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Sessão 3 - tarefa 2 – 1ª parte 200

Para esta 3.ª Sessão de Trabalho cujos objectivos são entender as


ligações do processo de auto-avaliação à escola, perspectivar a gestão da
informação e o processo de comunicação com a escola/agrupamento e perceber
o papel e a necessidade de liderança por parte do professor coordenador e após
leitura e análise de todos os documentos de consulta, optei pela Tarefa 2 que
pretende demonstrar que a integração do processo de auto-avaliação no contexto da
escola é crucial. Que a ausência de práticas de avaliação e também de uso
estratégico da informação recolhida no processo de planificação e de melhoria tem
estado igualmente ausente das práticas de muitas bibliotecas. E que integrar o
processo de auto-avaliação no processo de avaliação interna e externa da escola
requer, também, envolvimento e compromisso da escola/órgão de gestão e uma
liderança forte da parte do coordenador.

Este trabalho será desenvolvido em três fases:

I – Considerações Gerais

II – Realidade da Escola onde Sou BE

III – Plano de Acção

I – Considerações Gerais

Se hoje a ligação entre a BE, a Escola e o Sucesso Educativo è um facto


assumido por diversas organizações e associações que definem de facto a BE como
núcleo de trabalho/aprendizagem ao serviço da escola parece-me também obvio (após
leitura de alguns textos indicados) que nem sempre foi assim e que este
reconhecimento foi um processo longo e moroso!

McNicol; SaraH (2004) já referia a necessidade de “incorporating library


provision in school self-evaluation”. De facto se muitas escolas já tinham aderido a um
processo de auto-avaliação, a BE não fazia parte do mesmo pois tradicionalmente a
BE era avaliada em termos de “menagement”, o impacto que tinha no processo de
ensino/apreendizagem raramente era referido. A auto- avaliação permitia as escolas
identificar “strengths” e “weaknesses” mas não acontecia o mesmo com a BE. Era
necessário criar essa avaliação da BE em áreas/domínios bem específicos e
desenvolver um modelo de AA para as BEs centrado nos “outcomes” (resultados) de

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uma BE com função centrada no ensino/aprendizagem. Também não havia um modo
eficaz de evidenciar o contributo válido da BE e era de facto uma necessidade a BE
conseguir demonstrar o contributo dos seus recursos/serviços para o projecto
curricular da escola e a todos os envolvidos no processo de ensino. A BE ia ao
encontro de objectivos/estratégias como “supporting subject studies”, “reading for
pleasure”, “independent learning” e “inclusion” por isso a pertinência da sua avaliação
e a importância da sua ligação directa aos projectos curriculares das escolas.

Ericson (1992) aponta várias razões do porquê da importância da AA. “He outlined a
number of reasons why self-evaluation was important: Self-awareness: 'the desirability
that a school should know and understand itself through reflection and thus be in a
better position to prioritise its requirements and direct its energies towards desired
goals'. All that needs to be evaluated in schools cannot be achieved through external
evaluators alone. Schools need to be accountable and to demonstrate that they are
doing a professional job and continually improving. Evaluation should be 'an obvious
and integral' part of school improvement. Evaluation allows individuals to learn about
their own practice and to gain greater understanding to the evaluation process in
general. (Ericson, 1992, pp. 107-108)
Toda uma evolução nas escolas, no sistema de avaliação, bem como na própria
educação, levou a necessidade cada vez mais crescente da AA.
« The importance of, and approach to, school evaluation in England has changed
somewhat over the last two decades. According to Norris (1990), changes in power
and control within the education system in the 1980s meant a shift from evaluation for
and by the teacher to evaluation on or of the teacher. At the same time, there was a
change of emphasis from formative to summative evaluation; in addition, the audience
for evaluation came increasingly to be seen as the executive decision-makers rather
than classroom-based teachers. This trend continued and Rudd and Davies have
argued that by the mid 1990s when Ofsted began to carry out school visits, 'external
inspection was seen as the main driving force in terms of the evaluation of school and
pupil performance' (Rudd & Davies, 2000). However, more recently, there have been
moves towards greater self-evaluation and by 1999, Saunders had identified an
observable change as 'schools' own capacity and responsibility for reflection and
evaluation' had moved to the forefront of policy (Saunders, 1999, p. 414). As
MacBeath et al. (2000) have pointed out, self-evaluation has a different rationale to
external evaluation as its primary impulse is development rather than accountability. It
is a mechanism through which schools can be empowered and can monitor their own
progress. Stenhouse has argued: External and internal evaluators are equally

