8% do salrio do funcionrio em licena (20% INSS, 5,8% de Terceiros e de 1% a 3% de SAT). Calcula-se uma economia de 16,66% sobre a folha de cada empregado que se afastar.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamento(s): a licena-paternidade est prevista no artigo 7, XIX da Constituio Federal e no artigo 10, 1, do ADCT. Quando o empregado afasta-se em decorrncia da paternidade, ocorre a suspenso do contrato de trabalho, por cinco dias, em razo da licena concedida.
Desse modo, cessa a ocorrncia do fato gerador, qual seja, o pagamento de salrio, sendo ilegal a cobrana da contribuio previdenciria por parte da empresa empregadora, porquanto no se vislumbra contraprestao de trabalho pelo empregado durante os citados cinco dias de seu afastamento.
Jurisprudncia:(anloga) Superior Tribunal de Justia 2 Turma Resp n 413824, Relator Ministro Paulo Medina, DJ 03.05.2002:TRIBUTRIO CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA AUXLIO DOENA EXAO NO DEVIDA INCIDNCIA APENAS SOBRE O SALRIO. No incide contribuio previdenciria sobre verba relacionada ao perodo de afastamento de empregado, por motivo de doena, porquanto no se constitui em salrio, em razo da inexistncia da prestao de servio no perodo.
6. Contribuio Previdenciria: Licena Maternidade.
Ncleo da tese: No incidncia de contribuio previdenciria sobre a verba relacionada ao perodo de afastamento da funcionria, em razo de maternidade, pela inexistncia do fato gerador, qual seja, o pagamento de salrio pela empresa.
Crdito previsto ou economia fiscal: At 28,8% do salrio da funcionria em licena (20% INSS, 5,8% de Terceiros e de 1% a 3% de SAT).
Perodo:: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamento(s): O salrio maternidade pago pelo INSS durante 120 dias de licena garantidos pelas Leis n 8.212/91 e 8.213/91. Quando afastada a empregada em decorrncia da maternidade, ocorre a suspenso do contrato de trabalho, iniciando-se o dever do Estado, representado pela autarquia INSS, de prestar o benefcio previdencirio.
Configura-se, pois, ilegal a citada cobrana empresa empregadora em virtude da inexistncia de fato gerador, eis que o valor que passa a ser pago empregada no caracteriza salrio, tendo a mesma natureza que os proventos de aposentadoria ou auxlio doena.
Vale ressaltar ainda, que A contestao da cobrana previdenciria sobre o salrio- maternidade pode ter o primeiro processo transitado em julgado, devido a uma deciso do Superior Tribunal de Justia (STJ) que negou um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Caso o INSS no consiga apresentar outro tipo de recurso, deve permanecer como definitivo o entendimento do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5 Regio, que isentou uma empresa de Recife do recolhimento. (Valor Online, em 08/11/2004)
Jurisprudncia: (anloga) (...) o Tribunal, considerando a relevncia da arguio de inconstitucionalidade do 2o do art. 22 da Lei 8.212/91, com a redao dada pela MP 1.523-14 (" 2o - Para os fins desta Lei, integram a remunerao os abonos de qualquer espcie ou natureza, bem como as parcelas denominadas indenizatrias pagas ou creditadas a qualquer ttulo, inclusive em razo da resciso do contrato de trabalho, ressalvado o disposto no 9o do art. 28."), por ofensa, primeira vista, aos artigos 195, I, que fala das contribuies sociais dos trabalhadores, incidente sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro, e 204, 4o ("Os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios, nos casos e na forma da lei.") todos da CF, com a interpretao dada, majoritariamente pelo Tribunal, expresso "folha de salrio" constante do inciso I do art. 195 da CF; bem como a convenincia da suspenso do dispositivo atacado vista da expressivo nmero de aes de restituio do tributo indevido que eventualmente venham a ser propostas na hiptese de ser julgada procedente a ao direta, deferiu a liminar para suspender a eficcia do mencionado dispositivo. Precedente citado: RE 166.772-RS. ADIn 1.659-UF, rel. Min. Moreira Alves, (Informativo 94 do STF).
