Sie sind auf Seite 1von 3

Aula Teórica: 24 Novembro 2008

Regra da especificação: Art. 105º n.º 3 CRP e Art. 8º LEO (lei de


enquadramento orçamental)

Art. 105º nº3 CRP “O Orçamento é unitário e especifica as despesas segundo a


respectiva classificação orgânica e funcional, de modo a impedir a existência
de dotações e fundos secretos, podendo ainda ser estruturado por programas”.
3 tipos de classificações relativos às despesas (presentes na CRP): orgânica,
funcional, por programas.

LEO classifica as despesas e as receitas, a CRP só as despesas e a LEO


mesmo relativamente às despesas é mais exigente e introduz a classificação
económica.
Relativamente às receitas a classificação que se exige (a mais comum) é a
classificação económica.
As classificações são formas distintas de visualização de uma mesma
realidade (que é um acervo monetário cuja afectação e distribuição se pretende
fazer).
A especificação visa discriminar, apresentar as receitas e as despesas.
Tradicionalmente e marca distintiva da orçamentação de meios (orçamentação
como forma de controlo) em que o grau de detalhe é um meio de controlo.
A classificação económica é a que tem um grau de detalhe maior (vai ao ponto
de saber quanto é que um serviço da administração gasta em papel). Se a
verba destinada a algo for desviada para outro fim caímos no campo das
alterações orçamentais (quem determina as alterações orçamentais do dia a
dia são os dirigentes dos serviços; quanto a alterações de grandes rubricas
orçamentais de despesas essas têm de ir ao ministro da pasta por ventura ao
das finanças, algumas até à AR).

Justificações e vantagens do controlo:


Pretende-se evitar que haja dinheiros que possam ser utilizados de forma
confidencial e secreta (art. 105º nº3 CRP). Daí que todas as dotações tenham
de estar denominadas e especificadas. Não podem existir dinheiros não
dotados (os “tais sacos azuis”) e estas dotações têm de ser correctamente
denominadas e descriminadas.
A dotação provisional aparece sempre especificada para cada ministério na
LEO (ex. art.8º n.º5 LEO- No orçamento do Ministério das Finanças será
inscrita uma dotação provisional destinada a fazer face a despesas não
previsíveis e inadiáveis). Têm cumulativamente de ser despesas imprevisíveis
e inadiáveis, por ex. as despesas resultantes de uma calamidade pública.
Se aparecer um “fundo maravilha” na LOE (lei do orçamento de Estado) tem de
ser explicado/justificado para que serve no articulado da LOE (por ex. fundo
para fazer face a despesas com equipamento). Esta é uma das funções do
articulado da LOE.
As receitas classificam-se de um modo geral através da classificação
económica.
As despesas através de uma classificação económica, orgânica, funcional e
eventualmente por programas.
Em certos casos a orçamentação por programa é mesmo obrigatória (art.18º
n.º3 LEO).

Classificação Económica:
Está prevista quer em relação às receitas quer em relação às despesas.
A estrutura dos códigos de classificação económica das receitas e classificação
económica e funcional das despesas é feita por decreto-lei - Art. 8º nº 7 LEO.
Decreto-Lei 26/2002, 14 Fevereiro é o actual classificador económico das
despesas e receitas do Estado (também é relevante para a estrutura da
classificação orgânica).
A classificação económica separa as receitas e despesas correntes e receitas
e despesas de capital.
Receitas correntes e receitas de capital: regidas pelo anexo (mapa) nº1 por
remissão do art. 32º LEO.
Mapa nº1 tem um grau de detalhe que tem de ser seguido no Orçamento de
Estado.
Ver no mapa a diferença entre despesas correntes e de capital e dentro das
correntes as mais importantes, e ver o mesmo em relação às receitas.
Activos financeiros são receitas relativas à concessão de crédito por parte do
Estado, são no fundo uma despesa mas entram no activo financeiro, porque a
posição de credor do Estado sai reforçada (Estado concede um empréstimo a
uma entidade qualquer mas estamos na fase em que o Estado recebe do seu
devedor a amortização respectiva da dívida) inscrevem-se as entradas de
capital referentes ao pagamento da dívida dos terceiros relativamente ao
Estado. Activos financeiros (capitulo 11) porque o Estado recebe a amortização
do devedor.
Já nos passivos financeiros (presentes no capítulo12) é o Estado que se
assume como devedor. O passivo financeiro sobre forma de receita retrata a
entrada de dinheiro sobre a forma de crédito público, o Estado recebe uma
receita mas é uma receita que vai endividar, gera-se uma situação de passivo
financeiro.
Classificação económica das despesas públicas:
Sob a forma de activo financeiro: é o estado que realiza uma despesa, que é a
concessão de um crédito a uma outra entidade (agrupamento 9)
Passivos financeiros (agrupamento 10): o Estado realiza uma despesa, mas
está em posição de devedor, é a despesa que tem quando amortiza a dívida
pública que tem para com terceiros. Esta despesa é uma despesa não efectiva,
porque ela significa a supressão de uma situação de passivo financeiro do
Estado.

Qualificação dos juros da dívida pública: (uma despesa com a amortização de


dívida é uma despesa de capital e simultaneamente uma despesa não efectiva)
os juros são um encargo corrente da dívida (agrupamento 3).
O pagamento de juros não implica uma diminuição do passivo financeiro.
Os juros são uma despesa efectiva, efectiva saída de capital da tesouraria do
Estado sem implicar a redução do passivo financeiro.
Anexo 3: notas explicativas do classificador económico.
Classificação orgânica: revelar as receitas e despesas do Estado de acordo
com a estrutura orgânica do Estado, esta classificação é algo volátil e flexível,
porque a estrutura orgânica dos Governos é móvel. A estrutura da classificação
orgânica apresentada no orçamento de Estado depende da estrutura orgânica
do Governo.
Encargos dos ministérios, o orçamento depende da “importância” que o
governo dá a cada ministério (essa graduação está na LOG, depende de ideias
políticas).
Encargos gerais de soberania, área que não corresponde a nenhum ministério
(AR, Tribunais…).

Classificação funcional: é uma classificação uniformizada (à semelhança da


classificação económica – uniformização das regras da UE e do FMI) das
regras do FMI.
O mapa da classificação funcional não tem grande detalhe.
Decreto-lei nº171/94, 24 Junho tem 2 anexos o nº1 com detalhe o nº2 com
menor detalhe, a classificação funcional para aspectos da LOE segue o anexo
2.

Prox. Aula: conteúdo e aprovação da LOE.

Susana Pires Sub. 11

Das könnte Ihnen auch gefallen