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O capítulo discute a formação de professores de língua portuguesa e o papel da literatura infanto-juvenil no currículo escolar. A autora argumenta que a inclusão desta literatura não resolve os problemas, e que é necessário entender sua história e como conceitos de criança e jovem mudaram. Também destaca a importância dos professores dominarem competências linguísticas e terem amplo conhecimento literário e histórico.
O capítulo discute a formação de professores de língua portuguesa e o papel da literatura infanto-juvenil no currículo escolar. A autora argumenta que a inclusão desta literatura não resolve os problemas, e que é necessário entender sua história e como conceitos de criança e jovem mudaram. Também destaca a importância dos professores dominarem competências linguísticas e terem amplo conhecimento literário e histórico.
O capítulo discute a formação de professores de língua portuguesa e o papel da literatura infanto-juvenil no currículo escolar. A autora argumenta que a inclusão desta literatura não resolve os problemas, e que é necessário entender sua história e como conceitos de criança e jovem mudaram. Também destaca a importância dos professores dominarem competências linguísticas e terem amplo conhecimento literário e histórico.
Resenha do captulo Literatura infanto-juvenil: Fada madrinha
de um currculo em crise ou gnero descartvel para um leitor em
trnsito? do livro Do mundo da leitura para a leitura do mundo, de Marisa Lajolo
LAJOLO, Marisa. Literatura infanto-juvenil: fada madrinha de um currculo em crise ou gnero descartvel para um leitor em trnsito? In: Do mundo da leitura para a leitura do mundo. So Paulo: Editora tica, 2006. P. 17-32
Marisa Lajolo Mestre e Doutora em Letras, Teoria Literria e Comparada pela Universidade de So Paulo, concluiu seu ps-doutorado na Brown University, nos Estados Unidos. Professora aposentada da Unicamp, mantm vnculo com a instituio como coordenadora do projeto Memria da Leitura, que divulga uma pgina virtual dedicada a pesquisas sobre histria da leitura e do livro no Brasil. autora tambm dos livros A formao da leitura no Brasil, Monteiro Lobato, um brasileiro sob medida e Literatura: leitores e leitura. Recebeu o prmio Jabuti, 1994 pela obra Do mundo da leitura para a leitura do mundo. A autora inicia o texto levantando uma problemtica e tecendo uma crtica relacionada ao desconhecimento de qual seria a formao necessria ao professor de lngua materna (p.18), decorrente da indeterminao do papel da escola com relao a competncia lingustica que o aluno dever conhecer e saber empregar com proficincia ao terminar a educao bsica. A mesma prope o estudo do percurso histrico da formao do professor, para, ento, tentar corrigir os rumos. Aps selecionar alguns trechos de textos que contribuem para o conhecimento da prtica educacional brasileira mais antiga, mas que so extremamente contemporneos, Lajolo afirma que estes trechos comprovam que so muitos os autores que discutem esta problemtica, e que os autores destes textos j reconheciam a herana educacional carente e despreparada. O texto volta-se exclusivamente para o professor da lngua materna, estabelecendo um dilogo com o mesmo e traando diretrizes, orientando-o acercar da competncia lingustica que este deve ter, e segundo a autora, ele, o professor, deve ser poliglota em sua lngua, dominar competentemente as variadas modalidades de linguagem. Ainda deve ter uma vasta leitura da literatura, em especial a brasileira. Outro ponto importante ser conhecedor da histria do ensino de Lngua Portuguesa no Brasil, com a histria da alfabetizao, da leitura e da literatura. De acordo com a autora, apenas a insero da literatura infanto-juvenial como disciplina no currculo de formao de professores no seria uma soluo para toda a problemtica que envolve a formao dos professores de lngua materna nem para o problema da leitura existente na escola brasileira. Lajolo aponta para a necessidade de entender que esta literatura um produto tardio da pedagogia escolar: que ela no existiu desde sempre. E que as noes de criana e de jovem alteram-se ao longo do tempo, o que interfere nas literaturas tanto infantis quanto juvenis. Em um segundo momento, conceitua-se a criana e o jovem, respectivamente leitora virtual de literatura infantil e leitor virtual de literatura juvenil, como sendo construes da histria. Afirma que estas categorias nem sempre existiram, ao longo do tempo, com a evoluo dos estudos comportamentais, passou-se a categorizar a populao. Esta categorizao viabilizou o processo identitrio de cada grupo, propiciando a acessibilidade, o controle e a manipulao dos mesmos. As categorias reforam comportamentos, atitudes, sentimentos e a autora afirma que literatura atua nestas, tanto gerando comportamentos, sentimentos e atitudes, quanto, prevendo-os, dirigindo-os, reforando-os, atenuando-os, podendo at revert-los, alter-los. No fim do captulo a autora destaca a importncia dos catlogos no mercado literrio, afirmando que eles devem divulgar mais do que apenas os ttulos dos livros, devem construir a imagem pela qual o produto ficar conhecido. Por fim, cabe ressaltar a importncia destas reflexes tanto para professores quanto para futuros professores da lngua materna, enfatizar o valor de discusses que contribuem para o enriquecimento pessoal do profissional e para a sociedade, visto que tem relao com a educao de maneira geral.