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important: the former provide expertise and objectivity, and the latter familiarity and
understanding. The two roles are distinct yet complementary and both are necessary
for effective evaluation. (Stenhouse, 1975, p. 83).
Só que nem todos os modelos de AA implementados nas escolas foram
considerados positivos pelas próprias escolas e por isso mesmo se umas recorreram a
esses modelos considerando-os proveitosos (pois podiam melhorar através dele),
outras fugiam dele ou consideravam-no uma sobrecarga de trabalho.
Embora “The school that knows and understands itself is well on its way to solving any
problems it has … self-evaluation is the key to improvement »(Ofsted, 1999) e « The
development of robust, objective self-evaluation is central to the progress and
improvement of schools » (Ofsted, 2002b), obviamente que a resistência a mudança
tipicamente característica do ser humano não facilitou de modo nenhum a descoberta
e implementação de um sistema de “self-evaluation” nas escolas e o mesmo
aconteceu quando se verificou a necessidade de AA da BE como parte integrante do
projecto curricular da escola e do processo de ensino/aprendizagem. “As Williams et
al. (2002) found, traditionally, school libraries have been evaluated primarily in terms of
library management; the impact they have on teaching and learning has rarely been a
focus. This project aimed to go some way towards redressing the balance ».

Se a AA das escolas e a sua importância é de facto reconhecida actualmente,


a AA das BEs nas escolas é uma área muitas vezes negligenciada e quando acontecia
tinha mais a ver com os recursos e a sua utilização mais do que com o impacto da BE
no processo de ensino/aprendizagem. Ora isto é fundamental e deve fazer parte
integrante do processo de A da escola e por isso mesmo do currículo. Esta AA deve
fazer parte da vida normal da escola e envolver todos (gestão, alunos, professores,
pais….) deve identificar prioridades, monitorizar e avaliar resultados. O impacto da BE
em todo o processo de AA da escola deve ser real e por isso mesmo deve fazer parte
integrante da documentação da escola. Deve permitir detectar pontos fortes e pontos
fracos e estabelecer prioridades de actuação para um processo mais eficaz. Scott,
Elspeths refere que reflexão e avaliação são as chaves para comprovar a importância
da BE como recurso. Segundo ele a ideia de medir o sucesso pode inicialmente ser
mal interpretada e vista como uma perda de tempo mas toda a informação/evidencias
mostram o quanto positivo pode ser para a BE e a sua evolução e reforço do seu
papel na escola. Medir as “performances” da BE utilizando Indicadores ou
“Benchmarks” faz parte do processo. Assim é fácil identificar onde “improvements”
precisam “raise effectivness”, para desenvolver o recurso e justificar “bids” para esse

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desenvolvimento e “improvements”. Também a importância de ser objectivo dai o uso
das evidências. Também é proveitoso para envolver os utilizadores da BE.

É ponte assente que a maior dificuldade passou por convencer as escolas e


todos os envolvidos do papel fulcral/central da BE no processo de
ensino/aprendizagem e por isso mesmo no próprio projecto curricular da escola
(Saunders dizia que se corria o risco de perder coisas importantes). Os modelos
existentes provinham dos estados unidos e foram o ponto de partida para a
elaboração do modelo de AA. A Real diferença neste campo veio da Birmingham
Advisory and Support Service and Schools Library Service (2002) que evidenciaram o
impacto da BE na aprendizagem dos alunos considerando o quanto ela os podia
motivar, levar ao desenvolvimento de hábitos de leitura, apoiar a aprendizagem nos
temas do currículo e apoiar uma aprendizagem autónoma. Também foi importante o
contributo da Scottish School pois considerou pertinente avaliar os resultados do
processo de ensino/aprendizagem desenvolvendo indicadores (qualitativos e
quantitativos). Foi se verificando também neste novo contexto social a necessidade
cada vez maior de verificar “strengths” e “weaknesses” para melhor definir objectivos e
planear bem como rentabilizar o trabalho efectuado através da recolha de evidências
claras e adequadas. Sim de facto a BE é agora considerada como cada vez mais
fulcral para o ensino e ao serviço do currículo da própria escola não podemos
esquecer que seu papel é condicionado por uma série de factores inerentes à sua
estrutura interna, às suas condições físicas (equipa, recursos de informação a
oferecer…), sistema aberto à influência de outros sistemas por isso mesmo que 2
escolas tenham contextos situacionais idênticos e estejam integradas no mesmo
sistema educativo podem ter posições e resultados Diferentes quanto ao uso e
integração da BE. O currículo e a forma de organização, os valores, os modelos/as
práticas de transmissão e apropriação de conhecimentos são igualmente factores que
condicionam o sucesso da BE.

