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Auto-Avaliação : liderar,

comunicar e gerir

Ana Maria Cabral


-2009
Auto-Avaliação : liderar, comunicar e gerir

“A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e
no conhecimento.
A biblioteca escolar desenvolve competências para a aprendizagem ao longo da vida […].
A biblioteca escolar disponibiliza serviços de aprendizagem, livros e recursos que permitem a todos os membros da comunidade escolar
tornarem-se pensadores críticos e utilizadores efectivos da informação […].
Está comprovado que, quando os bibliotecários e os professores trabalham em conjunto, os alunos atingem níveis mais elevados de literacia,
de leitura, de aprendizagem, de resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação. […]
O bibliotecário escolar é o elemento do corpo docente, qualificado, responsável pelo planeamento e gestão da biblioteca escolar. É apoiado por
uma equipa tão adequada quanto possível, trabalhando em conjunto com todos os membros da comunidade escolar e em ligação com a
biblioteca pública e outras. […]
Num meio cada vez mais dominado pelas redes de informação, os bibliotecários escolares devem possuir competências para planear e ensinar
diferentes técnicas no tratamento da informação, tanto a professores como a alunos. Devem, por conseguinte, prosseguir a sua formação e
desenvolvimento profissionais.”
Manifesto da Biblioteca Escolar

Preâmbulo

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As Bibliotecas Escolares, fazendo parte das instituições cuja missão é garantir que o maior número possível de alunos atinja as competências necessárias para
se tornarem cidadãos críticos e autónomos, desempenham neste panorama um papel crucial. Vistas como verdadeiros centros de aprendizagem, equipadas com
recursos e dinamizadas por profissionais capazes de apoiarem os alunos na complexa tarefa de transformar a informação em conhecimento, elas representam
uma solução credível dentro das escolas para tentar responder aos desafios que se colocam à Escola do séc. XXI. Essa resposta será tanto mais conseguida,
quanto maior for o trabalho colaborativo com os restantes profissionais da educação e maior ligação existir entre o programa por si definido e os objectivos
curriculares da escola.
É neste contexto que se compreende a necessidade de avaliar também o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas Bibliotecas Escolares portuguesas. A
Rede de Bibliotecas Escolares, ao apresentar um Modelo de Auto-Avaliação, pretende que a auscultação aos serviços que a Biblioteca Escolar presta seja
integrada nas práticas de auto-avaliação da instituição.

Reflectir com os Professores Bibliotecários é a intenção deste documento, que criámos para clarificar alguns procedimentos, a esclarecer aspectos referentes a
uma acção reflexiva inerente a todo o processo e a facilitar/ orientar a elaboração do relatório, que deve assumir um papel catalisador de trabalho colaborativo e
de gestão para a mudança envolvendo diversos intervenientes da escola e outros eventuais parceiros.

Acções Calendariza Instrumentos de


ção Apoio

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Conceitos 1.ª Reunião Interconcelhia de PB PP


e atitudes Disponibilização
Workshop formativo com todos os PB “O Modelo de Auto-Avaliação: conceitos e atitudes.” das conclusões.
Orientações a todos os PB no sentido da leitura integral do modelo (trabalho de casa)
Setembro

Quem envolver? (grupo de PB Documento de trabalho


Envolver a escola Proposta de Integração nos planos
estratégicos e operacionais da escola: Director: dos vários
Projecto Educativo, Regulamento Líder coadjuvante no processo e aglutinador de concelhos)
Interno, Plano de Acção; vontade e acções. “Momentos
Conhecimento do Conselho Pedagógico: indispensáveis à
Modelo/Integração Disponibilização, on-line, a todos os Órgão de decisão pedagógica. integração do modelo
de processos e PB, de um documento de trabalho onde Professores – Trabalho colaborativo (na actual na Escola”
envolvimento na se identifiquem, objectivamente, os conjuntura, importa enveredar por planos de acção
diferentes momentos e estruturas a exequíveis, mesmo que sejam “miudinhos
escola.
envolver. e quotidianos” (Tiny Achievable Tickable Targets,
segundo Ross Todd, 2002), pois o mais importante é
mesmo desbravar o caminho e encetar um trabalho
articulado.
Alunos
Comunidade em geral

Por onde começar?

Diagnóstico da situação

A escola deverá encarar este processo como uma necessidade própria e não como algo que lhe é imposto do exterior, pois de facto todos irão beneficiar com a análise e
reflexão realizadas. Espera-se que o processo de auto-avaliação mobilize toda a escola, melhorando através da acção colectiva as possibilidades oferecidas pela BE. [in
Modelo de Auto-Avaliação pag.2

Acções Calendarização Instrumentos de


Apoio

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Acompanhamento individual
aos PB em cada agrupamento/escola

Que etapas e passos implicados?


Disponibilizar
Cronograma /calendarização das acções a bibliografia.
desenvolver; Outubro
Estabelecer um plano Identificar o tipo de evidências que necessita
do processo (trabalho c/ PB
Gestão estratégica conhecer em função do domínio escolhido;
em cada
da informação Identificação e definição dos Instrumentos de escola/agrupamento)
recolhida e recolhas de evidências adequados e extrair deles
transposição para
as informações mais pertinentes (evidências) que
o processo de
planeamento e de melhor exemplificam o tipo de acção e os
gestão resultados da BE em relação a indicadores
específicos ou conjunto de indicadores
Identificação/Definição das Amostra ‐ critérios
para amostragem: recomenda‐se uma aplicação a
20% do total de professores e 10% de alunos dos
diferentes níveis de escolaridade.

Apoio aos PB para a apresentação do modelo em Documento de trabalho:


Concelho Pedagógico.
“Como envolver?”

