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CAPITULO I- INTRODUCAO
Nunca como hoje o apoio social foi tão relevante como um dos factores do bem-estar social que
proporciona aos militares na reforma e suas famílias melhores condições de vida e a capacidade
de enfrentar problemas. É um bem fundamental, comum a todo o ser humano e afigura-se cada
vez mais vital.
A Lei Constitucional da República de Angola no seu artigo 38° reconhece aos cidadãos os
direitos sociais que estabelece bem-estar e a qualidade de vida do povo.
Os militares como parte integrante da sociedade têm direito a usufruir dos direitos sociais
previstos nos diversos diplomas legais. Dada a sua especificidade criaram-se diplomas
específicos que além de regularem garantem concomitantemente as benesses destes.
Por outro lado, a dinâmica e o impacto da globalização originaram alterações radicais na vida
actual, na harmonia das relações sociais, que conduziram inevitavelmente a necessidade de
qualquer tipo de apoio em qualquer fase da vida. Garantir o apoio essencial para que os Oficias
Superiores na Reforma se sintam motivados é uma das condições necessárias para o alcance do
seu bem-estar e da sua família.
A Organização deve neste contexto estar consciente que é realizando os seus trabalhadores para
que ela se sinta realizada por formas a atingir os objectivos pela qual foi criada (Barata, 2002).
O Tema “ O Apoio Social e a gestão dos militares na Reforma ‘' induz-nos desvelar se os
actuais serviços prestados à essa população específica bem como a sua extensão na reforma, se
considerarmos que nesta fase da vida o homem é menos forte.
Importância do Estudo
Nunca como hoje, o apoio social como um dos factores do bem-estar social que proporciona aos
militares na reforma e suas famílias melhores condições de vida e novas oportunidades para a
vida mais feliz, em todos os seus aspectos, adquire uma importância capital na vida de todo ser
humano.
Assim, urge a necessidade de garantir um eficaz e eficiente sistema de apoio que garanta o
previsto na legislação em vigor.
O apoio social tem repercussão directa na vida das pessoas. Todos nós necessitamos de apoio
social, portanto a sua aplicação é fundamental. O apoio terá que ser desenvolvido não só na
perspectiva de garantir um maior respeito e dignidade a quem jurou defender a pátria, se
necessário com a sua própria vida.
Porque a vastidão de assuntos que podem ser tratados acerca do tema proposto é notória houve
necessidade de se proceder a delimitação do objecto do estudo. Tem-se a noção de que existem
autores de mérito reconhecido que escreveram sobre este domínio do conhecimento.
Considerando ainda as limitações impostas à dimensão do trabalho, apresentou-se uma estrutura
para a execução do TILD que parece ambiciosa e por isso coloca a necessidade de exercer um
rigoroso poder de síntese. Tal permitirá, por um lado, referir os assuntos propostos, para que se
consiga obter um encandeamento lógico e, por outro lado, não desvirtuar o trabalho defraudando
a expectativa criada, assim como outros autores que com cuidado se pronunciaram sobre estas
matérias.
Perante a vastidão de questões que o tema é susceptível de levantar e tal como referido procurou-
se circunscrevê-las definindo uma questão central, que segundo Quico e Campinhos deve ser
clara, exequível e pertinente (2003. p.252) …”
A Questão central levantada foi: O apoio social prestado aos oficiais na reforma garante a
satisfação das suas necessidades básicas?
Como hipótese orientadora do estudo efectuado, salvaguardas as proporções todo o apoio social
prestado aos militares do quadro permanente no activo, deveria ser extensivo aos militares
reformados. Assim nossa hipótese é que o apoio social atribuído à reforma não lhes permite a
satisfação de suas necessidades básicas.
O TILD apresenta uma organização e conteúdo estruturados numa introdução e quatro capítulos,
apresentando-se por último as conclusões e recomendações.
Nos capítulos I e II debruçamo-nos sobre a Introdução e o Apoio Social nas Forças Armadas, no
Capitulo III, caracterização do apoio social dos militares na reforma e por último no capítulo
seguinte (IV), conclusões e recomendações.
Em síntese a imagem social do reformado, assenta numa aparente confusão entre o envelhe
cimento biológico e o envelhecimento social. A sua construção estriba-se numa base material
independente do processo orgânico. O significado da reforma apoia-se em aspecto materiais, de
luta de classes e de idades, ou seja numa interpretação social cultural do envelhecimento cultural.
Os direitos sociais são mutáveis por isso o acompanhamento é feito de uma forma permanente.
Participam para a satisfação dessas carenciais vários sectores das organizações, sob pena da
impossibilidade de cumprimento do dever estatuído.
As acções que as organizações têm como caracteres atendem esses pressupostos (deveres e
direitos) dividem-se em dois grandes blocos, assistência e apoio.