Por isso antes de mais para as relações entre a BE e a escola serem um sucesso e
não um fracasso temos de questionar qual o caminho a seguir. Essas relações têm de
ser a diferentes níveis podendo ser ameaças se as forem frágeis com uma cultura de
escola pouco integradora e pouco aberta a inovação e à mudança e com um PB sem
visão e capacidade de liderança; ou oportunidades se forem sólidas e fundadoras de
práticas de integração e trabalho comum. Um dos maiores desafios da BE e do PB é
saber gerir a MUDFANÇA (ter em conta os caminhos percorridos no âmbito
tecnológico e digital, na sociedade, na forma de acesso, produção, comunicação de

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informação, novas estruturas e espaços de aprendizagem, portabilidade e facilidade
de acesso a equipamentos/documentação online que vão reorientar as necessidades
dos utilizadores e as prioridades educativas!). Assim a BE enfrenta na sua relação
com a escola uma série de novos desafios que obrigam a uma redefinição de práticas
e a uma liderança e demonstração de valor para o processo de ensino/aprendizagem
da escola e práticas dos alunos/professores. Ou seja tudo isto é um desafio para o PB
(e a equipa) pois deve ir alem do modelo de BE centrado na oferta de um espaço com
equipamento onde se pode aceder a equipamentos e recursos de informação (não se
trata mais de ter somente uma excelente “oferta de serviços”) que implicavam excesso
e sobrecarga de trabalho mas passavam ao lado da agenda de prioridades e não
tinham qualquer integração nos objectivos programáticos e curriculares. Muito trabalho
inglório! Metáfora da Montanha de Doug Johnson que frisa a importância de focar as
energias! “[… ] too many media specialists create lovely programs that have very little
to do with what transpires in the rest of the school. While I’m sure their library skills and
activities do wonderful things for students, teachers and administrators are too often
unaware of them and see little impact on the school’s overall learning goals.
Classroom instruction is and will remain the primary focus of education, and unless we
have an impact on it, we will be seen as superfluous. Our media program goals must
be directly aligned to the instructional goals of the district, building, and classroom.
Sometimes I sense that we work very, very hard to climb one mountain only to find the
rest of the school on a completely different peak.”

Aqui entra o papel fundamental do PB que deve reorientar práticas e processos


para fugir ao disponibilizar serviços e deve agir mais conjuntamente com a escola
fugindo ao sistema de ensino expositivo da sala de aula. O PB deve ser um leader,
não pode ser “INVISÍVEL”, tem de ter uma acção integradora de objectivos e práticas
que se adaptem à mudança e ao link vital para sobrevivência/qualidade da BE (ligação
ao currículo e ao sucesso educativo dos alunos). Esta ligação implica que:

a) O Programa da Biblioteca Escolar passe a estar integrado nos planos


estratégicos e operacionais da escola e na visão e objectivos educativos da
escola. (exemplo a importância da presença da BE através da implicação
do PB nos Conselhos Pedagógicos e na revisão dos documentos de
escola Projectos Curriculares de Escola e Projectos Educativos de Escola
com a integração da BE em todos eles!)
b) O papel do professor bibliotecário transite de gestor da informação a
interventor no percurso formativo e curricular dos alunos e no desenvolvimento

