Sie sind auf Seite 1von 6

Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor

Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação


do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares

O Centro de Recursos Educativos Multimédia (CREM)


da Escola Secundária Rainha D. Leonor (ESRDL)
no contexto
do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

1. Persistência do Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares constitui um documento fundamental de reflexão sobre o estado actual e futuro
das bibliotecas em Portugal. Não só, por resultar da experiência e modelos teóricos de outros países (Austrália, Nova Zelândia, E.U.A. e Grã-
Bretanha), como também pela adaptação à realidade portuguesa. Nessa perspectiva, importa equacionar os possíveis cenários dos estádios de
desenvolvimento das bibliotecas escolares portuguesas, de acordo com a missão e objectivos traçados, designadamente, “desenvolver uma
abordagem essencialmente qualitativa, orientada para uma análise dos processos e resultados e numa perspectiva formativa, permitindo
identificar as necessidades e os pontos fracos com vista a melhorá-los”1.

O estabelecimento de domínios e subdomínios (Fig. 1) de organização e os instrumentos de análise - a recolha de evidências de fontes
diversas da escola (PEE e PCT); registos de actas de reuniões, relatos de actividades; materiais produzidos pela BE (estatísticas diversas) ou em
colaboração com outros subsistemas da escola; trabalhos realizados pelos alunos no âmbito curricular e de complemento curricular; instrumentos
construídos para recolher informação – são os elementos fundadores e históricos, da interacção escola/biblioteca escolar. No plano sociológico
evidenciam-se registos de observação, questionários e entrevistas, que de igual modo contribuem para definir o perfil da BE/CRE, através de
instrumentos operacionais do modelo.

Os perfis de desempenho numa escala de quatro níveis, permitem por sua vez contextualizar indicadores em cada domínio e subdomínio,
ou seja, referentes para uma melhoria dos aspectos a desenvolver, numa perspectiva construtiva, multidimensional e faseada durante quatro anos,
de acordo com os critérios considerados prioritários, no planeamento estratégico, a curto médio e longo prazo.

1
Bibliotecas escolares: modelo de auto-avaliação. [Lisboa]. RBE, 2008, p.1.
Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação
do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares
2. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados

Domínios e Subdomínios do Modelo, segundo a nova versão

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular B. Leitura e Literacia


A. 1 Apoio ao Desenvolvimento Curricular da BE com as
estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão
Pedagógica e os Docentes
A. 2 Promoção de Literacias de Informação, Tecnológica
e Digital
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de D. Gestão da Biblioteca Escolar
abertura à comunidade D. 1 Articulação da BE com a Escola. Acesso e serviços
C. 1 Apoio a actividades livres, extracurriculares e de prestados pela BE
enriquecimento curricular D. 2 Condições humanas e materiais para a prestação de
C. 2 Projectos e parcerias serviços
D. 3 Gestão da colecção/da informação

Fig.1 - Nova versão "Modelo auto-avaliação da biblioteca escolar", 2009.11.09 Documento PDF (adaptação)

O modelo é um quadro de referência teórico e dinâmico, que requer uma actualização permanente. Embora tenha sido impossível
determinar as semelhanças e as diferenças de conteúdos, relativamente à versão anterior, constata-se a permanência dos tópicos de análise e
avaliação de desempenho da BE, no que concerne ao(s) instrumento(s) pedagógico(s). Algumas mudanças, em A. 1, com o “Apoio ao
Desenvolvimento Curricular da BE“, em vez da “articulação curricular” e o surgimento da “supervisão pedagógica”. Será um sinal de simples
auto-regulação dos processos ou de vigilância institucional da melhoria dos resultados? Deve ainda destacar-se em A. 2, em vez do
“Desenvolvimento”, a “Promoção das Literacias de Informação, Tecnológica e Digital”, com o acrescentar das novas tendências, que justificam
plenamente uma abordagem no contexto de mudança do século XXI, com os novos instrumentos de transição, que derivam da informação
superficial para a construção do conhecimento.
Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação
do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares

Alguns conceitos implicados para debater em dinâmica de grupos, de acordo com alguns dos textos das publicações periódicas online:

Comente os seguintes frases no âmbito das realizações do modelo (programa) de bibliotecas escolares, de acordo com o significado e
relação, entre os seguintes termos:

• Aprendizagem e ensino.
• Acesso à informação e disponibilização.
• Administração do programa.
• Então evidencie os seguintes outputs (ensino e outros serviços):
• Esforços de literacia da informação e tecnologia.
• Padrões de literacia da informação.
• Como foram eles integrados com a aprendizagem em sala de aula.
• O seu impacto quantitativo na aprendizagem (isto é, número de turmas e estudantes ensinados).
• Estímulos em defesa da leitura.
• Papel da tecnologia, incluindo a Internet, redes e outras ferramentas.
EISENBERG, Michael B. e MILLER, Danielle H. (2002) “This man wants to change your job”. <http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html>
[10/11/2009]

