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Duchamp argumenta que a arte é criada pelo artista, mas só é legitimada como arte quando recebe aprovação do público ao longo do tempo. Ele define um "coeficiente artístico" como a relação entre o que o artista quer expressar e o que ele expressa sem intenção, que influencia a reação do público. A posteridade, não o artista, tem o poder de julgar se uma obra se tornará arte reconhecida historicamente com base nos padrões artísticos que mudam ao longo do tempo.
Duchamp argumenta que a arte é criada pelo artista, mas só é legitimada como arte quando recebe aprovação do público ao longo do tempo. Ele define um "coeficiente artístico" como a relação entre o que o artista quer expressar e o que ele expressa sem intenção, que influencia a reação do público. A posteridade, não o artista, tem o poder de julgar se uma obra se tornará arte reconhecida historicamente com base nos padrões artísticos que mudam ao longo do tempo.
Duchamp argumenta que a arte é criada pelo artista, mas só é legitimada como arte quando recebe aprovação do público ao longo do tempo. Ele define um "coeficiente artístico" como a relação entre o que o artista quer expressar e o que ele expressa sem intenção, que influencia a reação do público. A posteridade, não o artista, tem o poder de julgar se uma obra se tornará arte reconhecida historicamente com base nos padrões artísticos que mudam ao longo do tempo.
Marcel Duchamp divide a criao artstica em dois plos: artista e pblico. O artista, independentemente ao pblico, tem o direito irrepreensvel da execuo artstica. Tem tambm o direito de se autroproclamar um gnio. Sim, milhes de artistas criam muito embora suas obras no se legitimem enquanto arte. O que promove, ento, uma obra condio legtima de arte? A posteridade. A posteridade est alm de ser o pblico ao longo dos anos: uma instituio condenada a julgar a vida de uma obra, ou seja, sua transcendncia no tempo faz parte disso a Histria da Arte. , portanto, todo o sistema de foras, positivas ou negativas, envolvido com o universo artstico, que possui a legitimidade de promover ou no a arte, e, por conseguinte, de coloc-la no tempo. Mas, se o artista, como ser humano, repleto das melhores intenes para consigo mesmo e para com o mundo inteiro, no desempenha papel algum no julgamento do prprio trabalho, como poder ser descrito o fenmeno que conduz o pblico a reagir criticamente obra de arte? Em outras palavras, como se processa esta reao? prpria pergunta Duchamp responde que este fenmeno comparvel a uma transferncia do artista para o pblico. Funciona assim: o artista cria e executa a obra sob um enxame de motivaes, recusas e decises, sem necessariamente estar consciente disso, para ento transfer-la ao pblico. Se a arte boa, ruim ou indiferente, no importa, arte. Arte em estado bruto ltat brut. Em seguida, a reao do pblico est intrinsecamente ligada ao que o artista quis dizer e o que ele disse sem inteno. Percebe-se ento que neste ato criador h um elo faltante, uma falha de comunicao. A essa varivel Duchamp chamou de coeficiente artstico: como uma relao aritmtica entre o que permanece inexpresso embora intencionado, e o que expresso no-intencionalmente. Depois disso, Duchamp relembra que artistas antes esquecidos foram reabilitados na Histria pela posteridade, pois os seus coeficientes artsticos pessoais no haviam sido ainda mensurados aps mudanas nos parmetros do sistema artstico, responsvel pela legitimao da arte enquanto tal. Isso significa que embora o ndice do coeficiente artstico seja um indcio, um indicativo, ele no tem influncia alguma sobre o veredicto do sistema. Em resumo, arte no se explica. Arte . E arte , em primeiro momento, motivada por um contexto, circunstncia ou situao, e em segundo, motivadora de uma reao. Da em diante, os argumentos para se designar a arte provm de uma natureza infinita, uma vez que esto contidos num complexo sistema que no tem medo do desconhecido.