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A Escola Clássica da Administração surgiu na França com Henry Fayol, que desenvolveu 14 princípios gerais de administração para maximizar a eficiência organizacional. Fayol definou as funções básicas da empresa e enfatizou a importância da estrutura hierárquica e da autoridade centralizada. Apesar de críticas sobre a ênfase excessiva na estrutura, os conceitos de Fayol permanecem influentes até hoje.
A Escola Clássica da Administração surgiu na França com Henry Fayol, que desenvolveu 14 princípios gerais de administração para maximizar a eficiência organizacional. Fayol definou as funções básicas da empresa e enfatizou a importância da estrutura hierárquica e da autoridade centralizada. Apesar de críticas sobre a ênfase excessiva na estrutura, os conceitos de Fayol permanecem influentes até hoje.
A Escola Clássica da Administração surgiu na França com Henry Fayol, que desenvolveu 14 princípios gerais de administração para maximizar a eficiência organizacional. Fayol definou as funções básicas da empresa e enfatizou a importância da estrutura hierárquica e da autoridade centralizada. Apesar de críticas sobre a ênfase excessiva na estrutura, os conceitos de Fayol permanecem influentes até hoje.
Com a Revoluo Industrial surgiu o crescimento acelerado e desorganizado das
empresas, juntamente com a necessidade de se aumentar a eficincia e competncia das organizaes objetivando o melhor aproveitamento dos recursos como a mo de obra, o que ajudaria a enfrentar a concorrncia, evitar desperdcios entre outros. Por volta de 1916 surgiu, nos Estado Unidos, desenvolvida por Frederick Taylor, a Teoria da Administrao Cientfica que possua como base o enfoque nas tarefas, no trabalho humano e na produtividade pela eficincia operacional, tendo uma organizao estruturada em uma anlise de baixo pra cima, ou seja, do operariado para os supervisores e gerente, coexistente a ela, surgiu tambm, na Frana o movimento conhecido como a Teoria Clssica da Administrao, que logo se espalhou pela Europa. A Teoria Clssica da Administrao, encabeada por Henry Fayol, tinha como enfoque a estrutura da organizao e como preocupao bsica aumentar a eficincia da empresa por meio da forma e disposio dos rgos competentes da organizao e das suas inter-relaes estruturais. Partindo da anlise do todo organizacional, a Escola Clssica busca a eficincia, a partir da otimizao da estrutura da organizao, que levaria naturalmente mxima eficcia de cada uma das suas partes. Apesar de enfoque opostos, as teorias desenvolvidas por Taylor e Fayol tinham algo em comum, ambas foram criadas para maximizar a eficincia da organizao que se tornava questo de sobrevivncia medida que as empresas se expandiam. Desde cedo Fayol estudou como organizar o quadro de pessoal, buscando definir as responsabilidades em todos os nveis organizacionais, desde a sua cpula administrativa, buscando separar os conhecimentos tecnolgicos das habilidades administrativas. Preocupou-se muito com a funo administrativa da direo, pois acreditava que a habilidade administrativa era a mais importante que se requeria da direo da empresa. Segundo Fayol: Um lder que seja um bom administrador, mas tecnicamente medocre, , geralmente, muito mais til empresa do que se ele fosse um tcnico brilhante, porm um administrador medocre. Fayol concluiu que possvel ensinar a administrao. Em 1908 publicou sua obra Os Princpios da Administrao, na qual listou 14 princpios e definiram os cinco elementos primrios do processo administrativo, usados at hoje: planejamento, organizao, direo, coordenao e controle. Princpios Gerais de Administrao de Fayol 1. Diviso de trabalho: a designao de tarefas especficas para cada indivduo, resultando na especializao das funes e separao dos poderes. Especializao dos funcionrios desde o topo da hierarquia at os operrios da fbrica, assim, favorecendo a eficincia da produo aumentando a produtividade. 2. Autoridade e responsabilidade: Autoridade todo direito dos superiores darem ordens (mandar) que teoricamente sero obedecidas (fazer obedecer). Responsabilidade a contrapartida da autoridade, a sano (recompensa ou penalidade) que acompanha o exerccio do poder. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obedincia, chegando a um bom equilbrio entre autoridade e responsabilidade. 3. Disciplina: o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes. Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho vlidas para todos os funcionrios. A ausncia de disciplina gera o caos na organizao. 4. Unidade de comando: cada indivduo ter apenas um superior. Um funcionrio deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. 5. Unidade de direo: um s chefe e um s programa para um conjunto de operaes que visam ao mesmo objetivo. O controle nico possibilitado com a aplicao de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 6. Subordinao de interesses individuais aos interesses grupais: subordinao do interesse individual ao interesse geral. Os interesses gerais da organizao devem prevalecer sobre os interesses individuais. 7. Remunerao do pessoal: de forma equitativa e com base tanto em fatos externos quanto internos. Deve ser suficiente para garantir a satisfao dos funcionrios e da prpria organizao. 8. Centralizao: o equilbrio entre a concentrao de poderes de deciso no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos subordinados. As atividades vitais da organizao e sua autoridade devem ser centralizadas. - Defesa incondicional da estrutura hierrquica, respeitando risca uma linha de autoridade fixa. 9. Cadeia de comando (linha de autoridade): ou hierarquia, a srie dos chefes desde o primeiro at o ultimo escalo, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relaes diretas (a ponte de Fayol). 10. Ordem: Deve ser mantida em toda organizao, preservando um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. 11. Equidade: o tratamento das pessoas com benevolncia e justia, no excluindo a energia e o rigor quando necessrio. A justia deve prevalecer em toda organizao, justificando a lealdade e a devoo de cada funcionrio empresa. Direitos iguais. 12. Estabilidade e durao (em um cargo) do pessoal: Estabilidade do pessoal, a manuteno das equipes como forma de promover seu desenvolvimento. Uma rotatividade alta tem consequncias negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionrios. 13. Iniciativa: Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e atividade dos agentes. 14. Esprito de equipe: O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicao dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter conscincia de classe, para que defendam seus propsitos.
Como se v, sua nfase est na estrutura organizacional, pela viso do homem econmico e pela busca da mxima eficincia. caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas da organizao (operacionais e gerenciais), bem como na direo de aplicao do topo para baixo (da gerncia para a produo). O modo como Fayol entendia a organizao da empresa fez com que a teoria clssica recebesse tambm a denominao de Abordagem Anatmica e Estrutural. Fayol tornou-se heri por ter recuperado uma problemtica mineradora e t-la transformado em um dos negcios mais bem-sucedidos da Frana. Passou sua vida profissional como diretor da companhia Commentry-Fourchambeau-Decazeville. Porm, s foi conhecido fora da Frana 25 anos aps sua morte, quando sua obra mais importante, Administrao Industrial e Geral (1916) foi traduzido para o ingls. As Funes Bsicas da Empresa Como a Teoria Clssica da Administrao de Fayol enfatiza a estrutura da organizao, fez-se necessrio ao terico distinguir as funes essenciais de uma empresaria. So elas: Tcnicas: relacionadas com a produo de bens ou de servios da empresa. Funo relacionada com a produo (atividade fim). Fayol no considerava esta como uma funo bsica. Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca de matria-prima e produtos. Financeiras: relacionadas com a captao e a gerncia de capitais. Segurana: relacionadas com a proteo e preservao dos bens e das pessoas de problemas, como roubo, inundaes e obstculos de ordem social, como greves e atentados. Contbeis: relacionadas com inventrios, registros, balanos, custos e estatsticas. Administrativas: relacionadas com a integrao das outras cinco funes. As funes administrativas coordenam as demais funes da empresa.
