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Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Formação Continuada
para Coordenadores
Pedagógicos

Módulo VI 
 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


Rosinha Garotinho

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


Claudio Mendonça

SUBSECRETARIA ADJUNTA DE
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
Alba Rodrigues Cruz

Módulo VI 
 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA COORDENADORES


PEDAGÓGICOS

EQUIPE TÉCNICA
Celia Maria Penedo
Esther Santos Ferreira Monteiro
Flávia Monteiro de Barros
Hilton Miguel de Castro Júnior
Maria da Glória R. V. Della Fávera
Roseni Silvado Cardoso
Tânia Jacinta Barbosa

Rio de Janeiro 2005

Módulo VI 
 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

APRESENTAÇÃO
Prezados Coordenadores Pedagógicos,

O desenvolvimento do curso de formação continuada para coordenadores pedagógicos traduz a


atual política da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro de dotar as unidades
escolares da rede pública estadual de coordenadores pedagógicos que, no desenvolvimento de
suas atribuições profissionais, promovam ações que contemplem o espaço da escola como campo
de atuação em prol da melhoria da qualidade do ensino e para a afirmação da formação de uma
cidadania efetivamente democrática.

Nesse sentido, apresenta-se a proposta do Formação Continuada para Coordenadores


Pedagógicos, a ser desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro,
durante o ano de 2005, tendo como objetivos:

• Possibilitar a intervenção do coordenador pedagógico no planejamento pedagógico, tendo em


vista os diagnósticos resultantes da avaliação do Programa Nova Escola e demais indicadores que
configuram o quadro educacional de sua instituição escolar;

• Assegurar a implantação e implementação das orientações curriculares propostas para a Rede


Pública Estadual, redimensionando os espaços de aprendizagem, de acordo com as novas
exigências observadas no mundo social e econômico,

• Esclarecer as normas legais que organizam e estruturam o funcionamento das unidades escolares,
contribuindo para uma maior eficácia do trabalho pedagógico;

• Propiciar o desenvolvimento de propostas educacionais inclusivas que atendam, com qualidade,


os alunos com necessidades especiais, e todos os que compõem o conjunto plural e diverso dos
estudantes;

• Orientar quanto à importância da utilização das tecnologias no cotidiano escolar;

• Compreender e interpretar a realidade da escola e identificar os limites de possibilidades de


atuação co coordenador pedagógico em face das condições reais da instituição;

• Proporcionar aos coordenadores pedagógicos da rede pública estadual subsídios teóricos


e práticos que propiciem a reflexão sobre sua ação, possibilitando tanto a elaboração como o
redirecionamento dos projetos educacionais.

O curso está estruturado em onze módulos, a serem ministrados em onze oficinas de quatro
horas cada, que serão desenvolvidas por tutores junto às turmas de coordenadores pedagógicos
em exercício nas instituições escolares da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro, contando

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também, entre os cursistas, com a presença de gerentes de ensino das Coordenadorias Regionais.
As oficinas terão o suporte de material impresso, a ser distribuído para as turmas durante sua
implementação e contarão com momentos de apresentação dialogada dos conteúdos, debates e
dinâmicas de grupo, procurando sempre promover a articulação entre conhecimentos produzidos
na área e a experiência concreta nas escolas. A seleção dos conteúdos buscou contemplar
aspectos relevantes e polêmicos do processo educacional, considerados centrais para a atuação de
coordenadores pedagógicos e gestores de ensino, de modo a fazer face aos objetivos propostos
para o curso.

O quadro abaixo apresenta título e período planejado de realização de cada módulo:

Número Título Período


01 Os Coordenadores Pedagógicos e a construção de 13/06 a 24/06 de 2005
uma escola pública de qualidade
02 Avaliação Institucional 1 27/06 a 08/07 de 2005
03 Avaliação Institucional 2 11/07 a 05/08 de 2005
04 Educação Inclusiva 08/08 a 19/08 de 2005
05 As relações interpessoais na escola 22/08 a 02/09 de 2005
06 Tecnologias Educacionais 05/09 a 16/09 de 2005
07 Avaliação da Aprendizagem e regulação da prática 19/09 a 30/09 de 2005
docente
08 Currículo 1: uma questão de cidadania 03/10 a 14/10 de 2005
09 Currículo 2: traduções para o dia a dia da escola 17/10 a 28/10 de 2005
10 Projeto-Político Pedagógico 1: uma construção 31/10 a 11/11 de 2005
coletiva
11 Projeto-Político Pedagógico 2: uma construção 14/11 a 25/11 de 2005
coletiva

Obs: Haverá aulas de reposição de feriados para turmas específicas (aulas de 07/09, 12/10,
28/10 e 02/11 serão ministradas em 30/11, 02/12, 07/12, 14/12; aulas de 14/11 e 15/11 serão
ministradas em 28/11 e 29/11).

Almejamos que o curso represente uma oportunidade de diálogos e reflexões que contribuam
para o crescimento pessoal e profissional de todos os envolvidos. Fazemos votos, também, para
que possa estimular, cada vez mais, promissoras parcerias no sistema público de ensino brasileiro
entre escolas, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do
Rio de Janeiro.

 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

MÓDULO VI

Tecnologia
educacional

Autoras:
Mônica Repsold
Vanessa do Carmo Marinho

Organização:
Ana Canen

Agosto de 2005

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Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

MÓDULO 6: as tecnologias educacionais no cotidiano


escolar: desafios para o educador

Caro(a) Coordenador(a) Pedagógico

Antes de darmos início às nossas atividades, gostaríamos de saber:

Qual a sua expectativa em relação ao tema?

De que forma as tecnologias estão presentes em sua escola?

O que você espera deste módulo?

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12 Módulo VI
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Introdução
Caro(a) Coordenador(a) Pedagógico

Este módulo propõe apresentar, discutir e desenvolver possibilidades de uso das tecnologias
na educação, a fim de introduzir em nossas escolas a nova cultura criada por esses meios. As
tecnologias na educação englobam não só computadores e Internet, como também o uso da
televisão, do vídeo, do telefone, do rádio e suas variantes em prol da educação.

A abordagem deste tema pretende ser apenas o começo de uma nova perspectiva em sua escola,
no sentido de romper com a linearidade da aprendizagem, utilizando ferramentas que se tornaram
essenciais à Educação, tais como o computador e a televisão. A proposta de implantar a Informática
Educativa e a TV Escola nas escolas públicas visa facilitar a integração da informação ao nosso
referencial, ao nosso paradigma. Assim, contamos com você, coordenador pedagógico, como
líder de um movimento que propicie um melhor uso da tecnologia na educação para um ensino
mais dinâmico, interdisciplinar e transformador.

OBJETIVOS
Com o objetivo de formar profissionais capazes de atuar como elementos de coordenação,
assessoria e orientação de ações educativas que envolvam a informática, no âmbito da unidade
escolar, abordaremos alternativas didático-pedagógicas, relacionadas a conceitos teóricos que
permitam fornecer subsídios para uma educação mais justa e igualitária em oportunidades, no que
diz respeito ao acesso ao conhecimento de Informática. Com essa perspectiva, foram formulados
os seguintes objetivos específicos:

• Conhecer as possibilidades de uso da Informática na Educação.

• Conhecer os recursos básicos do computador e da rede Internet.

• Elaborar uma proposta de atividade escolar, por meio do uso da Informática.

• Delinear um plano de trabalho voltado para suas respectivas instituições de ensino, nos moldes
de uma pesquisa-ação, a ser desenvolvido após o estudo de cada módulo.

Para atingir esses objetivos, o módulo será desenvolvido de acordo com o planejamento a seguir:

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Momento Objetivos Metodologia Material Duração
1º Refletir sobre Rápida apresentação Questionário 15 minutos
representações e pessoal e resposta ao impresso
percepções a respeito questionário.
do tema.
2º Conhecer as Apresentação Transparências em 45 minutos
possibilidades de uso expositiva com retro projetor
da Informática na discussão.
Educação.
3º Conhecer os recursos Apresentação Transparências em 45 minutos
básicos do computador. expositiva com retro projetor
discussão.
Intervalo 15 minutos
4º Planejar uma proposta Formação de grupos 1 hora
em Informática para elaborar e
Educativa. apresentar uma
atividade com recursos
de computador.
5º Analisar e configurar Exposição e Roteiro de 45 minutos
uma proposta de orientação do roteiro trabalho impresso.
intervenção, por parte de intervenção, a ser
dos coordenadores realizado nas escolas,
pedagógicos, visando com previsão de
implementar a cultura retorno de resultados
das tecnologias e, em no módulo seguinte.
especial, da Informática
Educativa na escola.
6º Avaliação do módulo. Resposta ao Questionário 15 minutos
questionário. impresso

SEÇÃO 1: A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Objetivo:
Conhecer as possibilidades de uso da informática na educação.

1.1. Conhecendo os principais teóricos da informática na educação


“Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização
do professor com ele (os alunos, nessa questão, o mais das vezes tomam
conta de si mesmos). Para o professor se familiarizar com o computador,
ele precisa usá-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam
de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula.
Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que
hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo

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Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno


do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que
propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje
o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de
ação e a música estridente do rock.” (CHAVES, s/d)

Nenhuma sociedade está indiferente à entrada das tecnologias da informação e comunicação (TIC)
no cotidiano de seus cidadãos. Observa-se que o progressivo volume de informações gerado por
essas tecnologias traz mudanças substanciais ao processo de assimilação do conhecimento pelo
indivíduo. Mesmo enfrentando dificuldades políticas e econômicas, as projeções governamentais
estão otimistas quanto à implantação de laboratórios de informática nas escolas públicas de todo
o país, por meio de seus programas oficiais. Diante de tal perspectiva, há urgência em preparar a
escola para a integração da Informática ao processo educacional.

