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1) O documento é uma defesa de um motorista autuado por dirigir sob influência de álcool.
2) Ele alega que o resultado do teste de alcoolemia pode ter sido um equívoco, já que não havia ingerido bebida alcoólica.
3) Também questiona a legalidade do teste, alegando que o etilômetro pode estar com problemas ou com a calibração vencida.
1) O documento é uma defesa de um motorista autuado por dirigir sob influência de álcool.
2) Ele alega que o resultado do teste de alcoolemia pode ter sido um equívoco, já que não havia ingerido bebida alcoólica.
3) Também questiona a legalidade do teste, alegando que o etilômetro pode estar com problemas ou com a calibração vencida.
1) O documento é uma defesa de um motorista autuado por dirigir sob influência de álcool.
2) Ele alega que o resultado do teste de alcoolemia pode ter sido um equívoco, já que não havia ingerido bebida alcoólica.
3) Também questiona a legalidade do teste, alegando que o etilômetro pode estar com problemas ou com a calibração vencida.
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TRNSITO DE MINAS GERAIS- RGO
EXECUTIVO E INTEGRANTE DA ESTRUTURA DA POLICIA CIVIL
Ref. Processo Administrativo de Infrao - OBJETO: DEFESA PROCESSO ADMINISTRATIVO
FULANO DE TAL, ( qualificao completa), vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar DEFESA em face do processo administrativo instaurado, em epgrafe, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1- DA NOTIFICAO RECEBIDA O notificado acima qualificado recebeu citao/notificao do processo administrativo epigrafado, instaurado pela infrao ao artigo 165, do Cdigo de Trnsito Brasileiro, podendo acarretar a penalidade de suspenso do direito de dirigir veculo, realizao de Curso de Reciclagem em Centro de Formao de Condutor e aprovao em exame perante o Departamento de Trnsito, conforme os Artigos 256, III, pargrafo 1 e 268, II do Cdigo de Trnsito brasileiro, Lei n 9503/97.
2- DOS FUNDAMENTOS A- DA ABSOLVIO POR NO CONSTITUIR O FATO INFRAO ADMINISTRATIVA
Inicialmente cumpre destacar que conforme se verifica do pronturio do condutor, a minha conduta moral pautada com muita tica e responsabilidade, no tendo sequer cometido uma nica infrao anteriormente. Entretanto, em tempo hbil, discorda da autuao elencada no documento de citao, no a reconhecendo, por diversas razes e ir provar com embasamento jurdico que no infringiu a lei, seno vejamos:
Pois bem. No dia 11/01/2014, quando trafegava na Avenida nossa Senhora do Carmo, Belo Horizonte, conduzindo o veculo Fiat Uno, Placa HNX6404, fui parado em uma blitz da polcia, mas j que no havia nada de errado no me preocupei com nada.
Frise-se que no momento da abordagem, eu no me encontrava embriagado, estava completamente sbrio deslocando para casa.
O policial ao realizar a abordagem solicito que eu fizesse o teste de alcoolemia e certo de que no estava embriagado realizei por respeito ao policial.
Para meu espanto o aparelho apresentou resultado positivo para embriaguez, sendo autuado na infrao do art. 165, do Cdigo de Trnsito Brasileiro (Dirigir sob influncia de lcool).
Cumpre destacar que no havia bebido naquela hora ou momentos antes. O resultado do exame me causou estranheza que no havia ingerido quantidade de lcool superior permitida, de modo que crvel o equvoco da aferio do aparelho medidor de alcoolemia, o que no raro de acontecer.
O exame alcolico foi realizado por insistncia dos envolvidos, de modo que o contestante tinha ampla e total convico de seu estado de sobriedade, entretanto, para meu espanto foi constatada a presena de 0,06 m/l de lcool no sangue.
sabido que a maioria dos etilmetros utilizados pelos rgos de fiscalizao est com seus laudos de aferio vencidos ou at mesmo os seus modelos no regulamentados pela legislao vigente, e certamente o aparelho utilizado na data estava com algum problema tcnico para gerar o resultado apresentado.
Impende esclarecer que a Resoluo 432/13 do Contran (Conselho Nacional de Trnsito), reduz a tol ernci a para autuao por embriaguez ao volante. A embriaguez pode ser comprovada pelo teste do bafmetro, exames laboratoriais, vdeos ou testemunhos.
No caso do bafmetro a tolerncia caiu de 0,10 mg/l(miligramas de lcool por litro de ar expelido) para 0,05 mg/l. J para o exame de sangue, qualquer concentrao de lcool permite a autuao.O teste do bafmetro ao apontar concentrao igual ousuperior a 0,34 mg/l ou do exame de sangue apresente resultado igual ou superior a 6 decigramas, o ato de dirigir passa a ser considerado crime e o motorista tambm ser preso. Nem mesmo o uso de enxaguantes bucais com algum teor alcolico escapa das novas regras.
