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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE DARQUE

EB1 - JI DE CALVÁRIO, VILA FRANCA

2009-2010

EDUCADORA DE INFÂNCIA
Maria Jesus Rocha Costa de Sousa
Projecto Curricular de Grupo 2009-2010

Se abriu este documento, continue… é porque se interessa pelo futuro!


Porque este documento fala de Educação.
E porque a Educação é a única maneira de continuar a olhar em frente…
Quando se diz bom-dia, é Educação;
Quando se aprende a andar ou a falar, é Educação;
Quando se aprende a ler ou a Ser, é Educação;
Quando se planta uma árvore, ou se deixa de poluir, é Educação.
Quando se passa por um museu, um teatro, uma igreja ou um lugar histórico
e se entende o que significam, é Educação.
A Educação é o maior património de um ser humano.
Porque Educação não é só aprender a ler ou a escrever…
Educação é ser capaz de apreender o próprio país e todo o mundo.
E, nesse processo, aprender tudo sobre si mesmo.
2
Muito mais até, pois Educação são todos a aprender sobre todos.
Educação é quando 10 milhões de pessoas perguntam quem somos e para onde vamos.
Educação é quando descobrem a magia e o poder das respostas:
Quando descortinam que é de pequenino que se começa e que nunca é cedo demais,
nem tarde demais para que a Educação aconteça.
Quando se põe em prática uma Educação participada, colaborativa,
construída por todos e por cada um.
Quem tem Educação, tem muito mais que um país, tem uma nação!
Educação é um processo que começa no berço e não termina nunca...
e que se chama futuro.
A Educação é tudo.

Educadora de Infância – Maria Jesus Rocha Costa de Sousa


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ÍNDICE
Pág.

I - Caracterização sumária do meio 4

II - Diagnóstico Inicial: 6

2.1 - A caracterização do grupo – turma 6


2.1.1 - Identificação de interesses e necessidades 9
2.1.2 - Levantamento de recursos disponíveis 10
2.1.3 – Metas e objectivos a atingir 11
III - Fundamentação das Opções Educativas 15

IV - Metodologias: 17

4.1 - A metodologia utilizada 17


V - Organização do Ambiente Educativo: 20

5.1 - A organização do grupo-turma 20


5.2 - A organização do espaço 20 3
5.3 - A organização do tempo 21
5.4 - A organização da equipa 23
5.5 - A organização do estabelecimento 24
Organigrama do ambiente educativo da sala de actividades 25
VI - Intenções de trabalho para o ano lectivo 26

6.1 - Estrutura Curricular definida nas três Áreas de Conteúdo: 26


6.1.1 - Área de Formação Pessoal e Social 26
6.1.2 - Área do Conhecimento do Mundo 28
6.1.3 - Área de Expressão e Comunicação 29
VII - Procedimentos de Avaliação 34

VIII - Relação com as famílias e outros parceiros educativos 36

IX - Comunicação de resultados e divulgação da informação 38

X - Planificação das actividades 39

Referências 40

Apêndices 43

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I – CARACTERIZAÇÃO SUMÁRIA DO MEIO

Vila Franca do Lima situa-se ao longo da margem esquerda do Rio Lima, sendo uma freguesia semi-
rural que pertence ao concelho e distrito de Viana do Castelo. Tem como freguesias limítrofes Mazarefes, a
Ocidente; Vila Fria, a Sudoeste; Vila de Punhe, a Sul; Subportela, a Oriente; e Portuzelo, Serreleis e
Cardielos, a Norte e na margem oposta do Rio Lima.
Vila Franca do Lima possui uma área de mais de 9 km² e cerca de 1832 habitantes espalhados pelos
dezassete lugares. Tendo por base os estudos demográficos realizados nas últimas décadas, a freguesia
registou um crescimento populacional gradual e contínuo. Actualmente, tem um índice de povoamento
mediano, rondando os 2000 habitantes.
Tal como na restante região Minhota, na freguesia de Vila Franca o sector primário ainda se encontra
presente, caracterizando-se por uma agricultura tradicional, praticada em pequenos campos, segundo
técnicas ainda rudimentares.
Quanto ao sector secundário, este demonstra uma dinâmica assinalável, podendo assim considerar-
se predominante. Nesta freguesia existem indústrias de transformação de madeiras, têxteis, de produtos
alimentares, de peças para automóveis, entre outras. Paralelamente assiste-se, um pouco por toda a
4
freguesia, à expansão do sector terciário, com o crescimento do comércio e a criação de serviços essenciais
ao bem-estar da população. No entanto, convém realçar que também a agricultura tem uma representação
significativa nesta freguesia. Apesar de a maior parte da agricultura existente ter como único fim a
subsistência, 10% são médias propriedades com alguma rentabilidade. Relativamente ao comércio, Vila
Franca dispõe dos requisitos básicos necessários.
Relativamente ao desenvolvimento cultural, existem diversas associações com dinamizações a
diversos níveis. Neste sentido, é importante realçar a Conferência de São Vicente de Paulo de Vila Franca,
tendo como incumbência auxiliar os mais desfavorecidos socialmente; a Casa do Povo de Vila Franca, que
leva a cabo actividades de índole social e cultural; o Futebol Clube de Vila Franca; a Associação Cultural e
Recreativa de Vila Franca, que tem por hábito promover várias provas de Atletismo, Ciclismo, BTT, Torneios
de Futebol de Salão (masculino e feminino), Torneios de tiro ao alvo e que tem em vigor uma equipa de
Judo, constituída por cerca de vinte atletas. No âmbito da área Cultural/Recreativa, esta instituição
costuma desenvolver diversas actividades, como a reconstituição de Jogos Tradicionais, Festas Populares,
Exposições de Artesanato, Trajes e Costumes, Realização de Festas-Convívio, Passeios Cicloculturísticos,
entre outras; o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Vila Franca, etc.
O Centro Social e Paroquial de Vila Franca é uma Instituição de Solidariedade Social que presta
serviços de cariz social, em diversas áreas, levadas a cabo em diferentes instalações. Este organismo dispõe
de uma Creche, com lotação de quarenta crianças; um Centro de Actividades de Tempos Livres dos seis aos

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doze anos, para cinquenta crianças; um Centro de Dia com capacidade para vinte utentes; Apoio
Domiciliário destinado a, no máximo, vinte e cinco idosos; apoio Domiciliário Integrado para dez utentes e
um Lar de Idosos, com vinte e seis camas.
No que respeita a tradições, Vila Franca do Lima destaca-se pela Festa das Rosas.. Esta festa, de
carácter religioso, consiste principalmente numa romaria à Nossa Senhora do Rosário. Com a chegada da
estação primaveril, surgem na região Limiana, especialmente no concelho de Viana do Castelo, diversas
romarias enquadradas nas festividades do “ciclo da floração”. No entanto, foi a freguesia de Vila Franca e o
génio artístico das suas gentes, que adoptou esta tradição como património e, transformou só simples
“braçados de flores” ou “leva de flores”, nos inconfundíveis “cestos floridos”. Estes cestos são hoje uma das
mais sublimes manifestações de arte popular em Portugal, inconfundível tesouro da cultura da nossa região
e do nosso país. Com os “cestos floridos” os habitantes de Vila Franca dão largas ao seu espírito artístico e
conhecimento científico, apurando técnicas e criando uma arte popular1.

1
Ver Apêndice 2 – Caracterização do contexto educativo.

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II – DIAGNÓSTICO INICIAL

2.1 – CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO – TURMA

O grupo de crianças que frequenta esta sala é formado por vinte elementos, distribuídos como se
segue (idade referente a Dezembro 2009):
Meninos Meninas Totais
5 anos 7 6 13
4 anos 3 3 6
3 anos 1 0 1
Totais 11 9 20
A caracterização individual de cada criança encontra-se em Apêndice 2, e baseou-se, tal como a
caracterização do grupo, na observação, tendo por referência as Áreas de Conteúdo definidas nas
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE), podendo resumir-se ao seguinte:

Áreas de Conteúdo das OCEPE Principais características do grupo


6
 Formação Pessoal e Social: O grupo que frequenta esta sala inclui 18 crianças que já
pertenciam ao mesmo no ano lectivo anterior e 2 novos
elementos que frequentam pela primeira vez o Jardim de
Infância.

 Educação emocional Inclui crianças muito activas, que gostam de se envolver em


diversas brincadeiras, embora tendam frequentemente a
imitar as áreas de escolha e os comportamentos umas das
outras; normalmente aderem com algum entusiasmo às
propostas dos adultos; o grupo possui alguns elementos
menos participativos, que não colaboram em grande grupo
como seria desejável; algumas das crianças não conseguem
ainda respeitar o outro, nomeadamente dando-lhe tempo/
espaço para falar/ brincar, tendendo a monopolizar um
pouco os momentos de grande grupo ;

 Identidade pessoal e auto-estima Apresentam, à primeira vista, um nível normal de auto-


estima, identificando-se a si próprias e aos outros como
iguais e membros de um grupo;

 Autonomia e responsabilidade A maior parte as crianças são autónomas na resolução das


suas necessidades do dia-a-dia, embora haja alguns
elementos que manifestam maiores dificuldades a este
nível;
São crianças com alguma dificuldade em estarem atentas e
concentradas quando necessário, custando-lhes adaptar o
seu comportamento à situação vivenciada.

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 Educação para os valores e para a Já têm alguma consciência do que devem e não devem
cidadania fazer, bem como conseguem prever algumas consequências
das suas acções; no entanto, custa-lhes a assumir a
responsabilidade pelos seus actos, situação que tem vindo a
ser trabalhada no dia-a-dia na sala (nomeadamente a
insistência no arrumar dos materiais que desarrumou); São
capazes de chamar a atenção do adulto quando alguém não
se comporta de acordo com as normas estabelecidas em
grupo, mas, quando envolvidas nas actividades, por vezes
contornam/desrespeitam as regras de modo a prosseguirem
os seus objectivos.