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curricular em cooperação com os professores. Trabalhar e trabalhar com... no
desenvolvimento das diferentes literacias, nomeadamente para as literacias
digitais e para a Literacia da Informação, integrando e apoiando o
desenvolvimento curricular, colocam-no neste novo papel. (exemplo escolha
de livros para o PNL, reuniões com grupos disciplinares, pedidos de
sugestões transmissão de concursos existentes, orientação na escolha
de livro para leitura orientado ou autónoma adequado ao gosto e faixa
etária, solicitar presença de colegas para esclarecimento de dúvidas de
alunos, importância de formação continua em todas as áreas e domínios
fundamentais ao sucesso da BE).
c) Haja um reforço no conceito de cooperação, baseado na planificação e no
trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas. (exemplo
escolha de livros para o PNL, reunião com grupos disciplinares, pedidos
de sugestões, transmissão/colaboração em concursos existentes,
orientação na escolha de livro para leitura orientado ou autónoma
adequado ao gosto e faixa etária, solicitar presença de colegas para
esclarecimento de dúvidas de alunos, planeamento de aulas com acesso
aos vários recursos existentes….).
d) O professor coordenador tenha um papel activo no funcionamento e
no sucesso (resultados) da escola que serve. Acompanhar e verificar
resultados e comparar evolução positiva ou não para reajustar e melhorar
actuação num sistema de gestão de qualidade é feito em termo de
auditorias de acompanhamento de processos e gestores dos mesmos
neste caso será feito graças ao modelo de AA da BE! Importante ter
sempre presente 3 perguntas: How are we doing? How do we Know?
What are we going to do now?
e) O professor coordenador mantenha uma posição de inquirição
constante acerca das práticas de gestão que desenvolve e do impacto que
essas práticas têm na escola e no sucesso educativo dos alunos. Não ter
medo da Mudança, da opinião dos outros acerca do seu desempenho.
Evoluir/aprender com o erro, mudar….Por isso mesmo questionar e auto-
avaliar!

f) Saiba agir e ser líder, demonstrando o VALOR da BE através da


demonstração de evidências e da comunicação contínua com os diferentes actores e
stakeholders na escola. Através de resultados/evidências do modelo AA. *A
questão da liderança e do exercício de uma visão e gestão estratégica é determinante

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no desenvolvimento e no sucesso do processo de auto-avaliação. Como já referimos,
e reportando-nos de novo a Eisenberg e Miller (2002) significa:

- Ter atitude e capacidade de intervenção face aos problemas identificados.

- Reconhecer a oportunidade e ter sentido de agenda na abordagem dos problemas e


na apresentação de propostas e estratégias junto do órgão de gestão.

- Articular prioridades e objectivos com a escola os programas e projectos em


desenvolvimento.

- Desenvolver uma cultura de avaliação. Gerir as evidências recolhidas no sentido de


comunicar o valor da biblioteca escolar e corrigir os gaps identificados.

- Articular, colaborar e comunicar em permanência na escola e com outros


stakeholders.

Para o PB é importante também ter em conta os seguintes factores críticos de


sucesso:

- A existência de um professor coordenador, que Todd designa por learning specialist;

- Uma relação directa com a missão da escola e um trabalho contínuo com


professores e alunos, adequando o trabalho da BE aos objectivos educativos e ao
sucesso dos alunos; (enquadramento da BE no Projecto Curricular de escola)

- O desenvolvimento sistemático de formação e apoio individual ou em grupo no


âmbito das literacias críticas (professores e alunos);

- A disponibilização de uma colecção de Literatura rica e de programas de leitura que


contribuam para o enriquecimento pessoal e para o gosto pela leitura; (Aqui foi
obviamente fundamental da candidatura da escola a RBE, a sua aceitação como
escola da rede e o apoio da RBE no âmbito da aquisição de um fundo
documental assim como a adesão ao PNL para o segundo e terceiro Ciclos para
uma melhor rentabilização de recursos no caso da leitura orientada/autónoma!)

- O desenvolvimento de estratégias de cooperação com outras bibliotecas; (Não


sendo a escola uma escola agrupada foi fundamental a entrada na rede e o apoio
concelhio/biblioteca municipal do concelho!)

- Uma estrutura tecnológica integrada que suporta as actividades de ensino-


aprendizagem;

- Um papel de liderança;

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Volto a referir Todd Ross que reforça o trabalho e a liderança interventiva e actuante
do professor coordenador na formação para as Literacias e para a construção do
conhecimento. A liderança transformativa deve, segundo Todd, ser orientada pela
recolha de evidências – “evidence based practice”, já por nós referida. Dai o
fundamental da existência do Modelo de AA para verificar pontos fortes e fracos e
reprogramar! “The librarian who has done all this collecting, gathering and measuring
now has a huge amount of information available. But information is not the same as
knowledge; knowledge implies understanding. All this disparate information needs to
be synthesised to become knowledge about how successfully the LRC is fulfilling its
function. Scott (2002)

E a importância de ter em conta que existem diferentes níveis de trabalho e de gestão


relacionados com as evidências:

1 – A fase de recolha de evidências (Perceber as relações que se estabelecem, que


evidências recolher, que informação é mais pertinente e válida para o problema que foi
identificado).