Por fora da Resoluo 432/13 do Conselho Nacional de Trnsito (Contran), que regulamentou a Lei 12.760/12 (nova Lei Seca), um bombom com licor poderia significar para o motorista R$ 1.915,40 de multa, um ano sem carteira,apreenso do veculo, sete pontos no pronturio etc.
O Brasil, com a poltica da tolerncia zero de lcool no sangue, se tornou um dos 12 pases do mundo mais rigorosos em matria de embriaguez ao volante. Dentre os 82 pases pesquisados pela International Center for Alcohol Policies(EUA) ( Folha de S. Paulo de 25.06.08, p. C3), 11 deles adotavam o tolerncia zero de forma absoluta: Armnia, Azerbaijo, Colmbia, Crocia, Repblica Tcheca, Etipia, Hungria,Nepal, Panam, Romnia e Eslovquia. A esse rol agora temos que acrescentar o Brasil, 12 pas a se incorporar ao restrito grupo da tolerncia zero.
Ficar sem habilitao durante um ano em virtude de um bombom com l i cor e um enxaguant e bucal que ut i l i zou no di a, no entanto, nos parece uma regra excessiva.
A reportagem da Fol ha de S. Paul o (31.01.13, p. C9), com autorizao da Polcia Militar, fez o seguinte teste:
Uma pessoa comeu um bombom com licor, outra usou um enxaguante bucal e a terceira bebeu 200ml de cerveja ( menos de meio copo de cerveja). Em seguida passaram pelo etilmetro (bafmetro). Resultado: 0,08 mg, 0,34 mg e 1,3 mg, respectivamente. A primeira situao teria sido enquadrada na infrao administrativa e as duas ltimas no crime do art. 306.
Dura lex sed lex , disse o militar (com outras palavras) que acompanhava o teste. Os critrios puramente quantitativos, como se v, criam situaes de muita injustia e de desequilbrio.
A resoluo citada, de qualquer modo, tem fundamento no disposto no artigo 276 do Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB):
Qual quer concentrao de l cool por l i tro de sangue ou por l i tro de ar al veol ar sujei ta s penal i dades previ stas no art. 165
A tolerncia zero passou a ser absoluta em relao ao exame de sangue e relativa no que diz respeito ao etilmetro, visto que ele exige o mnimode 0,05 mg/L de ar alveolar expirado. Nada, praticamente nada, escapa do novo regramento jurdico. O pargrafo nico do artigo 276 diz: O CONTRAN disciplinar as margens de tolerncia quando a infrao for apurada por meio de aparelho de medio, observada a legislao metrolgica.
Isso foi feito na Resoluo 133/2012. A tolerncia, antes, equivalia a 0,1 miligramas de lcool por litro de ar alveolar, correspondentes a dois decigramas de lcool por litro de sangue. Havia uma alcoolizao absolutamente insignificante inclusive para fins administrativos (sancionatrios). Com a nova resoluo tudo se alterou. A tolerncia praticamente zero (0,05 mg/L).
MAS JUSTO CASSAR A HABILITAO, POR UM ANO, DE QUEM, COM BAIXSSIMA INGESTO DE SUBSTNCIA PSICOATIVA (BOMBOM COM LICOR OU ENXAGUANTE BUCAL), DIRIGE NORMALMENTE, COM SEGURANA, COM DOMNIO DA DIREO, SEM AFETAR, COM UMA CONDUO ANORMAL, O NVEL DE SEGURANA VIRIA, MUITO MENOS O PRINCPIO DA CONDUO SEGURA?
Tive constatado no etilmetro cerca de 0,06 mgl apenas. No seria o caso de se aplicar o princpio da insignificncia, livrando o sujeito de qualquer tipo de sano? Ou, pelo menos, no seria o caso de se fazer um segundo teste do etilmetro, alguns minutos depois? No caso da reportagem da Folha deS. Paulo, 15 minutos depois nada mais foi constatado! Da o novo posicionamento do capito da PM Srgio Marques: O motorista tem o direito de aguardar 15 minutos antes de fazer o teste (a contraprova). Para ele, o bombom com licor no vai dar multa (O Estado de S. Paulo de 04.02.13, p. C1).
LOGO, DEVE SER RECONSIDERADA A APLICABILIDADE DA MULTA EM MEU DESFAVOR, POIS A UTILIZAO DE SUBSTNCIA DIVERGENTE DO LCOOL NO TEM O CONDO DE CARACTERIZAR A MULTA ADMINISTRATIVA PREVISTA NA NORMA VIGENTE, TENDO EM VISTA QUE ME ENCONTRAVA EM PLENAS CONDIES DE CONDUZIR O VECULO NAQUELE MOMENTO SEM APARENTAR QUALQUER SINAL VISVEL DE EMBRIAGUEZ.
Ademais, uma legislao to rigorosa como a que temos agora acaba desestimulando at mesmo a colaborao do motorista, que certamente vai raciocinar da seguinte maneira: melhor no fazer nenhum tipo de teste e deixar que tudo seja julgado pelos sinais indicadores da embriaguez, que implicam uma valorao subjetiva fluida e lotrica. Soprando o etilmetro, com certeza vai haver punio e at mesmo injustia. No soprando, pode ser que sim, pode ser que no.