Acções Calendarização Instrumentos de


apoio

Acompanhamento individual aos PB em cada agrupamento/escola

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Gestão de evidências Alertar para:


O Modelo assenta na teoria da recolha Recolha de evidências tendo em conta o pré‐
de evidências (Evidence-based practice), estabelecido e em estreita articulação com a equipa
pelo que devem ser identificadas as responsável pela sua execução
evidências significativas, articulando
Monitorização integrada participada do processo;
Gestão estratégica da elementos quantitativos e facilmente
informação recolhida identificáveis (documentos, horário, Recolha e tratamento de informação, tendo em conta Outubro
e transposição para o estatísticas, registos de actividades, os instrumentos usados que orientam quer para uma
processo de balanços, aquisições, etc.) e qualitativos avaliação quantitativa, quer qualitativa; (trabalho c/ PB
planeamento e de em cada
(informação específica sobre o que os Análise dos dados e aconselhável cruzamento dos escola/agrupamento)
gestão outros pensam, o impacto da Biblioteca mesmos com vista à identificação da situação
Escolar no desenvolvimento das (evidências);
competências, a qualidade do trabalho
realizado). Identificação dos pontos fortes e fracos;
Identificação e priorização de acções de melhoria;
Redacção e divulgação do relatório de autoavaliação
final

A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos positivos que devemos realçar e fazer sobressair comunicando os resultados, ou aspectos
menos positivos que nos podem obrigar a repensar formas de gestão e maneiras de funcionamento. [ in Modelo pag.3]

Acções Calendarização Instrumentos de apoio

2.ª Reunião Interconcelhia de PB

Gestão da informação Como elaborar o relatório?


recolhida 1 - Estrutura do relatório: encontra-se dividida em 3 secções
[secção A, B e C]

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Secção A
Resultados da autoavaliação do domínio que, no âmbito
da aplicação do Modelo de Autoavaliação, foi escolhido
na escola no presente ano lectivo considerado; Março/Abril
Documento de trabalho 3
Após a redacção da 1ª tabela da secção A, e tendo percorrido
todos os passos inerentes para o efeito, deverão centrar a
vossa atenção no quadro síntese. Não basta avaliar os frutos
“Passos para elaborar o
do trabalho realizado, há que Identificar objectivamente o
relatório”
nível obtido no Perfil de Desempenho.
Secção B
Destina‐se a apresentar informação acerca do perfil de
desempenho da BE nos domínios que, não sendo objecto
de avaliação nesse ano lectivo, testemunham o seu
desempenho nas diferentes áreas de funcionamento da BE
Secção C
Visa um resumo que forneça uma visão global, recorrendo
a um quadro síntese dos resultados obtidos e das acções a
implementar.
A selecção, em cada ano, de um ou mais domínios para ser objecto de avaliação representará um investimento mais significativo nesse ou nesses domínios, no sentido de procurar aferir, de
forma sistemática e objectiva, os resultados efectivos do trabalho desenvolvido nessa(s) área(s). O trabalho e a acção educativa da BE efectivam-se, no entanto, em cada ano, através dos quatro
domínios representativos das áreas essenciais inerentes ao cumprimento dos pressupostos e objectivos que suportam a sua acção. A opção pela avaliação de um dos domínios não pode
significar, por isso, o abandono dos restantes domínios. [In modelo de Auto-Avaliação pag.5]

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Acções Calendarização Instrumentos de apoio

Comunicação dos Elaborar um conjunto de considerações a divulgar pelos PB. Exemplos: Documento de trabalho
resultados e
integração na escola. Maio “ Considerações….”
1 - Elaboração do Relatório Anual da Biblioteca Escolar, a utilizar internamente e integrado em
simultâneo no processo de avaliação externa da escola.
2 - Deve ser discutido e aprovado em Conselho Pedagógico
3 - Plano de melhoria deve ser analisado e participado por todos
Modelos de
avaliação/processos
4 - Disponibilização do Relatório Final de Avaliação da BE (versão integral e a
em interacção e de
síntese/conclusões e plano de melhoria) em formato digital no portal da escola
intersecção
5- Correlacionar os níveis de avaliação dos alunos com as práticas de trabalho colaborativo dos
necessária
diferentes
Mais- valia é a
6- Departamentos: promover o benchmarking interno e externo
melhoria
7- Afixar os resultados da auto-avaliação junto das pautas dos resultados escolares dos alunos
organizacional
8- Marketing junto dos encarregados de educação.

Eisenberg & Miller (2002) alertam-nos para a importância de um trabalho de publicitação que o professor-bibliotecário deve desenvolver no sentido de valorizar as
práticas da BE e o seu papel determinante no sucesso educativo. Apresentam-nos várias práticas que podem passar por memorandos, que informarão e esclarecerão os
responsáveis dos órgãos directivos sobre o importante trabalho que está a ser desenvolvido, a publicação destas práticas utilizando as novas tecnologias da informação, a criação
de grupos de discussão e apoio, o encontro regular com alunos, pais, direcção executiva, e outros.

Bibliografia

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Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”, School Library Journal. 9/1/2002
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html>
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto‐Avaliação. http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_avaliacao.pdf
Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media Program”,
McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-evaluation. Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponível na plataforma)

Principal. Jan/Feb 2005 <http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-media-program-1.html>


Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf>
Texto da sessão, disponibilizado na plataforma.

Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence‐based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
http://www.eric.ed.gov/ERICWebPortal/custom/portlets/recordDetails/detailmini.jsp?
_nfpb=true&_&ERICExtSearch_SearchValue_0=ED472883&ERICExtSearch_SearchType_0=no&accno=ED472883>

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