Assistência social se refere ao usufruto pelos militares e ou servidores públicos e aos seus
familiares, dos benefícios todos como direitos sociais adquiridos e regulamentados de forma a
garantir o seu bem-estar.
Exemplo: Assistência médica gratuita decima terceiro mês, alimentação, subsídio de morte, .
A discussão a volta do conceito apoio social é relativamente recente e envolve dois períodos
distintos. O primeiro que decorre desde o início de século até finais dos anos 60, inclui
contribuições distintas como os estudos realizados no âmbito da Psicologia e Sociologia por
um lado e, posteriormente nas origens do movimento comunitário.
Segundo Vaux (1988), já Durkhein referia num dos principais trabalhos da sociologia
moderna, como o enfraquecimento dos laços sociais e o estado de desorganização
psicológica consequente se relacionava com o suicídio.
Também Barrón (1996) refere que desde os finais dos anos 60, se tem verificado um
crescente reconhecimento da influência dos sistemas sociais na conduta humana, tanto na
saúde como na doença.
O segundo período se situa a partir dos anos 70. O apoio social constitui um quadro teórico
integrado e consciente, devido a proliferação de numerosas investigações capazes de
sustentar diferentes abordagens.
Cassel (1974), Caplan (1974 e Cobb (1976) considerados os fundadores das investigações
sobre o apoio social, abriram caminho ao desenvolvimento e conceptualização do apoio
social e delinearam os pressupostos que levam a acreditar que o apoio social fornecido pelas
relações sociais contribui para o bem-estar do indivíduo, amortecendo o efeito que as
situações adversas geralmente provocam, (Vaux, 1988; Barrón, 1996).
A contextualização do apoio social está longe de ser consensual. Conotada como complexa, é
alvo de inúmeras definições, abordagens teóricas e modelos explicativos nem sempre
concordantes entre si.
O actual governo preconiza que o apoio social não é um custo para a nação mas sim, um
verdadeiro activo ou recurso para uma sociedade equilibrada entre direitos e deveres, menos
dependente e mais solidária.
Por outro lado, a evolução das políticas de apoio social conduzirão a que cada vez mais as
responsabilidades nesta área sejam duvidosas, a tendência será no sentido de contribuir para
uma sociedade com maiores responsabilidades sociais, pugnar pelo incremento e implantação
de uma cultura de partilha de riscos e assim recorrer para realização da justiça social.
O Governo preconiza que o apoio social é um verdadeiro recurso para uma sociedade
equilibrada entre direitos e deveres.
A evolução das políticas de apoio social conduzirão cada vez mais as responsabilidades nesta
área sejam divididas, a tendência será no sentido de contribuir para uma sociedade com mais
responsabilidades sociais, pugnar pelo incremento e implantação de uma cultura de partilha
de riscos e assim concorrer para a realização de justiça social .
No âmbito da Defesa nacional estão previstas outras medidas no sentido de permitir o apoio á
mobilidade geográfica dos militares em função das necessidades operacionais das Forças
Armadas.
Neste sentido, o Ministério da Defesa nacional (MDN) como órgão governamental é o órgão
responsável, não só pela execução da política de Defesa Nacional no âmbito das atribuições
que lhe são conferidas pela lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas, como também pela
administração das Forças Armadas nos termos da Lei de Defesa Nacional e dos órgãos e
serviços que o integram.
Como órgão de excelência para a execução do apoio social no MINDEN, destaca-se a Caixa
de Segurança Social das FAA (CSSFAA).
2.3. Órgãos com responsabilidade no apoio social nas Forças armadas Angolanas
Na estrutura hierárquica das FAA, ao nível dos ramos, encontramos ainda diversos órgãos
com responsabilidade na execução do apoio social, nomeadamente, através dos órgãos de
Pessoal e Quadros, Logística e Finanças. São órgãos de apoio de direcção aos Chefes dos
Estados Maiores dos ramos aos quais pertencem e tem atribuições semelhantes as estruturas
do Estado Maior Geral.
As actividades do Apoio Social nos Ramos das Forcas Armadas desenvolvem-se em torno de
quatro áreas:
Nos termos ao Decreto nº 16\94 de 10 de Agosto, é criado o Sistema de Segurança Social das
Forcas Armadas (SSSFAA) a fim de garantir execução das prestações se segurança social
decorrentes da lei nª18\90, adaptadas as especialidades da função militar.