2 – A fase de gestão e interpretação da informação recolhida. (A informação tal como


a recolhemos não passa em alguns casos de mera informação. Há que extrair
sentidos interpretando-a e estabelecendo ligações entre os dados. A interpretação e
transformação da informação em conhecimento permitirá ajuizar e retirar
consequências e linhas de orientação do processo).

3 – A fase de gestão dessas evidências ao nível da escola. (Os diferentes clusters a


quem direccionamos serviços constituirão diferentes targets com os quais devo
interagir de forma diferente).

A comunicação dos resultados da avaliação deve fazer uso dos diferentes canais de
comunicação da BE com o exterior.

O Relatório de auto-avaliação deve ser discutido e aprovado em Conselho


Pedagógico, bem como o plano de melhoria que vier a ser delineado.

A avaliação da BE deve estabelecer ligações com a avaliação da escola. Do relatório


de avaliação da BE deve transitar uma síntese que venha a integrar o relatório da
escola. A avaliação externa da escola pela Inspecção poderá, assim, avaliar o impacto
da BE na escola, mencionando-a no relatório final de avaliação da escola.

Todo o processo requer a ética que subjaz e preside a estes processos. O desvendar
da verdade deve ser isento, também na perspectiva que a viciação de dados inquinará
o processo, cuja mais-valia primeira é sempre a melhoria organizacional.

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II – Realidade da Escola onde Sou PB

Perante tudo isto e assimilada toda a informação presente nos vários


documentos consultados, confirma-se que, com a entrada de muitas escolas na RBE a
nível nacional, a ligação entre a BE, a Escola e o Sucesso Educativo è um facto
assumido ou pelo menos deve ser tido como tal! De facto a BE como núcleo de
trabalho/aprendizagem ao serviço da escola é um dado adquirido ou deve sê-lo!

Relativamente a minha escola, dado ser o primeiro ano de integração na RBE à


capacidade de resposta ao processo ainda está a ser testada e existem obviamente
factores inibidores.
A maior dificuldade passa, sem dúvida, por convencer a escola e todos os
envolvidos (órgãos de gestão, professores, alunos…) do papel fulcral/central da BE no
processo de ensino/aprendizagem e por isso mesmo no próprio projecto curricular da
escola. Visto que ninguém ainda, excepto eu PB, está consciente de uma nova etapa
da escola relativamente ao lugar ocupado pela BE, nem da chegada/relevância de um
novo Modelo de AA avaliação para a BE com diversos domínios, indicadores,
necessidade de evidências… que devem implicar uma série de mudanças e uma
reestruturação para uma integração total da BE como recurso e núcleo fulcral no
processo de ensino/aprendizagem e resultados dos alunos por isso mesmo no próprio
currículo da escola! Os elementos da comunidade educativa não têm consciência do
impacto da BE na aprendizagem dos alunos considerando o quanto ela os pode
motivar, levar ao desenvolvimento de hábitos de leitura, apoiar a aprendizagem nos
temas do currículo e apoiar uma aprendizagem autónoma. Mas para isso a escola e os
seus gestores devem acompanhar a mudança da própria sociedade ao nível
tecnológico e digital, na forma de acesso, produção, comunicação de informação,
novas estruturas e espaços de aprendizagem, portabilidade e facilidade de acesso a
equipamentos/documentação online que devem reorientar as necessidades dos
utilizadores e as prioridades educativas! Aqui reside o papel difícil de
leader/comunicador do PB que tem a função de levar os órgãos de gestão da escola
da importância de reajustar/alterar procedimentos, valorizar mais a BE com recurso
central da escola e por isso mesmo investir nela, tanto informaticamente (o existente
está muito aquém das perspectivas dos alunos utilizadores) como a nível documental
– pouca quantidade do fundo documental – computadores desactualizados e muito
lentos! Ainda quanto ao Fundo Documental, com a entrada na RBE, necessidade de
reorganização tendo em conta desajustes na classificação relativamente ao novo

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manual de procedimentos. Como PB devo reorientar práticas e processos para fugir
ao disponibilizar de serviços e devo agir mais conjuntamente com a escola fugindo ao
sistema de ensino expositivo da sala de aula. Devo ser um leader, não posso de todo
ser “INVISÍVEL”, tenho de ter uma acção integradora muitas vezes dificultada por
obstaculos e barreiras impostas pelo desconhecimento dos outros elementos que
tento envolver no processo!

