0 Bewertungen0% fanden dieses Dokument nützlich (0 Abstimmungen)
65 Ansichten9 Seiten
1) As pastagens nativas de Mato Grosso do Sul têm capacidade de suporte variando de 0,1 a 0,3 unidades animais por hectare, dependendo da qualidade da área.
2) Taxas de lotação mais baixas resultam em melhor desempenho reprodutivo dos animais e maior persistência das pastagens.
3) Em pastagens cultivadas sob condições de fertilidade natural, é possível obter ganhos diários de animais entre 145 a 204 gramas durante o período seco com lotações de 1,5 a 2,5 novilhas por hectare.
1) As pastagens nativas de Mato Grosso do Sul têm capacidade de suporte variando de 0,1 a 0,3 unidades animais por hectare, dependendo da qualidade da área.
2) Taxas de lotação mais baixas resultam em melhor desempenho reprodutivo dos animais e maior persistência das pastagens.
3) Em pastagens cultivadas sob condições de fertilidade natural, é possível obter ganhos diários de animais entre 145 a 204 gramas durante o período seco com lotações de 1,5 a 2,5 novilhas por hectare.
1) As pastagens nativas de Mato Grosso do Sul têm capacidade de suporte variando de 0,1 a 0,3 unidades animais por hectare, dependendo da qualidade da área.
2) Taxas de lotação mais baixas resultam em melhor desempenho reprodutivo dos animais e maior persistência das pastagens.
3) Em pastagens cultivadas sob condições de fertilidade natural, é possível obter ganhos diários de animais entre 145 a 204 gramas durante o período seco com lotações de 1,5 a 2,5 novilhas por hectare.
CONSIDERAES SOBRE NDICES DE PRODUTIVIDADE DA PECURIA
DE CORTE EM MATO GROSSO DO SUL
3 CAPACIDADE DE SUPORTE DAS PASTAGENS As reas de pastagens nativas so de grande importncia para a produo animal no Estado, em especial no Pantanal, onde a capacidade de suporte normal de 0,2 U.A./ha a 0,3 U.A./ha nas reas melhores, e inferior a isto nas reas mais pobres. Na regio do Planalto, nas reas de vegetao de campo limpo, a lotao de 0,3 U.A. /ha e nas reas de cerrado de 0,2 U.A./ha a 0,1 U.A./ha. Essas lotaes no devem ser mais elevadas, caso contrrio, provocaro degradao acelerada nestes ambientes naturais. Por outro lado, a presena dos bovinos nestas reas muito importante, pois estes evitam o crescimento do extrato graminceo inferior, reduzindo dessa forma a formao de macega (facho). O boi nestas reas considerado como "bombeiro" por tcnicos e produtores, j que sua ao na vegetao do extrato inferior reduz o risco de queimadas muito intensas que poderiam destruir a vegetao arbrea. Alm disso, o bovino tem possibilitado uma convivncia harmoniosa com a fauna silvestre nativa destas reas, sendo esta atividade econmica uma das melhores formas de preservao ambiental para estas regies. A capacidade de suporte das pastagens bastante varivel em funo do solo, clima, estao do ano e espcie ou cultivar forrageira. Tambm o desempenho animal necessrio ou desejado e o sistema de produo adotado tm efeito marcante na capacidade suporte da pastagem. Para a fase de cria, que em geral ocupa as piores pastagens, as taxas de lotao necessitam ser baixas a moderadas para obteno de um bom desempenho reprodutivo. Em pastagens nativas de boa qualidade em Terenos, MS, Corra (1994) obteve 75% de prenhez em vacas neloradas com lotao de 0,2 vaca/ha/ano a 0,3 vaca/ha/ano. Em pastagem cultivada de Setariaanceps cv. Kazungula vedada em abril, Pimentel & Zimmer (1983) obtiveram menores ganhos e menores taxas de reconcepo e maiores intervalos entre partos em novilhas gestantes com maiores taxas de lo-tao durante o perodo seco, como pode ser visto na Tabela 7. TABELA 7. Ganho de peso de novilhas neloradas gestantes, taxa de primeira reconcepo e intervalo entre partos, durante a poca seca (maio a outubro) em pastagens de Setaria anceps cv. Kazungula, em trs cargas animais. Mdia de quatro anos (1978/81). Campo Grande, MS. Lotao U.A. Peso inicial (kg) Ganho animal % de recon- cepo Intervalo entre parto (meses) kg/an. g/an./dia kg/ha 0,75 360 48 434 36 83 14 1,00 360 35 347 36 72 17 1,25 361 28 252 34 64 18 Obs.: U.A.