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Excesso de Informacao

Que vivemos um momento de constante ruído informático através do excesso de informação é


fato, mas o controle de fluxo desta “tempestade” de informação que assola a sociedade mundial é
assunto de debate das várias disciplinas das mais variadas cadeiras em conhecimento,
informação e tecnologia sem ainda uma solução final. Até quase três décadas atrás éramos
espectadores passivos, que atualizávamos nossos conhecimentos através das notícias do rádio e
nos divertíamos com os programas de televisão, gravados anteriormente. Aguardávamos
ansiosos e passivamente pela “Voz do Brasil” para sabermos o que ocorria pelo mundo. Mundo
que, neste período, se restringia as fronteiras brasileiras. Com o evento da tecnologia da
informação de massa em tempo real, não mais ficamos presos a delimitação geográfica – o
mundo globalizou. Como o mundo é reflexo das nossas atitudes, nós somos os responsáveis por
esta quebra da fronteira geofísica e, apoiados pela tecnologia, também pela informacional.
“Vivemos em um mundo que se tornou digital.” (Manoel Castells)
Hoje, como uma imagem no espelho, freqüentamos os dois lados da informação. Não somos
apenas espectadores passivos, mas também geradores de informação super ativos, participando
efetivamente desta nova revolução, chamada tecnológica. A qual é caracterizada pela
centralidade de conhecimentos e informação e pela aplicação dos conhecimentos por ela
propiciados, como também pela informação para geração de conhecimentos e de dispositivos e
de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a
inovação e seu uso.
As mídias atuais, possibilitadas pela difusão da Internet e pela Web concretizou a profecia de
Andy Warhol, que disse que todos nós seríamos famosos por quinze minutos. Embora a
concretização da profecia pareça trazer liberdade ao cidadão, ela trás também, como sempre
ocorre quando a multidão participa ativamente de qualquer processo, o caos geral. Neste caso
específico, gerando mais informação do que a tecnologia pode controlar ou que possamos
absorver, tornando a mais um ruído do que, necessariamente, comunicação aproveitável. Embora
vejamos indubitavelmente que Warhol tinha razão em seu argumento, o que mais chama a
atenção é não existir ainda meios tecnológicos ou intuitivos para nos permitir o controle sobre o
excesso de informação que nós mesmos geramos. Uma vez que aprendemos a gerar informação,
aproveitável e nem tanto, tal aprendizado deveria ser seguido do conhecimento de análise
informacional através da popularização do método científico, para que desta forma surja um
novo paradigma da informação, a capacidade do cidadão comum em questionar as informações
que são geradas a todo o momento com análise crítica sobre a mesma, assim tornando a
sociedade em pensadores analíticos, que encontrarão na Epistemologia sua fonte inspiratória de
compreensão das incógnitas atuais e na rede sua ferramenta de busca e divulgação de hipóteses e
teses para uma sociedade melhor preparada para o presente e futuro. Porque, preparadas ou não,
as redes de comunicação digital constituem hoje a nova morfologia social de nossa sociedade e a
difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos
processos produtivos e de experiência, poder e cultura. Moldando a informação ao seu uso
específico, com ou sem excesso, mas controlada.

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