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Este documento apresenta comentários sobre uma prova de microeconomia realizada, contendo 108 questões. O professor Vicente Camillo analisa cada questão, indicando o gabarito correto ou errado de acordo com sua avaliação. Ele defende que a questão 106 deve ter o gabarito modificado, apresentando argumentos baseados em um livro didático.
Este documento apresenta comentários sobre uma prova de microeconomia realizada, contendo 108 questões. O professor Vicente Camillo analisa cada questão, indicando o gabarito correto ou errado de acordo com sua avaliação. Ele defende que a questão 106 deve ter o gabarito modificado, apresentando argumentos baseados em um livro didático.
Este documento apresenta comentários sobre uma prova de microeconomia realizada, contendo 108 questões. O professor Vicente Camillo analisa cada questão, indicando o gabarito correto ou errado de acordo com sua avaliação. Ele defende que a questão 106 deve ter o gabarito modificado, apresentando argumentos baseados em um livro didático.
Ol Pessoal. O que acharam das questes de micro (rea 3)? Em meu entendimento, ela foi abaixo das expectativas. Prova fcil, cobrando conceitos bsicos de Microeconomia, sem muita sofisticao. Abaixo seguem as questes e os devidos comentrios. Entendo que a questo 106 deve ter o gabarito modificado. Em seus comentrios h proposta de recurso.
Microeconomia BACEN rea 3 Prof. Vicente Camillo
No que diz respeito teoria do consumidor e teoria da firma, julgue os itens seguintes. 101 Considere que determinada firma tenha a funo de produo de propores fixas e que cada nvel de produo exija uma combinao especfica de trabalho e capital. Nessa situao, a taxa marginal de substituio tcnica constante em todos os pontos da isoquanta. Para que a TMST seja constante em todos os pontos da isoquanta, esta deve ser uma reta, ou seja, destacar fatores de produo perfeitamente substituveis. A isoquanta com propores fixas representa o caso de complementares perfeitos e possui o formato de L (do tipo Leontief). Notadamente, na parte vertical a TMST infinita, na parte horizontal igual a zero e no vrtice ir depender da propores fixa em que so empregados os fatores produtivos. Portanto, a TMST varivel no decorrer da isoquanta. GABARITO: ERRADO
102 A taxa marginal de substituio (TMS), calculada por meio da curva de indiferena do consumidor, corresponde propenso marginal a pagar ou a consumir. A TMS representa a quantidade que o indivduo abre mo de um bem para obter outro e manter a mesma utilidade. A propenso marginal a consumir representa a variao marginal no consumo dada a variao marginal da renda. Os dois conceitos so distintos. GABARITO: ERRADO
Acerca das teorias de atuao dos agentes econmicos em relao aos diversos tipos de bens, julgue os itens a seguir.
Microeconomia BACEN rea 3 Prof. Vicente Camillo
103 Considere que em cada clula da matriz de ganhos de um jogo hipottico, mostrada na tabela abaixo, o primeiro e o segundo nmero correspondem, respectivamente, ao ganho do jogador A e ao ganho do jogador B. Nessa situao, correto afirmar que o par 1, 3 constitui o equilbrio de Nash.
O payoff (1,3) no um equilbrio de Nash. Caso o Jogador B escolha a estratgia direita, o Jogador A escolhe alto. Caso A escolha alto, o Jogador B prefere esquerda. Assim, a estratgia estvel no se encontra no par de escolhas baixo-direita. GABARITO: ERRADO
104 Considere um mercado em que s h duas empresas ofertando determinado bem e no h possibilidade de acordo para cooperao entre essas empresas. Nessa situao, somente haver equilbrio de Nash quando cada empresa cobrar o menor preo possvel. A questo apresenta o Modelo de Concorrncia de Bertrand, no qual dois oligopolistas estabelecem seus preos simultaneamente, sem a possibilidade de conluio. Neste modelo, o equilbrio de Nash cada empresa cobra preo igual ao custo marginal, ou seja, o menor preo possvel. Para ilustrar podemos analisar o seguinte exemplo. Duas empresas ofertam o produto a determinado preo, acima do custo marginal. Caso uma delas decida reduzir o preo para o valor que iguale o custo marginal, ela ir dominar o mercado. A outra empresa faz o mesmo movimento, que se torna estvel quando P = Cmg. GABARITO: CERTO
Microeconomia BACEN rea 3 Prof. Vicente Camillo
