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DISSECÇÃO AÓRTICA
DEFINIÇÃO
HISTÓRICO
ETIOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO CLÍNICO
INDICAÇÃO CIRÚRGICA
TRATAMENTO CIRÚRGICO
MANUSEIO PÓS-OPERATÓRIO
RESULTADOS
ACOMPANHAMENTO TARDIO
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DEFINIÇÃO
Nas dissecções aórticas ocorre a separação das camadas da média aórtica por sangue. A partir do local de
rotura da íntima a dissecção pode ter progressão proximal ou distal. No seu trajeto de dissecção ramos arteriais
importantes como coronárias, carótidas, renais, mesentérica e ilíacas, podem ser comprimidos ou ocluídos. As
comissuras das válvulas aórticas podem perder sustentação devido ao processo de dissecção o que leva ao apareci-
mento de insuficiência aórtica severa. A parede externa no processo de dissecção pode se romper dando origem a
hemopericárdio, hemotórax e morte. A presença do aneurisma pode ou não estar presente no momento da dissecção.
É considerada crônica quando o quadro clínico tem duração superior a duas semanas.
HISTÓRICO
Em 1761 Nicholls relatou uma dissecção aórtica em uma autópsia. Em 1826 Laennec criou o termo
aneurisma dissecante. Em 1930 Erdheim descreveu as alterações histológicas denominadas necrose cística da
média. Em 1935 Gurin tentou sem sucesso o primeiro tratamento com fenestração abdominal. Em 1955 De
Bakey e Cooley publicaram os primeiros resultados cirúrgicos. Em 1965 Wheat e Palmer introduziram o trata-
mento anti-impulso.
ETIOLOGIA
Hipertensão arterial e ateriosclerose ocorre em 75% dos casos, Marfan é o agente etiológico em aproximada-
mente 10% dos casos, podendo existir outras alterações do tecido conjuntivo como as sindromes Ehler-Danlos, Beçet
ou ainda a medionecrose cística de Erdhein. Coarctação de aorta, válvula aórtica bicúspide, estenose aórtica congênita
e outras menos frequentes como gravidez, trauma de tórax fechado, canulação da aorta ascendente para circulação
extracorpórea, também podem ser responsáveis por dissecção aórtica. Dissecção perioperatória é uma catástrofe que
ocorre raramente. Quanto à idade, na maioria ocorre entre os 40 e os 70 anos, e quanto ao sexo, a ocorrência é de
três vezes mais no sexo masculino. Os hematomas intra-murais e as úlceras de aorta são mais prevalente em indivíduos
acima de 70 anos e hoje se reconhece que estas entidades tem a mesma graviddade e prognóstico que as dissecções
de aorta.
CLASSIFICAÇÃO
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PATOGÊNESE E HISTÓRIA NA-
TURAL
1) Frequência (De Bakey)- Tipo I -
26%, Tipo II 10%, Tipo III 63%.
5) História natural - a relação temporal entre mortalidade e óbito é de 21% em 24 h, 37% em 48 h, 49% em 4 dias e
74% em 2 semanas.
QUADRO CLÍNICO
É denominado pela dor intensa. Ela é retroesternal nas dissecções Tipo A e no dorso nas dissecções Tipo
B. Síncope, dispnéia, hemoptise, hemiplergia, podem ocorrer. Os pacientes tendem apresentar-se com hiper-
tensão arterial e eventualmente hipotensão arterial. Hipotensão arterial pode significar tamponamento cardíaco
ou ruptura para a cavidade pleural. Os pulsos devem ser todos palpados à procura de diferenças. Sopro de
insuficiência aórtica é comum nas dissecções Tipo A. Observar alterações referentes a outros órgãos por obs-
truções de ramos arteriais como coronária direita, carótidas, mesentéricas, renais e ilíaca. O diagnóstico diferencial se
faz com IAM diferenciando deste pela ausência de alterações típicas do ECG e de enzimas normais na dissecção. As
úlceras de aorta e os hematomas intra-murais tem manifestações clínicas semelhantes e devem ser manejados como
dissecções aórticas verdadeiras, fazendo parte do que vem sendo chamado de sindrome aórticos agudos.
