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Este documento descreve um experimento para determinar a concentração de cloreto em soro fisiológico comercial usando volumetria de precipitação pelo método de Mohr. Os alunos pipetaram e diluíram uma amostra de soro fisiológico, titularam com nitrato de prata usando cromato de potássio como indicador, e calcularam a concentração de cloreto como 0,55 g/100 mL, abaixo do valor indicado no rótulo do produto.
Este documento descreve um experimento para determinar a concentração de cloreto em soro fisiológico comercial usando volumetria de precipitação pelo método de Mohr. Os alunos pipetaram e diluíram uma amostra de soro fisiológico, titularam com nitrato de prata usando cromato de potássio como indicador, e calcularam a concentração de cloreto como 0,55 g/100 mL, abaixo do valor indicado no rótulo do produto.
Este documento descreve um experimento para determinar a concentração de cloreto em soro fisiológico comercial usando volumetria de precipitação pelo método de Mohr. Os alunos pipetaram e diluíram uma amostra de soro fisiológico, titularam com nitrato de prata usando cromato de potássio como indicador, e calcularam a concentração de cloreto como 0,55 g/100 mL, abaixo do valor indicado no rótulo do produto.
Departamento de Qumica Qumica Analtica Experimental - Turma G Professora: Lcia Helena Seron
Experimento 4 Determinao de cloreto em soro fisiolgico por volumetria de precipitao
Alunos: Marcelo Vitor Boschiero - RA: 561398 Marco Aurlio Piassi Filho - RA: 561401 Vitor Melo Cassnego - RA: 561614 So Carlos, 18/09/2014
OBJETIVOS
Esta prtica experimental teve por objetivo determinar a concentrao de cloreto de sdio (NaCl) em uma soluo de soro fisiolgico comercial por meio da volumetria de precipitao, utilizando o mtodo de Mohr.
INTRODUO
A volumetria de precipitao baseia-se no volume gasto de reagente, de concentrao conhecida, necessrio para precipitar completamente o que se deseja determinar. As reaes devem obedecer s seguintes condies: o precipitado formado deve ser muito pouco solvel ou praticamente insolvel; o tempo gasto para formar o precipitado deve ser suficientemente pequeno para que no haja sobressaturao e o ponto de equivalncia da titulao deve ser facilmente detectvel. Na prtica, essas condies limitam muito o nmero de reaes que pode ser utilizado. Outro obstculo que surge ao usar esse tipo de mtodo a inexistncia de uma indicador universal (carter geral). Por isso, os indicadores so usados so muito especficos de cada titulao, dependendo da reao que lhes serve de base. Dentre os inmeros mtodos de volumetria de precipitao existentes (com resultados satisfatrios), os mais importantes, e comuns, so aqueles onde h a deposio do ion Ag + na forma de sal insolvel. Conhecidos como mtodos argentimtricos, os procedimentos so muito empregados na determinao de haletos e outros nios que formam sais de prata pouco solveis. Para determinar o ponto final da titulao, nesse tipo de procedimento, podem ser usados indicadores relativamente especficos. A variao das concentraes dos ions reagentes em torno do ponto de equivalncia tem forte dependncia com o grau em que se completa a reao. O produto de solubilidade (Kps) e a concentrao dos reagentes so fatores determinantes nessa questo da estequiometria quantitativa. Existem, basicamente, dois mtodos para determinar o ponto final da titulao. O primeiro deles conhecido como Mtodo de Mohr. um mtodo com formao de um slido colorido, e aplicado determinao de cloretos (Cl - ) e brometos (Br - ). A soluo neutra titulada com nitrato de prata (AgNO 3 ) em presena de cromato de potssio (K 2 CrO 4 ) que atua como indicador. O mtodo de Mohr no pode ser usado na determinao de iodetos em virtude do iodeto de prata ser, tambm, corado. Na determinao de cloretos o ponto final atingido quando os ons cromato combinam-se com os ons prata se observando, ento, a formao de um precipitado vermelho, pouco solvel.H fatores que devem ser considerados para que haja a aplicao desse mtodo, tais como a concentrao do indicador e o pH da soluo.O pH deve ser entre 7,0 e 9,0 porque com pH menor que 7,0 h uma baixa na concentrao dos ons e no h a formao do precipitado desejado (marrom avermelhado), e com pH maior que 9,0 a alta concentrao dos ons gera a formao de hidrxido de prata. O mtodo usado em solues neutras ou no tamponadas, como exemplo a gua potvel ou o soro fisiolgico. No ponto final da titulao, os ions cromato reagem com os ions prata para formar cromato de prata pouco solvel e de cor vermelha, de acordo com a reao:
2Ag + aq + CrO 4 2- (aq) Ag 2 CrO 4(s)
O outro mtodo utilizado o Mtodo de Fajans. O autor, que d o nome do mtodo, introduziu um tipo de indicador para as reaes de precipitao, que resultou de seus estudos da natureza da adsoro. Adsoro a fixao de duas molculas de uma substncia na superfcie de outra substncia. A ao destes indicadores devida ao fato de que, no ponto de equivalncia, o indicador adsorvido pelo precipitado e, durante o processo de adsoro, ocorre uma mudana no indicador que conduz a uma substncia de cor diferente. Estes indicadores foram, ento, chamados de indicadores de adsoro. As substncias empregadas ou so corantes cidos como os do grupo da fluorescena, que so utilizados sob a forma de sais de sdio, ou corantes bsicos, como os do grupo da rodamina, que so aplicados sob a forma de sais halogenados.Assim, o aparecimento ou o desaparecimento de uma colorao sobre o precipitado servem para sinalizar o ponto final da titulao.As condies essenciais para o bom funcionamento dos indicadores de adsoro so as seguintes: a) O precipitado deve se separar com uma superfcie especfica relativamente grande, pois o funcionamento dos indicadores de adsoro envolve fenmenos de superfcie; b) Na titulao de um nion com um ction, o indicador deve ser do tipo aninico, e na titulao de um ction com um nion, o indicador deve ser do tipo catinico. Ou seja, o on indicador deve ter carga oposta do on do agente precipitante; c) A soluo no deve ser muito diluda porque a quantidade de precipitado formada ser pequena e a mudana de cor poder no ser ntida com alguns indicadores.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Inicialmente, foi preciso pipetar 25,00mL da soluo de soro fisiolgico com o auxlio de uma pipeta volumtrica de 25,00mL e um pipetador de roldana, colocando esta quantia em um balo volumtrico de 100,00mL. Ento, completou-se o volume do balo com gua destilada, tampou-se e a soluo foi homogeneizada adequadamente. Aps este procedimento, foram retirados 10,00mL da soluo de soro diludo do balo volumtrico com a ajuda de um pipetador de roldana e de uma pipeta volumtrica de 10,00mL. Este soro foi transferido para um erlenmeyer de capacidade de 200mL e foi adicionado ele 1,00mL do indicador de cromato de potssio (K 2 CrO 4 ) para que fosse possvel verificar o intervalo de viragem da titulao. Ento, atravs de um erlenmeyer de 100mL, adicionou-se uma soluo de nitrato de prata (AgNO 3 ) com uma concentrao de (0,09804 mol/L) uma bureta de 25,00mL, at que esta ltima fosse completada at o seu volume nominal. Depois disso, foi realizada a titulao normalmente, sendo que o experimentador sempre precisou ficar com uma das mos na torneira da bureta controlando a vazo do titulante e a outra agitando de forma adequada o erlenmeyer para que haja uma homogeneizao da soluo que est sendo tiulada. Ao final da titulao, quando a soluo mudou de cor, anotou-se o volume de nitrato de prata gasto. A seguir, o procedimento da titulao foi repetido mais duas vezes com outros dois erlenmeyers distintos e o mesmo volume de soluo de soro diludo. Ao final das titulaes, a soluo de nitrato de prata restante foi devolvida para o seu frasco de soluo padro original e as solues dos erlenmeyers foram despejadas em um frasco corretamente etiquetado. Por fim, as vidrarias foram lavadas com gua e detergente e guardadas nos seus respectivos lugares acima da bancada para serem usadas em experimentos posteriores.
