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O documento discute a importância da ética nas organizações modernas. A ética é definida como um conjunto de princípios e valores que guiam as relações humanas e a conduta moral na sociedade. Embora muitas empresas divulguem códigos de ética, nem sempre os aplicam na prática. A ética corporativa promove valores como respeito, confiança e segurança, beneficiando a imagem e o comprometimento dos funcionários da empresa.
O documento discute a importância da ética nas organizações modernas. A ética é definida como um conjunto de princípios e valores que guiam as relações humanas e a conduta moral na sociedade. Embora muitas empresas divulguem códigos de ética, nem sempre os aplicam na prática. A ética corporativa promove valores como respeito, confiança e segurança, beneficiando a imagem e o comprometimento dos funcionários da empresa.
O documento discute a importância da ética nas organizações modernas. A ética é definida como um conjunto de princípios e valores que guiam as relações humanas e a conduta moral na sociedade. Embora muitas empresas divulguem códigos de ética, nem sempre os aplicam na prática. A ética corporativa promove valores como respeito, confiança e segurança, beneficiando a imagem e o comprometimento dos funcionários da empresa.
ntroduo 1. Definies Nas relaes empresariais atuais tem-se a identificao de que a tica pode ser considerada uma essncia de sucesso para as organizaes modernas. Esta essncia apresenta-se por meio das aes entre agentes empresariais, como por exemplo, clientes, fornecedores, concorrentes e entre os prprios colaboradores da empresa. O agir com tica, nesse contexto, significa agir de acordo com determinadas regras e preceitos. Porm verifica-se que muitas empresas divulgam regras, ou at mesmo cdigos de tica, mas no os cumprem. Com isso observa-se a dificuldade de se coordenar o discurso com a prtica diria. Mas como se podem disseminar tais valores e ao mesmo tempo obter sua aplicao? Como gerenciar os mais diversos interesses dos colaboradores levando-se em considerao a importncia da tica? Estas so algumas das questes que o artigo apresenta para reflexo a partir de exemplos prticos, incluindo a exibio dos conceitos envolvidos. A razo de ser da discusso dessas questes se deve ao fato de que as pessoas demonstram nveis mais elevados de comprometimento ao sentir que suas empresas trabalham com lisura e integridade. o chamado exemplo, o qual contribui para a disseminao destes valores dentro das organizaes. A discusso tica passa a ser mais abrangente a partir da compreenso conceitual envolvida. Pode-se dizer que a tica estuda uma forma de comportamento humano na qual os homens julgam valioso. Ela tambm a teoria ou cincia do comportamento moral dos homens em sociedade. A tica a cincia da Moral, isto , de uma esfera do comportamento humano. Etimologicamente, as duas palavras possuem origens distintas e significados idnticos. Moral vem do latim mores, que quer dizer costume, conduta, modo de agir, enquanto tica vem do grego ethos e, do mesmo modo, quer dizer costume, modo de agir. Essa identidade existente entre elas marca a tendncia de serem tratadas como a mesma coisa. Porm a Moral no pode ser considerada como cincia, mas sim como objeto dela e, dessa forma, por ela estudada e investigada. A tica tambm no Moral e, portanto, no pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescries; seu objetivo explicar a Moral efetiva e, neste sentido, pode influir na prpria Moral. Seu objeto de estudo constitudo por um tipo de atos humanos: os atos conscientes e voluntrios dos indivduos que afetam outros, incluindo determinados grupos sociais ou a sociedade como um todo. Para Gouva (2002:13), "se desobedecer aos preceitos e no conseguir seguir os padres de conduta, a pessoa vive na imoralidade. Se os preceitos e padres do grupo social a que a pessoa pertence tornam-se irrelevantes para ela, ento pode ser chamada de "amoral. Se tambm confundir a moral de sua cultura ou a de seu