DIAGNÓSTICO
Podemos usar os seguintes exames complementares:
2) Eletrocardiograma - alterações compatíveis com IAM ocorrem em 15% dos pacientes com dissecção
aguda da aorta, geralmente por acometimento da artéria coronária direita.
3) Ecocardiograma transtorácico (ETT) - deve ser feito em todos os pacientes com suspeita de dissecção
aórtica. Permite o diagnóstico das dissecções de ‘Tipo A’ e avalia insuficiência aórtica e derrame pericárdico.
5) Ressonância nuclear magnética (RNM) - mais precisa que o ETE. Mas necessita de um paciente
imóvel por determinado período de tempo. Não é prático em doentes instáveis, usada mais em casos crônicos.
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6) Tomografia computadorizada (TC) - perde em eficiência para o ETE e a RNM. Exige contraste em volumes
proporcionais ao da angiografia.
7) Aortografia - método de diagnóstico que serve como comparação. Tem como desvantagens a perda
de tempo e o uso de contraste. Pode fornecer muitas informações. Usada apenas em casos especiais.
9) A tomografia computadorizada helicoidal - parece ser um exame extremamente útil nos casos de dissecção
de aorta principalmente nas prováveis ‘tipo B’ onde a urgência clínica seria menor.
TC tomografia computadorizada
VANTAGENS e LIMITAÇÕES
TRATAMENTO CLÍNICO
Deve-se ter como meta o controle de pressão arterial e da dor, com parada do processo de dissecção. Se PA
estiver muito baixa sem medicação pensar em tamponamento pericárdico. Estes pacientes devem ser referi-
dos e tratados em unidades de cirurgia cardíaca. Acompanhamento de 4-5 anos mostram até 20% de
aneurismas da falsa luz.
INDICAÇÃO CIRÚRGICA
Dissecção Aguda - Tipo A: Todos os pacientes. A mortalidade dos pacientes cirúrgicos é de aproximada-
ente 30% e dos pacientes tratados clinicamente é de 90%.
- Tipo B: Somente aqueles com complicações. Aneurisma, hemotórax, dor mantida, rotura, e
oclusão de ramo arterial (isquemia de medula, orgãos ou membros inferiores).
Dissecção Crônica - Tipos A e B: Presença de complicações; aneurisma, insuficiência aórtica, oclusão de ramo arterial.
Quando há aneurisma da aorta ascen-
dente indica-se cirurgia com diâmetros
superiores a 5,5cm (5,0cm em paci-
entes com Síndrome de Marfan). Na
aorta descendente utiliza-se como cri-
tério para indicação cirúrgica diâme-
tro de 6,5cm (6,0cm em casos de
Síndrome de Marfan). A presença de
Síndrome de Marfan se constitui uma
indicação cirúrgica neste grupo. Nas
dissecções agudas, a cirurgia precoce
ainda é a única alternativa viável para
se evitar o óbito.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
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causa mais comum de mortalidade em dissecção aórtica. Trabalhos recentes têm demonstrado ser importante ressecar
o local da ruptura da íntima.
Há outras opções cirúrgicas que eventualmente são utilizadas:
ARCO AÓRTICO
Usado perfusão retrógrada pela veia cava superior ou pela jugular interna durante a parada circulatória total e hipotermia
profunda a 20ºC. Na maioria das vezes a ressecção do arco permite uma linha de sutura longa sem necessidade de
reemplante dos vasos da base.
MANUSEIO PÓS-OPERATÓRIO
RESULTADOS
Mortalidade no Tipo A - 20%, no Tipo B - 25%, em Arco Aórtico - 50%. Estes resultados podem melhorar.
A mortalidade cirúrgica na dissecção aguda é maior que na dissecção crônica.
ACOMPANHAMENTO TARDIO
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Tratamento Clinico x Tratamento Cirúrgico:
I - Tratamento clínico:
II - Tratamento cirúrgico:
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