=uma novilha; perodo mdio de pasto=113 dias. Fonte: Pimentel & Zimmer (1983). Neste trabalho importante ressaltar que a pastagem, aps cinco anos, estava totalmente degradada na lotao mais elevada. Esses dados indicam que a lotao mais baixa resultou em degradada na lotao mais elevada. Esses dados indicam que a lotao mais baixa resultou em melhor desempenho reprodutivo e melhor persistncia da pastagem e cobertura de solo. Tambm os animais das lotaes mais leves tenderam a apresentar maior tamanho corporal como vacas adultas e maior longevidade produtiva. Para forrageiras como Brachiaria decumbens, B. brizantha que perfazem mais de 75% das pastagens cultivadas de MS, resultados de ganho de peso e desempenho reprodutivo podem ser idnticos aos obtidos em setria kazungula. No Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte, Campo Grande, MS, em B. decumbens estabelecida sobre Latossolo Roxo com boa fertilidade natural e vedada em abril, Cardoso et al. (1997), nos experimentos com lotaes de 1,5 novilha/hectare; 2 novilhas/hectare e 2,5 novilhas/hectare (0,55 U.A./novilha) obtiveram ganhos de 204 g/animal/dia; 174 g/animal/dia e 145 g/animal/dia, respectivamente, durante o perodo seco, na mdia de sete anos de avaliao. Durante o perodo de guas, as pastagens foram utilizadas por novilhos de engorda com 2 animais/ha a 2,5 animais/ha, com ganhos variando de 373 g/animal/dia a 914 g/animal/dia. As taxas de concepo das novilhas foram variveis ao longo dos anos. O efeito marcante do peso inicial das mesmas e melhores ganhos obtidos durante o perodo seco favoreceram o desempenho reprodutivo. Para as fases de recria e engorda, o desempenho bastante varivel entre os perodos seco e chuvoso do ano, mas importante considerar o equilbrio entre ganho/hectare e ganho/animal ao longo do ano, para que as metas de produo e idade e peso de abate ideal possam ser atingidos. Os dados a seguir demonstram que o desempenho de novilhos em pastagens sob condies de fertilidade natural pode ser satisfatrio, desde que as lotaes e manejo da pastagem sejam adequados. Em pastagens de braquirias estabelecidas em LVE fase cerrado, que bem representativo de MS, Nunes, citado por Vieira (1991), obteve maior ganho/hectare nas lotaes mais elevadas, mas os ganhos por animal foram maiores na lotao mais leve (Tabela 8). importante notar que o ganho de peso mdio, nessas trs forrageiras, por animal/dia na lotao mais leve, 403 g/an./dia, implicaria numa idade de abate de 31 meses. Com ganho de 335 g/an./dia na lotao intermediria, o abate seria aos 36 meses e, na lotao alta, com 275 g/an./dia, o abate ocorreria somente aos 42 meses. Considerando que o animal foi desmamado aos seis meses de idade, com 150 quilos de peso vivo (0,44 U.A.), ganhou 300 quilos para ser abatido com 450 quilos de peso vivo. As pastagens recm-formadas de B. decumbens em cerrados, sem adubao, segundo Euclides (1994), podem comportar de 1 U.A./ha/ano a 1,5 U.A./ha/ano, mas esta taxa de lotao tende a sofrer sensveis decrscimos com o tempo. Isto tambm pode ser observado em pastagens de B. brizantha cv. Marandu (Tabela 9). TABELA 8. Ganhos de peso vivo de novilhos nelores em trs braquirias, em trs cargas animais nos perodos seco e chuvoso de 1980 a 1983 (mdia de quatro anos). UA/ha Forrageiras (140 dias) Perodo seco
(196 dias) Perodo chuvoso
(336 dias) Ano todo
kg/ha g/an./dia
kg/ha g/an./dia
kg/ha g/an./dia 0,9 Brachiaria humidicola 10 46
167 518
177 321 B. ruziziensis 30 141
190 592
220 404 B. ruziziensis + B. decumbens 69 325
193 598
262 484 Mdia
220 403
1,2 B. humidicola 7 14
195 501
202 298 B. ruziziensis 36 137
240 539
276 372 B. ruziziensis + B. decumbens 23 82
220 517
243 336 Mdia
240 335
1,5 B. humidicola -9 -42
247 467
238 255 B. ruziziensis -7 -19
296 560
289 270 B. ruziziensis + B. decumbens -2 -9
272 521
272 300 Mdia
266 275 Fonte: Adaptado de Vieira (1991). TABELA 9. Ganhos de peso de novilhos em pastagens de Brachiaria brizantha cv. Marandu, em duas taxas de lotao, e percentagens (%) de invasoras, em trs ciclos experimentais.