105 Considere que determinada cidade que tem apenas uma grande indstria deseje instituir uma taxa sobre a emisso de poluentes. Nessa situao, dado o processo produtivo da empresa, o valor timo para a taxa ser igual ao ponto de equilbrio entre a taxa marginal externa provocada pela poluio e a taxa marginal de reduo dos poluentes. Esta a condio de equilbrio em determinado mercado no caso de externalidades negativas. Como a cidade possui apenas 1 indstria, todos os poluentes so por ela emitidos. A produo da firma ineficiente, pois oferta uma quantidade superior ao socialmente timo, ou seja, o custo marginal social superior ao custo marginal privado. O valor da taxa deve igualar o valor de ambos, ou seja, o valor timo para a taxa ser igual ao ponto de equilbrio entre a taxa marginal externa provocada pela poluio e a taxa marginal de reduo dos poluentes (CMg social = CMg privado ). GABARITO: CERTO
106 Um indivduo com mais de sessenta e cinco anos de idade paga preos mais caros ao seguro de sade que outro indivduo mais jovem devido ao problema da seleo adversa, provocado por um mercado de informaes assimtricas. O problema da seleo adversa, provocado pela assimetria informacional, decorre da escolha ineficiente pelo indivduo como menor quantidade de informaes (seleciona o bem ruim em detrimento do bem de melhor qualidade). No mercado de seguros de sade o raciocnio da seleo adversa aplica-se da seguinte maneira. Considerando dois tipos de indivduos (jovens e idosos), a seguradora calcula o valor mdio da aplice de seguro a partir das possibilidades dos indivduos adoecerem. Naturalmente, o valor mdio cobrado pela seguradora ir se situar entre as possibilidades dos idosos
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(que, na mdia, tendem a adoecer mais) e dos jovens (que, na mdia, tendem a adoecer menos). Assim, os idosos tendem a demandar mais o plano de sade do que os jovens, pois estes consideram o valor da aplice acima da sua probabilidade de adoecer. Para minimizar este problema, as seguradoras discriminam o valor das aplices de seguro sade, de modo que indivduos idosos (mais de 65 anos) paguem mais pelo seguro do que os indivduos jovens. A questo correta. Mas, o CESPE a considerou errada. Uma proposta para recursos encontra-se no livro MICROECONOMIA Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, 3 ed., 2011 pgina 355. Abaixo, segue o excerto do livro da referida pgina: Evidentemente, as companhias de seguro atuais esto a par dos problemas de seleo adversa presentes no mercado de seguro e investem recursos significativos para desenvolver mtodos que permitam segurados de alto e baixo riscos. Como base neste mtodos, as companhias de seguro podem praticar preos mais baixos para segurados com menor risco e mais elevados para segurados com maior risco (abaixo, o livro cita o exemplo de aplicao da seleo adversa ao mercado de seguros). (...) Nos ltimos anos, tem havido uma grande discusso sobre a regulamentao do seguro sade no Brasil. Uma proposta polmica foi a proibio da discriminao de preos de seguro sade entre jovens e idosos. Qual seria o resultado de uma proibio de discriminao de tal tipo? Em mdia os idosos gastam mais com tratamentos de sade que os mais jovens ( a maneira que a seleo adversa se manifesta). Essa a razo da atual discriminao de preos de seguro sade entre esses dois grupos. (grifos e comentrios entre parnteses meus) GABARITO CESPE: ERRADO
Em relao aos aspectos da microeconomia que envolvem todo o sistema econmico, julgue os itens subsecutivos.
Microeconomia BACEN rea 3 Prof. Vicente Camillo
107 Uma deseconomia externa existe quando o custo marginal social menor que o benefcio social marginal. A deseconomia externa existe quando o custo marginal social maior que o benefcio social marginal. Determinado processo produtivo pode gerar custo marginal social mais elevado que o benefcio social marginal oferecido pelo consumo do bem. O caso clssico o da poluio, que apresenta deseconomia externa. GABARITO: CERTO
108 O equilbrio geral das trocas, de acordo com a Escola de Lausanne, ocorre quando a taxa marginal de substituio entre cada par de bens for a mesma para todos os indivduos que consomem ambos os bens. Na falta de criatividade, ao invs do CESPE afirmar que a condio de equilbrio geral atende ao equilbrio walrasiano (pois assim foi definido por Len Walras), afirmou que este pressuposto est de acordo com a Escola de Lausanne, local onde Walras era professor. De todo modo, o equilbrio geral ocorre quando as curvas de indiferena dos indivduos so tangentes, evidenciando igualdade entre as taxas marginais de substituio e as restries oramentrias. GABARITO: CERTO