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1) O documento discute diferentes abordagens para a história da filosofia, incluindo enfoques expositivos que comparam doutrinas e enfoques que buscam conexões internas entre elas.
2) A abordagem de Hegel via a história da filosofia como um desenvolvimento dialético interno, porém essa visão é criticada por não se aplicar bem a dimensões históricas sem um fim definido.
3) Ao mesmo tempo, Leopold von Ranke defendia que o papel do historiador é reconstituir os fatos exat
Originalbeschreibung:
Resumo da primeira aula do curso História essencial da Filosofia
1) O documento discute diferentes abordagens para a história da filosofia, incluindo enfoques expositivos que comparam doutrinas e enfoques que buscam conexões internas entre elas.
2) A abordagem de Hegel via a história da filosofia como um desenvolvimento dialético interno, porém essa visão é criticada por não se aplicar bem a dimensões históricas sem um fim definido.
3) Ao mesmo tempo, Leopold von Ranke defendia que o papel do historiador é reconstituir os fatos exat
1) O documento discute diferentes abordagens para a história da filosofia, incluindo enfoques expositivos que comparam doutrinas e enfoques que buscam conexões internas entre elas.
2) A abordagem de Hegel via a história da filosofia como um desenvolvimento dialético interno, porém essa visão é criticada por não se aplicar bem a dimensões históricas sem um fim definido.
3) Ao mesmo tempo, Leopold von Ranke defendia que o papel do historiador é reconstituir os fatos exat
O ttulo da aula enuncia o problema; temos os termos "histria" e "essncia". Essncia aquilo que uma coisa conforme sua constituio ntima, considerada desde o ponto de vista lgico e independentemente das transformaes temporais que lhe possam sobrevir e at de sua existncia mesma. O ponto de vista da essncia supratemporal, suprahistrico. A palavra histria significa vrias coisas: designa a sucesso temporal dos acontecimentos, materialmente; designa a cincia que estuda esta sucesso; designa a prpria dimenso temporal da vida humana; designa as obras, os livros escritos com a narrativa dos acontecimentos histricos . -> Em todas esses significados est subentendida a sucesso, que algo sucede no temp o. O suceder o mudar, o aparecimento de coisas que no existiam. a mudana, estranha essncia. O ttulo Histria essencial d a ida da tenso entre estes dois polos: o que permanece e o que muda. uma tenso insolvel; uma das quais define polarmente a existncia human a. -X- A histria da Filosofia foi, at agora, tratada de uma quantidade de formas especfica s. 1-(Histrias expositivas) A forma aristotlica: Aristteles inaugurou a HF, pois fazia a resenha histrica dos problemas filosficos de ento, antes de oferecer ele mesmo a sua soluo. Ele justa punha as variadas doutrinas como se contemporneas fossem, cotejando-as, armandos-as em uma discusso. 2 - No sculo XVII-XVIII, surgem algumas resenhas narrativas que expunham vrias dout rinas filosficas, colocando-as mais ou menos no mesmo plano. apenas uma coleo de doutrina s. No esto coeridas entre si por nenhum lao temporal, mas apenas por seus ecnontros e desencontros lgicos(acordos ou desacordos). medida que se produzem obras desse tipo(expositivas), surge a idia de que essas d outrinas surgem umas de dentro das outras, como se houvesse uma ligao interna entre as doutrinas. medida que essas conexes so percebidas, forma-se com mais clareza noao de escolas e tradies . A verificao da existncia dessas conexes faz surgir, tambm, a idia de que o saber filosf ico se desenvolve de maneira unitria; surge a idia da HF como uma disciplina filosfica ela prpria. O nome HF passa a designar o desenvolvimento temporal dialtico interno da Filosof ia e, por otro lado, o estudo reflexivo e a interpretao global que se faz desse movimento temporal toma do como um conjunto. O MODELO desse tipo de HF o de Hegel. Hegel entendia que o contedo da Filosofia era a prpria HF. O des temporal da HF er a uma dialtica interna pelo qual esta dimenso filosfica viria se revelando por si prpria no tempo, como um a espcie de tomada de conscincia do esprito por si mesmo. A HF passa, ento, a ser a manifestao externa d e um fenmeno de ordem interna ou espiritual. "A srie de produtos objetivados(doutrinas, obras etc) se exteriorizam ao longo do tempo como manifestaes de um fenmeno nico, que a unidade do esprito humano. Os filsofos individuais so a voz da Razo agind o no tempo." A filosofia de Hegel se apresenta como uma espcie de concluso do movimento global da HF at aquele ponto. A objeo que se pode apresentar ao modelo hegeliano de Hf que a idia de desenvolvime nto temporal unitrio s se aplica a seres que tem existncia contnua, do ponto de vista orgnico. Ex: um ani mal. Quando se fala de fenmenos da natureza existe uma continuidade bvia na histria dess es organismos tomados como uma individualidade. A captao dessa unidade, porque a existncia dos seres orgnicos limitada no tempo. Como existe um trmino definido na exisT~encia desses seres, podemos raciocinar so bre eles baseados na ideia de comeo, meio e fim. Porm, quando o assunto dimenso histrica, o processo no tem um trmino temporal definid o. Logo, a idia de contemplar o movimento temporal das idias filosficas como um movime nto nico - embora no seja de todo m, utpica. -x- Aqui apresenta-se mais uma tenso: embora a realidade seja uma pluridade catica de acontecimentos, a mente humana avessa ao caos e, para que seja possvel uma histria da filosofia, uma histria de uma mesma coisa, nec essrio tentar captar nesse caos algum perfil, algo que se repete em cada tentativa de desenvolvimento de doutrina ou pensament o filosfico. -X- Ao mesmo tempo em que Hegel tentava reconstituir o arco que a HF havia percorrid o at seu tempo, constituia-se a Histria como cincia propriamente dita, com Leopold von Ranken. Ranken era antagonista de Hegel, no sentido de que achava que o papel do histori ador no era obter nenhuma interpretao de conjunto, nem produzir uma narrativa unitria, mas simplesmente reconstituir, a partir de do cumentos, relatos etc o que aconteceu exatamente como aconteceu. A funo da histria contar os fatos como eles realmente aconteceram, com o mximo de ri gor cientfico possvel.