7. Contribuio Previdenciria: 1/3 Constitucional de Frias.
Ncleo da Tese: No incidncia do INSS sobre o tero constitucional de frias, posto que no se constitui em espcie de remunerao salarial.
Crdito previsto ou economia fiscal: Valores correspondentes contribuio previdenciria incidente sobre os valores relativos ao tero constitucional de frias.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamentos: Apesar da legislao (vide jurisprudncia abaixo) exigir o INSS sobre o 1/3 constitucional relativo remunerao de frias, esse valor no se integra como base de clculo das contribuies previdencirias, tendo em vista que no tem natureza salarial a importncia recebida a ttulo de frias, ainda que habitual.
Jurisprudncia: "(...) o Tribunal, considerando a relevncia da arguio de inconstitucionalidade do 2o do art. 22 da Lei 8.212/91, com a redao dada pela MP 1.523-14 (" 2o - Para os fins desta Lei, integram a remunerao os abonos de qualquer espcie ou natureza, bem como as parcelas denominadas indenizatrias pagas ou creditadas a qualquer ttulo, inclusive em razo da resciso do contrato de trabalho, ressalvado o disposto no 9o do art. 28."), por ofensa, primeira vista, aos artigos 195, I, que fala das contribuies sociais dos trabalhadores, incidente sobre a folha de salrios, o faturamento e o lucro, e 204, 4o ("Os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios, nos casos e na forma da lei.") todos da CF, com a interpretao dada, majoritariamente pelo Tribunal, expresso "folha de salrio" constante do inciso I do art. 195 da CF; bem como a convenincia da suspenso do dispositivo atacado vista da expressivo nmero de aes de restituio do tributo indevido que eventualmente venham a ser propostas na hiptese de ser julgada procedente a ao direta, deferiu a liminar para suspender a eficcia do mencionado dispositivo. Precedente citado: RE 166.772-RS. ADIn 1.659-UF, rel. Min. Moreira Alves, (Informativo 94 do STF).
8. Contribuio Incra.
Ncleo da Tese: Ilegalidade da cobrana da contribuio ao INCRA de empresas urbanas.
Crdito previsto ou economia fiscal: Economia oriunda da recuperao dos valores recolhidos a ttulo de contribuio ao INCRA (0,2% sobre a folha de salrios).
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamento(s):O INCRA no desempenha quaisquer atividades relacionadas com as empresas urbanas, portanto, a contribuio ao INCRA tem como finalidade atividade alheia ao empregador/empregados urbanos.
Por outro lado, verifica-se tambm que o INCRA no desempenha nenhuma atividade previdenciria.
A contribuio devida pelo empregador estritamente vinculada existncia da relao de emprego. E, em virtude do emprego que o trabalhador torna-se beneficirio da previdncia social.
Segundo Ruy Barbosa Nogueira, se a Constituio Federal estabelece que todos so iguais perante a lei, qualquer ato normativo inferior Constituio que venha a obrigar, por exemplo, os empregadores ou empregados da categoria do trabalho urbano, que j contribuem para a previdncia social de sua categoria, a pagar contribuio social para outra categoria, como por exemplo, para a categoria rural, no s estar exacerbando a cobrana e acarretando bis in idem econmico-financeiro mas tambm infringindo o princpio constitucional da igualdade, por meio da distino e da discriminao entre o trabalho urbano e trabalho rural.
Com efeito, as empresas vinculadas exclusivamente previdncia urbana somente a esta devem contribuir, pela impossibilidade de superposio contributiva.