Instalar computadores nas escolas não garante a inclusão de seus atores no mundo tecnológico
se não houver também uma mudança nas práticas pedagógicas, cabendo uma revisão das
responsabilidades de quem ensina e de quem aprende. Os relatos sobre a Informática Educativa
no Brasil (ANDRADE, 1996; MORAES, 1997; VALENTE, 1997) registram que a entrada dos
computadores nas escolas vem efetivamente mudando o conceito de aprender, distanciando-
o cada vez mais da reprodução ou memorização de conteúdos disciplinares, para dar lugar à
compreensão e, desta, para a aplicação.

Há, atualmente, um volume significativo de pesquisas que procuram verificar o quão diferentes
tornaram-se os alunos em virtude da transformação da natureza do conhecimento. O professor
José Armando Valente (1997), do Núcleo de Informática Aplicada à Educação da UNICAMP, diz
que, apesar dos desafios que se apresentam, a solução mais promissora e mais inteligente é usar o
computador não só para informatizar o processo de ensino, mas principalmente para catalisar e
auxiliar a transformação da escola. Nesse sentido, a utilização da informática na Educação poderá
adicionar uma visão mais transformadora das próximas gerações, desde que seja utilizada com
consciência, desenvolvendo o lado criativo do aluno, valorizando o pensamento, os sentimentos,
as sensações, as intuições (REPSOLD, 1993). Nesse sentido, você, coordenador pedagógico,
pode ser peça chave para mobilizar trabalhos no cotidiano escolar que se beneficiem dessa nova
tecnologia, de modo a contribuir para a transformação da escola.

Vamos conhecer as definições de alguns especialistas em Informática na Educação:

“[..] é um novo domínio da ciência, cuja própria concepção traz embutido


o conceito de pluralidade, de inter-relação e de intercâmbio crítico entre
diversos saberes e idéias desenvolvidas por diferentes pensadores.”
(ALMEIDA, s/d).

“O balizamento de uma pedagogia para o uso da informática na educação


como instrumento de auxílio ao processo ensino-aprendizagem exige
clareza de sua dimensão e de seus rumos políticos.” (ALMEIDA, 1987)

“O termo informática na educação [..] refere-se à inserção do computador


no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de
todos os níveis e modalidades de educação. [..] Mostramos e discutimos
as vantagens e desvantagens como máquina de ensino e como auxiliar
do processo de construção do conhecimento. [..] Uma vez isso posto, a

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primeira distinção que é necessário explicitar é que essa visão elimina o
uso do computador para ensinar conteúdos de ciência da computação ou
“alfabetização em informática”. (VALENTE, 1999)

Morán (2003) afirma que a teoria na educação é muita avançada, mas a prática está muito distante.
Todavia, quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente
transformador da ação pedagógica e esta descoberta reflete-se rapidamente na elaboração de
seu material didático e no planejamento de suas aulas. A despeito da informática educativa não
se reduzir apenas a isso, é um primeiro passo para ter o professor predisposto a dominar os
recursos computacionais. A partir daí, ele vai conhecer os fundamentos educacionais subjacentes
aos vários usos do computador, rever os fatores afetivos, sociais, culturais e cognitivos implícitos
nos processos de aprendizagem, a fim de poder acompanhar o desenvolvimento do aluno, que,
de alguma forma, chega à sala de aula, influenciado pela tecnologia. Bruner, Dewey, Freire,
Piaget, Skinner, Vigotsky1 são alguns dos principais teóricos que oferecem as bases em que a
interação da informática com a educação pode ser trabalhada, variando de acordo com a turma,
com a metodologia adequada ao tema a ser desenvolvido e, ainda, com o próprio projeto político-
pedagógico da escola.

Algumas experiências de implantação de informática educativa nas escolas demonstram a


conveniência de ter um currículo flexível, multicultural, que relacione seus conteúdos, objetivos
e estratégias às questões culturais e tecnológicas, conforme as necessidades que emergem ao
longo da realização das atividades (MARINHO, 2004). Pressupõe-se que a intenção de todo
projeto político-pedagógico seja a melhoria do processo ensino e aprendizagem. Contudo,
não se tem notícia de que sejam muitas as propostas desenhadas para preparar um ambiente
escolar verdadeiramente integrador dos valores sócio-culturais às tecnologias. Muito menos, para
desenvolver ações interculturais que a tecnologia pode propiciar.

Nesse sentido, o governo tem incluído, em sua agenda, planos e projetos para que a escola pública
seja inserida no contexto do mundo digital/virtual, investindo na implementação de Laboratórios
de Informática Educativa (LIEs) e capacitando profissionais de educação para se tornarem
Orientadores Tecnológicos (OTs) para atuar nesse campo junto às escolas.

1
Jerome Bruner nasceu em Nova York, em 1915. É cognitivista e pesquisou o trabalho de sala de aula,
desenvolvendo uma “teoria da instrução”, que sugere metas e meios para a ação do educador
John Dewey (1859-1952) nasceu no EUA, filósofo, entendia que a escola democrática seria aquela que preparasse
o indivíduo para a ação, encontrando seu lugar na sociedade. Era adepto da metodologia de projetos.
Paulo Freire (1921-1997) nasceu em Recife, Pernambuco, e era Pedagogo. Defensor da educação como caminho
da liberdade, foi exilado por 14 anos, desenvolvendo importante carreira fora do Brasil.
Jean Piaget (1896-1980) nasceu na Suíça. Psicólogo, investigou o processo de construção do conhecimento,
concentrando seus últimos estudos no pensamento lógico-matemático. Esses estudos subsidiaram o programa
LOGO de aprendizagem para crianças de seu, então, assistente, Seymour Papert.
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) nasceu nos EUA, era psicólogo e professor universitário. Influenciado
por Pavlov e Watson, passou a estudar o comportamento operante (behaviour), desenvolvendo intensa atividade
no estudo da psicologia de aprendizagem. Esses estudos levaram-no a criar os métodos de ensino programado que
podem ser aplicados sem a intervenção direta do professor, por meio de livros, apostilas ou mesmo máquinas.
Lev S. Vygotsky (1896-1934) nasceu em Orsha, na Bielorussia. Foi professor e pesquisador. Construiu sua teoria
baseada no desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico. Sua questão central é a
aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
<Disponível em: www.centrorefereducacional.com.br e acesso em: 08/04/2005>

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Algumas ações da SEE/RJ para a Informática Educativa....

• Implantação de 254 novos Laboratórios de Informática Educativa (LIE). Assim, das 1.842
escolas estaduais do Rio de Janeiro, 646 já têm laboratório de informática.

• Ampliação do número de NTE´s. Atualmente, existem 16 núcleos no Estado.

• Atualização dos professores multiplicadores.

• Ampliação do número de professores multiplicadores.

• Capacitação de professores orientadores tecnológicos, que serão responsáveis pelas atividades


pedagógicas com tecnologia nas escolas, incluindo Internet e TV Escola.

• Confecção de materiais específicos para utilização nos LIEs, com base na nova Matriz
Curricular.

• Capacitação de alunos monitores para atuação nos LIEs.

• Utilização do ambiente e-ProInfo do MEC para ensino a distância.

• Criação do site da Coordenação de Tecnologia Educacional - CTED

Fonte: www.cted.see.rj.gov.br

Os programas governamentais de formação de ambientes e recursos humanos em Informática


Educativa, voltados ao ensino básico, foram criados há mais de 20 anos e contam com pesquisadores
de reconhecimento internacional para obter os subsídios teóricos necessários a essas finalidades.
Podemos citar alguns principais teóricos da Informática na Educação para que você, coordenador
pedagógico/gestor de ensino, possa se familiarizar com esses nomes e, se desejar, entrar em
contato com informações acerca dos mesmos e da informática na educação:

Eduardo Chaves < http://chaves.com.br/>

Professor da Escola de Comunicação da USP. Seus estudos tratam da integração das tecnologias
de comunicação, especialmente a Internet, à educação presencial e a distância, dentro de uma
visão humanista e inovadora. Ele busca saber combinar o melhor do presencial e do virtual na
universidade, nas escolas e nas organizações.

Fernando José de Almeida


http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783742U4 (Currículo Lattes)

Filósofo e pedagogo, professor de Didática no Curso de Pedagogia e no Programa de Pós-


graduação em Educação da PUC-SP, ele é também consultor do MEC-Proinfo. Foi Secretário
de Educação do Município de São Paulo, na gestão de Marta Suplicy. Sua atenção é dedicada a
projetos sobre a formação do educador, o currículo e as novas tecnologias de educação.

José Armando Valente <http://www.avercamp.com.br/autores/josevalente.htm>

Professor do Departamento de Multimeios, Instituto de Artes e coordenador associado do Núcleo


de Informática Aplicada à Educação (Nied), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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O trabalho de pesquisa do Nied é baseado na metodologia LOGO de ensino-aprendizagem, que
propõe situações de aprendizagem em que o aluno constrói o seu conhecimento por meio do
computador.

José Manuel Morán <http://www.eca.usp.br/prof/moran/>

Professor aposentado da ECA/USP e, atualmente, está coordenando os projetos de educação a


distância da Faculdade Sumaré de São Paulo. Ele vem trabalhando com a utilização da Internet de
forma inovadora, na educação presencial e a distância.

Léa da Cruz Fagundes <http://www.pgie.ufrgs.br/prof-lea.htm>

Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desenvolvendo pesquisas nas
linhas de inclusão digital, formação continuada de professores em serviço, educação a distância
e tecnologias digitais da informação e da comunicação, fundamentos da psicologia aplicados à
informática na educação, entre outros.

1.2. Metodologias mais utilizadas em Informática na Educação: o


desenvolvimento de interatividade, autonomia, trabalho cooperativo /
colaborativo e a interdisciplinaridade.
Mudar sempre provoca temores e, na escola, um dos maiores temores se expressa na tentativa
de descobrir outros caminhos para a aprendizagem, diferentes do tradicional. Alunos (e pais)
queixam-se da metodologia tradicional, repetitiva, punitiva. Por outro lado, desconfiam das
propostas inovadoras, ao mesmo tempo em que querem ter laboratórios de informática e bibliotecas
abarrotados de computadores para obter informação pronta, jogos e catálogos eletrônicos. Pode-
se dizer que isso seria reduzir substancialmente o potencial de produção que o usuário tem a
explorar da máquina. A cultura da tecnologia deve estar, também, a serviço da aprendizagem na
escola, oferecendo suporte a metodologias que privilegiem a interatividade (A), a autonomia (B),
o trabalho cooperativo / colaborativo (C) e a interdisciplinaridade (D). Vamos falar um pouco
sobre cada uma dessas dimensões.

(A) Interatividade: Area (in SANCHO, 1998) constatou que, com tantas alternativas tecnológicas
para produzir materiais didático-pedagógicos, o sistema de ensino continua apoiando-se,
predominantemente, em material impresso. Apesar da boa contribuição ao processo de ensino, é
preciso reconhecer as limitações da leitura passiva e permitir a inclusão de dinâmicas interativas
que estimulem o sentido de reciprocidade entre o que é lido e o que é refletido / experimentado,
oferecendo mais chances de gerar uma aprendizagem significativa, no lugar da memorização.

(B) Autonomia: Promover autonomia é conduta coerente de professores crítico-reflexivos,


comprometidos com o próprio desenvolvimento profissional e adeptos de propostas que
compartilhem responsabilidades, em que todos sejam autores e atores, valorizando tanto os
saberes quanto a criatividade dos alunos.

(C) Trabalho cooperativo e colaborativo: Através da cooperação e da colaboração, os alunos têm


a oportunidade de descobrir novos significados no conjunto das informações trocadas, tendo o(s)
professor(es) como mediador(es) e principal(is) dinamizador(es). Cabe aos professores facilitarem
e orientarem o caminho escolhido (pelo grupo) para a solução do problema apresentado. Essa

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Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

mediação é especialmente importante quando os participantes estão envolvidos em atividades na


Internet.

(D) Interdisciplinaridade: A interdisciplinaridade ocorre quando diferentes disciplinas estabelecem


reciprocidade e igualdade para a solução de um problema. É fundamentada na convicção de
que a troca enriquece. Ao tentar resolver uma determinada situação, o aluno vai colocar em
ação os elementos teóricos de que dispõe sem se limitar necessariamente a um único campo do
conhecimento, reorganizando-os de modo a perceber uma solução ou uma nova necessidade. Por
exemplo, os alunos que desenvolvem atividades no computador precisam conciliar, pelo menos,
alguns conhecimentos básicos de informática com outros específicos do tema em que estão
trabalhando.

É mito pensar que trabalhar com apoio de tecnologias seja substituir o professor por uma
máquina de reprodução de conteúdos. Pelo contrário, ele se faz mais necessário do que antes
para ajudar (e também compartilhar com) o aluno no sentido de obter, organizar e criticar a
informação.

Caro coordenador(a), observe se seus professores


têm utilizado em suas aulas metodologias que
privilegiem a interatividade, a autonomia, o
trabalho cooperativo/colaborativo e a
interdisciplinaridade. O que você percebe?

Partindo do princípio de que essas práticas são consideradas relevantes no planejamento das
atividades didáticas, são apresentadas a seguir algumas metodologias desenvolvidas com resultados
satisfatórios, que envolveram, pelo menos, um dos aspectos citados.

1.3. Aulas com apoio de softwares específicos ou aplicativos e/ou Internet


Diferentemente da abordagem pedagógica das aulas expositivas na sala de aula, que têm a
informação centrada no professor, a metodologia de aulas com computador pode propiciar, ao
aluno, oportunidade de aprender dentro de seu próprio ritmo, tendo em vista que ele possui, à sua
frente, o “material” no qual vai trabalhar de modo individual ou, eventualmente, em dupla ou em
grupo. Nessa situação, o professor fornece as informações preliminares e/ou as orientações mais
gerais sobre a atividade a ser executada, atendendo-o, no computador, somente quando solicitado.
Veja exemplos de algumas situações de aula que podem ser pensadas a partir da transformação da
lógica expositiva para uma lógica transformadora, com o uso do computador:

• aulas de música com software específico, com base no qual os alunos constroem uma trilha
sonora, a partir da seleção de trechos de outras músicas/sons, para musicar um “clip” construído
com um aplicativo de apresentação;

Módulo VI 19
• aulas de redação, com exploração de editores de texto (aplicativos). De acordo com o planejamento
do professor, os alunos podem elaborar2, digitar, alterar, corrigir, comparar seus textos com
outros e assim por diante. Nessa situação, o professor expõe o conteúdo, à medida que orienta as
tarefas a serem executadas. Essa atividade pode demandar uma fase preliminar para que os alunos
aprendam os recursos básicos do computador e do editor de texto;

• aulas em páginas (sites) da Internet, com exercícios e simulações de disciplinas, tais como
matemática e línguas estrangeiras, em vários níveis, para todas as séries. Nesse caso, o professor
precisa pesquisar e selecionar, com antecedência, os sites adequados à sua proposta. Os alunos
vão para o laboratório de informática apenas depois que o professor lhes tenha fornecido algum
subsídio teórico sobre o assunto a ser trabalhado.

1.4 Pesquisas e projetos escolares mediados pelo computador


Prezado coordenador, primeiramente, descreva o que é uma pesquisa.

A palavra pesquisa vem do latim perquiro, que significava “procurar; buscar com cuidado; procurar
por toda parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca” (BAGNO,
1998). De uma forma muito simplória, sem levar em conta os processos de busca e análise dos
resultados, arriscamo-nos a dizer que “pesquisa” seria “elucidar um fato ou um fenômeno que
pode contribuir para mudar um conceito ou uma ação pessoal e/ou coletiva”.

De acordo com Canen e Andrade (2005) , em linhas gerais, a pesquisa envolveria um problema
real, levado ao nível acadêmico para que seu foco seja investigado rigorosamente, através de
critérios e métodos críticos, a fim de que seus resultados possam ser sistematizados e divulgados,
segundo teorias reconhecidas e atuais. Para Almeida (2000), a pesquisa (escolar) deve ser elaborada
de modo a promover a autonomia do aluno, tornando-o capaz de:

• desenvolver o espírito crítico na seleção das informações pertinentes ao tema;

• refletir sobre os resultados obtidos;

• compreender os conceitos envolvidos, levantando e testando hipóteses.

2
Considerando que, para elaborar uma redação, o aluno precisa estar em um ambiente que favoreça a
concentração, recomenda-se que esta etapa do trabalho não seja realizada no momento em que haja muita agitação
no laboratório de informática.
3
Em linhas gerais, “pesquisa” envolveria “problematização da realidade, contextualização da problemática na
discussão acadêmica sobre o tema focalizado, investigação rigorosa, produção de conhecimentos novos, introdução
crítica sobre suas fontes, seus métodos e modos de trabalho, bem como sistematização e comunicação de seus
resultados e interpretações, enunciados segundo teorias reconhecidas e atuais”. (CANEN & ANDRADE, 2005)

20 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Uma das maiores vantagens em desenvolver uma pesquisa no computador é a economia de


tempo. Por intermédio de uma enciclopédia eletrônica ou da Internet, é possível obter, em poucos
segundos, a mesma informação contida em qualquer outro meio. Entretanto, “pesquisar” não é
“copiar”. Definitivamente, um texto transcrito da Internet para um editor de texto, anexado a
uma capa de trabalho, jamais pode ser considerado uma pesquisa escolar. Isso é freqüentemente
praticado, mas faz perder todo o sentido metodológico da aprendizagem.

Caro Coordenador, lembre sua equipe sobre esses aspectos


de uma pesquisa escolar. Eles são importantes, tanto na
pesquisa via Internet, quanto em outros meios. Enfatize
a necessidade de problematizar temas de pesquisa e evitar
cópias.

Toda pesquisa requer uma sistemática, em especial, para jovens que ainda estão em processo
de organização lógica. Por isso, torna-se imprescindível que o professor forneça um roteiro de
pesquisa, apresentado em tópicos ou perguntas. É recomendável, também, incluir sugestões de
sites, aos quais o aluno poderá acrescentar outros.

A pesquisa escolar pode ser individual ou coletiva (por meio de trabalho cooperativo), e pode ser
interdisciplinar, se reunir mais de uma disciplina. No computador, os alunos podem gravar os
endereços dos sites, os artigos e as imagens que escolherem, bem como podem editar anotações
no processador de texto. O professor(es) atua(m) como orientador(es), ajudando os pesquisadores
a:

• estabelecer critérios de busca;

• definir prazos (para o planejamento e a execução das pesquisas);

• selecionar e classificar as informações;

• organizar os resultados (elaboração de síntese);

• elaborar uma apresentação dos resultados.

Foi perguntando a uma turma de 2ª série E.F. o que eles gostariam de pesquisar. Depois
de alguma discussão, eles disseram que queriam saber por que estavam aparecendo tantos
gambás na escola. Surgiram várias hipóteses. A professora, então, procurou a coordenação
para viabilizar a pesquisa. Concluída a fase de identificação do problema, levantamento de
hipótese, a turma foi dividida em grupos para realizar as tarefas. Os alunos foram ao laboratório
de informática para pesquisar sobre os gambás, seus hábitos, sua alimentação e seu habitat.
Eles descobriram que os gambás vinham da Mata Atlântica, que fica por trás da escola, e que
a mata estava sendo devastada. A devastação provocou a escassez de comida, obrigando os
gambás a procurarem alimentos em outro lugar. Qual a solução? O reflorestamento da mata?
Os alunos visitaram a mata e sugeriram a plantação de mudas. O resultado desse trabalho foi
documentado em um software de apresentação.

Módulo VI 21
Caro coordenador, oriente seus professores a proporem aos
alunos uma situação-problema, no lugar de uma simples
apresentação de tema. Por exemplo, ao invés de lançar o
tema “água”, pode-se formular uma pergunta ou problema:
Por que a água é importante para o nosso metabolismo? Isso
incentiva a atitude de pesquisa, pois o aluno deverá selecionar
as informações de modo a responder a questão, ao invés de
simplesmente copiar o material da Internet...

No contexto educacional, os projetos, ou situações-problema, podem ser considerados como uma


ação de investigação, propiciando a interação do aluno com o meio e com o objeto de conhecimento.
Essa metodologia envolve pesquisa, análise, criação, elaboração, depuração, reelaboração, portanto,
múltiplas aquisições.

Os projetos, na verdade, possibilitam modalidades mais atraentes e motivadoras de trabalhar os


conteúdos, permitindo um novo arranjo nas dinâmicas de aprendizagem, centrado no aluno,
respeitando as diferentes formas de aprender, os diferentes níveis de interesse, assim como as
dificuldades e as potencialidades de cada um. Por meio da implementação de projetos, podemos
estimular nos alunos o desenvolvimento de conhecimentos significativos. Almeida e Fonseca Júnior
(2000) recomendam que, na construção de um projeto, sejam planejadas as seguintes etapas:

• identificação de um problema;

• levantamento de hipóteses, soluções e prováveis respostas;

• mapeamento do aporte científico (recursos materiais ou tecnológicos necessários);

• seleção de parceiros;

• definição de um produto (seria um cd-rom? um trabalho impresso? site na Internet?)

• documentação e registro (um registro diário com anotações dos endereços consultados, livros,
visitas, entre outros);

• método de acompanhamento e avaliação;

• publicação e divulgação (apresentar e divulgar os trabalhos na própria escola e fora dela, em


simpósios, congressos, encontros etc.)

22 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Observa-se que o modelo de aprendizagem por projetos valoriza a investigação, integração,


cooperação, e visa ao desenvolvimento de competências e habilidades, enquanto o modelo
pedagógico instrucionista e conteudista, que tão bem conhecemos, privilegia o programa curricular
e o conhecimento formal, compartimentalizado em disciplinas, centrado na exposição do
conteúdo pelo professor. Argumenta-se que esse tipo de ensino conteudista acaba por reproduzir
comportamentos nos padrões culturais dominantes, conforme pode ser visualizado na tabela
comparativa a seguir:

ENSINO INSTRUCIONISTA APRENDIZAGEM POR


PROJETOS
Quem escolhe o tema? São os professores e a Alunos e professores escolhem
coordenação pedagógica. individualmente e, ao mesmo
tempo, em cooperação.
Como são os contextos? São arbitrados por critérios São relacionados à realidade da
externos e formais. vida do aluno.
A quem satisfaz? Satisfaz ao arbítrio da seqüência Satisfaz a curiosidade, ao desejo, à
do currículo. vontade do aprendiz
Como são as decisões? As decisões são hierárquicas. As decisões são heterárquicas (em
parcerias).
Como se definem regras, São impostas pelo sistema, São elaboradas pelo grupo,
direções e atividades? cumprindo-se determinações sem consenso de alunos e professores.
optar.
Qual é o paradigma? É o da transmissão do É o da construção do
conhecimento. conhecimento.
Qual é o papel do professor? É o papel de agente. É o papel de estimulador e
orientador.
Qual é o papel do aluno? É o papel de ser receptivo. É o papel de agente.

Fonte: FAGUNDES, s/d

Módulo VI 23
Agregada aos recursos da Internet, a aprendizagem por projetos ganha uma nova dimensão,
considerando a quantidade de informação que se pode obter, ainda sob diversas linguagens.
Também a interatividade com os ambientes virtuais torna essa situação didática mais flexível
que a maioria das outras tecnologias para o trabalho cooperativo (ou colaborativo). Observa-se
esse aspecto a partir dos procedimentos sugeridos por Astolfi (apud PERRENOUD, 2000) e
Hernandez (1998) para a realização de projetos:

• o estudo organiza-se a partir de uma situação concreta, que permita ao aluno formular hipóteses,
levando em conta seus saberes;

• o problema, mesmo que proposto pelo professor, torna-se questão dos alunos;

• o desenvolvimento do trabalho é feito de forma cooperativa;

• o trabalho com a situação-problema funciona como um debate científico realizado pelo grupo;

• a coleta, a análise e o tratamento das informações correspondem ao conteúdo do projeto;

• a validação das soluções resulta do modo de estruturação da própria situação;

• a avaliação é feita com base na observação do caminho percorrido, sendo a ocasião para um
retorno reflexivo.

As mesmas orientações numa versão poética...

Problema identificado

Resta agora as hipóteses levantar

O mapeamento dos aportes científicos

Junto à seleção de parceiros irão nos levar

Enfim à definição do produto desejável

Tudo documentado e registrado

Os métodos, os processos e o resultado...

Será tudo divulgado

Angela Maria Carrocino e Valéria Cezário Ribeiro (08/04/03)

É inegável que a informática pode facilitar muito o processo de desenvolvimento de projetos.


Percebe-se, também, um consenso dos autores citados quanto à preferência por temas que tratam
de problemas verdadeiros, para despertar maior interesse na ação dos alunos na busca e seleção
de informações e experiências. Igualmente importantes são o registro e a documentação, tanto do
processo quanto do produto, que podem vir a servir a outras finalidades, além da aprendizagem,
conforme mostra o projeto descrito a seguir, que passou a contribuir para a sociedade.

24 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

A Fiocruz desenvolve anualmente um programa de prevenção dos acidentes domésticos,


causados por produtos de higiene e limpeza. Dentro desse programa, é elaborado um projeto
para alunos de 5ª e 6ª séries das escolas. O problema é apresentado aos alunos, contando casos
de crianças ou animais domésticos que se envenenaram acidentalmente em casa. A partir
disso, os alunos pesquisam, em todos os meios de que dispõem, quais são os tipos de produtos
tóxicos à saúde e quais são os cuidados que devem ser tomados. Os resultados dessa pesquisa
são apresentados em revistas de passatempos, elaboradas pelos alunos no laboratório de
informática, ilustrando o assunto, para serem distribuídos nos dias de campanha de vacinação
de crianças.

Desenvolvimento de projetos colaborativos na Internet


Para o planejamento de um projeto com alunos na rede, é necessário conhecer um pouco da
filosofia multicultural de trabalho dos ambientes virtuais, as ferramentas de comunicação e as
dinâmicas das atividades. Ao se inserir em comunidades virtuais educacionais, o professor vai
descobrir que, mesmo em um projeto monotemático, há diferenças culturais enriquecedoras.

É muito importante saber compartilhar as descobertas, cabendo ao professor assumir a orientação


do processamento da informação. Entretanto, ele não é responsável pelo domínio de todos os
recursos técnicos e, nesse plano, muitos alunos se encontram aptos a contribuir com o grupo. A
divisão de responsabilidades traz vantagens inestimáveis, uma vez que todos têm igual importância
no sucesso de qualquer projeto, especialmente pela Internet. Dominados esses conceitos, é hora
de viabilizar os seguintes procedimentos:

• apresentar a proposta de trabalho aos próprios alunos;

• inscrever e apresentar o grupo de trabalho em uma comunidade virtual de aprendizagem;

• analisar propostas oferecidas nessas comunidades ou apresentar uma atividade própria, definida
com os alunos (tema, objetivos, cronograma, tipo de produção etc);

• convidar (atrair) parceiros;

• dividir as tarefas;

• definir a apresentação final do projeto; Estas etapas são complementadas


com a troca de informações entre
• providenciar material de pesquisa; os parceiros.

• selecionar e classificar o material;

• organizar as informações recebidas dos colaboradores;

• compilar o material reunido;

• retornar os resultados aos colaboradores;

• disponibilizar na comunidade o resultado final.

Módulo VI 25
Como já visto na seção anterior, projetos dependem do estímulo, do interesse, da novidade e
da curiosidade com que o tema é oferecido e trabalhado e o computador é uma ferramenta
bastante motivadora para esta atividade. Contudo, prezado coordenador/gestor de ensino, há
também alguns aspectos que você deve considerar, de modo a evitar problemas difíceis de serem
contornados:

a) Suporte técnico - o professor precisa de apoio técnico durante suas aulas no laboratório. À
exceção do educador capacitado em Informática, ele não é responsável pelo funcionamento do
software ou do computador.

b) Calendários escolares - o cronograma do projeto deve obedecer aos prazos estabelecidos


de acordo com as datas comemorativas, férias, conselhos de classe etc. para não comprometer
o desenvolvimento e a conclusão do trabalho. A observação de datas é, muitas vezes, fator
determinante na combinação de parceiros de escolas em outras cidades.

c) Idiomas diferentes - é conveniente contar com o apoio de professores do idioma no qual é


apresentado o projeto. Este apoio permite maior flexibilidade na escolha e no desenvolvimento
do trabalho.

Todo projeto escolar demanda um produto final. Entretanto, prezado coordenador, é importante
enfatizar aos professores que este produto final não deve ser o único objeto da avaliação, já que esta
avaliação ligada apenas a um produto pode não representar a totalidade do empenho da equipe.
Avaliar o processo é importante e pode ser ilustrado a partir de uma situação real, como aconteceu
no exemplo a seguir, em um projeto cooperativo realizado com o auxílio da Internet. Nessa
proposta, os organizadores deixaram claras as bases de avaliação, atribuindo maior importância
ao processo do que ao produto:

O projeto-concurso Mondialogo, promovido pela DaimlerChrysler e UNESCO, convidou,


em 2003, alunos de 15 a 18 anos de todo o mundo para formarem grupos supervisionados
por professores para trabalharem em parceria com estudantes de outro continente, através da
Internet. O objetivo do projeto Mondialogo era fazer com que os estudantes se interessassem
em construir pontes para uma coexistência harmoniosa, respeitando a diversidade cultural.
Ao todo, foram 126 nações participantes de todos os continentes, que os organizadores
compuseram em duplas de escolas. Um grupo de 10 alunos brasileiros de uma tradicional
escola pública, no Rio de Janeiro, coordenado por 3 professores, dois de Informática e um
de Inglês, desenvolveu, em conjunto com um grupo de também 10 alunos, na Bielorússia,
um projeto sobre identidades culturais, envolvendo conhecimentos de Geografia, História,
Inglês e Informática. O trabalho foi elaborado em um software de apresentação e gravado em
cd-rom, tornando-se o único projeto na América do Sul classificado entre os 25 finalistas das
1.466 duplas de escolas concorrentes ao prêmio.

26 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

SEÇÃO 2: O USO DO COMPUTADOR COMO RECURSO DIDÁTICO

Objetivo:
Conhecer os recursos básicos do computador e da rede Internet.

Caro Coordenador,

Nesta seção, você vai conhecer/relembrar os principais programas e aplicativos das tecnologias
computacionais - o computador e a Internet, tais como programas/ softwares específicos;
programas de edição de texto, edição gráfica, elaboração de planilha de cálculo; programas de
navegação e comunicação na Internet (browser), e assim por diante, identificando quais ferramentas
se adequam às atividades planejadas pelos docentes. Como líder, é importante acompanhar o
trabalho docente e ver em que medida os recursos básicos do computador e da Internet são
conhecidos e utilizados na perspectiva de pesquisa, assinalada na seção anterior.

Programas (softwares) específicos:


O mercado oferece um grande número de opções de softwares educativos, além dos gratuitos, que
podem ser obtidos na Internet. Entretanto, isso não quer dizer que sejam todos de qualidade. Há
alguns critérios básicos de avaliação desses programas, antes que se possa adotá-los, tais como:

Requisitos técnicos Tipo de equipamento requerido e processo de instalação. Por exemplo,


programas em cd-rom que necessitam de dispositivo próprio.
Conteúdo de aplicação Conteúdo pedagógico, estrutura, organização extensão e densidade da
informação e o nível de complexidade do conteúdo.
Aspectos pedagógicos Público visado, contexto curricular de utilização, motivação, interação,
formas e instrumentos de avaliação.
Interface Gráfica “Design” do programa: como a informação está apresentada e distribuída.
Interatividade Estrutura de comunicação, retorno (feedback), grau de participação e
controle pelo usuário.
Pesquisa Ferramentas de exploração: mecanismos de ajuda, meios de navegação,
sistema de orientação, pesquisa, impressão e exportação da informação.
Usabilidade Necessidade, utilidade, flexibilidade, versatilidade, facilidade de
aprendizagem, valor atribuído ao conteúdo, satisfação, material de apoio.

Com base nas características específicas de um determinado programa, é possível determinar em


que medida esse produto pode ser utilizado na aprendizagem:

Módulo VI 27
Exercício e prática Tem como objetivo exercitar conteúdos ou habilidades já conhecidas pelo
aluno, mas não inteiramente dominadas por ele.
Tutorial É responsável pela apresentação de conteúdos, utilizando ou não animações,
sons e gerenciamento do controle da performance do aprendiz.
Simulação Tem como objetivo simular situações do mundo real, como objetos, sistemas
ou eventos.
Jogo educativo Tem como objetivo proporcionar uma aprendizagem lúdica.
Informativo Tem como objetivo apresentar informações sob a forma de textos, imagens,
gráficos e/ou tabelas. Enquadram-se nesta categoria livros eletrônicos,
enciclopédias interativas e programas específicos de apresentação.
Hipertexto/ É, geralmente, definido como uma forma não linear de armazenamento e
Hipermídia recuperação de informações. O hipertexto tem como principal característica
a capacidade de interligar pedaços de informação entre si através do uso
de palavras-chaves. A hipermídia é um hipertexto que possibilita a ligação
de pedaços de informações em diferentes mídias, ou seja, textos, imagens,
animações, tabelas etc.

Estão apresentados a seguir exemplos de programas específicos utilizados em algumas disciplinas,


de acordo com sua característica de exercício e prática, simulação, tutoria ou outros.

Interactive É um laboratório de Física no Simulação


physics computador, que permite a alunos
e professores criarem inúmeras
(Física) simulações com alto grau de
interatividade.
Nível de Escolaridade: ensino
médio e superior
http://www.educareinfo.com.br
Gravity for Este é um programa de simulação Simulação
Physical Science que permite realizar uma série
de experimentos relacionados
(Física) com a gravidade. Os estudantes
podem viajar virtualmente para
qualquer planeta no sistema solar
e experimentar os efeitos da
gravidade, usando bolas de futebol,
baseball, golfe, pêndulos etc.
http://www.innovativeeducation.com/
simmplus/grav.htm
Cabri-Géomètre O Cabri-Géomètre é um software Exercício e
que permite construir todas as prática
(Matemática figuras da geometria elementar que
- Geometria) podem ser traçadas com a ajuda de
uma régua e de um compasso.
Características do Cabri-géomètre:
• Geometria dinâmica
- Figura com movimento mantendo
as suas propriedades.

28 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Cabri-Géomètre • Construtivista Exercício e


- O aluno cria as suas atividades prática
(Matemática construindo seu conhecimento.
- Geometria)
• Software aberto
- O professor cria as atividades
como quiser.
• Trabalho com conceitos
- Construções de figuras
geométricas.
• Exploração de propriedades dos
objetos e suas relações
- Comprovar experimentalmente.
• Construção de Figuras
Geométricas
http://www.cabri.com.br
Graphmatica O Graphmática é um programa Exercício e
para desenhar funções. Comporta prática
(Matemática) gráficos cartesianos, polares,
trigonométricos, diferenciáveis.
Permite calcular: derivadas,
integrais, mínimos e máximos, zeros,
intervalos.
Completo controle sobre o gráfico
desenhado
http://www.graphmatica.com/
Ancient Lands Programa elaborado para introduzir Tutorial -
(idioma: Inglês) os alunos na geografia, história e multimídia
cultura das 3 maiores civilizações
(História) da Idade Antiga – Egito, Grécia e
Roma.

Musical Programa multimídia de Tutorial


Instruments instrumentos musicais, em que o - multimídia
aluno pode pesquisar os diversos
(Música) instrumentos musicais e ouvir seus
respectivos sons.

Módulo VI 29
Encore Programa para escrever e ouvir Editor
partituras músicais. Editor de musical
(Música) partitura musical.

Sim City (em SimCity é um simulador que permite Simulação


português) ao aluno planejar, criar e construir
uma cidade a partir de um terreno
vazio. Pensando na qualidade de
(Geografia,
vida dos seus habitantes, ele terá que
Ciências,
administrar, planejando orçamentos,
Cidadania,
impostos, condições climáticas e
Matemática)
problemas urbanos.

É uma boa alternativa para trabalhar


a interdisciplinaridade.
Sim Life Programa elaborado para introduzir Simulação
(inglês) os alunos na geografia, história e
cultura das 3 maiores civilizações
da Idade Antiga – Egito, Grécia e
(Ciências,
Roma.
Biologia,
Geografia)

Aplicativos
Além do sistema operacional que traduz as tarefas para o computador, é preciso instalar outros
programas com finalidades específicas, de acordo com o que se deseja fazer, denominados
“programas aplicativos”. Eles são utilizados de acordo com a necessidade do usuário, sendo que,
sem eles, pouco se pode fazer com o computador. Como exemplos de aplicativos podemos citar
os editores de texto, as planilhas eletrônicas, programas de edição de imagem, de música, de
apresentação de aulas, palestras etc.

A maioria dos aplicativos tem sido apresentada dentro de um desenho e uma linguagem padrão
para a busca e execução dos comandos. Essa estratégia favorece a memorização de uso, sem a
necessidade de aprender a localização das tarefas em cada programa, mesmo que os programas
aplicativos tenham diferentes finalidades.

30 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Funções como Arquivo Novo, Abrir, Salvar,


Copiar, Colar, Recortar, Inserir, entre outras,
são apresentadas na tela, dentro de um mesmo
formato em quase todos os softwares.

O editor de texto é utilizado de várias maneiras, de acordo com a finalidade didático-pedagógica:


da forma mais simples, como o desenvolvimento de redação, jornal, fábulas/crônicas, catálogos,
às mais elaboradas. É razoavelmente conhecida a “brincadeira” do texto coletivo, em que cada
aluno começa uma história (introdução), outro continua (desenvolvimento) e um terceiro termina.
Também já foram realizadas experiências de combinação de texto, imagens e /ou figuras geométricas,
construídas com a ferramenta de desenho para compor charges ou história em quadrinhos.

A figura ao lado representa um dos trabalhos


realizados por alunos de 5ª série, proposto
pelas disciplinas de Inglês e Desenho. Foi
pedido a eles que construíssem, no editor de
texto, uma história em quadrinhos, em que os
personagens, criados com figuras geométricas,
dialogassem em inglês sobre as características
de cada forma.

Há, também, os interessantes programas (software) de apresentação, que são um recurso para
que seus alunos possam organizar idéias, expressar pensamentos, analisar questões e desenvolver
projetos. Esse programa permite reunir e/ou combinar textos, imagens, sons e até filmes curtos,
com flexibilidade suficiente para serem apresentados de modo não linear, se necessário.

Modo de elaboração Modo de apresentação

Módulo VI 31
Alunos do ensino médio elaboraram, em um software de apresentação, os resultados de uma
pesquisa sobre a construção de Brasília, dentro das disciplinas de Sociologia e História, a partir
do material obtido em outras fontes, tais como documentos impressos e páginas na Internet.

A planilha eletrônica é ideal para cálculos matemáticos e estatísticos, coletando e registrando


informações. Também é bastante utilizada para planilhas de notas escolares e organização de
banco de dados passíveis de manipulação, tais como despesas e orçamentos.

Há também boas opções de exercícios, jogos e conteúdos de disciplinas na Internet.

http://www.discoverybrasil.com/_home/

http://discoverynaescola.com

http://www.ibge.gov.br

32 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Começando com: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm


navegue também em: http://www.educarede.org.br/educa/html/index_educalinks.cfm

Este site oferece projetos, jogos, notícias em educação


e muito mais...

No site http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.php
é possível assistir também a alguns programas da TV
Escola. O que acha de complementar a atividade da
tv com esta página na Internet?

Ou exercícios lúdicos para aulas de Francês:

http://www.bonjourdefrance.com
http://wwwdidieraccord.com
http://polafle.com

Módulo VI 33
Também para Inglês:

http://www.englishclub.com
http://www.britishcouncil.org/learnenglish

Na página http://rived.proinfo.mec.gov.br/ há também material suficiente para “botar a mão na


massa”.

Pesquise atividades
nas áreas de Biologia,
Física, Matemática e
Química

http://rived.proinfo.mec.gov.br/site_objeto_lis.php

34 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Internet
A rede mundial de computadores, Internet, foi criada a partir de um projeto conduzido pelo
departamento de defesa dos Estados Unidos, Arpanet, ao longo dos anos 60, que visava o
desenvolvimento de uma rede de computadores para comunicação entre os principais centros
militares de comando e controle. Quase ao mesmo tempo, esse recurso foi também utilizado por
cientistas e pesquisadores de diferentes lugares para trocarem pesquisas, de forma rápida e segura,
socializando as informações. A partir dos anos 80, estabeleceu-se uma divisão do sistema, com o
nome de Internet, já largamente usado no meio acadêmico e liberado, nos anos 90, também para
uso comercial.

A rede Internet é uma organização lógica (não física) de grupos de redes, isto é, as informações
estão distribuídas e armazenadas em vários lugares para serem disponibilizadas para acesso por
qualquer computador PC, Mac ou Unix configurado com os códigos TCP/IP (Transfer Control
Protocol/Internet Protocol), que esteja conectado a uma linha telefônica, através de um modem.
Assim, de uma ligação local ao provedor de acesso, é possível enviar mensagens para o prédio
vizinho ou para o outro lado do mundo, com o mesmo custo.

Recursos de Navegação

Web (World Wide Web ou WWW)


Esta é a parte multimídia da Internet. Digitando-se um endereço, também chamado de URL, na
caixa de diálogo localizado no topo da tela – barra de status, obtém-se uma página, ou site, com
imagens, trechos de vídeo, sons e animação. De um modo geral, as páginas, ou sites, são os pontos
de partida para outras, permitindo a “navegação” por meio de botões, mais conhecidos como
links, quase sempre percebidos quando o cursor do mouse se transforma, ao passar sobre eles, em
uma pequenina mão fechada com o indicador esticado. O endereço, ou URL, segue um padrão,
identificável de acordo com sua natureza e nacionalidade.

Por exemplo, http://www.instituicaoqualquer.com.br

http:// Significa protocolo de transferência de hipertexto


(hypertext transfer protocol).
www É uma convenção que indica que o endereço pertence à web.
Instituição qualquer É o nome da instituição, empresa, escola etc.
.com Indica que esta página pertence a uma empresa comercial.
.br Indica a nacionalidade da página (neste caso, Brasil).
.com (para empresas comerciais) Ex.: http://www.google.com.br
.org (para organizações ou Ex.: http://mst.org.br
instituições não comerciais)
.gov (para órgãos do governo) Ex.: http://www.senado.gov.br
.br (para designar o Brasil) Ex.: http://www.uerj.br
.fr (para designar a França) Ex.: http://www.louvre.fr
.pt (para designar Portugal) etc. Ex.: http://www.museumarinha.pt

Módulo VI 35
Além disso, a web dispõe de serviços de busca, através de programas gratuitos, tais como Yahoo
ou Google, em que a pesquisa é realizada por palavra ou palavras-chave, mas não é seletiva quanto
ao grupo de interesse. É diferente de portal, que reúne, em um mesmo site, vários endereços sobre
um assunto, também permitindo a busca por palavra ou frase.

Recursos de Comunicação

E-mail/webmail
É talvez o tipo de comunicação mediada por computador - CMC mais utilizado. O usuário não
precisa estar conectado para receber sua mensagem. Ela fica guardada em uma caixa postal
eletrônica até que o destinatário queira ler, podendo depois ser armazenada no computador por
tempo indeterminado. A mensagem pode ser respondida ou redirecionada para uma ou mais
pessoas. É possível também copiar trechos dos textos recebidos e acrescentar comentários na
resposta. Considerado meio informal de comunicação e parcialmente seguro quanto à violação de
conteúdo de mensagens ou transmissão de vírus, é significativa sua aplicação nos setores formais.
Além disso, muitos provedores4 oferecem o serviço de webmail, que permite ao usuário consultar e
responder suas mensagens em qualquer computador e arquivá-las em outro momento ou lugar.

Listas (ou grupos) de discussão


Funciona como uma “mala-direta”: toda mensagem enviada para um determinado endereço (e-
mail), que reúne os endereços cadastrados, será distribuída aos proprietários desses endereços.
São cadastrados todos os usuários que integram voluntariamente o contexto dos assuntos a serem
tratados e a lista poderá ter um mediador ou não. Alguns sites gratuitos oferecem este serviço de
grupos de discussão na web, tais como:

http://www.grupos.com.br
http://www.yahoo.com.br

O que é o “Grupos”?

O “grupos.com.br” é um serviço gratuito que permite a criação de grupos de discussão por e-


mail, assim como a utilização de ferramentas e funcionalidades consagradas da web.

O Grupos pode ser usado para várias finalidades diferentes. Estas são algumas sugestões:

• discutir temas profissionais com seus colegas de trabalho;

• manter contato com seus colegas de colégio após a formatura;

• usar seu grupo para facilitar a comunicação entre sua equipe de trabalho na faculdade, recordando
testes, tirando dúvidas e organizando encontros e festas;

4
Provedores são empresas que vendem o serviço de conexão.

36 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

• diminuir a distância entre você, um professor, e seus alunos;

• mais...muito mais...

Passos básicos para começar um grupo de discussão:

1º) Entre na página do “grupos” e cadastre-se.

• Digite o seu e-mail nesta caixa e clique em “cadastre-se”.

• Siga os passos indicados pelo site.

• Quando terminar o seu cadastro, o “grupos” enviará para o


seu e-mail uma confirmação desSe cadastro. Confirme esse e-
mail e estará apto a criar grupos de discussão no site.

2º) Crie o seu grupo de discussão:

• Clique em criar um novo grupo. E siga os passos indicados


pelo site.

Mas se você optou por abrir uma lista no Yahoo <http://www.yahoo.com.br>, é necessário ter
um e-mail deste site. Portanto, se você já possui um e-mail yahoo basta acessar o ítem grupos na
página inicial. Se você ainda não possui um e-mail yahoo deverá cadastrar-se e obter um para
poder criar um grupo de discussão neste site.

Cadastre um
e-mail para você.

Se você já possui um e-mail yahoo, clique aqui


para criar um grupo de discussão e siga os passos
indicados pelo site..

Módulo VI 37
Fórum
Funciona basicamente como um mural público. As mensagens ficam à disposição dos participantes,
pelo tempo estimado pelo grupo, para que estes possam acompanhar seqüencialmente o que está
em discussão.

IRC (Internet Relay Chat)


É uma “lista de discussão” em tempo real, em uma só área, que permite reunir mais de duas
pessoas para conversar. Há duas maneiras de participar:

(a) aberta, se o usuário fizer uma inscrição para a(s) sala(s) de “bate-papo” de seu interesse - chats,
oferecidas em diversos sites;

(b) particular, a partir da instalação de programa específico no computador, que dá direito ao


usuário para selecionar/autorizar as pessoas que solicitarem entrar em sua lista.

Para qualquer uma delas, é necessário obter um número de identificação do programa e apelido
(nickname).

Estima-se que, atualmente, 100 milhões de pessoas aproximadamente façam uso deste recurso.
Muito popular entre os jovens, por ser mais ágil que o correio eletrônico e, até o momento, a
mais barata alternativa, já que não exige periféricos caros (equipamentos extras) para “conversar”
em grupo. Essa comunicação foi originalmente desenhada para funcionar em tempo real, mas é
possível ler uma mensagem enviada em um momento off-line, que será perdida depois de aberta.
Por sua característica técnica, os textos das mensagens são curtos e, muitas vezes, expressos de
forma abreviada, tentando alcançar o mesmo ritmo oral, o que vem causando uma forte polêmica
com relação à escrita dos idiomas.