RESULTADOS E CLCULOS
Foi descoberto que a porcentagem de Cl - existente em soro fisiolgico 0,55 g/ 100 mL, mediante os seguintes volumes gastos de AgNO 3 : Amostra Volume gasto (mL) 1 4,00 2 3,90 3 3,95 Volume Mdio gasto 3,95
Primeiramente, temos que descobrir o quanto foi utilizado de Ag + para titular a soluo: AgNO 3 (aq) Ag + (aq) + NO 3- (aq) n Ag + = [AgNO 3 ] x Volume gasto = 0,09804 mol/L x 3,95x10 -3 L = 3,87x10 -4 mol n Ag + = 3,87x 10 -4 mol
Com essa quantidade de matria podemos calcular o quanto de NaCl foi consumido na reao: AgNO 3(aq) + NaCl (aq) AgCl (s) + NaNO 3(aq) 1 mol AgNO 3 ------- 1 mol NaCl 3,87x10 -4 mol -------- n NaCl
n NaCl = 3,87x10 -4 mol
Essa quantidade existe em apenas 10,0 mL de soluo, em 100,0 mL, obtm-se: n* NaCl = n NaCl x 100,0 mL / 10,0 mL = 3,87x10 -3 mol n* NaCl = 3,87x10 -3 mol
Admitindo que todo o NaCl se dissocia em ons sdio e ons cloro, e sabendo que a proporo entre eles 1:1, pode-se acertar que esse nmero de mols obtido igual quantidade de ons Cloro em soluo. Assim, ao usarmos que foram pipetados 25,0 mL de soro fisiolgico, podemos calcular a concentrao de Cl - em soluo:
[Cl - ] = 3,87x10 -3 mol x 35,5 g / 25,0 mL x 100 mL x 1 mol = 0,55 g/ 100 mL [Cl - ] = 0,55 g/ 100 mL % Cl = 0,55 g/ 100 mL
DISCUSSO
Observou-se razovel preciso entre os valores obtidos experimentalmente, porm, inexatido entre o valor da porcentagem de NaCl indicado na embalagem do soro fisiolgico comercial e o valor da porcentagem de NaCl determinado experimentalmente. Pode-se descartar a hiptese de erro operacional ou de paralaxe, pois a discordncia entre o volume terico e os volumes experimentais muito grande. Um possvel erro pode ser atribudo ao mtodo, pois a visualizao do precipitado vermelho, composto por cromato de prata, que se forma aps a precipitao do cloreto, bastante dificultada, j que o cloreto de prata forma um precipitado branco, que origina uma soluo leitosa amarelada, devido presena do on cromato. Contudo, o erro atribudo presena do on cromato em pequena quantidade determinaria um erro para mais, devido necessidade de adio de excesso de AgNO 3 , e no para menos, como ocorreu no experimento. Outra questo a ser analisada a utilizao de NaCl para a padronizao da soluo de AgNO 3 . O cloreto de sdio no possui as caractersticas de padro primrio, pois possui baixo peso molecular (58,5 g/mol) e capaz de absorver gua, e sua utilizao pode caracterizar um erro de mtodo no procedimento de padronizao. Apesar da possibilidade sempre presente de erros na realizao da anlise, a diferena entre a concentrao terica, indicada na embalagem, e a concentrao determinada experimentalmente pode indicar que a empresa que produz o soro fisiolgico analisado est comercializando um produto fora das especificaes indicadas.
CONCLUSO
O mtodo empregado em questo bastante eficaz para a determinao da concentrao de cloreto em solues neutras ou no tamponadas. Ele pode ser utilizado, desde que seja realizado por analistas experientes, para o acompanhamento industrial deste tipo de solues, em conjunto com outros testes pertinentes (que variam de acordo com o tipo de soluo a ser analisada). A sua eficcia est intrinsecamente ligada com a determinao correta do intervalo de viragem, pois a titulao precisa ser interrompida assim que se nota a menor mudana de cor da soluo. Quando este ponto identificado com clareza, o mtodo se torna muito mais eficaz.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Disponvel em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcykAL/volumetria-precipitacao>. Aberto em 19 setembro 2014. <http://www.infopedia.pt/$volumetria-de-precipitacao>. Aberto em 19 setembro 2014. <http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_pratica_10.pdf>. Aberto em 19 setembro 2014.