III – Plano de Acção

Considerando que a BE se deve construir como o núcleo centralizador de toda


a organização pedagógica da escola e tendo em conta o que referi anteriormente
escolhi desenvolver um plano de acção direccionado para resolver os principais
obstáculos apontados. Assim sendo e tendo em conta que este processo de
integração na RBE é um processo a desenvolver em 4 anos, sabendo que todos os
domínios A, B, C e D deverão ser avaliados mas pensando na actual realidade e
obstáculos que enfrento na escola decidi fazer um plano de acção direccionado para o
domínio D - Gestão da Biblioteca Escolar (Articulação da BE com a Escola – não
agrupada; Acesso e serviços prestados pela BE; Condições humanas e
materiais para prestação dos serviços; Gestão da colecção/da informação) sendo
o domínio onde registo actualmente mais obstáculos (obviamente que o plano de
acção da BE deve evidenciar todos os domínios). O presente plano de acção irá
contemplar as áreas de intervenção, objectivos e actividades que visam optimizar os
serviços e recursos da BE.

Área de Intervenção 2009/ 2010/ 2011/ 2012/


2010 2011 2012 2013
• Manter o fundo documental x x X X
organizado

(Rever/corrigir os registos do livro de


Gestão da Gestão registo e do catálogo informatizado
BE documental PORBASE 5; reorganizar o fundo
documental, quando necessário; tratar o x x
fundo documental adquirido
melhorar/renovar o software e hardware
existentes na BE) x x
x x x x
• Automatização do catálogo a
100%. x x x x

(disponibilizar a consulta do catálogo


informatizado da Biblioteca)

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• Automatização do serviço de
empréstimo a 100%.
• Introdução do sistema de leitura de
código de barras. x x x x
• Elaboração da Política de
desenvolvimento da colecção.
x x x x
(avaliar o acervo; realizar o desbaste
periódico da colecção do fundo
documental; recolher pedidos e sugestões
de aquisição de documentos; seleccionar
novos recursos - material livro, não-livro,

websites -; renovar e actualizar a


colecção)

• Difundir recursos

(divulgar novas aquisições; manter o


boletim informativo da BE – Plataforma
Moodle – página da BE)

• Currículo - Apoiar as actividades


lectivas de ensino-aprendizagem

(fazer o levantamento das oportunidades


de colaboração dos professores com a
BE, de acordo com as planificações e

Currículos; desenvolver actividades em


articulação com as áreas curriculares não
disciplinares que permitam o
desenvolvimento

das competências das diversas literacias;


colaborar com as várias estruturas
pedagógicas da escola para articulação
de actividades; promover o trabalho
colaborativo de todos os docentes na
aquisição, construção de recursos,
formação de utilizadores, implementação
de actividades).

• Renovação da sinalética. x
• Melhorar as condições de x
instalação e equipamento
• Organizar os recursos humanos x x x x
Espaço e
equipamento (manter a equipa da BE e fomentar a
participação de professores

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colaboradores; promover a formação da
equipa e dos colaboradores -
autoformação, acções formais e formação
inter-pares)

• Integração da BE no Projecto x
Educativo.
Actualização de • Actualização do x
documentos Regulamento/regimento da BE e
proceder à sua inclusão no x
reguladores Regulamento Interno da escola. x
• Actualização do Manual de
Procedimentos.
• Criar instrumentos de recolha e x x x x
registo sistemático de dados para
avaliação da actividade da BE
(levantamentos estatísticos,
inquéritos, questionários)
• Elaborar o relatório anual de
actividades

Para finalizar esta tarefa reafirmo, já que do plano de acção constam um


relatório anual de actividades e instrumentos de recolha e registo sistemático de dados
para avaliação da actividade da BE, que “medir” o sucesso não é um fim em si mas
sim um meio (meio de combater obstáculos comprovando o papel importante da BE e
levando assim os outros a tomar consciência da sua importância apresentando-lhes
resultados como prova disso!). Como afirmou Scott, Elseth S. “Measuring sucesss is
not na end in itself; i tis a tod for improvement. It demonstrates the LRC´s contribution
to school learning and teaching and provides evidence to back up your concerns. It
gives your preposals and documentation greater authority and impresses senior
management self-evaluation is valuable. It may seem initially demanding, perhaps
even treatening, but it is also enlightening, invignorating and very potent catalyst for
change and development ».

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