 Educação para a diversidade O grupo inclui uma criança com Síndrome Dismórfico que é
reconhecida como diferente, mas também acarinhada e
ajudada por todos. Quanto a outra criança que manifesta
algumas dificuldades, a reacção do grupo é, por vezes, rir-se
dos seus insucessos, o que terá se ser continuamente
trabalhado.

 Educação sexual As meninas manifestam preferência pela companhia umas


das outras, o mesmo acontecendo com o grupo dos rapazes,
situação que é favorecida pelo gosto por brincadeiras
semelhantes – as meninas preferem largamente a área do
faz-de-conta e os meninos a área de
construções/informática; Os papéis sociais do homem e da 7
mulher são replicados na área do faz-de-conta, dentro dos
parâmetros habituais para a idade.

 Educação para a saúde Aparentam ter já algumas noções de Educação para a Saúde,
sendo cuidadosos na higiene pessoal quotidiana em
contexto escolar. Estas serão consolidadas ao longo do ano
lectivo, nomeadamente quanto à aquisição de bons hábitos
no que diz respeito à Gripe A e à Alimentação.

Área a necessitar de atenção/intervenção


principalmente para os seguintes
elementos

 Conhecimento do Mundo:

 Conhecimento social Parecem conhecer relativamente bem o meio em que vivem,


movimentando-se com à vontade e confiança, quer na
escola, quer na sua freguesia;

 Educação ambiental Estão já despertas para a importância da separação selectiva


dos lixos produzidos em contexto escolar, que já fizeram e
irão continuar a fazer em contexto escolar. Para além disso,
iniciarão a compostagem.

 Conhecimento científico Embora denotem já ter participado em algumas experiências


de cariz científico, parecem precisar de consolidar o seu

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interesse por este tipo de actividades, bem como pela


pesquisa e investigação sobre assuntos do seu interesse,
através do questionamento e do envolvimento nesse tipo de
tarefas.

Área a necessitar de atenção/intervenção


principalmente para os seguintes
elementos:

 Expressão e Comunicação:

- Domínio das Expressões

 Expressão motora Neste âmbito as crianças apresentam, no geral, um


desenvolvimento motor normal para a idade, sendo que na
motricidade ampla não manifestam dificuldades ao nível das
habilidades motoras de base; No que se refere à motricidade
fina, várias crianças precisam de trabalhar a precisão do
recorte.

 Expressão dramática Todas demonstram prazer em actividades de jogo simbólico


e expressão dramática, manifestando interesse em
desempenhar papéis diversificados, embora algumas o
façam de modo mais discreto.
8
 Expressão plástica No que diz respeito a este aspecto, vários elementos do
grupo têm alguma dificuldade em representar graficamente
as suas vivências e histórias de modo realista
; No recorte e colagem quase todas as crianças necessitam
desenvolver a sua precisão e orientação espacial;
Na pintura demonstram algum à-vontade, embora as suas
produções se situem, maioritariamente, no âmbito da arte
abstracta, sendo poucos os que já conseguem reproduzir
cenários mais realistas através da pintura.

 Expressão musical As actividades musicais são do agrado de todos, pois foram


trabalhadas com alguma incidência no ano anterior, pelo
que não apresentam dificuldades a este nível.

 Tecnologias da informação e É já possível utilizar activamente com as crianças de forma


comunicação autónoma o computador, onde recorrem aos jogos
didácticos disponíveis, que são poucos, pois não existe
variedade de software educativo, nem está disponível uma
ligação à internet no PC da sala. Esta dispõe de um portfolio
digital de grupo em formato de blogue, que tem obtido
sucesso, quer junto dos mais pequenos, quer dos seus
familiares.

- Domínio da Linguagem Oral No domínio da linguagem oral, apresentam-se alguns casos


de dificuldades de articulação facilmente perceptíveis (…)
estes últimos a diagnosticar com maior profundidade.

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- Domínio da Abordagem à Literacia Nota-se algum à-vontade nesta área em alguns elementos
do grupo; têm ainda dificuldades na escrita do seu nome
(…).

- Domínio da Matemática Quanto a este domínio, a maior parte dos elementos do


grupo não revelou, até à data, dificuldades de maior; são
capazes de contar os meninos – sequência numérica até 20
(…); conhecem as cores, a principais formas e tamanhos e
conseguem participar activa (e muitos acertadamente) em
actividades de resolução de problemas de cariz matemático.

Área a necessitar de atenção/intervenção


principalmente para os seguintes
elementos:

2.1.1 – IDENTIFICAÇÃO DE INTERESSES E NECESSIDADES

Quanto aos interesses que as crianças revelam, o grupo possui características distintas segundo o
género:
9
As meninas preferem largamente actividades de jogo simbólico e desempenho de papéis, ao nível
das áreas lúdicas de faz-de-conta (cozinha e quarto da boneca); Também apreciam a área do recorte e
colagem, onde fazem interessantes composições de materiais.

Os meninos têm maior apetência por actividades de construção, que desenvolvem na área das
construções, onde preferem o Lego e os carrinhos, embora também as ferramentas e demonstram
grande apetência por actividades ligadas às tecnologias de informação e comunicação.
No que se refere às áreas de expressão, todos parecem apreciar a modelagem (com massa de farinha
e com plasticinas coloridas), bem como a pintura e o desenho, embora em diferentes níveis, manifestando
também interesse, em termos gerais, pelo recorte e pela colagem de materiais. As actividades de
motricidade parecem agregar todo o grupo pela motivação e empenho que demonstra.
Manifestam em geral grande entusiasmo pela informática, nomeadamente no que se refere ao
conhecimento de histórias/animações através de vídeos e apresentações em PowerPoint e na execução de
jogos didácticos disponíveis no computador da sala. Os jogos são, pois, um elemento aglutinador do grupo
que, ultimamente, para além dos electrónicos, se tem interessado também bastante em actividades lúdicas
na área dos jogos calmos.

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Já a área da biblioteca é, também, bastante procurada, embora nem sempre para se dedicarem a
actividades direccionadas para o livro e a leitura; será, pois, necessário, sensibilizar as crianças para esses
aspectos.
Apreciam as actividades ao ar livre na Natureza, gostam de tudo o que é surpresa ou novidade e
facilmente se envolvem em propostas desafiadoras. Fazem perguntas interessantes e pertinentes e
interessam-se pelas respostas, mostrando apetência para se envolverem em trabalhos de projecto.
Como necessidades mais prementes do grupo em geral poderão destacar-se:

A redução do nível de ruído na sala, durante as actividades;

A resolução autónoma e pacífica de pequenos problemas/conflitos do dia-a-dia entre crianças;

O aumento da capacidade de atenção/concentração nas tarefas propostas pelos adultos ou de


iniciativa própria;

Um planeamento individual mais rigoroso e responsável durante o tempo de trabalho nas áreas,
evitando que saltitem de área em área com frequência;

O aumento do nível de envolvimento nas tarefas, que está relacionado com as duas anteriores.

10
2.1.2 – LEVANTAMENTO DE RECURSOS DISPONÍVEIS

Os recursos disponíveis no estabelecimento, em termos de espaço físico, serão descritos adiante


num outro ite , bem como o que se refere aos recursos humanos. No que se refere a recursos materiais, o
estabelecimento encontra-se equipado com:
1 Televisão
1 Leitor de Vídeo
1 Leitor de DVD (estes três equipamentos encontram-se na sala de ATL)
3 Computadores (dois mais antigos um em cada sala e um mais recente, com ligação
à internet, no hall das salas)
1 Computador portátil
1 Projector multimédia (partilhado com a EB1)
1 Impressora multifunções
1 Fotocopiadora
1 Máquina de laminar a quente
2 Rádios gravadores com leitor de k7 e CD
1 Retroprojector (partilhado com a EB1)
1 Projector de slides

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1 Máquina fotográfica (partilhada com a EB1)


1 Telefone
1 Conjunto de material de motricidade
1 Kit de instrumentos musicais (fornecido pela Câmara Municipal)
Material didáctico diverso (jogos, brinquedos, software)
Conjunto diversificado de edições (com livros infantis e livros de consulta)

2.1.3 - METAS E OBJECTIVOS A ATINGIR

Os objectivos a atingir com este grupo são os definidos para a Educação Pré-escolar em geral,
enunciados na Lei-quadro (lei nº 5/97 de 10 de Fevereiro), que estabelece "a educação pré-escolar como
a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da
acção educativa da família (…) favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança,
tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário."
São eles:
a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida
democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
11
b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das
culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade;
c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da
aprendizagem;
d) Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas características
individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e
diversificadas;
e) Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas como
meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
g) Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e de segurança, designadamente no âmbito
da saúde individual e colectiva;
h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a melhor
orientação e encaminhamento da criança;
i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva
colaboração com a comunidade.

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Neste documento de carácter operativo procurar-se-ão explicitar mais detalhadamente de


seguida os comportamentos esperados por parte das crianças ao nível das áreas de conteúdo:

Áreas de Conteúdo das OCEPE Comportamentos / Atitudes esperados

 Formação Pessoal e Social Ao nível desta área de conteúdo pretende-se que as crianças do grupo:

 Construam uma imagem positiva de si próprias, desenvolvendo uma


auto-estima saudável num ambiente onde se sintam valorizadas;

 Expressem os seus sentimentos e emoções de forma equilibrada e


socialmente aceitável;

 Sejam capazes de adequar o seu comportamento às situações


vivenciadas;

 Estabeleçam interacções de qualidade, baseadas no respeito mútuo


e na colaboração, onde cada um seja valorizado por aquilo que é e
não haja lugar a discriminações;

 Ancorem as suas acções em valores sólidos como o respeito, a paz,


a amizade, a liberdade, a solidariedade, a democracia e a tolerância;

 Sejam autónomas nas actividades do dia-a-dia e capazes de resolver


pequenos problemas sem recorrerem primeiro à ajuda do adulto;
12

 Sejam responsáveis pelas suas tarefas e capazes de assumir as


consequências dos seus actos;

 Sejam capazes de partilhar e cooperar em grupo.

