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O documento discute três pontos principais:
1) A maior barreira para a iluminação é a identificação com a mente e os pensamentos constantes.
2) A iluminação significa encontrar a verdadeira natureza além dos nomes e formas, vivenciando a unidade com tudo.
3) Parar de se identificar com a mente e observar os pensamentos permite perceber a inteligência que vai além do pensamento.
O documento discute três pontos principais:
1) A maior barreira para a iluminação é a identificação com a mente e os pensamentos constantes.
2) A iluminação significa encontrar a verdadeira natureza além dos nomes e formas, vivenciando a unidade com tudo.
3) Parar de se identificar com a mente e observar os pensamentos permite perceber a inteligência que vai além do pensamento.
O documento discute três pontos principais:
1) A maior barreira para a iluminação é a identificação com a mente e os pensamentos constantes.
2) A iluminação significa encontrar a verdadeira natureza além dos nomes e formas, vivenciando a unidade com tudo.
3) Parar de se identificar com a mente e observar os pensamentos permite perceber a inteligência que vai além do pensamento.
Iluminao o que isso? Por mais de trinta anos um mendigo ficou sentado no mesmo lugar, debaixo de uma marquise. At que um dia, uma conversa com um estranho mudou sua vida: Tem um trocadinho a pra mim, moo! murmurou, estendendo mecanicamente seu velho bon. "#o, n#o tenho disse o estranho. $ que tem nesse ba% debaixo de voc&! "ada, isso aqui s' uma caixa velha. () nem sei h) quanto tempo sento em cima dela. "unca olhou o que tem dentro! perguntou o estranho. "#o respondeu. Para qu&! "#o tem nada aqui, n#o* +) uma olhada dentro insistiu o estranho, antes de ir embora. $ mendigo resolveu abrir a caixa. Teve que fa,er fora para levantar a tampa e mal conseguiu acreditar ao ver que o velho caixote estava cheio de ouro. -u sou o estranho sem nada para dar, que est) lhe di,endo para olhar para dentro. "#o de uma caixa, mas sim de voc& mesmo. .magino que voc& este/a pensando indignado: 01as eu n#o sou, um mendigo*2 .nfeli,mente, todos que ainda n#o encontraram a verdadeira rique,a a radiante alegria do 3er e uma pa,: inabal)vel s#o mendigos, mesmo que possuam bens e rique,a material. 4uscam, do lado de fora, migalhas de pra,er, aprova#o, segurana ou amor, embora tenham um tesouro guardado dentro de si, que n#o s' contm tudo isso, como infinitamente maior do que qualquer coisa oferecida pelo mundo. A palavra ilumina#o transmite a idia de uma conquista sobre5humana e isso agrada ao ego , mas simplesmente o estado natural de sentir-se em unidade com o 3er. 6 um estado de conex#o com algo imensur)vel e indestrutvel. Pode parecer um paradoxo, mas esse 0algo2 essencialmente voc& e, ao mesmo tempo, muito maior do que voc&. A ilumina#o consiste em encontrar a verdadeira nature,a por tr)s do nome e da forma. A incapacidade de sentir essa conex#o d) origem a uma ilus#o de separa#o, tanto de voc& mesmo quanto do mundo ao redor. 7uando voc& se percebe, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado, o medo e os conflitos internos e externos tomam conta da sua vida. Adoro a defini#o simples de 4uda para a ilumina#o: 06 o fim do sofrimento2. "#o h) nada de sobre5humano nisso, n#o mesmo! 8laro que n#o uma defini#o completa. -la apenas nos di, o que a ilumina#o n#o : no sofrimento. 1as o que resta quando n#o h) mais sofrimento! 4uda silencia a respeito, e esse sil&ncio implica que teremos de encontrar a resposta por n's mesmos. 8omo ele emprega uma defini#o negativa, a mente n#o consegue entend&5la como uma crena, ou como uma conquista sobre5humana, um ob/etivo difcil de alcanar. Apesar disso, a maioria dos budistas ainda acredita que a ilumina#o algo apenas para 4uda e n#o para eles pr'prios, pelo menos, n#o nesta vida. Voc usou a palavra Ser, Pode explicar o que quer dizer com isso? 1 3er a eterna e sempre presente 9ida :nica, que existe alm das in%meras formas de vida su/eitas ao nascimento e ; morte. -ntretanto, o 3er n#o est) apenas alm, mas tambm dentro de todas as formas, como a mais profunda, invisvel e indestrutvel ess&ncia interior. .sso significa que ele est) ao seu alcance agora, sob a forma de um eu interior mais profundo, que a verdadeira nature,a dentro de voc&. 1as n#o procure apreend&5lo com a mente. "#o tente entend&5lo. 3' possvel conhec&5lo quando a mente est) serena. 3e estiver alerta, com toda a sua aten#o voltada para o Agora, voc& at poder) sentir o 3er, mas /amais conseguir) compreend&5lo mentalmente. <ecuperar a consci&ncia do 3er e submeter5se a esse estado de 0percep#o dos sentidos2 o que se chama ilumina#o. uando voc diz Ser, est! "alando so#re $eus? Se estiver, por que no diz expressamente? A palavra $eus tornou5se va,ia de significado ao longo de milhares de anos de utili,a#o impr'pria. -mprego5a ocasionalmente, mas com modera#o. 8onsidero impr'pria a sua utili,a#o por pessoas que /amais tiveram a menor idia do reino do sagrado, da infinita imensid#o contida nessa palavra, mas que a usam com grande convic#o, como se soubessem do que est#o falando. -xistem ainda aqueles que questionam o termo, como se soubessem o que est#o discutindo. -sse uso indevido d) origem a crenas, afirma=es e delrios absurdos, tais como 0o meu ou o nosso +eus o %nico +eus verdadeiro, o seu +eus falso2, ou a famosa frase de "iet,sche, 0+eus est) morto2. A palavra $eus se tornou um conceito fechado. 