grupo social com tica, torna-se um moralista. O moralismo absolutizao e universalizao de sua prpria moral. Dessa maneira, tica e moral se relacionam como uma cincia especfica e seu objeto. A palavra moral vem do latim "mos ou "mores, "costume ou "costumes como dito anteriormente, no sentido de abordar o conjunto de normas e regras adquiridas por hbito. A Moral se refere, ento, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem. J a palavra tica vem do grego "ethos, significando "carter enquanto forma de vida, tambm adquirida ou conquistada pelo homem. Ao aproximar este conceito junto ao ambiente corporativo, tem-se que a tica pode representar a natureza das empresas, uma vez que estas so formadas por um conjunto de pessoas. A tica , portanto, um conjunto de princpios e valores que tm por objetivo guiar e orientar as relaes humanas. Entende-se, pois, que a tica est intimamente comprometida com alguns valores, tais como respeito, confiabilidade e segurana, fatores estes que constroem ou destroem a imagem das organizaes. Segundo Vasquez (1975:12) "a tica a cincia que estuda o comportamento moral dos homens na sociedade. Esta definio nos remete a duas questes importantes, segundo Passos (2004:23): "ao carter social da moral e a seu aspecto dialtico. O primeiro relaciona-se com o papel que ela desempenha na sociedade, no sentido de possibilitar um equilbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade; assim, no existe uma moral individual; ela sempre social, pois envolve relaes entre sujeitos. Diante disso, as normas morais so colocadas em funo de uma concepo terica em vigor, que quase sempre a concepo dominante. No segundo aspecto, sabido que os valores morais expressam uma cultura. Dessa forma, variam historicamente, pois cada sociedade edifica suas normas a partir das suas crenas, modelo social, formao econmica e social. nesse sentido que Vaz (1993) relembra que a tica desde a sua acepo inicial dirigiu- se cultura e foi entendida como morada do homem, como abrigo protetor do ser humano, ou seja, como a condio de sobrevivncia e de convivncia social. Segundo Rosini (2003:146), "a tica definida como o estudo de juzos de apreciao referentes conduta humana suscetvel de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, relativamente determinada sociedade, ou de modo absoluto. No ambiente corporativo, ela procura guiar o indivduo na tomada de decises levando-se em conta o ponto de vista predominante na sociedade, num determinado espao de tempo. preciso reconhecer os mltiplos significados ticos de cada mnimo ato e palavra proveniente de cada pessoa, lembrando-se que ignorar este fato tambm uma escolha pessoal com profundas implicaes ticas. Porm, o assunto permanece controvertido, isto por causa da diferente interpretao que pode ocorrer do que seja eticamente correto para cada pessoa. Por este motivo, a sociedade tende a definir a tica em termos de comportamento. A tica, neste contexto, constitui o alicerce do tipo de pessoa que se pode ser e do tipo de organizao que se pode representar. J as prticas empresariais ticas originam-se em culturas corporativas ticas. Mas para estimular este comportamento tico torna-se prioritrio desenvolver uma cultura corporativa que possibilite ligar padres ticos com as prticas empresariais. E para institucionalizar tais padres pode-se iniciar o processo a partir da compreenso da filosofia da tica, que tem como alicerce mecanismos como, por exemplo, crenas, cdigos, comisses e auditorias sociais da empresa. Uma cultura organizacional tica proporciona tambm a elevao do clima de confiana e respeito entre os integrantes da empresa, relacionando-se de forma direta ou indireta com a instituio. Outro benefcio complementar diz respeito reduo de custos e aumento de produtividade unida ao crescente nvel de satisfao geral advindos do clima tico de trabalho. Para ilustrar essa questo, tem-se mais uma contribuio de Rosini (2003:147), o qual registra que "nas atuais economias nacionais e globais, as prticas empresariais dos