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Organismos Geneticamente Modificados

Perigo ou Salvação?

Introdução
No âmbito da disciplina de Filosofia, subordinado ao
tema dos Problemas Bioéticos, eu escolhi como
problema, de entre os outros, o dos Alimentos
Transgénicos , ou OGM (Organismos Geneticamentes
Modificados).

O termo bioética foi pela primeira vez utilizado por um


médico – Van Rensselaer Potter (1911 – 2001) – que a
via, a Bioética, como a ética da biosfera por
simultaneamente se ocupar de questões médicas e
ecológicas (que se prendem com a preservação da vida
no planeta Terra). Desde então, vários contributos,
provenientes de diferentes áreas do saber, têm
permitido o diálogo e a discussão dos problemas
bioéticos.

Alimentos Transgénicos
Ultimamente, com o avanço da engenharia genética,
vários estudos e trabalhos científicos têm demonstrado
avanços significativos na manipulação de material
genético de plantas e outros seres vivos, os OGM. Alvo
de discussões sobre as suas vantagens e
desvantagens, a ciência dos OGM está em pleno
desenvolvimento. Ambientalistas e fundamentalistas
acusam os alimentos transgénicos de causar impactos
irreversíveis ao meio ambiente.

Os primeiros alimentos a serem modificados foram a


soja e o milho. Apesar de Portugal ter produzido milho
transgénico em 1999, actualmente deixou de produzir,
limitando-se a importar produtos transgénicos. A
Espanha é o maior produtor de produtos transgénicos
da União Europeia.
O que são?
Os alimentos transgénicos são produtos (sobretudo
vegetais ou frutas) geneticamente modificados, em que
um gene de um organismo é inserido noutro, de modo
a transmitir-lhe uma propriedade específica. Um dos
casos mais conhecidos é o dos morangos, que vêem o
seu ADN modificado com a inclusão de um gene
pertencente a um peixe do árctico, que lhes permite
suportar melhor o frio.

O que se faz não é um cruzamento entre espécies, mas


sim um cruzamento de algumas propriedades muito
específicas. Qualquer organismo (animal ou vegetal) é
constituído por células. Cada célula tem, dentro do
núcleo, um conjunto de cromossomas. Os
cromossomas são estruturas de ADN (ácido
desoxirribonucleico) que contêm toda a informação
sobre o organismo a que pertencem. Os genes,
constituintes do ADN, representam cada um uma
propriedade específica.

Para retirar genes de uma cadeia de ADN costumam-se


usar uma espécie de "tesouras" biomecânicas, que são
enzimas capazes de cortar e seleccionar genes. Esses
genes são então colocados em pedaços circulares de
ADN presentes em bactérias. Estas reproduzem-se
rapidamente, reproduzindo milhares de cópias do gene
em causa. De seguida as células do organismo a
modificar são "bombardeadas" com este novo gene.
Uma pequena percentagem destes atinge o núcleo das
células, introduzindo-se no ADN.

Vantagens
Produção mais ecológica e barata

A alteração do valor nutricional dos alimentos;

O desenvolvimento de espécies com características


desejáveis;
Alimentos com melhor tempo de conservação e
inocuidade

Optimização de plantações em terrenos pouco férteis

Desvantagens
O aumento dos sintomas de alergia;

A maior resistência a agro-tóxicos e antibióticos nas


pessoas e nos animais;

O aparecimento de novos vírus;

A eliminação de populações benéficas como abelhas,


minhocas e outros animais e espécies de plantas;

O desenvolvimento de ervas daninhas muito


resistentes que podem causar novas doenças e o
desequilíbrio da natureza;

O desconhecimento das consequências da utilização


dos alimentos geneticamente alterados a longo prazo.

Qual a atitude dos cientistas e das organizações?


Actualmente, não existe uma posição uniforme face a
este problema, pois a comunidade científica encontra-
se dividida. Enquanto que há quem diga que os
produtos transgénicos podem ter um valor nutricional
aumentado e que até podiam resolver os problemas
alimentares dos países menos desenvolvidos, há
também quem diga que os transgénicos têm vários
inconvenientes, sendo um dos quais o facto de não
haver estudos sobre os efeitos dos transgénicos nos
seres humanos. Para além disso, experiências
demonstram que a toxina BT do milho polui os solos
durante vários anos, e que as plantas geneticamente
modificadas matam os insectos que as comem, mas
também matam as joaninhas que depois comem os
insectos. Consequentemente, os ecossistemas ficam
destabilizados.
Qual a atitude da bioética?
Para se conhecerem os impactos dos avanços da
biotecnologia sobre a biodiversidade, é necessário
fazermos uma reflexão: “Será que possuímos recursos
éticos para utilizar sábia e humanamente, a
manipulação genética”? Esta talvez seja a questão mais
importante quando falamos de bioética. Frente a isto,
há duas incómodas questões: a primeira é a de que,
como aprendizes, poderemos sofrer as consequências
de um conhecimento parcial, ao sobrestimar a nossa
capacidade de prever e controlar as cadeias causais
que se iniciarão a partir da aplicação das novas
biotecnologias. A outra questão está no âmbito dos
valores que guiam as nossas acções. Ou seja, mesmo
que tenhamos assegurado total controle sobre as
aplicações biotecnológicas, precisamos de continuar a
perguntar-nos, se estamos preparados para fazer
frente a todas as implicações que elas podem causar
seja em seres humanos ou em ecossistemas complexos
como citamos anteriormente.

Algumas opiniões …
“Não tenho opinião consolidada sobre esta questão.
Face às questões do ambiente colocadas sou
naturalmente contra. Todavia, considerando as
vantagens referidas e eventualmente a possibilidade de
fazer face à pobreza e fome no mundo admito a sua
utilização, salientando sempre a defesa da qualidade de
vida e do bem-estar para todos.”

Anónima, 50 anos.

“Tendo em vista todas estas desvantagens, penso que
é difícil dizer que os Alimentos Transgénicos são bons,
já que provocam graves alterações ambientais.
É certo que estes também apresentam inúmeras
vantagens, mas é inegável de que se destacam mais os
malefícios.
Mas no meio de tudo isto é de salientar que os
agricultores são cada vez menos e que os alimentos
têm de ser cultivados, e assim sendo penso que
também existe um lado positivo nesta questão.”

Conclusão
É notório que a ciência têm evoluindo de maneira
sobrenatural, desde a descoberta das vacinas, e muitas
dessas conquistas contribuíram, e de que maneira,
para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Estamos em pleno século XXI e não podemos opor-nos
aos avanços da Biotecnologia e da Engenharia
Genética. Porém, quando o assunto é transgénicos
muitas são as perguntas e poucas são as respostas
fiáveis e esclarecedoras para o consumidor em termos
de benefícios desses produtos. Benefícios certamente
que os há, mas anularão eles as tantas desvantagens?

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