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ANÁLISE CRÍTICA
Depois de estudar o Modelo com atenção, motivado pela necessidade de o conhecer, com
que me baseei para elaborar o plano de actividades não permitem uma relação directa com
indicadores de sucesso. Ao longo destes dois anos verifiquei que, efectivamente, a sua
escola/biblioteca e a sua aplicação é exequível, uma vez que estão bem definidas as
Relativamente a uma análise crítica mais profunda, parece-me mais importante acreditar no
Modelo, nas pessoas que empenhadamente e com todo o rigor o elaboraram do que
pessimistas que muitas vezes estão na base do fracasso de algumas iniciativas, mesmo
relatório Lançar a rede, tem vindo a consolidar-se ao longo dos anos. É reconhecido o
investimento que tem suportado esse crescimento – investimento a nível central, das
recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem. Mas para que este papel se
decisivos para o sucesso da missão que tanto o Manifesto da Unesco/ IFLA como a
declaração da IASL apontam para a biblioteca escolar: entre esses factores destacam-se os
contexto que surge a presente proposta para a auto-avaliação das bibliotecas escolares
concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo como pano de fundo essencial o seu
aprendizagem ao longo da vida. Neste sentido, é importante que cada escola conheça o
impacto que as actividades realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no
até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser
alcançados, permite identificar práticas que têm sucesso e que deverão continuar e permite
identificar pontos fracos que importa melhorar. A avaliação da biblioteca deve ainda ser
encontrar, para o nosso caso, uma formulação que cumprisse os objectivos essenciais que
para uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva formativa, permitindo
• Um conceito fundamental que se associa à avaliação, na forma como ela é aqui entendida,
é a noção de valor. O valor não é algo intrínseco às coisas mas tem sobretudo a ver com a
agradável e bem apetrechada a esse facto deve estar associada uma utilização
consequente nos vários domínios que caracterizam a missão da BE, capaz de produzir
resultados que contribuam de forma efectiva para os objectivos da escola em que se insere.
melhoria contínua da BE. Neste sentido, a escola deverá encarar este processo como uma
necessidade própria e não como algo que lhe é imposto do exterior, pois de facto todos irão
pela BE.
• Na sua condição de modelo, este documento aponta para uma utilização flexível, com
adaptação à realidade de cada escola e de cada BE. Isto significa que podem ser feitos
exerçam uma forte influência nos modos de organização e/ou funcionamento da BE.
integrável nas práticas de gestão da equipa da biblioteca. Não deve, portanto, representar
uma excessiva sobrecarga de trabalho, na qual se consomem grande parte das energias da
equipa. Isto implica, por exemplo, que alguns procedimentos deverão ser formalizados e
processo educativo. Alguns dos aspectos incluídos são mais significativos tendo como
áreas nucleares em que se deverá processar o trabalho da/com a Biblioteca Escolar e que
têm sido identificados como elementos determinantes e com um impacto positivo no ensino
B. Leitura e Literacias
a aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade
Para cada indicador são igualmente apontados possíveis instrumentos para a recolha de
evidências que irão suportar a avaliação. Finalmente, o quadro apresenta, também para
específicos.
A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos
menos positivos que nos podem obrigar a repensar formas de gestão e maneiras de
funcionamento.
Os elementos aqui sugeridos para a recolha de dados pretendem ajudar a organizar esse
processo. Indicam-se os elementos mais significativos para cada indicador, mas obviamente
que em função da escola e de cada BE concreta podem considerar-se outros dados para
Convém igualmente que a recolha de dados se faça de forma sistemática, ao longo do ano
lectivo, e não apenas num momento determinado (por exemplo, apenas no último período) e
que incida sobre os vários níveis de escolaridade existentes na escola. Os dados recolhidos
colaborativo, etc.);
BE, incluem-se no modelo documentos para esse fim, no sentido de se criar alguma
uniformidade em termos da informação que vai ser recolhida nas escolas. De qualquer
forma, esses instrumentos são susceptíveis de ser adequados à realidade de cada BE,
aplicar ou de observações a realizar para que a informação tenha alguma validade. Uma
sugestão possível será estabelecer, em relação aos professores, uma aplicação a 20% do
número total de professores e em relação aos alunos, 10% em relação ao número de alunos
desempenho que caracterizam o que se espera da BE, face à área analisada. Note-se que,
na maioria dos casos, esse desempenho não depende da acção isolada da própria BE,
aula, pelo que a avaliação da BE acaba, de facto, por envolver e implicar toda a Escola.
professores e alunos. Na caracterização dos perfis de desempenho optou-se por uma escala
domínio/subdomínio. Considerou-se que esta escala será a que melhor corresponde aos
actuar para melhorar de nível. No contexto da auto-avaliação, para que a BE se situe num
relação de 4/5, 5/6; 6/7, etc., de acordo com o número de itens que os perfis de desempenho
apresentarem.
Convém sublinhar que a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um
processo que deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática.
ajudará cada BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu
desenvolvimento, ao possibilitar a identificação mais clara dos pontos fracos e fortes, o que
Metodologia a seguir:
Essa escolha poderá ser orientada por factores de natureza diversa. Por exemplo, a
escola/a BE poderá querer avaliar um domínio em que tem feito um investimento mais
estando nesse momento a BE e a Escola na posse de dados que cobrem todas as áreas de
3. Recolher evidências: o domínio escolhido será objecto de uma análise que se baseará em
elementos concretos (evidências) que irão permitir traçar o retrato da BE nesse campo mais
específico. Essas evidências são de natureza diversa (cf. 3.2), contemplando em muitos
caso específico, e a sua recolha e organização constitui um processo que deverá ser
necessidade de efectuar determinado tipo de registos (de reuniões, contactos informais, etc.)
sentido de verificar em que nível se situará a biblioteca escolar. Dever-se-á ter aqui em
acordo com o número de descritores apresentados para caracterizar cada um dos níveis.
seleccionado é registado nos quadros que se encontram no modelo de relatório final. Note-
se que o quadro-síntese de avaliação inclui uma coluna onde devem ser igualmente
da auto-avaliação.”