administradores afetam a imagem da empresa para a qual trabalham. Sendo assim, para a empresa competir com sucesso nos mercados nacional e mundial, ser preciso manter uma slida reputao de comportamento tico. 2. tica e Transformaes Sociais O processo de transformao da base econmica da sociedade atual tem ocasionado mudanas rpidas e profundas, gerando assim grandes modificaes na concepo do cotidiano das pessoas. Tais modificaes podem ser acompanhadas por meio da troca do conceito de tempo, das alteraes ambientais, no surgimento de novos produtos e servios, entre outras. Segundo Gouva (2002:25), "dentre as muitas questes especficas discutidas pela tica contempornea est o problema da crise ambiental ou da relao entre os seres humanos e o meio ambiente em que habitam, a saber, a biosfera. Hoje se tornou claro que no mais possvel explorar os recursos naturais de forma irresponsvel, pois isto significaria o fim da espcie humana. Trata-se de mais um desafio tico para a humanidade. Para acompanhar esse processo, recomenda-se que as empresas assumam seu papel de maneira mais ampla na sociedade. sso envolve a participao efetiva de seus colaboradores no sentido de impedir que fatores como tecnologia e maior acesso s informaes do cotidiano se sobreponham aos valores ticos envolvidos nas relaes entre organizaes e seu ambiente. Outra constatao relevante caracteriza-se pelos rpidos movimentos das organizaes, as quais procuram valorizar seus clientes e seus mercados, provocando mudanas representativas nas normas, polticas e culturas vigentes. Agora o sculo XX ser marcado pelo aceleramento progressivo de duas grandes cadeias de acontecimentos na histria das ideias. Uma delas ocorreu no incio da dcada de 90 a partir da revoluo dos processos de comunicao, os quais tm transformado o planeta numa pequena aldeia, oferecendo assim a possibilidade de aprimoramento da capacidade intelectual dos indivduos. A outra cadeia surgiu com a liberao das energias atmicas e do incio das exploraes espaciais, que tornam a humanidade capaz de executar sua prpria extino e, ao mesmo tempo, apresenta a inferioridade do homem diante dos infinitos desafios deste futuro incerto. De acordo com Gouva (2002:09), "todos aqueles que entendem a intensidade e a importncia das transformaes da humanidade tambm compreendem, cheios de ansiedade, que necessrio que pensemos acerca de todas as implicaes ticas, polticas, socioculturais, filosficas e religiosas que tais transformaes acarretam. Com essa citao pode-se refletir a respeito da forma como as pessoas devero se comportar para levar adiante suas vidas, sem se esquecer da importncia dos relacionamentos, para assim manter ou reconstruir sua existncia dentro da sociedade. A liberdade um dos fundamentos da tica. J o apego ao dinheiro constitui-se como a raiz de muitos males. sto porque quando uma sociedade torna-se cativa dos interesses econmicos, incluindo o sacrifcio de sua alma em troca da estabilidade e do progresso financeiro, tem-se descaso da tica, pois esta no admite tais discrepncias. Toda contribuio passa a ser fundamental neste empenho multidisciplinar pela busca de valores sociais universais, sendo indispensvel para o futuro da espcie humana, para o bem-estar social e sobrevivncia das organizaes. 3. A tica nas Orani!aes Segundo Nasch (1993:06) a define como "o estudo da forma pela qual normas morais e pessoais se aplicam s atividades e aos objetivos de uma empresa comercial. Com isso, o que a autora afirma que a tica nas organizaes no se caracteriza como valores abstratos nem alheios aos que vigoram na sociedade; ao contrrio, as pessoas que as constituem, sendo sujeitos histricos e sociais, levam para elas as mesmas crenas e princpios que aprenderam enquanto membros da sociedade. Normalmente, o mundo de uma organizao permeado por conflitos, por choques entre interesses individuais e, muitas vezes, entre esses e os da prpria organizao, de modo que a tica servir para regular essas relaes, colocando limites e parmetros a serem seguidos. ". A valori!a#o da