Ano
1983/85
1985/87
1987/89
Taxa de lotao
1,4 1,8
1,4 1,8
1,4 1,8 kg/animal/perodo 269 237
267 195
203 138 g/animal/dia 400 350
375 285
295 185 kg/ha/perodo 710 895
515 588
515 435 N o de novilhos/ha 2,5 3,5
2 3
2,5 3,5 Invasoras (%) 0,2 0,1
- -
12 16 Fonte: Bianchin (1991). No primeiro e segundo ciclos de pastejo, foi possvel levar parte dos animais, at o abate, aos 30 meses na lotao mais baixa de 1,4 U.A./ha. No entanto, nestas condies de solo LVE fase Cerrado em ambas as lotaes, houve um decrscimo de produo ao longo do tempo e este foi mais acentuado na lotao mais alta e, em especial, no terceiro ciclo. mais acentuado na lotao mais alta e, em especial, no terceiro ciclo. A queda de ganho, kg/ha/ano, foi de 27% do primeiro ciclo em relao ao segundo, e terceiro na lotao baixa; j na lotao mais alta, esta foi de 34% do primeiro para o segundo ciclo e de 51% do primeiro para o terceiro ciclo, respectivamente. Isto indica que ambas as lotaes utilizadas foram muito elevadas, especialmente no segundo e terceiro ciclos, provocando a degradao da pastagem e, em conseqncia, um aumento de plantas invasoras (Tabela 9). O ganho dirio de 400 gramas no primeiro ciclo resultou numa idade de abate de 31 meses; j no terceiro ciclo, com ganhos dirios de 295 gramas na lotao baixa e 185 gramas na alta, os pesos de abate no foram atingidos aos 40 meses e de 60 meses, respectivamente. Produes obtidas em Rio Brilhante, MS, com Andropogon gayanus e B. brizantha so ainda inferiores s obtidas em Campo Grande, como demonstram os dados da Tabela 10 em relao aos dados da Tabela 9. TABELA 10. Ganho de peso de novilhos em pastagens de Andropogon gayanus cv. Planaltina e Brachiaria brizantha cv. Marandu. Gramneas
Ganho de peso
Taxa de lotao
g/cabea/dia kg/ha
(U.A./ha) Andropogon
370 142
1,1 Marandu
451 148
0,7 Fonte: Nunes (1990).
Mesmo as pastagens adubadas no respondem de forma muito expressiva adubao, j que o efeito desta mais marcante nos primeiros anos, como mostram os dados das Tabelas 11 e 12. Na Tabela 11, so mostrados os ganhos de peso, mdia dos trs primeiros anos em animais em diversas forrageiras implantadas em LVE com adubao de 1 t/ha de calcrio, 350 kg/ha de superfosfato simples e 100 kg/ha de cloreto de potssio e micronutrientes. Os ganhos/animal entre seca e guas foram diferenciados, sendo que no perodo seco as lotaes foram de 30% a 40% inferiores ao do perodo das guas, havendo tambm diferena expressiva entre o ganho animal nas diferentes forrageiras. Como no houve adubao de manuteno ocorreu queda de produo e, no quarto ano, esta queda foi mais acentuada, com aumento na percentagem de solo descoberto, nas cvs. de Panicum maximum e, de modo mais expressivo, na cv. Colonio, como pode ser visto na Tabela 12.
TABELA 11. Ganhos de peso, por animal e por rea, durante os perodos seco e chuvoso (mdia de trs anos) em pastagens implantadas em solo LVE, em Campo Grande, MS. Gramneas
g/cabea/dia
kg/ha/ano
Lotao
Seca guas Mdia anual
Nov./ha UA/ha Colonio
210 600 420
325
2,10 1,3 Tobiat
210 650 450
415
2,51 1,6 Tanznia-1
290 720 520
445
2,34 1,5 Brachiaria decumbens
235 460 380
340
2,50 1,6 Marandu
160 550 395
340
2,60 1,7 Fonte: Adaptado de Euclides (1994). TABELA 12. Produo por rea (kg/ha) e percentagens (%) de invasoras e de solo descoberto aps trs e quatro anos de pastejo contnuo, em cinco gramneas, implantadas em solo LVE em Campo Grande, MS.
kg de peso vivo/ha/ano
%sol o % Gramneas
descoberto i nvasoras 3 o ano 4 o ano 4 o ano Colonio
315 240
45 5 Tobiat
360 330
25 1 Tanznia-1
430 365
25 1 Marandu
315 285
1 0 Brachiaria decumbens
315 310
1 0 Fonte: Euclides et al. (1993a, 1993b). