Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
11
oteatro faz uso dessa promessa de passagem ao limite, de oscilao entre ao
11
virtualerealsobreocorpodoespectador.A imagem-corpodoteatrorequer,doespectador,
I,
prontidode todosos sentidos. Porisso possvel encontraremdiversos autores, como
n
emRoland Barthes, referncias aocartererticodo teatro:
i.
A funo ertica do teatro no acessria, porque s o teatro, dentre todas as
artes figurativas (cinema, pintura), d os corpos eno sua representao. O corpo
e
de teatro ao mesmo tempo contingente e essencial: essencial, no pode ser
possudo (ele magnificado pelo prestgio do desejo nostlgico); contingente,
poderias-lo, poisbastariaficarmos loucos porum momento (o que estdentrode
o
nossas possibilidades), pular parao palco e tocar aquilo que desejamos.)
n
No entanto, a noo de "tocar" pode ser pensada no apenas como um desejo
n
possvel, mas deummodomaisamplo.O tatonoselimitafricoentrecorpos.Pode-
n
a
se pensar que h uma relao de toque estabelecida pelo simples fato de dois corpos
estarempresentesemumamesmasala,o areseusdeslocamentossendoelementostteis
I.
que pem corpos em contato. Os sentidos humanos so regidos pela necessidade de
contatodireto- mediado,certamente,pelapercepo- comos objetos.pormeioda
o
IS
aproximao fsica, cujos limites podem ser variveis, que os sentidos atuam. Isso faz
comquesejaimpossvel isolarqualquer umadasfunes sensoriais.o que mostra, em
relao viso, Julio Plaza:
e
o
Pela prpria complexidade do mundo perceptivo, do qual o canal visual apenas
IS uma parte, as experinciasespaciais tornam-se to interligadasao sentido ttilque
os dois sentidos no podemserseparados: olhoe tato se contm mutuamente. Tal