Partindo dessas funes, Fayol procurou estabelecer a importncia relativa dessas diversas funes/capacidades em cada nvel da empresa (diretor, chefe de servio tcnico, chefe de diviso, chefe de oficina, contramestre e operrio). Ele sugeriu tabelas de avaliao que, embora elaboradas sem rigor estatstico, apresentam uma proposio muito til ainda hoje: A capacidade tcnica a principal capacidade dos chefes inferiores da grande empresa e dos chefes da pequena empresa industrial; a capacidade administrativa a principal capacidade dos grandes chefes. A capacidade tcnica domina a base da escala hierrquica, a capacidade administrativa, o topo. Quanto funo administrativa: nenhuma das outras cinco funes tem o encargo de formular o programa de ao geral da empresa, constituir seu corpo social, coordenar os esforos e harmonizar os atos. Essas atribuies constituem uma funo designada, habitualmente, pelo nome de Administrao. Crticas a Fayol Pouca originalidade dos princpios gerais da Administrao. Concepo da organizao com nfase exagerada na estrutura. Insistncia na utilizao da unidade de comando. Centralizao da autoridade, denotando a influncia das antigas concepes militares e eclesisticas. Obsesso pelo comando, tendo como tica a viso da empresa a partir da gerncia administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em funo disso, visto como obcecado pelo comando. A empresa como sistema fechado: a partir do momento em que o planejamento definido como sendo a pedra angular da gesto empresarial, difcil imaginar que a organizao seja vista como uma parte isolada do ambiente. Manipulao dos trabalhadores: bem como a Administrao Cientfica fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princpios que buscavam explorar os trabalhadores. A inexistncia de fundamentao cientfica das concepes: No existe fundamentao experimental dos mtodos e tcnicas estudados por Fayol. Os princpios que este apresenta carecem de uma efetiva investigao, no resistindo ao teste de aplicao prtica. Ausncia de trabalhos experimentais: a teoria clssica est fundamentada na observao e no senso comum. Abordagem simplificada da organizao formal: no leva em conta os aspectos da dinmica organizacional e ambiental. A abordagem anatmica est centrada na estrutura. Abordagem tpica da teoria da mquina: a organizao era vista como um sistema mecnico e o modelo administrativo era fracionado. A organizao vista como um sistema fechado sem interfaces com ambiente externo direto e indireto. Sntese: A Abordagem Clssica A abordagem Clssica da Administrao tem origem no ambiente econmico da poca da 2 Revoluo Industrial, a partir de meados do sculo XIX. O crescimento acelerado e desorganizado das empresas, caracterstica desse perodo, veio a exigir abordagens estruturadas das questes de administrao. Tornava-se imperativo aumentar a eficincia e a competncia das organizaes, no sentido de obter-se o melhor rendimento possvel dos seus recursos e fazer face concorrncia e competio que se avolumavam entre as empresas. O panorama industrial, no incio deste sculo, tinha todas as caractersticas e elementos para poder inspirar uma Cincia da Administrao: variedade de empresas, tamanhos diferenciados, problemas de baixo rendimento da maquinaria utilizada, etc. As solues basearam-se, normalmente, no princpio de especializao e diviso de trabalho, particularmente entre as funes de planejamento e as operacionais, com grande valorizao daquelas. As teorias propostas por Taylor e Fayol deram nfase organizao formal e racionalizao dos mtodos de trabalho. A organizao cientifica do trabalho trouxe uma abordagem rgida, que considera o homem quase um acessrio da mquina. Na organizao fayolista, o ser humano um elemento da estrutura. A aplicao combinada dos conceitos de ambas levou a indstria a novos nveis de eficincia, porm viria a mostrar-se incapaz de resolver todas as questes organizacionais. Mesmo assim, a contribuio de Fayol foi imensa e poderia talvez ser resumida neste pargrafo: At agora, o empirismo tem reinado na administrao dos negcios. Cada chefe dirigia sua maneira, sem se preocupar em saber se h leis que regem a matria. necessrio introduzir o mtodo experimental, como Claude Bernard introduziu na Medicina. Isto , observar, recolher, classificar e interpretar os fatos. Instituir experincias. Impor regras. Referncias BERNARDES. C. Teoria Geral da Administrao. So Paulo: Atlas, 1997. CHIAVENATO, Idalberto. Administrao: Teoria, Processo e Prtica. So Paulo: McGraw Hill, 1987. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administrao: Abordagens Prescritivas e Normativas da Administrao. So Paulo: Makron Books, 1997. MOTA, Fernando C. Prestes & VASCONCELLOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administrao. So Paulo: Thomson, 2002. Video https://www.youtube.com/watch?v=3WSIMd0jXnc Escola Clssica da Administrao https://www.youtube.com/watch?v=eWsJgMF4Kuc Fayol https://www.youtube.com/watch?v=WQWrItnxHAQ Teoria Cientfica X Teoria Clssica
Racionalidade e Projeto Político-pedagógico: um olhar a partir do Currículo e do relato das Práticas Docentes de professores do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Ceará