tica na administra#o A tica na administrao tem sido discutida com mais nfase em virtude da reflexo sobre as situaes relacionadas com o negcio das empresas. Na escala de valores que comea a se disseminar, contratar um parente incompetente ou discriminar um colega por razes raciais, de aparncia ou escolaridade so comportamentos equiparados ao uso da propaganda enganosa, poluio ambiental, espionagem industrial ou ao suborno para levar vantagem numa negociao. A forma como a empresa vende seus produtos, relaciona-se com o governo ou enfrenta a concorrncia define a conduta da empresa. Como exemplos de condutas antiticas praticadas em algumas empresas, tem-se: a contratao de pessoal do concorrente para obter informaes; subfaturar o produto pagando o restante por fora para diminuir os encargos; a empresa que investe em filantropia e adota uma poltica de baixos salrios para seus empregados. Segundo Srour (203:13) "o grande desafio consiste em saber como coibir atos que s beneficiam interesses restritos, para no dizer egostas. Mas o qu, ento, estuda a tica? Pode-se dizer que envolve os fenmenos morais e, de uma maneira mais profunda, as morais histricas, os cdigos de normas que regulam as relaes e as condutas dos agentes sociais e tambm os discursos normativos que identificam, em cada coletividade, o que certo ou no fazer. O pensar tico tambm gira em torno de duas questes fundamentais: o que o bem, o que o mal; que so coisas aceitveis ou no. Com isso pode-se perceber que a reflexo tica deve partir sempre de um saber espontneo, de maneira que todo homem deve entender que h aes que devem ser praticadas e outras no. Dessa forma, observa-se que a tica estabelece padres sobre o que bom ou mau na conduta humana e na tomada de decises, tanto no plano pessoal, quanto sob a tica organizacional. Outro aspecto importante abordado por Andrade (2004:19), o qual faz uma reflexo sobre dois componentes que afetam a forma de agir das pessoas: o domnio da legislao, que contm os princpios ticos estabelecidos por lei, e o domnio da livre escolha, ou seja, a condio social de todo ser livre, de fazer suas escolhas e de agir de maneira que melhor lhe convier, em cada situao de sua vida pessoal e profissional. Segundo Andrade, "entre ambos, encontra-se o campo da tica, o qual leva a que, a partir dos dois extremos, cada indivduo defina seus padres ticos, considerando suas questes individuais, porm levando tambm em conta as inferncias que a sociedade e a legislao imprimem-lhe em suas escolhas pessoais. Em conformidade com este raciocnio, percebe-se que a convivncia social, feita de cooperao necessria e de entendimento, fica da mesma forma sujeita falta de escrpulos e aos conflitos de interesse, de modo que a mtua vigilncia faz-se indispensvel para que interesses pessoais no se sobressaiam aos interesses coletivos. Ainda segundo Srour (2003:50), "as decises empresariais no so incuas, andinas ou isentas de consequncias: carregam um enorme poder de irradiao pelos efeitos que provocam. Nas prticas organizacionais, afetam os agentes que participam das aes relacionadas com a gesto da empresa. Na frente interna, tm-se os trabalhadores, gestores e proprietrios (acionistas ou quotistas). J na frente externa, tm-se clientes, fornecedores, prestadores de servios, agentes governamentais, instituies financeiras, concorrentes, mdia, comunidade local e entidades da sociedade civil. Todos eles acabam sofrendo efeitos que variam de acordo com a grandeza dos interesses entre os partcipes. Pode-se verificar tambm que a poltica pela tica tem boas perspectivas para florescer quando o denominado poder de mercado das empresas est distribudo, quando existe efetiva competio e possibilidades reais de escolha por parte de clientes e usurios finais. Mesmo assim, o respeito escolha dos clientes ainda no verificada em muitas empresas modernas. sto s ocorre quando eles se manifestam ou fazem um escndalo. A partir destas constataes, entende-se que a questo tica torna-se um imperativo no universo das organizaes modernas. E