Logo, considerando a deficincia da prova tcnica, somada a ausncia de sinais de embriaguez e a violao do direito constitucional de ampla defesa e contraditrio (CONTRAPROVA), a melhor soluo para o feito desconsiderar a multa administrativa.
B- DA DESCONSIDERAO DO TESTE DE ALCOOLEMIA E ANULAO DO AUTO DE INFRAO
O artigo 6 da Resoluo 206/2006 do CONTRAN estabelece quatro requisitos necessrios para que o aparelho de verificao seja considerado em condies de uso. So eles:
Art. 6. O medidor de alcoolemia etilmetro deve observar os seguintes requisitos: I ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial INMETRO, atendendo a legislao metrolgica em vigor e aos requisitos estabelecidos nesta Resoluo; II ser aprovado na verificao metrolgica inicial realizada pelo INMETRO ou rgo da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ; III - ser aprovado na verificao peridica anual realizada pelo INMETRO ou RBMLQ; IV - ser aprovado em inspeo em servio ou eventual, conforme determina a legislao metrolgica vigente.
Assim, considerado o disposto na Resoluo transcrita, certo que o aparelho de bafmetro, alm de ter seu modelo aprovado pelo INMETRO e de passar por uma calibrao inicial (incisos I e II), deve, obrigatoriamente, ser submetido a uma verificao peridica anual, tambm pelo INMETRO, sem prejuzo de eventual inspeo, caso exigida pela legislao metrolgica.
Independe, aqui, a diferena conceitual entre calibragem e verificao, como apontado pelo Ministrio Pblico em contrarrazes. Alis, o prprio Ministrio Pblico assim descreveu o conceito de verificao, citando o vocabulrio de metrologia legal do INMETRO: Conjunto de operaes, compreendendo o exame, a marcao ou a selagem e (ou) a emisso de um certificado e que constate que o instrumento de medir ou medida materializada satisfaz s exigncias regulamentares.
Assim, a validade da prova produzida pelo aparelho de etilmetro depende, alm da calibrao inicial (que segundo o vocabulrio do INMETRO o conjunto de operaes que estabelece, em condies especficas, a correspondncia entre o estmulo e a resposta de um instrumento de medir, sistema de medio ou transdutor de medio), tambm a sua verificao anual peridica. A calibragem tem por finalidade estabelecer, tecnicamente, os padres de funcionamento do aparelho; a verificao, por sua vez, se destina a conferir se o aparelho est devidamente calibrado e em normais condies de funcionamento, conforme as exigncias do INMETRO.
Em sntese, so, por bvio, coisas diferentes, e exatamente em razo dessa diferena devem ser observadas cumulativamente, uma independentemente da outra, inclusive porque a verificao se presta a garantir que o aparelho utilizado esteja calibrado, e, pois, em condies de uso.
Retornando ao caso concreto, o exame foi realizado dia 11/01/2014, por isso para que seja considerada vlida tal aferio por etilmetro necessria a apresentao no presente processo de documento que comprove que o aparelho de bafmetro verificado no interregno de tempo entre a sua ltima calibragem e a data do fato esteja dentro do perodo de validade como determina a lei, sob pena de nulidade do exame feito.
3 DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o notificado:
a) Seja apresentado os documentos que comprovem inclusive os laudos tcnicos dos testes previstos, com a finalidade de comprovar que o aparelho de bafmetro, utilizado para realizao do teste de alcoolemia que constatou a suposta embriaguez do Requerente, no estava devidamente calibrado, aferido e apto para uso;
b) Comprovado o no cumprimento do aparelho de bafmetro, requer seja DESCONSIDERADO o teste realizado, j que no h provas concretas de que o Requerente estava sob efeito de lcool, acarretando assim a irregularidade do Auto de Infrao;
c) Caso no seja esse entendimento, que seja acolhida a presente defesa em desfavor da notificao da instaurao de processo administrativo, na forma das razes apresentadas, juntamente com as documentaes anexas, com o seu regular processamento, apreciao, de acordo com Cdigo de Transito Brasileiro;
d) Requer tambm que seja respeitada a Constituio Federal e o Pacto de So Jos da Costa Rica, onde Vossa Senhoria apresente uma deciso legalmente fundamentada; para que, no caso de no acolhimento do pedido mencionado na, esta servir de subsdios para uma possvel correo da ilegalidade e dos atos de quem administrativamente tem obrigao de corrigi-los (SMULA 473 STF), via Poder Judicirio.
e) Requer a imediata excluso dos pontos registrados no pronturio do Contestante com a intimao via postal do resultado da deciso, para requerer o que entender de direito.
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos. g) Por fim requer seja o presente processo administrativo julgado TOTALMENTE IMPROCEDENTE, nos termos da fundamentao retro, com a conseqente anulao de todas as autuaes em seu nome registradas e retirada da pontuao indevidamente gerada em seu cadastro, por ser medida da mais ldima e salutar JUSTIA!