 Conhecimento do Mundo Ao nível desta área de conteúdo pretende-se que as crianças do grupo:

 Conheçam melhor o seu ambiente natural e social;

 Respeitem o ambiente e sejam capazes de envolver também a sua


família na prática quotidiana de atitudes ambientais correctas;

 Identifiquem os principais riscos para a saúde e saibam como


preveni-los (má alimentação, falta de higiene, tabaco, poluição),
desenvolvendo hábitos adequados à manutenção da sua saúde;

 Se interessem pelo que as rodeia, tenham curiosidade e consigam


envolver-se na procura de respostas para as suas perguntas;

 Participem com interesse e empenho nas actividades de


experimentação científica que se venham a realizar.

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 Expressão e Comunicação Ao nível desta área de conteúdo pretende-se que as crianças do grupo:

 Tenham um desenvolvimento motor equilibrado, aperfeiçoando as


suas habilidades motoras de base e a sua motricidade fina;

 Sejam desinibidas, participando activamente em situações de


desempenho de papéis, onde libertem a sua expressividade e
criatividade;

 Se interessem pela expressão plástica, manipulem correctamente os


utensílios necessários à elaboração das suas produções, criem e
obtenham prazer no desenvolvimento dessas actividades;

 Gostem de cantar, dançar, bater ritmos e o façam de forma


desinibida, adequada e criativa;

 Desenvolvam o interesse pelas expressões artísticas e gostem de


contactar com objectos culturais diversificados;

 Desenvolvam apetência pela linguagem informática e audiovisual,


adquirindo algumas das competências necessárias à sua utilização
quotidiana e encarando-a como meio de comunicação/interacção;

 Utilizem a linguagem oral expressiva para comunicar de modo a que


sejam compreendidos por todos; 13

 Compreendam a linguagem oral receptiva,


descodificando/interpretando as mensagens que lhes são
destinadas e respondendo adequadamente;

 Se interessem pelo código escrito, pelas suas regras e funções e


consigam identificar e escrever palavras significativas;

 Desfrutem de actividades matemáticas de carácter essencialmente


lúdico com prazer, empenho e curiosidade;

 Colaborem activamente na resolução de problemas e desafios;

 Desenvolvam conceitos matemáticos como os ligados à forma, à


cor, ao sentido de número, à geometria e ao tratamento de dados;

 Adquiram noções espaciais e temporais básicas;

 Sejam capazes de agrupar objectos segundo alguns atributos e


utilizem padrões.

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III – FUNDAMENTAÇÃO DAS OPÇÕES EDUCATIVAS

Definido na Lei – Quadro da Educação Pré – Escolar está que esta constitui “ (...) a primeira etapa da
educação básica no processo de educação ao longo da vida (...) ”, pelo que a responsabilidade atribuída ao
Educador de Infância se encontra acrescida, na medida em se reconhece que dele depende: “ (...) a
formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade
como ser autónomo, livre e solidário”.
Este princípio geral e os objectivos pedagógicos que dele derivam enquadram os fundamentos das
OCEPE, que constituem a principal referência no apoio à prática pedagógica do Educador de Infância, na
medida em que acentua a importância de uma pedagogia estruturada e de uma organização intencional e
sistemática do processo pedagógico, onde as três Áreas de Conteúdo definidas não surgem como
compartimentos estanques, antes se interligam harmoniosamente com vista a uma construção articulada
do saber. Para além deste documento de referência, foram publicadas pela Direcção Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular (DGIDC) do Ministério da Educação, Textos de Apoio para Educadores de
Infância, conhecidos por Brochuras de apoio à Operacionalização das OCEPE que se devem também ter
como referências na gestão curricular da Educação de Infância. Assim, compete ao Educador de infância 14
como construtor e gestor do currículo e no âmbito de um Projecto Educativo de Agrupamento (PEA),
articular o enunciado na documentação de referência com as necessidades do seu grupo e de cada uma
das crianças, em colaboração alargada com os diversos parceiros educativos (pais, famílias, comunidade e
outros níveis de ensino), num processo reflexivo de observação, planeamento, acção e avaliação.
As opções educativas que toma constituem, portanto, a sua filosofia de educação e têm vindo a ser
consolidadas ao longo dos anos, alicerçando-se sempre nos valores, crenças e práticas que defende.
Ancorado nestas convicções está o seu modo de fazer pedagógico, construído ao longo da carreira, que
assenta na imagem de criança como “construtora de conhecimento, de identidade e de cultura (…)
participante activa e co-construtora de significado, possuindo agência para levar a cabo tal participação”
(Dahlberg, Moss e Pence (1999) citados por Oliveira-Formosinho (2008:16).
Esta concepção de educação, inserida numa linha construtivista que aceita esta nova imagem da
criança, que fala da sua “competência participativa e dos direitos a essa participação”, traz consigo a
obrigação de promover contextos que a respeitem e sejam coerentes com as ideias defendidas. Assim, o
ambiente educativo procurará corresponder aos princípios referidos por Siraj-Blatchford da aprendizagem
activa2, entre os quais destacaria os seguintes:

Fornecer às crianças actividades baseadas na experiência directa e que auxiliem a


aprendizagem do currículo;
2
Siraj-Bltachford, I. (1995:17)

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Encorajar e desenvolver a aprendizagem cooperativa;


Estimular a resolução de problemas baseada na observação do meio ambiente local;
Desenvolver a responsabilidade social das crianças através da dinâmica implementada na sala;
Criar, dentro da sala de actividades, um ambiente organizado, atractivo e estimulante.
Indo de encontro ao articulado no Projecto Educativo do Agrupamento, encara a dimensão da
socialização (entendida aqui também nas suas vertentes de inclusão e participação) como um aspecto
fundamental nesta faixa etária, dado o Jardim de Infância constituir, na maioria das vezes, o primeiro
contexto social extra-familiar em que a criança se integra. Por isso, será fundamental que se concretize
uma abordagem contextualizada e sistemática às regras básicas de convivência, ao saber-ser e saber-estar
para além do mero saber-fazer e ao respeito pelos outros na sua diversidade, condições que, a não
existirem, comprometem outras dimensões educativas (PEA, mapa estratégico). Para além do atrás
descrito, uma concepção de escola democrática - ancorada em atitudes e valores como a autonomia e a
responsabilidade individuais, a justiça e a solidariedade e ainda o respeito pela diferença - servirá também
de base ao trabalho a desenvolver.
São estes os pressupostos defendidos pela Educadora de Infância - em sintonia com as concepções
das estagiárias da sala - os quais que se procurarão desenvolver de forma coerente ao longo do ano lectivo,
procurando ir de encontro às características que um docente competente deve possuir: “ser atento, 15
curioso, investigador; escutar a criança e possibilitar muitos cenários de aprendizagem; aprender com a
criança, com seus pares e com as famílias; saber que o conhecimento é mutante, imprevisível e nunca parar
de estudar; reflectir sobre as hipóteses das crianças, sem antecipar respostas; respeitar e acolher as
singularidades; dialogar com cada criança e com todas, construindo um grupo e fortalecendo as relações de
compromisso entre todos; valorizar o colectivo como diversidade e trabalhar o sentido de pertença; fazer
parte do grupo, sem perder a dimensão de responsabilidade como adulto”3.
É neste contexto que surge este Projecto Curricular de Grupo que, em termos operacionais, se
estabelece como percurso a seguir, não obstante ser um documento aberto e flexível, que não impede a
integração de outros assuntos/problemáticas do interesse das crianças, à medida que ocorram. O mesmo
foi desenvolvido após o necessário período de observação e avaliação diagnóstica do grupo, consulta aos
pais e encarregados de educação4, leitura de documentos como o PEA e o Projecto Curricular do
Agrupamento (PCA) e tendo ainda em conta o articulado na Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007 de
10/10/2007 do Ministério da Educação/DGIDC.

3
Ponzio, Eloisa. Disponível em: http://rc-sp.forums-free.com/a-primavera-de-1945-reggio-emilia-t45.html
4
Ver Apêndice 3 – Contributos dos pais para a elaboração do PCG.