tambm foi extendida para o ambiente acadmico dos cursos de Administrao, onde so ministradas disciplinas obrigatrias que envolvem o estudo desta temtica. Em se tratando de processo evolutivo, tais fatos demonstram a crescente demanda por valores como transparncia e probidade, tanto no trato da coisa pblica como tambm no fornecimento de produtos e servios ao mercado. Seria oportuno, ento, que as empresas passassem a praticar algum cdigo de conduta em sintonia com essas expectativas. Mas tambm no se pode deixar de implementar um conjunto de mecanismos de controle, no sentido de evitar possveis transgresses s orientaes adotadas. Para se disseminar tais valores dentro da organizao pode-se pensar na implantao de um programa de tica. Mas a eficcia desse processo depende da considerao de alguns passos fundamentais. Segundo Moreira (2002) "o primeiro passo para estabelecer um programa de tica numa empresa a criao de um cdigo com a participao de todos os nveis da organizao. A segunda etapa a de treinamento para a aceitao dos valores do cdigo e, neste caso, para que funcione efetivamente deve ser transmitido pelo chefe direto do funcionrio. O compromisso com o cdigo de tica como um todo deve valer tambm para os chefes, gerentes e/ou diretores, que sero avaliados como qualquer funcionrio. Uma boa conduta para garantir o funcionamento do programa de tica a criao de um canal de comunicao interno na empresa, inclusive com a instalao do cargo de "ombudsman interno divulgando seu funcionamento e sua atuao. Muitas empresas tambm formam comisses de tica, que so grupos de executivos que tm como funo fiscalizar a tica empresarial, por meio de regras estabelecidas em alguns aspectos considerados questionveis, alm de questes que envolvem a violao da disciplina. Outro aspecto relevante nessa discusso diz respeito s aes das pessoas levando-se em conta os interesses e necessidades dos outros. Segundo Srour (2003:61), "ser altrusta significa levar em considerao os interesses da maioria, tomar decises que beneficiem e no prejudiquem os demais e agir visando ao bem-estar de todos. Dessa forma, ser "tico significa brevemente refletir sobre as decises e aes a serem tomadas e praticadas, importando-se com os outros e buscando praticar o bem, alm de responder por tudo aquilo que se faz. Para se chegar prtica das aes ticas mencionadas preciso combater o oportunismo que convertido por vezes no esprito do jogo de soma zero. Trata-se do combate esperteza, aos "jeitinhos, sonegao de impostos, ao uso e abuso de propinas, aes estas que resultam no "passar os outros para trs. Pode-se aqui discutir a relao de tais abusos com o aspecto do poder exercido erroneamente por algumas pessoas para a concretizao dos mesmos. Mas no se pode esquecer que o poder no corrompe, mas sim revela! Alm disso, quando os gestores perdem a conduta tica, a contrapartida imediata passa a ser a perda do respeito por parte dos colaboradores. preciso que as lideranas busquem mostrar bons exemplos, para que os mesmos possam gerar relaes de maior confiabilidade e segurana. Para aprofundar esta reflexo pode-se perguntar para os atuais tomadores de deciso sobre suas capacidades de questionar evidncias e enfrentar os dogmatismos. Observa-se que muitas opinies induzidas pelo barulho estridente de algum "formador de opinio e compartilhadas pela maioria geralmente revelam-se falsas e criam situaes irreversveis e, s vezes, mortais para as organizaes. Nesse novo panorama que se apresenta, a qualificao, o esforo pessoal e a chamada meritocracia ganham relevo nas prticas organizacionais. Segundo Srour (2003:294), foi feita uma declarao pelo ex- presidente do Banco Mundial, o Sr. Jim Wolfensohn: "A administrao tica nas empresas traz um valioso progresso social. Ambos andam de mos dadas. Assim como nos governos, a administrao de empresas deve ser transparente e responsvel. Torna-se necessrio conciliar a tica com a busca da maximizao dos lucros. Sobre o Brasil, Srour (2003:381) registra uma mensagem de Herbert de Souza (Betinho): "O