Blog/fotolog
O blog é uma página pessoal na web, atualizada freqüentemente, composta por parágrafos curtos
apresentados de forma cronológica. É como uma página de notícias ou um jornal que segue
uma linha de tempo, com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma
infinidade de assuntos, que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografias,
enfim, tudo que a imaginação do autor permitir. Essas páginas tornaram-se muito populares entre
jovens, que transformaram o ciberespaço em seus diários pessoais. O Fotolog é uma ferramenta
de Internet, variante do Blog, para publicar e atualizar o diário pessoal de fotos a todo instante, de
qualquer lugar do planeta, sem complicação ou programação.

Intranet
A Intranet é uma rede independente para conectar os membros de uma organização. É
estabelecida como uma mini Internet, pois tem as mesmas características, com a diferença de
que é utilizada apenas dentro da organização/empresa. A Intranet fornece acesso rápido e fácil a
dados corporativos, eliminando a necessidade de um monte de papéis.

38 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Teleconferência
É definida como a transmissão de um programa de tv em circuito fechado, com cobertura
nacional ou internacional, via satélite, para localidades designadas. Esta alternativa é bem aceita
pelas instituições para reunir pessoas, em diferentes localidades, participando de um mesmo
evento, mas é criticada pela pouca interatividade, limitada ao fax ou telefone. Diversas instituições,
de diferentes setores de atividades, estão usando a teleconferência com variadas finalidades e
objetivos, tais como congressos, seminários, palestras, cursos e treinamento de pessoal e outros.

Videoconferência
A videoconferência, em sua forma mais básica, é a transmissão e recepção sincronizada de
imagem (vídeo) e som (áudio) entre duas ou mais localizações separadas fisicamente. Este tipo
de comunicação é realizado através do uso de câmeras, microfones e caixas de som acoplados
ao computador. Isto possibilita a interação em tempo real entre os participantes. Os usuários
formam uma conferência como se estivessem juntos em uma mesma sala.

SEÇÃO 3: PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

Objetivo:
Planejar uma proposta em Informática Educativa.

Caro coordenador, este é o momento de traduzir, em uma prática, o que vimos discutindo. É
uma boa oportunidade para verificar como os conceitos foram apreendidos e esclarecer dúvidas.
Nessa seção, você vai planejar, apresentar e avaliar, em grupo, uma atividade com recursos da
Informática.

Inicialmente, forme um grupo para elaborar uma ATIVIDADE que envolva a informática na
educação (curso de capacitação de professores, pesquisa, aula, projeto, grupo de discussão etc.),
exponha o que tem em mente e vá anotando em tópicos, juntamente com o que dizem seus
parceiros de trabalho. Você pode pensar em atividades de professores em sala de aula, ou ligadas
à sua função de coordenador pedagógico. Você vai se surpreender com a quantidade de idéias
apresentadas. Em seguida a essa atividade, fornecemos um roteiro para que o grupo desenhe, com
mais clareza, o que pretende fazer.

Escolhendo o tema
O tema, geralmente escolhido em grupo, precisa levar em conta a relevância dentro do contexto
prático, para que alunos e professores envolvidos compreendam bem sobre o que vão trabalhar
e possam fazer as adaptações necessárias às suas necessidades. O tema poderá também prever a
interseção de mais de uma área de conhecimento, a que denominamos interdisciplinaridade. São
aspectos importantes a serem considerados durante a elaboração:

Módulo VI 39
• Tipo de público envolvido na atividade

• Justificativa da escolha do tema

• Objetivos

• Duração

• Conteúdos

• Estratégias/procedimentos

• Material necessário

• Documentação/apresentação dos resultados

• Avaliação

Estabelecendo o objetivo (ou objetivos)


É preciso definir com clareza o que se pretende alcançar com a atividade, cabendo a pergunta: O
que gostaria que meus alunos (e/ou todos os participantes desse projeto) aprendessem com ele?

Duração (cronograma)
Determine quantas aulas serão necessárias para realizar a atividade proposta, discriminando os
prazos para cada etapa, lembrando que, quanto mais jovens são os participantes, mais curto
deve ser o tempo de duração do trabalho. Preveja também algumas alternativas, pois imprevistos
acontecem.

Conteúdos
Liste quais assuntos serão abordados em qual disciplina, ou disciplinas, criando boas possibilidades
de exercer a interdisciplinaridade.

Material necessário (aporte científico)


Relacione que recursos serão necessários, além de programas de computador e periféricos, e
quais os disponíveis para dimensionar corretamente a atividade de acordo com o número de
participantes da proposta. Outro aspecto favorável é a flexibilidade da Internet em um trabalho
cooperativo local ou virtual.

40 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Estratégias/procedimentos
Explique que estratégias você pretende usar para alcançar os objetivos, de modo a manter o grupo
de trabalho motivado.

Documentação/apresentação dos resultados


Toda atividade deve ser encerrada com um produto, isto é, uma exposição oral ilustrada com um
software de apresentação, material impresso ou em CD-Rom, um site na Internet etc.

Avaliação
Descreva como você pretende fazer a avaliação do trabalho e dos participantes. Leve em conta
quantos desafios foram enfrentados e quantas habilidades são necessárias para desenvolver
uma atividade no laboratório de informática. Experimente compartilhar esta tarefa com os
interessados.

Bom trabalho!

SEÇÃO 4: PESQUISANDO E AGINDO: AÇÕES PARA SENSIBILIZAR A


PRÓPRIA ESCOLA QUANTO À INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Objetivo:
Analisar e configurar uma proposta de intervenção, por parte dos coordenadores pedagógicos,
visando implementar a cultura das tecnologias e, em especial, da Informática Educativa, na
escola.

NESTA SEÇÃO, VOCÊ, COORDENADOR PEDAGÓGICO, irá tomar contato com um


roteiro de intervenção, a ser realizada nas escolas, com previsão de retorno de resultados no
módulo seguinte. Para realizar esta pesquisa-ação, que você já conhece a partir dos módulos
anteriores, procure responder, ao voltar para sua escola, às seguintes questões:

Módulo VI 41
A) Diagnose
1. Sua escola possui computador? ( ) Sim ( ) Não Quantos?___
___
2. Sua escola possui acesso à ( ) Sim ( ) Não
Internet?
De que tipo? ( ) Conexão ( ) Banda ( ) Satélite
discada Larga
( ) outra
3. Quem usa a Internet em sua ( ) Professores ( ) Alunos ( ) Ninguém
escola?
( ) Funcionários técnico-administrativos
4. Em caso afirmativo, os computadores estão em local ( ) Sim ( ) Não
adequado para uso didático?
5. Os professores foram capacitados em Informática? ( ) Sim ( ) Não
6. Os professores costumam apresentar seu material ( ) Sim ( ) Não
elaborado no computador (provas, exercícios,
planejamento de aulas etc.)?
7. Você conhece o programa TV Escola? ( ) Sim ( ) Não
8. A sua escola possui o programa TV Escola? ( ) Sim ( ) Não
9. Em caso afirmativo, seus professores costumam ( ) Sim ( ) Não
utilizá-lo?

B) Ações
• Se sua escola não tem computador, o que você pretende fazer para incentivar ou promover a
aquisição?

• Que iniciativas você pretende tomar para sensibilizar os professores quanto ao uso do
computador?

Conclusão
Neste módulo, foram apresentados os principais conceitos e recursos, com alguns exemplos, para
subsidiar suas idéias. Certamente, as discussões que desenvolvemos não esgotam o conhecimento
sobre as tecnologias na educação. Esperamos que este encontro seja somente o ponto de partida
para que você transforme sua escola em uma rede de conhecimento, capaz de produzir e trocar
informação dentro e fora dos muros da sua comunidade escolar.

42 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Não há qualquer apelo, neste texto, para que os professores se dediquem integralmente à
Informática, o que seria um despropósito. O computador deixaria de ser, assim, um meio, para se
tornar um fim. A partir deste momento, sua escola poderá contar com o Orientador Tecnológico
(OT) para ajudar a concretizar ações e atividades pedagógicas que envolvam o uso da tecnologia
dos computadores, da Internet e da TV Escola. Discuta essas possibilidades e planeje com seus
colegas, docentes, alunos e outros educadores em outras escolas. Esteja disponível para ouvir
sugestões e, acima de tudo, ouse.

À exceção das tarefas básicas do equipamento, as ferramentas e os programas específicos podem


ser aprendidos à medida que houver necessidade e ninguém precisa ter vergonha de perguntar
como se faz. Os jovens sempre aprendem a usar a tecnologia mais rápido que os adultos e isso
pode ser uma vantagem. Por isso, está sendo proposta a parceria dos Alunos Monitores (AM).
Compartilhar esse conhecimento vai reformular seus paradigmas de ensino e aprendizagem.
Surpreenda seus colegas, surpreenda a si mesmo. Desejamos a você sucesso!

BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Elizabeth. Informática na educação: curso de especialização. Disponível em: http://
atlas.ucpel.tche.br/~trilhote/informatica_na_educacao.ppt Acesso em: 07/04/05.

ALMEIDA, Fernando José. Educação e informática: os computadores na escola. São Paulo: Editora
Cortez. 1987.

ANDRADE, Pedro Ferreira. Modelo Brasileiro de Informática na Educação. Disponível em: http://
www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie96/43.html. Acesso em 15/09/2002.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola: o que é como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

CAMPOS. Gilda Helena B. Situações Didáticas. Design Didático para cursos baseados na Web. Coordenação
Central de Educação à Distância-CCEAD / PUC- Rio, 2005 (impresso).

CANEN, Ana & ANDRADE, Ludmila T.. “Construções discursivas sobre pesquisa em educação:
o que falam professores formadores universitários.” Revista Educação e Realidade, 2005, no prelo.