Após um breve debate, um porta-voz, ou os vários elementos do grupo sintetizam as respectivas conclusões. Neste contexto, destaca-se a
investigação-acção como processo de ensino-aprendizagem, a desenvolver na relação com os alunos, demonstrando a complementaridade da
comunicação escrita, verbal e electrónica, na descodificação do significado dos diferentes tipos de literacia e na pesquisa, selecção e tratamento
da informação, em diversos suportes.
Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação
do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares
3. Organização estrutural e funcional

A organização da biblioteca escolar é apresentada através da abordagem da teoria sistémica, implica a análise, o planeamento e a
compreensão da sua estrutura e funções baseada na relação entre inputs (política de gestão das colecções, pessoal e orçamento disponível) e outputs
(dados quantitativos de consulta presencial e empréstimo domiciliário, número de consultas por turma e organização de eventos, conferências e
colóquios). A crítica dos autores anteriormente referidos (Michael Eisenberg e Danielle Miller, Ibidem, p.3) realça o facto de a atenção dos
professores bibliotecários focar sobretudo os inputs, em detrimento dos outputs. Porém, a organização eficiente dos inputs é uma condição
necessária para um melhor desenvolvimento dos outputs.

4. Integração/Aplicação à realidade da escola/biblioteca escolar. Oportunidades e constrangimentos

As orientações estratégicas a curto prazo devem incidir essencialmente no funcionamento e organização interna dos inputs, criando
gradualmente acções dinamizadoras das políticas de desenvolvimento sociocultural, a médio e longo prazo. Estas últimas devem então promover
como oportunidades, a formação em literacia da informação, na defesa da leitura e na gestão e difusão da informação, de forma crescente e
continuada. Ou seja, realizar uma política sustentada, orientada para realizações futuras de maior alcance, significa estabelecer laços e protocolos
de parceria com outras instituições e organizações, sem constrangimentos na exploração do ambiente local, nacional ou internacional.

O caso particular do CREM, na Escola Secundária Rainha D. Leonor, pressupõe a necessidade de uma redução significativa do número
de colaboradores, a criação de uma equipa restrita, mas sólida, uma maior autonomia na disponibilização regular das dotações orçamentais, quer
para o reforço do novo fundo documental, quer para aquisição de equipamentos. A selecção e mecanismos de transferência criteriosos - de
acordo com a actualidade e os grupos etários dos utilizadores (alunos dos 12 aos 18 anos) - do acervo patrimonial da anterior biblioteca escolar
para as novas instalações, constituem também prioridades, nos processos e tomadas de decisão.

5. Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe

Um envolvimento mais activo e participativo dos professores e a delegação parcial de funções do professor bibliotecário, no processo de
ensino-aprendizagem, deve implicar o reconhecimento da “evidência baseada na prática”. Porém, esta mesma prática (na micro-investigação)
Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação
do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares
deve manter uma estreita relação com a(s) teoria(s) fundadoras de novas hipóteses e tendências (macro-investigação), identificadas à escala
nacional.

Nesse sentido é proposto para análise e debate o significado atribuído por Ross Todd ao conceito de “ biblioteca escolar baseada na
prática”:

“... é uma abordagem que sistematicamente se empenha na evidência derivada da investigação, na evidência observada pelo professor
bibliotecário e na evidência relatada pelo utilizador nos processos em curso da tomada de decisão, desenvolvimento e contínua melhoria para
alcançar a missão e os objectivos da escola. Estes objectivos centram-se tipicamente na realização do estudante e na qualidade do ensino e
aprendizagem”.
TODD, Ross (2008) “The evidence-based manifesto for school librarians: if school librarians can’t prove they make a difference, they may cease to exist, In School Library
Journal. < http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html#Multiple%20types%20of%20evidence> [06/11/2009]

Em consequência são identificadas diversas fontes e tipos de evidência que incluem:

 Entrevistas de estudantes e portefólios.


 Jornais de reflexão e processo.
 Tarefas de avaliação sumativas e formativas.
 Rubricas e guias baseados em resultados.
 Inquéritos de estudantes e professores.
 Medidas de pré-teste e pós-teste.
 Produtos gerados por estudantes.
 Avaliações através do estado.
 Medidas de competências.
 Avaliações baseadas no dês.empenho corrente
 Dados gerais de estudantes.
 Observações registadas sistematicamente.
Carlos Carvalho – Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Módulo 2 – Tarefa 1 – Workshop formativo de apresentação
do Modelo de Auto-Avaliação para as Bibliotecas Escolares
Em conclusão, segundo esta nova perspectiva pragmática, estão lançadas as linhas de orientação para uma abordagem holística a três
dimensões: evidência para a prática; evidência na prática; e evidência da prática.

Das könnte Ihnen auch gefallen