Brasil tem fome de tica e passa fome em conseqncia da falta de tica na poltica. Outra vez possvel verificar a necessidade de se coordenar esforos na direo da tica, sendo ela inserida em todos os setores relacionados com a empresa, pois dessa forma resultar no desenvolvimento das relaes empresariais. $. tica como instrumento %ara tomada de decises Como visto anteriormente, no basta que as organizaes tomem decises certas, mas, elas precisam tomar as decises certas nos momentos certos e a tica se caracteriza como uma orientao segura na tomada de decises no mundo organizacional. O gerente ou o responsvel a pessoa chave e a ele confiado, alm dos objetivos da organizao, sua imagem. As decises tomadas por ele tero impactos significativos em toda organizao. , portanto, uma situao complexa, pois envolve no s lucro, mas pessoas. Nesse sentido a tica se aplica no somente nas organizaes, mas tambm para os empregados comuns que vero seus direitos respeitados e o gerente que ter nela um rumo, uma direo a seguir. O princpio definidor de qualquer deciso, seja ela na sociedade ou em uma organizao, o respeito pessoa. Nesta condio, alguns elementos de ordem prtica apresentam-se como condies para a tomada de deciso. Alguns itens destacam-se: 1) Refletir sobre o problema ao invs de partir para a ao.\ 2) Reunir todos os elementos considerados relevantes sobre o problema em questo. 3) Fazer um levantamento sobre os pontos de vista sobre o assunto, inclusive os opostos. Tomar a deciso correta exige observao, reflexo, anlise, julgamento e deciso, o que deve ser feito levando-se em conta a categoria da totalidade, que significa entender que o problema faz parte de uma realidade maior e mais complexa e precisa ser analisado de forma articulada e no isoladamente. (Passos, 2004). Consideraes Finais Com a abordagem deste artigo pode-se constatar que uma das palavras-chave da reflexo tica a palavra responsabilidade, ou seja, o dever de responder pelas consequncias dos seus atos. Muitos podem imaginar que difcil pensar em consequncias de mdio ou longo prazo quando falta tempo para tudo e a velocidade dos acontecimentos parece tirar toda possibilidade de uma reflexo mais criteriosa. Porm os mais ocupados so os possuidores de maior tempo! Mas em todas as grandes decises que se toma est em jogo uma escolha fundamental em relao identidade humana de cada um. Com isso, nada definitivamente seguro e a reflexo tica passa a ser um desafio constante, pois o esforo de construir vnculos verdadeiros dirio. Se for seduzido pelo brilho do jogo competitivo, pode-se esquecer que o outro nome do progresso e do conhecimento individual e coletivo solidariedade, que seria, segundo Dalai Lama (2000), o sentimento humano bsico. Dessa forma, a tica deve estar de acordo com os limites que a pessoa se impe na busca de sua ambio. Deve ser tudo o que ela no quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos, ou seja, no subtrair, tendo em vista seus valores e sua conduta. Este aspecto transforma-se num problema no mundo empresarial quando o gestor decide sua ambio antes de sua tica, quando o correto seria o contrrio. Mas por qu? Bem, dependendo da ambio, torna-se difcil impor uma tica que frustrar seus objetivos. Porm quando se percebe que no conseguir alcanar tais objetivos, a tendncia alterar os planos de ao. guisa de sntese, a soluo para os conflitos no reside na guerra, mas sim na tolerncia; ningum sabe qual mundo o melhor, por mais convicto que esteja. Para praticar a tica dentro da organizao torna-se necessrio questionar mais as teorias administrativas, para assim aprimorar o prprio senso de observao, reavaliando de tempos em tempos as premissas, na busca de aes embasadas na tica e cidadania para o sucesso das empresas. Referncias Bibliogrficas ANDRADE, R.; ALYRO, R.; MACEDO, M. Princpios de Negociao: Ferramentas de Gesto. So Paulo: Atlas, 2004. DRUCKER, P.F. ntroduo administrao. So Paulo: Pioneira, 1974. FREEMAN, R. E.; PERCE, J.; DODD, R. 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