Esse diploma estabelece ainda que os militares e o pessoal civil integrado mas estruturas
militares, não beneficiários do SSSFAA, são abrangidos pelo regime geral de sistema de
nacional segurança social, beneficiando contudo da protecção na doença e acidente
comum, pelas forcas armadas, Com efeito, o seu campo de aplicação material,
compreende:
√ Protecção na maternidade,
√ Protecção na velhice,
Por outro lado, na vertente do apoio social é garantida aos servidores das forcas armadas a
assistência sanitária e a acção social, necessárias ao bom desenvolvimento das suas tarefas,
garantia a situação moral e psicologia, assim como a assistência médica e medicamentosa e o
bem-estar.
A realização das acções no âmbito do apoio social é assegurada, nos termos dos artigos 58* e
59* do supracitado diploma, através do programa de acção sanitária e social, com recursos
afectos aos fundos das forcas armadas alocadas para o efeito e persegue aos seguintes fins
especificados,
. A prestação de ajudas alimentares e aquisição de livros escolares aos filhos dos militares,
Deste modo teoricamente se configura o modelo actual de apoio social nas FAA. Contudo,
na prática é ainda caracterizada pela carência de um plano director o que possibilita a
inobservância de sincronização entre os distintos órgãos com responsabilidade neste
domínio, tornando o modelo difuso e como tal, sem satisfazer as necessidades e anseios dos
seus servidores na actual conjuntura.
Após a assinatura dos acordos de Bicesse e Lusaka pôs-se fim as hostilidades militares que
culminaram com a Formação da Forças Armadas Angolanas integrando no seu seio
indivíduos provenientes das FAPLA e FALA.
O processo de conclusão das FAA, sob a verificação das Nações Unidas garantia a existência
de Forças Armadas únicas, nacionais apartidárias, obedientes aos órgãos de soberania da
República de Angola.
Os militares na reforma são um grupo cuja trajectória de vida, ficou profundamente marcada
por cumprirem o serviço militar numa situação de guerra que condicionou fortemente a sua
identidade e especificidade bem como, naturalmente, as suas representações sociais e
expectativas do futuro.
de bases que facilite na sua aposentadoria segura. Assim a reforma para o militar inicia na
redefinição do seu lar com toda a conjuntura a si atinentes. Despojado de autoridade de um
militar no activo, o reformado tem o passado como símbolo de sua existência e o apoio como
garante da sua sobrevivência. Importante seria que a estes se preservássemos o direito
adquirido (benefícios) ao longo de sua permanência no activo.
Os direitos são mutáveis por isso o acompanhamento é feito de uma forma permanente.
Participam para a satisfação dessas carenciais vários sectores das organizações, sob pena da
impossibilidade de cumprimento do dever estatuído.
As acções que as organizações têm como caracteres atendem esses pressupostos (deveres e
direitos) dividem-se em dois grandes blocos, assistência e apoio.
Assistência social se refere ao usufruto pelos militares e ou servidores públicos e aos seus
familiares, dos benefícios todos como direitos sociais adquiridos e regulamentados de forma
a garantir o seu bem-estar.
Exemplo: Assistência médica gratuita decima terceiro mês, salário, alimentação, subsídio de
morte, assistência religiosa etc.
Embora o indivíduo (reformado) tenha o necessário para a sua reprodução social sua forma
de satisfação é diferenciada. As complexas determinações, a que os colaboradores estão
sujeitos, levam a que a satisfação das necessidades sejam realizadas de forma diferenciada,
originando diferenças na determinação das carências por satisfação, diferença na forma de
satisfação das carências e desarranjos sócio-comportamentais com seria implicância na vida
institucional.
Tem direito a pensão da reforma todo militar do Quadro Permanente e todos os cidadãos
integrados em organizações militares, dentro do território nacional e que por força dos
acordos de paz para Angola sejam registados nos órgãos de pessoal das FAA.
O acompanhamento dos oficiais superiores na reforma é feito pela CSS/FAA como Órgão de
gestão
O oficial na reforma tem direito a uma pensão de reforma que é calculado segundo a
fórmula: P= SxN /30; Sendo P o valor da pensão
30= Coeficiente do limite de anos de serviço contados nos termos do artigo 28° da Lei no
16/94.
Subsídio de natal
Apoio habitacional
Empregadas domiciliares
Habitação
A Sociedade é dinâmica esta lei foi elaborada num contexto político e social diferente, hoje
as políticas sociais devem promover o bem – estar dos indivíduos, providenciando bens e
serviços essenciais á satisfação das necessidades das pessoas nessa condição assim
O bem-estar, em termos gerais, é uma noção que se aplica a uma cultura no seu todo. O bem-
estar social consubstancia uma situação, uma condição, um estado, um conjunto de medidas
que proporcionam aos indivíduos e as famílias melhores condições de vida e novas
oportunidades para tornar a vida mais feliz, sempre e em todos seus aspectos. Pode-se, pois,
considerar que uma determinada política social é boa se é geradora de bem-estar social, quer
para os cidadãos em particular, quer também para as famílias e para a sociedade em geral.