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IV – METODOLOGIAS

4.1 – A METODOLOGIA UTILIZADA

A Educadora de Infância titular do grupo não fundamenta a estruturação do seu trabalho


pedagógico num modelo curricular, antes adopta uma metodologia mais abrangente, uma vez que
considera que nenhum dos modelos estudados reúne todos os aspectos com que se identifica. Assim,
recolhe de cada uma das metodologias os aspectos que considera mais relevantes e com os quais têm
obtido melhores resultados ao longo da sua prática docente. Partindo da construção deste Projecto
Curricular de Grupo como documento orientador das práticas, contextualizado, abrangente e aberto,
modelos como Escola Moderna Portuguesa (MEM), Modelo Curricular High Scope e Modelo Pedagógico de
Reggio Emilia surgem como fontes não só de inspiração, mas também de recursos/instrumentos.
No entanto, opta por ancorar o seu “modo de fazer pedagógico” na Metodologia de Trabalho de
Projecto iniciada por John Dewey, recorrendo a uma gramática pedagógica que vai buscar os seus
fundamentos à Pedagogia da Participação defendida por Júlia Formosinho, à Pedagogia da Diversidade
advogada por João Formosinho, à Pedagogia da Escuta exercida por Loris Malagguzzi e à prática da 16
Aprendizagem Partilhada sustentada por Vigostky. Permite-se adoptar esta metodologia mista, dado
sentir-se segura dos conhecimentos acerca das várias metodologias, desenvolvidos ao longo de uma Pós-
graduação em Metodologias e Supervisão em Educação de Infância na Universidade do Minho. De seguida
especifica em que aspectos se identifica com cada um dos modelos/metodologias que utiliza:

Quanto ao Modelo da Escola Moderna Portuguesa, a sua influência situa-se ao nível da


ambiente educativo, que assenta numa base democrática, de partilha de poder entre todos os elementos
do grupo. Partilha as concepções de Vigotsky sobre a prática da Aprendizagem Partilhada, quando este a
considerava “o mais importante dos meios socioculturais de desenvolvimento; era, na sua opinião, o modo
fundamental de aprender”5.
Também diversos instrumentos de gestão partilhada (Mapas e Quadros de Responsabilidade) se inspiram
nesta linha metodológica, embora tenham sido sujeitos a algumas adaptações:
1. Planificação Semanal de Propostas de Actividades (Ver Anexo 1);
2. Quadro Diário de Actividades (QDA) (inspirado no Plano de Actividades MEM);
3. Quadro Mensal de Presenças (QMP) (derivado do Quadro de Presenças MEM);
4. Quadro de Tarefas (QT) (baseado no Mapa de Tarefas MEM)
5. Quadro de Regras (QR) (desenvolvido a partir de As regras do nosso grupo MEM);

5
Rubtsov, Vytaly.(2009). A Prática da Aprendizagem Partilhada. In: Redescobrir Vigotsky. Destacável da
Revista Noesis nº 77. Abril-Junho 2009. Pág. 13.

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6. Quadro de Aniversários (QA) (fundamentado no Quando fazemos anos MEM);


4. Avaliação da Semana (AS) (baseado no Diário MEM).

Com o Currículo High Scope comunga a “grande finalidade piagetiana: a construção da


autonomia intelectual da criança. Isto é verdade para a sua filosofia educacional, para a sua
concepção de espaço e materiais (…) para a sua concepção do papel do adulto.” (Oliveira-
Formosinho, 1996:65). Este modelo tem a sua influência concreta no que se refere à interacção
adulto/criança, na qual o papel do adulto “ (…) é basicamente o de criar situações que desafiem o
pensamento actual da criança e, assim, provoquem conflito cognitivo” (Oliveira-Formosinho,
1996:73) e também no que respeita à etiquetagem (embora não exaustiva) de alguns materiais da
sala.

Ao Modelo Pedagógico de Reggio Emilia foi buscar um dos seus pilares essenciais: a imagem
de educador que defende, na medida em que o considera como ouvinte e observador privilegiado,
mediador dos desejos e das necessidades das crianças e não como protagonista; o protagonismo
pertencerá às crianças, como activas e competentes, que tudo realizam através do diálogo e da
interacção com os outros, tomando decisões e fazendo as suas próprias escolhas. Também a
vertente artística e estética presente neste modelo lhe é muito sedutora, embora considere não ser
fácil reunir as condições para a colocar em prática. 17
A Metodologia de Trabalho de Projecto será a preferencialmente adoptada, sempre que se
manifeste um interesse que possa ser ampliado neste formato de investigação participativa. Nela,
todo o conhecimento emerge de uma construção pessoal e da socialização co-construída com o
grupo de pares. “Acredita-se que a criança tem um papel activo na construção do seu conhecimento
do mundo. Ela é capaz de construir autonomamente significados através da experiencia diária da
vida quotidiana” (Malaguzzi, cit. por Lino, 1996:99). A marca de Reggio Emilia a este nível situa-se
no que diz respeito ao papel da criança nos projectos: a criança é a autora dos projectos
desenvolvidos, não uma mera participante.

A Pedagogia da Participação que procura colocar em prática constitui, nas palavras da autora
que a propôs, “uma pedagogia transformativa, que credita a criança com direitos, compreende a
sua competência, escuta a sua voz, para transformar a acção pedagógica numa actividade
compartilhada”. (Oliveira-Formosinho, 2007:14).

Numa perspectiva de Educação para a Diversidade, considera que a diferença (assuma ela
qualquer forma) é inerente e indissociável ao ser humano e, acreditando no seu potencial educativo
e no reconhecimento das diferenças pessoais e subjectivas das crianças, concebe a acção educativa
de forma necessariamente distinta. Na verdade, alguns autores da actualidade (como João e Júlia

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Oliveira-Formosinho) têm vindo a defender a ideia de que a pedagogia da infância é necessariamente


uma pedagogia da diversidade. É um facto que, ao aprender (em qualquer área do conhecimento),
cada um atribui significados próprios àquilo que assimila, reconstruindo os seus saberes a partir do
que já conhece. Só compreendendo profundamente o que isto significa, se perceberá que a
heterogeneidade, a diversidade, enfim, a diferença, é a maior riqueza que existe numa sala. E os mais
pequenos também devem participar dessa construção de identidades, se o que se pretende é formá-
los com consciência da diversidade, da solidariedade e do respeito pelas diversas diferenças. Mais
ainda quando a sua sala de actividades integra uma criança com NEE, portadora de Síndrome
Dismórfico, a qual está inserida no grupo à medida das suas possibilidades e dispõe de apoio
individualizado, através de uma Professora da Equipa de Educação Especial do Agrupamento e de
uma Tarefeira (a Assistente Operacional da instituição) que cuida das suas necessidades básicas.

A Pedagogia da Escuta denota a importância de dar voz à criança, de escutá-la para saber o
que diz e como pensa. É a pedagogia que acolhe a criança competente e possibilita um professor
competente. Que cria um contexto de escuta que legitima o outro e dá forma ao seu pensamento,
sendo a escuta um acto de respeito. Nessa linha, procura registar as “vozes das crianças” como
forma de compreender e documentar os seus processos de desenvolvimento, valorizando as suas
competências participativas e o direito a serem ouvidas acerca daquilo que lhes diz directamente 18
respeito, à imagem de Reggio Emilia. Como tão bem refere Rubem Alves, “Para ouvir não basta ter
ouvidos. É preciso parar de ter boca. Sábia, a expressão: sou todo ouvidos – deixei de ter boca.
Minha função falante foi desligada. Não digo nada nem para mim mesmo. Se eu dissesse algo para
mim mesmo enquanto você fala seria como se eu começasse a assobiar no meio do concerto.”

Busca, portanto, adoptar uma linha pedagógica baseada no construtivismo, que idealiza o
jardim de infância como um espaço agradável, aberto às descobertas, interessante aos olhos da
criança, um lugar de extensão, manipulação e experimentação do conhecimento, com material
didáctico apropriado, onde a acção docente acontece através do recurso à investigação dialógica,
com formação e socialização de experiências diversas inerentes a uma prática reflexiva, que
transforma e se reconstrói pela análise crítica. Um espaço-tempo onde a criança aprende por si,
num ambiente propício ao levantamento de hipóteses, num processo contínuo de fazer e refazer,
onde o indivíduo é o centro do seu próprio percurso.

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V – A ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO

5.1 – A ORGANIZAÇÃO DO GRUPO-TURMA

A estrutura organizativa do grupo de crianças em contexto de sala permite que desenvolvam


diversos tipos de agrupamentos/interacções, importantes e significativos para o seu desenvolvimento
harmonioso:

Momentos de actividade individual;

Momentos de actividade em pares / pequenos grupos;

Momentos de actividade em grande grupo.


Paralelamente, estabelecem-se ainda relações com os adultos significativos da sala e da restante
instituição (educadora, auxiliar, estagiárias e crianças da outra sala; professores e alunos da EB1, pessoal
não docente) para além daquelas que são normalmente criadas com a restante comunidade.

5.2 – A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO


19

Hall de entrada, comum à EB1;

Hall interior, um espaço dedicado a actividades de carácter administrativo-pedagógico;

Duas salas de actividades lectivas;

Uma sala polivalente, actualmente utilizada como sala de ATL, onde funciona o serviço da
Componente de Apoio à Família;

Uma “sala de computadores” adaptada para “espaço de motricidade”, onde se desenvolvem as


essas actividades, embora sem as condições necessárias.

Um refeitório onde são também acolhidas as crianças da vizinha Escola do 1º ciclo;

Uma cozinha equipada;

Espaço exterior amplo, com parte coberta e logradouro espaçoso, sem quaisquer equipamentos
de recreio destinados a crianças nesta faixa etária.

Compartimentos para arrumos de material;


A organização do espaço em áreas e a colocação dos diversos materiais nos locais onde são
utilizados são a primeira forma de intervenção da Educadora ao nível do Currículo High Scope. Assim, a

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sala na qual este grupo se encontra, foi dividida em áreas de actividade diferenciadas, devidamente
demarcadas e identificadas. São elas:

A Área da Mesa Grande, área de reunião do grande grupo e local onde funcionam áreas de
expressão como o desenho, o recorte, a colagem, a modelagem, etc;

A Cozinha e o Quarto da Boneca, que compõem a Área do Faz-de-Conta;

A Área Lúdica formada por Construções (de chão) e Jogos Calmos (de mesa – dominós,
enfiamentos, puzzles, lotos, padrões, etc.);

Área da Biblioteca;

Área dos Projectos;

Áreas do Flanelógrafo/Quadro Magnético/Quadro Preto;

Área da Informática;

Área da Pintura.
Desta forma permite-se à criança um mundo de experiências significativas, promovendo contextos
privilegiados de aprendizagem activa. Para as referidas áreas foi definida pelo grupo (através da 20
observação atenta dos espaços disponíveis e dos materiais existentes) uma “lotação” considerada
adequada, que permite a distribuição privilegiada das crianças pelos espaços, de modo a que os materiais
à disposição sejam suficientes para os elementos que os utilizam. Essa informação encontra-se
disponibilizada em forma de cartaz identificativo em cada uma das áreas atrás referidas. Encontra-se ainda
registada no Quadro Diário de Actividades, onde as crianças fazem o seu planeamento, o qual exclui a
possibilidade de excederem o limite definido em consenso.

5.3 – A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO

Se a dimensão espacial do contexto é um importante papel do Educador, tal é também verdade para
a dimensão temporal. Aí o Educador deve proporcionar actividade à criança, alternando diferentes ritmos.
Assim, a manhã e a tarde, bem como os cinco dias da semana, estão estruturados sob a forma de rotinas,
(diárias, semanais e quinzenais), negociadas em grande grupo e já integradas de forma mais ou menos
consistente por todas as crianças.
Na verdade, como definem as OCEPE, “a sucessão de cada dia tem um determinado ritmo existindo,
deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencional planeada pelo educador e porque é
conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão,

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tendo a liberdade de propor modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do educador ou das
crianças podem modificar o quotidiano habitual” (Silva, 1997:53).
Como refere Júlia Formosinho, “criar uma rotina diária é basicamente isto: fazer com que o tempo
seja um tempo de experiências educacionais ricas e interacções positivas (…) Assim, estabelece-se um fluir
para o tempo diário que, tendo flexibilidade, é estável, o que permite à criança apropriar-se desse fluir”
(Oliveira-Formosinho, 1996:71)
Os quadros seguintes demonstram a Rotina Diária/Semanal habitual (flexível segundo as
necessidades/interesses) de forma clara:

2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA


Até às
9h.00m Acolhimento Acolhimento Acolhimento Acolhimento Acolhimento

Conversa em Conversa em Conversa em Conversa em Conversa em


grande grupo: grande grupo. grande grupo. grande grupo grande grupo
Rotina Semanal: Rotina Semanal: Rotina Semanal: Rotina Semanal: Rotina Semanal:
Contar as novidades Sessão de Visita ao blogue “Caixinha das Arrumação e Registo
do fim-de-semana Motricidade Surpresas” dos trabalhos
9h.00m às
21
10h.00m
Rotina Diária: Rotina Diária: Rotina Diária: Rotina Diária: Rotina Diária:
Quadros de Quadros de Quadros de Quadros de Quadros de
responsabilidade: responsabilidade: responsabilidade: responsabilidade: responsabilidade:
(Presenças, Tarefas, (Presenças, Tarefas, (Presenças, Tarefas, (Presenças, Tarefas, (Presenças, Tarefas,
Semanal, Actividades) Semanal, Actividades) Semanal, Actividades) Semanal, Actividades) Semanal, Actividades)

10h.15m Distribuição dos Distribuição dos Distribuição dos Distribuição dos Distribuição dos
às 10h.30m Lanches Lanches Lanches Lanches Lanches

Planeamento Planeamento Planeamento Planeamento Planeamento


10h.30m individual: individual: individual: individual: individual:
às 11h.45m  Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres
 Projectos.  Projectos.  Projectos. Projectos.  Projectos.

11h.45m Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar
às 12h Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal

12h – 13h Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

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13h às
Recreio ao ar livre Recreio ao ar livre Recreio ao ar livre Recreio ao ar livre Recreio ao ar livre
13h.30m

Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal

Rotina Semanal: Conversa em Conversa em Conversa em Rotina Semanal:


13h.30m “História Infantil” grande grupo. grande grupo. grande grupo. Avaliação da
às 14h
Exploração e registo Semana
individual

Planeamento Planeamento Planeamento Planeamento Planeamento


14h às
individual: individual: individual: individual: individual:
15h
 Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres  Actividades livres
 Projectos.  Projectos. Projectos  Projectos.  Projectos.

Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar Tempo de arrumar

15h Síntese do dia Síntese do dia Síntese do dia Síntese do dia Síntese do dia

Leite Escolar Leite Escolar Leite Escolar Leite Escolar Leite Escolar
22
Preparar para ir Preparar para ir Preparar para ir Preparar para ir Preparar para ir

15h. 20m às embora: embora: embora: embora: embora:

15h. 30m  Distribuir vai-vens;  Distribuir vai-vens;  Distribuir vai-vens;  Distribuir vai-vens;  Distribuir vai-vens;
 Vestir casacos;  Vestir casacos;  Vestir casacos;  Vestir casacos;  Vestir casacos;
 Colocar mochilas.  Colocar mochilas.  Colocar mochilas.  Colocar mochilas.  Colocar mochilas.

5.4 – A ORGANIZAÇÃO DA EQUIPA

A equipa educativa desta instituição é formada por duas Educadoras de Infância titulares de grupo,
uma Professora da Equipa de Educação Especial do Agrupamento (a tempo parcial) e a Educadora de
Infância Coordenadora do Departamento do Pré-escolar (a tempo parcial), para além de quatro Estagiárias
do 4º ano da Licenciatura em Educação de Infância da Escola Superior e Educação de Viana do Castelo
(duas por sala). Existem ainda quatro docentes da EB1.
O pessoal não-docente é constituído por uma Animadora da Componente de Apoio à Família e uma
Assistente Operacional, que apoiam o funcionamento das duas salas (esta última acumula ainda as funções
de Tarefeira da criança com NEE), uma outra tarefeira com cinco horas diárias de serviços gerais, para além
de três cozinheiras e uma tarefeira ao serviço da Cantina Escolar.

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As funções desempenhadas por cada um destes elementos são as inerentes aos cargos que
desempenham, não parecendo pertinente especificá-las neste ponto.

5.5 – A ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

A EB1/JI de Vila Franca possui uma docente que exerce as funções de Coordenadora de
Estabelecimento. No que respeita mais especificamente organização do mesmo, este aspecto poderá ser
consultado, para além do que atrás foi dito e com mais riqueza de pormenor, no documento “Regimento
Interno da EB1/JI de Calvário, Vila Franca”, no qual constam todas as especificações da organização
funcional do mesmo.

23

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ORGANIGRAMA DO AMBIENTE EDUCATIVO DA SALA DE ACTIVIDADES

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA ACÇÃO PEDAGÓGICA


Linha Metodologia Movimento Modelo Currículo Pedagogias da
pedagógica de Trabalho de da Escola Pedagógico High Scope Diversidade,
Participação e
construtivista Projecto Moderna Reggio Emilia Escuta

Organização do Organização do Organização do


Grupo-Turma Espaço Tempo

Planeamento Avaliação Instrumentos de Áreas de Rotinas


gestão partilhada actividade
24
Da Educadora: Da Educadora: - Quadro de Regras; - Construções; ROTINA DIÁRIA:
- Planificação semanal - Alternativa: - Quadro Mensal de - Quarto da Boneca;
das propostas de (portfolio); - Cozinha;
Presenças; - Acolhimento;
- Escrita;
actividades a - Periódica; - Quadro Diário de - Reunião do Grande
- Biblioteca; Grupo;
apresentar; - Formativa; Tarefas; - Jogos Calmos; - Lanche;
- Registo diário das - Quadro Semanal - Mesa Grande, que
Das crianças: - Planeamento;
actividades realizadas. (dia da semana, inclui: - Tempo de trabalho em
- Semanal; tempo que faz, Desenho; pequenos grupos / pares
Das crianças: - Auto-avaliação; ementa do dia); Modelagem; / individual: em
- Diária; - Alternativa - Quadro Diário de Recorte e Colagem. actividades livres e/ou
(portfolio); Actividades; Outras técnicas… projectos;
- Individual:
- Flanelógrafo/QM/QP
 No QDA; - Hetero - avaliação - Quadro Anual dos - Tempo de Arrumar;
- Informática;
(das crianças pelos Aniversários; - Higiene Pessoal;
 Em tabela de - Pintura.
seus pares). - Quadro da Luzinha. - Almoço;
planeamento. - Recreio ao ar livre;
- Higiene Pessoal;
ROTINA SEMANAL - Reunião em Grande
Grupo;
2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA - Planeamento;
Arrumação e - Tempo de trabalho em
registo das pequenos grupos / pares
Novidades de produções / individual: em
fim-de-semana Sessão de Visita ao blogue “Caixinha das individuais actividades e/ou
projectos;
Motricidade surpresas”
- Tempo de arrumar;
História Infantil Avaliação da - Leite escolar.
semana. - Preparação para ir
embora.

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VI – INTENÇÕES DE TRABALHO PARA O ANO LECTIVO

Neste ano escolar, como em qualquer outro, a Educadora de Infância pretende desempenhar o seu
papel com competência, profissionalismo e abertura à mudança e inovação, aspectos que têm
caracterizado o seu percurso profissional. Tem a intenção de continuar a investir na dinamização de um
blogue de sala, estruturado em formato de Portfolio Digital de Grupo, onde divulga de forma interactiva
actividades, estratégias, projectos e outras situações significativas para a vida deste grupo de crianças,
promovendo o intercâmbio com outras instituições de educação de infância a nível nacional e despertando
as crianças para a nova realidade da comunicação interactiva/multimédia na sociedade actual.
Pretende ainda dar continuidade a um percurso que iniciou no ano lectivo anterior, com a
apresentação de comunicações sobre a sua prática pedagógica, em encontros, seminários ou outras
iniciativas de formação de educadores de infância para as quais seja convidada. Tendo sido convidada pela
DGIDC para integrar o Curso de Formação de Formadores no âmbito do lançamento de mais uma brochura
de Textos de Apoio para Educadores de Infância, desta vez dedicado às Artes – Expressão Plástica e Musical,
e tendo concluído o referido curso, aguarda a sua acreditação como formadora para poder iniciar a
respectiva formação no Centro de Formação Contínua de Viana do Castelo, se a tal for solicitada. 25
Finalmente, no que se refere ao desenvolvimento curricular, âmbito mais específico deste
documento, as suas opções educativas estão estabelecidas de forma flexível e abrangente nas tabelas que
apresenta de seguida, baseadas nas Áreas de Conteúdo definidas nas OCEPE e no Projecto Curricular de
Agrupamento (PCA, 2008-2009:8).

6.1 - ESTRUTURA CURRICULAR DEFINIDA NAS TRÊS ÁREAS DE CONTEÚDO DAS OCEPE:

6.1.1 – ÁREA DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL

É uma vasta área de conhecimento que integra a complexidade dos processos de construção da
individualidade da criança e da formação de valores, cuja finalidade é o desenvolvimento pleno e
harmonioso dos indivíduos, num mundo em permanente mudança. O défice de competências pessoais e
sociais é um risco no desenvolvimento saudável das crianças, por isso o jardim de infância é um espaço
educativo que se preocupa com a promoção do seu bem-estar, é facilitador das suas aprendizagens e
desenvolvimento pessoal, social e moral, para que se relacionem com respeito mútuo na escola, na família
e na comunidade. Tornar-se uma pessoa singular é um processo lento de construção, com as principais
raízes na infância. Por isso, esta é a área base de todo o currículo educativo. Assume-se como uma área
integradora, pois é transversal a todas as outras.

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Atitudes, Valores, Conhecimentos e Capacidades a promover


Área de Conteúdo
através de Experiências de Aprendizagem nucleares

Formação Pessoal Educação Emocional – favorecimento da construção de uma imagem positiva de si


e Social própria e de condições para o equilíbrio emocional, aspectos fundamentais para
um desenvolvimento saudável e adaptado.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Promover a auto-estima das crianças, para que aprendam a gostar de si próprias,
a ter auto-confiança e a valorizar as conquistas que alcançam;
 Desenvolver a sua competência emocional, que lhes permitirá expressar de
forma adequada as suas emoções, sejam elas positivas ou negativas;
 Incentivar o auto-controlo, através da aquisição de estratégias comportamentais,
cognitivas e emocionais.

Educação para os Valores e Cidadania - promoção de bons hábitos sociais,


incentivo a atitudes de paz, respeito, partilha, solidariedade, democracia,
participação e espírito crítico.

Principal objectivo a atingir neste âmbito:


 Promover a aquisição de competências sociais e de relacionamento com os
outros, que permitam o funcionamento social das crianças, estabelecendo
interacções positivas com as pessoas.
26
 Participar/implementar actividades realizadas no âmbito do “Dia de Estarmos
Juntos”, em comum com a EB1.

Educação para a Diversidade – o respeito pelos diversos tipos de diferenças,


favorecimento da multi e interculturalidade.

Principal objectivo a atingir neste âmbito:


 Incentivar o respeito pelos outros, independentemente das suas diferenças
(nomeadamente as existentes no contexto) e promovendo a sua capacidade de
inserção, cooperação em grupo e entreajuda.
 Participar no “Projecto Comenius” do Agrupamento, integrando no currículo
actividades consideradas adequadas e pertinentes neste contexto.

Educação Sexual – promoção da igualdade de género e de oportunidades e


prevenção do preconceito quanto aos papéis sociais do homem e da mulher.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Motivar as crianças a experimentarem brinquedos / brincadeiras normalmente
conotados com o género oposto;
 Prevenir preconceitos e estereótipos quanto aos papéis sociais do homem e da
mulher.

Autonomia, Iniciativa e Responsabilidade - valorização da independência pessoal,


da resolução autónoma de pequenos problemas, da assumpção de consequências
dos seus actos e desenvolvimento de um espírito crítico e interventivo.

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Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Desenvolver a iniciativa das crianças, incentivando as suas acções espontâneas
em contexto de sala de actividades;
 Promover a sua autonomia, de modo a que sejam capazes de resolver as suas
necessidades, conflitos e problemas do dia-a-dia, desde que a resolução esteja ao
seu alcance;
 Incentivar a responsabilidade, através do cumprimento de tarefas comuns e da
assumpção das consequências dos seus actos.

6.1.2 – ÁREA DO CONHECIMENTO DO MUNDO

Esta área possibilita à criança conhecer melhor o meio que a rodeia, quer ao nível dos recursos
humanos, quer dos físicos e materiais e também o contexto social em que se move.
Permite articular as outras duas áreas de conteúdo, pois é através das relações com os outros que
se vai construindo a própria identidade e se toma posição perante o mundo social e físico.

Atitudes, Valores, Conhecimentos e Capacidades a promover


Área de Conteúdo
através de Experiências de Aprendizagem nucleares

Conhecimento do Conhecimento Científico - abordagem contextualizada e essencialmente prática às


Mundo suas diversas vertentes. 27
Principal objectivo a atingir:
 Estimular e desenvolver a curiosidade da criança, confrontando-a com
situações de descoberta e de exploração do mundo;

Principais conteúdos a trabalhar:


 O meio próximo /o ambiente natural…)
 A Físico-química (luz/sombra, água, som…)
 A Biologia (animais e plantas; o corpo humano…);
 Meteorologia (o tempo atmosférico…);
 Geografia (a freguesia, o país, o mundo…);
 História (dias feriados e seus significados…).

Principais atitudes/valores a incentivar:


 Curiosidade/desejo de saber;
 Cooperação/capacidade de trabalho em grupo;
 Respeito pelos outros e pelos materiais;
 Partilha;
 Espírito/atitude crítica.

Principais capacidades a promover:


Competências investigativas como:
 Observar/explorar
 Colocar questões;
 Discutir ideias;

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 Comparar;
 Testar hipóteses;
 Resolver problemas;
 Registar;
 Explicar /comunicar resultados.

Educação ambiental - promoção da defesa do ambiente e preservação dos recursos


naturais nosso planeta.

Principais atitudes/valores a incentivar:


 Respeito pela natureza e pelo meio ambiente;
 Aquisição de hábitos ambientais correctos, como a separação selectiva de
resíduos, a reciclagem, a reutilização de materiais e a compostagem em meio
escolar.

Educação para a saúde - incentivo à criação de hábitos de vida saudável – a higiene,


a alimentação saudável, a segurança e a prevenção de dependências.

Principal objectivo a atingir:


 Sensibilizar as crianças para a importância da adopção de bons hábitos
quotidianos (comportamentos saudáveis) a diversos níveis (alimentação, higiene,
segurança infantil e rodoviária…), com vista à manutenção da sua saúde.

28
6.1.3 – ÁREA DA EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO

Engloba diferentes formas de linguagem e é a área central dos “conteúdos”. Como é uma área tão
vasta, está dividida em três domínios fundamentais:

Domínio das Expressões, com as vertentes de expressão motora, dramática, plástica e musical e
integrando ainda a abordagem à linguagem audiovisual e multimédia.

Domínio da Linguagem Oral e Literacia, que inclui as competências6 de comunicação ao nível


expressivo e receptivo, bem como a sensibilização ao código escrito, suas funções e regras.

Domínio da Matemática, considerado como uma outra forma de linguagem estruturante do


pensamento.
Sendo importante em si mesmo o domínio destas linguagens elas também são meios de relação, de
sensibilização estética e de obtenção de informação. Deste modo, a área de Expressão e Comunicação
constitui uma área básica que contribui também para a Formação Pessoal e Social e para o Conhecimento
do Mundo.

6
“Adopta-se aqui uma noção ampla de competência, que integra conhecimentos, capacidades e
atitudes e que pode ser entendida como o saber em acção ou em uso”. SIM-SIM, Inês (2008).

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Atitudes, Valores, Conhecimentos e Capacidades


Área de Conteúdo Domínios a promover através de
Experiências de Aprendizagem nucleares

Expressão e
Comunicação Domínio das Expressões:

- Expressão Motora; Desenvolvimento físico-motor harmonioso - promoção


da coordenação geral, motricidade fina, dominância
lateral, etc.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Desenvolver as habilidades motoras de base;
 Definir de forma consistente a sua lateralidade e
reconhecer o seu lado dominante;
 Apurar a motricidade fina, ao nível de destrezas
como desenhar, pintar, recortar, colar, abrir/fechar
encaixar…

- Expressão Dramática; Desenvolvimento da criatividade, imaginação e


expressão corporal - favorecimento da desinibição.

Principal objectivo a atingir neste âmbito:


 Incentivar as capacidades de expressão da criança
através do seu corpo.
29
 Participar, sempre que seja pertinente, nas
actividades de expressão dramática incluídas no
Projecto TEIP.

- Expressão Plástica; Incentivo à Educação Estética e criatividade artística -


nas vertentes diversas da expressão plástica.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Promover o envolvimento das crianças em
actividades agradáveis de expressão plástica com
recurso a diversas técnicas expressivas.
 Desenvolver a imaginação, a criatividade e as
capacidades expressivas.
 Envolver as crianças em actividades plásticas
inovadoras e abrangentes na área das expressões
artísticas.
 Procurar promover o contacto das crianças com a
arte.

- Expressão Musical; Sensibilização à música e ao reconhecimento de


diferentes sonoridades / ritmos.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Incentivar a discriminação auditiva;
 Desenvolver a noção de ritmo;
 Desenvolver habilidades de canto, utilização de

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instrumentos musicais e dança.


 Envolver as crianças em actividades musicais
inovadoras e abrangentes na área das expressões
artísticas.

- Tecnologias da Iniciação ao código informático e multimédia.


Informação e
Comunicação. Principais objectivos a atingir neste âmbito:
 Exploração de instrumentos de comunicação
baseados na tecnologia (computador, internet);
 Utilização de ferramentas de comunicação
interactiva (jogos didácticos, e-mail, blogue e
ferramentas na Web 2.0).

Domínio da Linguagem Aquisição/desenvolvimento da língua materna quanto


Oral à linguagem expressiva - articulação, construção
frásica, riqueza de vocabulário) e à linguagem
receptiva - capacidade de interpretação das
mensagens.