CHAVES, Eduardo. O computador como tecnologia educacional. Disponível em: http://www.chaves.


com.br/textself/edtech/zoom.htm. Acesso em 30/03/2005.

CHAVES, Eduardo. Tecnologia na Educação: Conceitos Básicos. Disponível em: http://www.edutec.


net/. Acesso em 22/3/05.

FAGUNDES, Lea C. Projeto? O que é? Como se faz? Disponível em: http://geocities.yahoo.com.


br/confrajolas/oqueprojeto.htm. S/d

MARINHO, Vanessa C. et alli. Avaliação de cursos em EAD via Internet. Artigo apresentado e
publicado nos anais do VIII Encontro Educação em Engenharia, promovido pelas Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade
Federal Fluminense (UFF). Petrópolis - Juiz de Fora, de 18 a 22 de novembro de 2002.

Módulo VI 43
MARINHO, Vanessa C. Aspectos multiculturais dos projetos escolares via Internet. Rio de Janeiro, 2004.
160 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação –
PPGE, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

MORAES, Maria Cândida. Informática Educativa no Brasil: Uma história vivida, algumas lições aprendidas.
1997. Disponível em: http://www.edutecnet.com.br/Textos/Alia/MISC/edmcand1.html. Acesso
em: 15/09/2002.

MORAN, José Manuel. Desafios da Educação à Distância. Palestra proferida no SENAC. Rio de
Janeiro, 21 de março de 2003.

REPSOLD, Mônica. O Computador na Educação Musical – Transformação ou Conservadorismo? Rio de


Janeiro. Dissertação de Mestrado – Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão, Conservatório
Brasileiro de Música. Rio de Janeiro, 1993, 100 p.

VALENTE, José Armando (1997). O uso inteligente do computador na educação. Disponível em: http://
www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtusointe.pdf. Acesso em 17/10/2002.

VALENTE, José Armando (org). O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/


NIED, 1999.

Para saber mais...

Sites na Internet:
http://discoverynaescola.com/port/docentes.shtml - página da discovery inteira

O site da Discovery possui uma série de


recursos didáticos que podem ser utilizados
em aulas de diversas disciplinas.

44 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

Outros
Site com simulações para física, química, biologia (em inglês)
http://www.micro.magnet.fsu.edu/primer/java/scienceopticsu/powersof10

Aulas de Química
http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/index.html

Química – Meio Ambiente


http://allchemy.iq.usp.br/estruturando/internet.html

Biblioteca virtual do estudante de língua portuguesa - USP


http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.php

Links para vários sites em Educação


http://www.rc.unesp.br/igce/matematica/interlk/linksn.htm

Livros
ALMEIDA, Fernando José & ALMEIDA, Maria Elizabeth B. Aprender construindo: a informática se
transformando com os professores. Coleção Informática para a mudança na Educação. Brasília: MEC
– PROINFO, 2004. Disponível em http://www.inf.ufsc.br/~edla/mec/livro01.pdf.

O livro possui dicas de como utilizar os aplicativos do Office (Word,


Excel e Power Point) na educação.

BARROS, José Augusto. Pesquisa Escolar na Internet. Belo Horizonte: Formato Editorial. 2001.

O livro mostra como fazer uma pesquisa escolar na Internet,


incluindo dicas importantes e interessantes para a realização das
etapas da pesquisa

TAJRA, Sanmya F. Projetos em sala de aula: Internet. São Paulo: Editora Érica, 1999. 3ª Ed.

O livro mostra como a tecnologia da comunicação pode ser


incorporada ao dia-a-dia da sala de aula. Também apresenta outras
dicas da era digital.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e Mudança na Educação: Os projetos de trabalho. Porto Alegre:


Artmed. 1998.

Módulo VI 45
46 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO
NOME: TURMA:
TUTOR:
POLO: MÓDULO:

Gostaríamos que respondesse às questões a seguir, de modo a realizar uma auto-avaliação com
relação ao módulo estudado e a sua participação no mesmo.

1) Que idéias principais do módulo você destacaria?

2) Das idéias acima, com quais você se identificou mais? Por que?

3) Que idéias foram mais polêmicas, no seu entender? Por que?

4) Como avalia as dinâmicas desenvolvidas em grupo?

5) Em que medida a pesquisa-ação sugerida para ser desenvolvida na sua escola, após a oficina, foi
realizada por você? Houve facilidades e/ou dificuldades? Quais?

6) Como avalia seu desempenho na oficina (parte teórica, debates e dinâmicas) ?

7) Como avalia seu desempenho na pesquisa-ação?

8) Como avalia seu compromisso, participação e motivação no decorrer desse módulo?

9) Que grau – insuficiente, suficiente, bom, muito bom e excelente – atribuiria a seu desempenho
e participação no módulo?

10) Que sugestões apresentaria para o aperfeiçoamento das oficinas, a partir da experiência com
este módulo?

Módulo VI 47
48 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

FICHA DE AVALIAÇÃO DO MÓDULO


Nosso objetivo é avaliar se este módulo atingiu os objetivos e atendeu as expectativas de seus
participantes. Para isto, solicitamos sua colaboração, preenchendo com a maior seriedade e
honestidade possível as questões abaixo.
Utilize o seguinte critério: - Fraco
- Regular
- Bom
- Muito bom
- Excelente
Caso você deseje enviar algum comentário ou complementar alguma resposta, utilize o espaço
reservado ao final.
A Sistema de Ensino – Avaliação quanto a(o):

I Módulo
Clareza do programa do módulo
Atendimento aos objetivos propostos
Entendimento dos objetivos
Aumento do conhecimento

Tempo destinado a cada seção tratada


Pertinência deste módulo com relação ao curso

II Professor
Suficiência de atenção por parte do professor
Respeito ao ritmo e estilo de aprender da turma
Pontualidade

III Informação
Relevância dos temas
Apropriação da linguagem utilizada
Complementaridade ao material impresso
Capacidade de despertar interesse

IV Interatividade
Interação entre os colegas
Interação com os professores

V Material impresso

Fonte: Adaptado de Marinho et alli (2002).

Módulo VI 49
50 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA


COORDENADORES PEDAGÓGICOS

Equipe - UFRJ

Agosto de 2005

Módulo VI 51
52 Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

CURSO DE EXTENSÃO – ATUALIZAÇÃO DOS


COORDENADORES PEDAGÓGICOS
Direção Geral:
Angela Rocha dos Santos

Coordenação Geral:
Ana Canen

Coordenação de Área:
Giseli Pereli de Moura Xavier
Maria Inês Lavinas Pereira
Marlene Jesus Soares Bezerra

Equipe Responsável pela Elaboração dos Materiais:


Ana Canen
Aurila Eurídice Carneiro da Cunha Souza
Giovana Delvan Stuhler
Giseli Pereli de Moura Xavier
Luiz Fernandes de Oliveira
Maria Inês Lavinas Pereira
Marlene Jesus Soares Bezerra
Marta Diniz Paulo de Assis
Mônica Repsold
Vanessa do Carmo Marinho

MÓDULO I - OS COORDENADORES PEDAGÓGICOS E A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA


PÚBLICA DE QUALIDADE
Autores:
Luiz Fernandes de Oliveira
Maria Inês Lavinas Pereira

Organização:
Ana Canen

Módulo VI 53
Equipe
MÓDULO II – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL I (Equipe UFJF)
Autores:
Lina Kátia Mesquita De Oliveira
Denise Barros Weiss
Gilvan Procópio Ribeiro

Organização:
Lina Kátia Mesquita de Oliveira

MÓDULO III – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL II (Equipe UFJF)


Autores:
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
Denise Barros Weiss
Gilvan Procópio Ribeiro

Organização:
Lina Kátia Mesquita de Oliveira

MÓDULO IV – EDUCAÇÃO INCLUSIVA


Autor:
Giseli Pereli de Moura Xavier

Organização:
Ana Canen

MÓDULO V – RELAÇÕES INTERPESSOAIS


Autores:
Giovana Delvan Stuhler
Marta Diniz Paulo de Assis

Organização:
Ana Canen

MÓDULO VI – TECNOLOGIA EDUCACIONAL


Autores:
Mônica Repsold
Vanessa do Carmo Marinho

Organização:
Ana Canen

54 Equipe
Módulo VI
Formação Continuada para Coordenadores Pedagógicos

MÓDULO VII – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


Autor:
Ana Canen

Organização:
Ana Canen

MÓDULO VIII – CURRÍCULO I


Autores:
Ana Canen
Luiz Fernandes De Oliveira
Marta Diniz Paulo De Assis

Organização:
Ana Canen

MÓDULO IX – CURRÍCULO II
Autores:
Ana Canen
Maria Inês Lavinas Pereira

Organização:
Ana Canen

MÓDULO X – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO I


Autores:
Aurila Eurídice Carneiro da Cunha Souza
Marlene Jesus Soares Bezerra

Organização:
Ana Canen

MÓDULO XI – PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO II


Autores:
Aurila Eurídice Carneiro da Cunha Souza
Marlene Jesus Soares Bezerra

Organização:
Ana Canen

Módulo VI 55
Equipe
Equipe de Tutores:
Ana Canen
Aurila Eurídice Carneiro da Cunha Souza
Gérson Tavarez do Carmo
Giovana Delvan Stuhler
Giseli Pereli de Moura Xavier
Luiz Fernandes de Oliveira
Marco Paulini
Maria Inês Lavinas Pereira
Marlene Jesus Soares Bezerra
Marta Diniz Paulo de Assis
Mônica Repsold
Pablo Silva Machado Bispo dos Santos
Paulo Sérgio da Rocha Oliveira Santos
Ronaldo Souza de Castro
Vanessa do Carmo Marinho

56 Equipe
Módulo VI

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