Entendemos que a amostra não é muito representativa, o que nos impossibilita a definição da
margem de erro da pesquisa, se generalizada para todo o território nacional. No entanto, para
a realidade local deve ser levado em consideração já que o até aqui plasmado, representa os
anseios da grande maioria desta população.
Pelo que podemos observar que os reformados das Forças Armadas Angolanas, têm presente
que recebem a pensão e a assistência médica medicamentosa. Entretanto da população
entrevistada 87,50% entende que os apoios direccionados à reforma são insuficientes para a
manutenção do nível de vida, que antes usufruíam quando se encontravam no activo. Só
12,5% entendem que é possível manter o nível de vida de acordo de acordo como cada um
venha a “planificar”
Para reforçar nossa percepção quanto a condição do reformado, tentamos saber se a condição
deste alterou o seu modo de vida. Aqui vale sublinhar que para 75% entendem que alterou.
No entanto 25% acham que não. Destes 50% entendem que a alteração foi para melhor.
Importa aqui frisar que constatamos com preocupação a ausência do dado formação
académica, e outros bens (activos) dos militares no acto da reforma para consolidar nosso
estudo. No entanto futuros trabalhos poderão abordar com maior precisão já que não temos a
pretensão de esgotar este estudo.
É importante destacar que o militar vive em sociedade e com ela interage. Essa interacção
cria uma imagem que não pode ser subestimada para a condição psicossocial deste. Ao
passar à reforma esta imagem ganha contornos importantíssimos cuja aferição se torna
importante referir. Assim, ao perguntar-mos sobre a manutenção do status social no meio
onde vive, 62,5% dos entrevistados manifestaram que baixou não só a consideração pelos
mais próximos como de algumas instituições “ no activo a pessoa é vista de uma forma
diferente, já no activo é vista de uma forma desprezível, as relações esfriam-se”. No entanto,
37,5% entende que não” o facto de ter havido melhoria no nosso modo de vida, não significa
que houve alteração imediata no status social.
Tentamos saber o que mais sentem falta para a satisfação das necessidades comparadas com
o período em que se encontravam no activo por formas a avaliar-mos ou reflectir-mos as
necessidades desta população alvo: protecção à doença, bonificações no pagamento de água,
luz, incentivos para o empreendorismo, foram os itens que mais obtivemos nas respostas. Os
entrevistados apontam também “outras e muitas outras coisas” como forma de se ter maior
atenção no apoio a estes ex-militares que cumpriram com o seu dever de defensores da
pátria.
resposta obtida foi que 37% destes conhecem ex-militares em más condições embora 62,5%
revelou não conhecer.
As bonificações da água, luz e bolsas de estudo para os familiares também aparecem com
algum realce, os créditos com juros bonificados para habitação, construção de casas, viaturas
e outros bens.
A elaboração deste trabalho não teve como objectivo efectuar um exaustivo levantamento de
dados que traduzissem as acções desenvolvidas no âmbito do apoio social dos militares na
reforma oficiais na reforma e respectivas famílias. Procurou-se antes, recolher informações que
permitissem aumentar deste modo o conhecimento e desse modo, contribuir para a melhoria do
sistema de apoio social, desta forma, pretendeu-se não transformar o TILD num relatório de
números, de leitura maçuda, no qual o leitor se poderia “perder” com facilidade, mas num
documento atractivo que, seguindo uma metodologia de investigação científica, permitisse obter
uma leitura do actual…………… e assim responder a questão central levantada “ O Apoio
Social prestado aos oficiais na reforma a satisfação das suas necessidades básicas”?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Legislação
Consulta Na Internet
Sites
httpwww.iasfa.pt\evora.htm
http://www.iasfa.pt\evora.html
http://www.iasfa.pt\oeiras.html
Deverá haver mais benefícios, pois para além da remuneração, que é incompatível com o
custo de vida actual, nem todos os reformados têm capacidade físico-psíquico de encontrar
outras fontes de rendimento.
Existem graus / níveis diferentes, como é óbvio, entre os militares na reforma, o que implica
que os seus direitos são diferenciados. Logo, a situação dos reformados altera, substancialmente,
o seu modo de vida, o que contraria os resultados da sondagem.
Houve alguma mudança de status no meio social em que vivem. Mas, das sondagens
informais feitas, denota-se ausência de conhecimentos do Decreto-lei 16 / 94, pelo que
demonstram descontentamento.
A comunicação é meio que mais falta fazem aos reformados para a realização / satisfação das
necessidades comparadas com o período em que se encontravam no activo. Pois, no activo a
comunicação era directa, o que possibilitava os militares de adquirirem o que tinham como
direito, directamente, através de Comunicações Internas em formaturas e escritórios.