Principais competências a desenvolver:


 Utilizar a língua materna para comunicar, aprender
e pensar, nos seguintes âmbitos:
- Desenvolvimento fonológico – a capacidade para
discriminar e articular todos os sons da língua;
- Desenvolvimento semântico – o conhecimento e o
30
uso do significado dos enunciados linguísticos
(palavras, frases, discurso);
- Desenvolvimento sintáctico – o domínio de regras de
organização das palavras em frases;
- Desenvolvimento pragmático – a aquisição de regras
do uso da língua.

Abordagem à Literacia Incentivo ao gosto pela leitura e pelo livro.

Principais objectivos a atingir neste âmbito:


 Promover o gosto pelo livro e pela leitura em
ambiente familiar, através do Projecto “Lê para mim
que depois eu conto”, com a Biblioteca Escolar da
sede do Agrupamento;
 Envolver os pais e EE em actividades de incentivo à
leitura em contexto familiar e escolar, também no
âmbito do Clube de Leitura “Arca dos Livros”,
actividade incluída no Projecto TEIP.
 Participar em visitas de escritores / ilustradores que
se venham a realizar ao longo do ano, com a
colaboração da Biblioteca Escolar a sede de
Agrupamento.
 Promover o conhecimento do espaço da Biblioteca
de Municipal de Viana do Castelo;
Iniciação contextualizada ao código escrito – a escrita
do nome próprio e de outras palavras significativas.

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Cinco competências essenciais de referência a


promover no âmbito da Abordagem à Literacia7:
1. Mobilizar diferentes funções da linguagem escrita,
tanto na resolução de situações reais como em
situações de jogo e brincadeira:
- Demonstra interesse pela funcionalidade;
- Identifica funções;
- Identifica características dos suportes;
- Adequa a função à situação.

2. Distingue o código escrito de outros códigos (como


o icónico), identificando algumas das suas
características e utilizando-o de modo adequado e
contextualizado:
- Demonstra curiosidade;
- Identifica características;
- Diferencia códigos;
- Adequa o código à situação.

3. Envolve-se com a escrita na resolução de situações


concretas ou nas brincadeiras (brincando com ela e
tentando escrever) podendo recorrer a formas de
registo diferenciadas, mais ou menos convencionais:
- Demonstra iniciativa;
- Explora diferentes formas de escrita; 31
- Envolve-se nas diferentes tarefas da escrita;
- Adequa formas de escrita a contextos.

4. Está atenta à escrita envolvente no seu dia-a-dia,


procurando activamente atribuir-lhe significado e
reconhecendo algumas palavras em contexto (nome
próprio e outras palavras familiares):
- Está disponível e é curiosa;
- Atribui mensagens aos textos;
- Apresenta um vocabulário visual.

5. Ouve atentamente e com prazer histórias, rimas,


poesias e outros textos, extraindo as suas ideias
principais, fazendo comentários e/ou levantando
questões em relação ao que ouviu:
- Demonstra atitudes positivas e de prazer;
- Selecciona informação;
- Reflecte e estabelece relações.

Domínio da Matemática Introdução lúdica à linguagem matemática.

Aquisição de noções lógico-matemáticas diversas -


cromáticas, topológicas, temporais, de
quantidade/número, de conjunto, de padrão, etc.

7
In: Mata, L. (2008). A descoberta da escrita. Lisboa: DGIDC, ME. (pp. 18, 49, 52, 81 e 83)

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Principais objectivos a atingir:


 Desenvolver capacidades de raciocínio lógico;
 Incrementar estratégias para resolver diversos tipos
de problemas e situações novas;
 Adquirir noções relativas a cor, espaço, tempo e
padrão;
 Trabalhar de forma lúdica o sentido do número;
 Incentivar as crianças a efectuarem actividades de
tratamento de dados;
 Explorar noções de geometria;
 Adquirir o gosto pela matemática.

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VII – PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

Dos processos e dos seus efeitos:


Encarando a avaliação no pré – escolar como um processo que envolve a observação regular e
periódica da criança, numa grande variedade de circunstâncias que sejam representativas do seu
comportamento ao longo do tempo, a mesma assentará em algumas linhas directrizes, das quais
destacaria:
Assenta em realizações reais e não em situações artificiais, criadas com o intuito de serem
objecto de avaliação;
Utiliza diversos instrumentos e processos, nos quais se incluem colecções de trabalhos
representativos, registos de observações sistemáticas e de conversas / entrevistas com as
crianças;
Recorre a suportes adequados aos registos de observações a fazer;
Reconhece a diversidade individual da aprendizagem, bem como as diferenças de estilos e
ritmos de aprendizagem;
33
Constitui-se como ponto de partida para ajustamentos ao currículo ou para a implementação
de procedimentos mais individualizados;
É o suporte do desenvolvimento e da aprendizagem da criança;
Demonstra os aspectos positivos e os progressos das crianças, sem esconder as suas
dificuldades;
É feita com periodicidade, constituindo-se como um processo regular de partilha de
informações entre educadores e pais, sobre o desenvolvimento e realizações das crianças.
Será, de facto, esta a avaliação que equipa o educador com informação útil sobre cada uma, o que
lhe vai permitir formular um planeamento adequado aos níveis de desenvolvimento dos diversos
elementos do grupo.
É neste contexto que surge o “Portfolio” individual, dossier a ser construído por elas próprias e pela
Educadora, demonstrativo do seu processo de desenvolvimento ao longo do ano.
Para todas as crianças do grupo será ainda feita uma súmula de avaliação periódica, traduzida numa
Ficha de Informação descritiva destinada a pais e encarregados de educação. Todos os elementos do
grupo serão ainda chamados a registarem a sua auto-avaliação, para introduzir no seu Portfolio.
“Avaliar o processo e os efeitos implica tomar consciência da acção para adequar o processo
educativo às necessidades das crianças e do grupo e à sua evolução” (Silva, 1997:27) por isso a Educadora
deve avaliar também o seu desempenho como organizadora de todo o ambiente da sala e geradora de

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intencionalidade educativa. Poderá fazê-lo através da observação / reflexão, bem como através do feed-
back de pais e encarregados de educação, tanto oralmente (contactos informais do dia a dia, reuniões),
como por escrito, através de solicitações feitas através do “Vai-Vem” e do blogue.
Avaliação com as crianças:
Diariamente as crianças avaliarão o seu desempenho individual e ouvirão o feed-back dos seus
colegas, desenvolvendo-se um instrumento adequado ao seu registo.
Poderá vir a ser introduzido um mecanismo de Planeamento Individual, onde cada criança irá
registar as suas intenções de trabalho/brincadeira nos diferentes espaços da sala e onde assinalará o que
concretiza, observando se cumpriu ou não o seu plano inicial.
Semanalmente proceder-se-á em grande grupo a uma avaliação geral feita pelas crianças sobre as
actividades desenvolvidas, com vista a corrigir / melhorar o planeamento e a intervenção educativa dos
adultos da sala, a qual ficará afixada na sala para consulta.
Avaliação com a equipa educativa:
Os adultos intervenientes na acção educativa ao nível da sala terão momentos semanais (formais ou
informais) para trocas de pareceres, planeamento e avaliação da sua intervenção.
Avaliação com as famílias/comunidade educativa:
As famílias serão chamadas a avaliar o trabalho desenvolvido sempre que seja oportuno, 34
nomeadamente aquando da análise periódica dos Portfolios dos seus filhos, bem como em contexto de
reunião de pais. Poderão também dar a sua opinião acerca de todas as matérias que envolvem os seus
educandos, quer por via do “vai-vem”, quer por via do blogue, onde podem livremente e a qualquer altura
comentar as actividades em que os seus filhos estão envolvidos, delas tomando conhecimento
atempadamente e mantendo-se permanentemente actualizados acerca das vivências pré-escolares das
suas crianças. Assim poderão, para além de avaliar, interagir de forma mais próxima e adequada. Refira-
se, a propósito, que todas as postagens no blogue são encaminhadas por e-mail para os endereços
disponibilizados pelos encarregados de educação.
Também a restante comunidade educativa, incluindo a EB1, dispõe deste último recurso (blogue)
para obter um conhecimento mais aprofundado do que se passa, quando se passa e assim colaborar e
manifestar as suas opiniões de forma mais fundamentada. No que à EB1 se refere existem ainda
momentos de convívio e partilha entre docentes de ambos os estabelecimentos, os quais possibilitam
também este tipo de intercâmbios, para além de todas as actividades partilhadas.
A avaliação é, no ponto de vista da educadora, a tarefa mais difícil. Por isso mesmo, talvez a mais
desafiadora, dada importância e a visibilidade que tem assumido nos últimos tempos, embora não seja
ainda, infelizmente, reconhecida pela tutela a necessidade de tempo para a fazer com tranquilidade, à
semelhança do que se passa com os restantes docentes.