Jurisprudncia: Superior Tribunal de Justia Embargos de Divergncia no REsp n. 173380/DF, DJ 05.03.2001: TRIBUTRIO. CONTRIBUIO PARA O FUNRURAL. EMPRESA VINCULADA EXCLUSIVAMENTE PREVIDNCIA URBANA. IMPOSSIBILIDADE DE SUPERPOSIO CONTRIBUTIVA. EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS. 1. No de se exigir o pagamento das contribuies relativas ao FUNRURAL e ao INCRA, das empresas vinculadas exclusivamente Previdncia Urbana em face da impossibilidade da superposio contributiva. 2. Embargos conhecidos, porm, rejeitados.
Tribunal Regional Federal da 4 a . Regio - Apelao Cvel n. 90.04.04000- 5/RS, DJ 09.07.97: TRIBUTRIO. EMPRESA QUE ATUA NO COMRCIO DE VECULOS E PEAS. CONTRIBUIO AO FUNRURAL E AO INCRA. INADMISSIBILIDADE DA COBRANA. A contribuio de que trata o art. 15, II, da Lei Complementar n. 11/71, destinada em parte ao FUNRURAL e parte ao INCRA, no pode ser exigida de empregador urbano cuja empresa exera atividade completamente dissociada do meio rural, como o caso de comrcio de veculos, peas e acessrios de fabricao nacional e ou estrangeiro.
9. Folha de Salrios: Vale Transporte e Outros.
Ncleo da Tese: Ilegalidade da incluso, na base de clculo da contribuio social incidente sobre a folha de salrios, de valores que no constituem remunerao ao trabalho.
Obs.: Outros itens tambm compem a folha de pagamento, porm a incidncia das contribuies sociais sobre eles igualmente se mostra ilegal, tais como: vale alimentao (cestas bsicas), vale refeio, incidncia sobre as horas de descanso e refeio, entre outros.
Nesses casos, a aplicao legislativa e jurisprudencial, se aplicam da mesma forma que a questo do Vale Transporte aqui debatido, razo pela qual, faremos apenas a apresentao desse item em especfico, mas que, no entanto, deve ser usado como base a todos os demais itens citados.
Crdito previsto ou economia fiscal: O adquirente da tese obter uma economia fiscal equivalente aos valores que vem dispendendo a mais, em virtude da incluso de valores indevidos na base de clculo do tributo em questo.
Perodo: ltimos 05 (cinco) anos, podem ser discutidos judicialmente os ltimos 10 (dez) anos conforme tese do prazo decenal.
Fundamentos: a presente tese assenta-se nas disposies dos Arts. 23, 2 o e 28 9 o , da Lei n 8.212/91, conforme os tem interpretado o Superior Tribunal de Justia.
Jurisprudncia: PREVIDENCIRIO. SALRIO-DE-CONTRIBUIO. AUXLIO-CRECHE/ BAB E VALE-TRANSPORTE. CONTRIBUIO PREVIDENCIRIA. AUSNCIA DO DESCONTO LEGAL. INCIDNCIA. PRECEDENTES. 1. Recurso Especial interposto contra Acrdo segundo o qual o auxlio- creche/bab e o vale-transporte, em face da natureza indenizatria, no integram o salrio-de-contribuio. 2. O auxlio-creche/bab e o vale-transporte, quando descontados do empregado no percentual estabelecido em lei, no integram o salrio-de- contribuio para fins de pagamento da previdncia social. 3. Situao diversa ocorre quando a empresa no efetua tal desconto, pelo que passa a ser devida a contribuio para a previdncia social, porque tal valor passou a integrar a remunerao do trabalhador. No caso, tm os referidos benefcios natureza utilitria em prol do empregado. So ganhos habituais sob forma de utilidades, pelo que os valores pagos a tal ttulo integram o salrio-de-contribuio. 4. Precedentes da Primeira Turma desta Corte Superior. 5. Recurso provido. (grifo nosso) (RESP n 408450/RS. STJ, 1 a Turma, Rel. Min. Jos Delgado).