7uando a pronunciamos, criamos uma imagem mental, talve, n#o mais a de um velhinho de barba branca, mas ainda uma representa#o mental de algum ou de algo externo a n's e, quase inevitavelmente, algum ou alguma coisa do sexo masculino% Tanto $eus quanto Ser s#o palavras que n#o conseguem definir nem explicar a realidade por tr)s delas. Ser, entretanto, tem a vantagem de sugerir um conceito aberto. "#o redu, o invisvel infinito a uma entidade finita. 6 impossvel formar uma imagem mental a esse respeito. "ingum pode reivindicar a posse exclusiva do 3er. 6 a sua ess&ncia, t#o acessvel como sentir a sua pr'pria presena, a reali,a#o do &u sou que antecede o 0eu sou isso2 ou 0eu sou aquilo2. Portanto, a dist>ncia muito curta entre a palavra Ser e a viv&ncia do 3er. ual o maior o#st!culo para vivenciar essa realidade? .dentificar5se com a mente, o que fa, com que este/amos sempre pensando em alguma coisa. 3er incapa, de parar de pensar uma afli#o terrvel, mas ningum percebe porque quase todos n's sofremos disso e, ent#o, consideramos uma coisa normal. $ rudo mental incessante nos impede de encontrar a )rea de serenidade interior, que insepar)vel do 3er. .sso fa, com que a mente crie um falso eu interior que pro/eta uma sombra de medo e sofrimento sobre n's. -xaminaremos esses pontos detalhadamente, mais adiante. $ fil'sofo +escartes acreditava ter alcanado a verdade mais fundamental quando proferiu sua conhecida m)xima: 0Penso, logo existo2. 8ometeu, no entanto, um erro b)sico ao equiparar o pensar ao 3er e a identidade ao pensamento. $ pensador compulsivo, ou se/a, quase todas as pessoas, vive em um estado de aparente isolamento, em um mundo povoado de conflitos e problemas. ?m mundo que reflete a fragmenta#o da mente em uma escala cada ve, maior. A ilumina#o um estado de plenitude, de estar 0em unidade2 e, portanto, em pa,. -m unidade tanto com o universo quanto com o eu interior mais profundo, ou se/a, o 3er. A ilumina#o o fim n#o s' do sofrimento e dos conflitos internos e externos permanentes, mas tambm da aterrori,ante escravid#o do pensamento. 7ue maravilhosa liberta#o* 2 3e nos identificamos com a mente, criamos uma tela opaca de conceitos, r'tulos, imagens, palavras, /ulgamentos e defini=es que bloqueia todas as rela=es verdadeiras. -ssa tela se situa entre voc& e o seu eu interior, entre voc& e o pr'ximo, entre voc& e a nature,a, entre voc& e +eus. - essa tela de pensamentos que cria uma ilus#o de separa#o, uma ilus#o de que existe voc& e um 0outro2 totalmente ; parte. -squecemos o fato essencial de que, debaixo do nvel das apar&ncias fsicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que . Por 0esquecermos2 quero di,er que n#o sentimos mais essa unidade como uma realidade evidente por si s'. Podemos at acreditar que isso se/a uma verdade, mas n#o mais a recon'ecemos como verdade. Acreditar pode at tra,er conforto. "o entanto, a liberta#o s' pode vir atravs da viv&ncia pessoal. Pensar se tornou uma doena. A doena acontece quando as coisas se desequilibram. Por exemplo, n#o h) nada de errado com a divis#o e a multiplica#o das clulas no corpo humano. 1as, quando esse processo acontece sem levar em conta o organismo como um todo, as clulas se proliferam e temos a doena. 3e for usada corretamente, a mente um instrumento magnfico. -ntretanto, quando a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Para ser ainda mais preciso, n#o voc& que usa a sua mente de forma errada. -m geral, voc& simplesmente n#o usa a mente. 6 ela que usa voc% -ssa a doena. 9oc& acredita que a sua mente. -is a o delrio. $ instrumento se apossou de voc&. (o concordo muito com isso% ) verdade que penso muito sem um o#*etivo de"inido, como a maioria das pessoas, mas ainda posso escol'er como usar a min'a mente para ter e conse+uir coisas, e "ao isso o tempo todo% 3' porque podemos resolver palavras cru,adas ou construir uma bomba at@mica n#o significa que este/amos usando a mente. Assim como os c#es adoram mastigar ossos, a mente adora transformar dificuldades em problemas. 6 por isso que ela resolve palavras cru,adas e constr'i bombas at@micas. 1as essas coisas n#o interessam a voc% Pergunto ent#o: voc& consegue se livrar da sua mente quando quer! () encontrou o bot#o que a 0desliga2! , idia parar de pensar completamente? (o, no consi+o, a no ser por um ou dois se+undos% -nt#o, porque a mente est) usando voc&. -stamos t#o identificados com ela que nem percebemos que somos seus escravos. 6 quase como se algo nos dominasse sem termos consci&ncia disso e pass)ssemos a viver como se f@ssemos a entidade dominadora. A liberdade comea quando percebemos que n#o somos a entidade dominadora, o pensador. 3aber disso nos permite observar a entidade. "o momento em que comeamos a o#servar o pensador, ativamos um nvel mais alto de consci&ncia. 8omeamos a perceber, ent#o, que existe uma vasta )rea de intelig&ncia alm do pensamento, e que este apenas um aspecto diminuto da intelig&ncia. Percebemos tambm que todas as coisas realmente importantes como a bele,a, o amor, a criatividade, a alegria e a pa, interior surgem de um ponto alm da mente. 6 quando comeamos a acordar. 3