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VIII – A RELAÇÃO COM AS FAMÍLIAS E OUTROS PARCEIROS EDUCATIVOS

A relação com os pais e encarregados de educação e outros familiares das crianças baseia-se
essencialmente no contacto diário e informal nas horas de chegada e partida das crianças, isto para além
do horário de atendimento semanal o qual, por ter sido alterado, não tem sido utilizado pelos
encarregados de educação, que preferiam a hora de almoço, tal como manifestaram na reunião de início
de ano lectivo.
Também o “Vai-vem”, um envelope de plástico individual, que leva a casa todos os recados,
mensagens, informações necessárias, serve como veículo de contacto privilegiado entre a escola e a
família. Esta estratégia pretende não só informar como obter uma maior colaboração dos pais, pois é
essencialmente interactiva, solicitando a intervenção, ora dos mais pequenos, ora dos mais crescidos, para
as diversas questões que vão surgindo.
Sempre que possível e / ou necessário serão realizadas reuniões gerais, a fim de serem discutidos e
avaliados assuntos do interesse de toda a comunidade escolar. Uma delas efectuou-se no início deste ano
lectivo e decorreu já outra para apresentação do Plano Anual de Actividades e, muito sumariamente,
deste Projecto Curricular, que será disponibilizado on-line para consulta no blogue da sala. 35
O Jardim de Infância está aberto a colaborar com Escola do 1º ciclo em todas as actividades que
possam ser partilhadas, através da rotina quinzenal “O dia de estarmos juntos”. Algumas destas
actividades integram o Plano Anual de Actividades.
A mesma disponibilidade mantém-se na colaboração com os outros Jardins de Infância do
Agrupamento, através de intercâmbios, visitas e/ou vivências em comum, se possíveis de concretizar.
Procura ainda colaborar as Autarquias Locais, nomeadamente com a Câmara Municipal, mais
especificamente com os seus Departamentos de Educação, de Acção Cultural e de Ambiente.
Tem já iniciados alguns intercâmbios com Jardins de Infância de outras localidades do país,
originados pela comunicação interactiva gerada a partir dos blogues que as respectivas educadoras
dinamizam, nomeadamente e por ordem aleatória:
Uma sala do JI de Monserrate, Viana do Castelo, que dinamiza o blogue Papel Principal, cujo
endereço é http://portfoliodegrupo-graca.blogspot.com/;
Uma sala da EB1/JI de Valejas, Barcarena, Oeiras, que mantém o blogue Pequenos Passos, em
http://pequenospassos-luz.blogspot.com/;
A sala do JI de Reboreda, Vila Nova de Cerveira, que tem um blogue chamado Sementes
Mágicas, disponível em http://sementesmagicas.blogspot.com/;
Outra sala de JI fica na Rinchoa, Rio de Mouro, Sintra e dinamiza o blogue Príncipes e
Princesas, alojado no endereço http://principeseprincesas-xinha.blogspot.com/;

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A Sala Azul do JI Vasco da Gama, Ramalde, Porto, também com o seu blogue Pequenas Flores
Azuis, em http://asaladomeujardim.blogspot.com/.
Uma sala de uma instituição particular “A Criança”, em Valongo, Porto, que possui o blogue
Miniaturas, em http://artistaspequenos.blogspot.com/
Finalmente, uma outra sala nos Açores, na EB1/JI Dr. José Pereira Botelho, em Santa Cruz

– Lagoa, que mantém o blogue Miminhos e Carinhos disponível em


http://miminhosecarinhos.blogspot.com/

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IX – COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS E DIVULGAÇÃO DA INFORMAÇÃO

A questão da divulgação da informação ao longo do ano lectivo já foi abordada num dos pontos
anteriores, onde se refere o recurso a contactos informais, ao horário de atendimento a pais e
encarregados de educação, a reuniões gerais e ao “Vai-Vem”, para além de outras estratégias que possam
vir a ser consideradas adequadas e pertinentes, conforme o tipo de informação a difundir.
Desde os dois anos lectivos anteriores que dinamiza, em formato de Portfolios Digitais de Grupo,
blogues onde procura abrir a sua sala a toda a comunidade, não só local, mas nacional e até internacional.
O blogue da Sala Fixe do JI de Vila Franca intitula-se Bloguefólio e encontra-se no endereço http://blogue-
folio.blogspot.com e, desde que teve o seu início em Setembro, já recebeu mais de 19.000 visitas,
recolhendo opiniões favoráveis, de pais e familiares das crianças, bem como de outras instituições e
profissionais de educação.
No que se refere à avaliação formativa das crianças, a comunicação aos pais e encarregados de
educação realizar-se-á no final de cada período lectivo e assumirá duas formas: a análise do Portfolio
Individual da criança em contexto familiar e a consulta da sua Ficha Informativa de Avaliação.
Quanto à articulação com o Primeiro Ciclo do Ensino Básico ao nível da divulgação de informação
37
útil para a transição/continuidade educativa, no final do ano será facultada ao docente responsável pelas
crianças do 1º ano (no ano lectivo seguinte), uma cópia da Ficha Informativa de Avaliação relativa ao 3º
período.

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X – PLANIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES

A planificação do trabalho com intencionalidade pedagógica será semanal, para além de tudo o que
ficou já definido neste Projecto Curricular de Grupo.
No entanto, para fazer um planeamento que, de forma eficaz, vá ao encontro das necessidades de
aprendizagem individuais das crianças, deverá partir da observação quotidiana das crianças em acção.
Depois de estabelecido aquilo que as crianças já sabem e são capazes de fazer, será possível articular esse
conhecimento com as características do ambiente de aprendizagem, procurando que o planeamento tenha
a ver “com a continuidade e a progressão entre um estádio de cada área de aprendizagem e o estádio que
se segue” (Siraj-Blatchford, I. (2004:26). Assim, na sua perspectiva, a planificação não deverá assumir um
formato a longo prazo, pois dependerá das circunstâncias e a elas deverá ser constantemente adequada,
resultando num planeamento emergente.
As actividades de planeamento são feitas em conjunto com as duas estagiárias finalistas de educação
de infância, cabendo a estas planificar a segunda, terça e quarta-feira de manhã de forma articulada com o
planeamento feito pela Educadora para os restantes dias da semana.
Refira-se ainda que, dada a opção por uma metodologia de cariz construtivista, a planificação não
38
pode surgir como um documento estanque, antes assume a forma de uma proposta, pelo que utiliza um
formato criado por si e procura concretizar diariamente o que, de facto, foi feito com as crianças,
registando assim o Plano de Trabalho diário. Em Apêndice 1 poder-se-ão consultar os exemplares da grelha
de planificação atrás referida e também da utilizada pelas estagiárias para o seu planeamento.

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REFERÊNCIAS

CASTRO, Joana Pacheco de e RODRIGUES, Marina. (2008). Sentido do número e


organização de dados - Textos de apoio para Educadores de Infância. Lisboa: Ministério
da Educação de Portugal, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

CRUSELLAS, L. e ALCOBIA, V. (s/d). Pré: Guia de Competências. Penafiel: Associação


Prevenir (ONG Prevenção e Promoção da saúde).

Gonçalves, Isabel Moreno (2008). Avaliação na Educação de Infância: das concepções


às práticas. Penafiel: Editorial Novembro, 1ª Edição. ISBN 978-989-8136-26-8

MATA, Lurdes. (2008). A descoberta da Escrita – Textos de apoio para Educadores de


Infância. Lisboa: Ministério da Educação de Portugal, Direcção Geral de Inovação e
Desenvolvimento Curricular. 39

MENDES, Maria de Fátima e DELGADO, Catarina Coutinho. Geometria - Textos de apoio


para Educadores de Infância. Lisboa: Ministério da Educação de Portugal, Direcção
Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. (2007).


Gestão do Currículo na Educação Pré-escolar. Circular nº 17/DSDC/DEPEB/2007, disponível no
seguinte endereço electrónico e consultado em 22 DE Outubro de 2009 às 22.30h:
http://sitio.dgidc.min-edu.pt/pescolar/Documents/circular17_DSDC_DEPEB_2007.pdf

OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia (2007). Pedagogia (s) da Infância: reconstruindo uma praxis de


participação. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. (org.) (2007a). Pedagogias da Infância. São Paulo:
Artmed. ISBN 978-85-363-0842-S.

OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia e ARAÚJO, Sara Barros (2007). Escutar as vozes das crianças
como meio de (re) construção de conhecimento acerca da infância: algumas implicações

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metodológicas. In OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. (org.) (2007b). A escola vista pelas crianças.


Porto: Porto Editora.

OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia (org). SPODEK, Bernard. BROWN, Patricia Clark. LINO, Dalila e
NIZA, Sérgio. (1996). Modelos Curriculares para a Educação de Infância. Porto: Porto Editora.
ISBN 972-0-34451-2.

PROJECTO EDUCATIVO 2008 DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE DARQUE

PROJECTO CURRICULAR 2008-2009 DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE DARQUE

RUBTSOV, Vytaly. (2009). A Prática da Aprendizagem Partilhada. In: Redescobrir


Vigotsky. Destacável da Revista Noesis, nº 77 - Abril-Junho 2009.

SILVA, Isabel Lopes da. (1997). Orientações Curriculares para a Educação pré-escolar.
Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica, Núcleo da Educação Pré-escolar.
Despacho nº 5220/97 de 4 de Agosto. Lisboa. ISBN 972-742-087-7. 40

SIM-SIM, Inês, SILVA, Ana Cristina e NUNES, Clarisse. (2008). Linguagem e Comunicação no
Jardim de Infância - Textos de apoio para Educadores de Infância. Lisboa: Ministério da
Educação de Portugal, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

SIRAJ-BLATCHFORD, Iram. (2004). Manual de Desenvolvimento Curricular. Colecção Educação


Hoje, 1ª edição. Lisboa: Texto Editora.

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APÊNDICES

Neste ponto apresentam-se os documentos que, de alguma forma, estão relacionados com a
elaboração e / ou implementação deste Projecto Curricular de Grupo:
 Em Apêndice1 apresentam-se as Grelhas de Planificação utilizadas;
 Em Apêndice 2 inclui-se a caracterização do contexto educativo, realizada pelas estagiárias
Marlene Vaz e Isaura Neiva, a partir do tratamento dos dados obtidos através do
preenchimento pelos Encarregados de Educação da Ficha de Caracterização Individual da
Criança.
 Em Apêndice 3, incluem-se as participações enviadas pelos pais e encarregados de educação
para a construção deste Projecto Curricular 2007-2008.

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APÊNDICES 42

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Vila Franca, 24 de Novembro de 2009,

A Educadora de Infância titular de grupo,


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