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Os critérios que presidiram à selecção da amostra, seguidamente apresentada, radicam nos seguintes pressupostos:
Escolas que ministrassem ensino secundário, à semelhança daquela onde exerço as funções de professora bibliotecária;
Uma escola geograficamente próxima desta e outras de regiões do país distintas;
A escolha desta selecção teve como objectivo verificar de que forma a BE é perspectivada em vários pontos do país,
tomando como referência a “minha” escola cuja realidade me é familiar.
A amostra é constituída por cinco escolas não agrupadas de zonas diversificadas do país – Centro, Lisboa e Vale do Tejo,
Alentejo e Algarve, a saber:
v Escola Secundária c/ 3.º Ciclo de Oliveira do Hospital (onde exerço as funções de professora bibliotecária) – avaliação
externa em 2 e 3 de Abril de 2008;
v Escola Secundária c/ 3.º Ciclo de Campo Maior – avaliação externa em 6 e 7 de Novembro de 2008;
- “Défice de formação
em sectores importantes
tais como a BE (a
funcionária afecta fez a
última formação na área
há dez anos)”
- “Acções de formação
desenvolvidas no
âmbito do Centro de
Recursos.”
vectores do PE (feira
do livro, recepção a
escritores e
ilustradores,
concurso de
ortografia). O seu
horário das 8h às
22h30 cobre todo o
tempo lectivo. A
página da Biblioteca
é um serviço de
difusão da
informação, em
particular de
documentação
relevante.”
Como se constata facilmente pela leitura do quadro anterior, a existência de referências às Bibliotecas Escolares nos
Relatórios de Avaliação Externa efectuada pela IGE são diminutas e circunscrevem-se, quase na totalidade da amostra, ao
domínio 3. Organização e gestão escolar. Destaca-se a Escola Secundária c/ 3º CEB de Campo Maior que, das cinco analisadas,
é a que denota um elevado reconhecimento do valor e importância da BE na escola, nomeadamente nas aprendizagens dos
alunos. Contudo, a BE é ainda utilizada, nesta escola, como um espaço de punição quando para lá são enviados os alunos com
comportamentos perturbadores nas aulas.
Por outro lado, a Escola Secundária Tomás Cabreira, de Faro, revela um total alheamento e omissão relativamente à BE.
Acresce, porém, uma outra constatação resultante do facto de conhecer a realidade da primeira escola elencada no quadro,
a Secundária c/ 3º CEB de Oliveira do Hospital. O relatório da IGE referente à avaliação externa da mesma não espelha o impacto
da BE, não fazendo referência a actividades de mérito realizadas na escola e dinamizadas pela BE ou com a sua colaboração.
Algumas destas são, no entanto, idênticas às referidas no relatório de avaliação externa da Escola Secundária c/ 3º CEB de
Campo Maior.
Conclui-se, assim, que o processo de Avaliação Externa da IGE, embora partindo de um quadro de referência comum para
todas as escolas do país, reflecte de forma diversa as realidades observadas. Nesta sequência, a Auto-avaliação das Bibliotecas
Escolares será uma mais-valia inegável para o reconhecimento do valor da BE e da sua missão em prol da melhoria das
aprendizagens, do sucesso educativo dos alunos e do enriquecimento da escola a nível cultural.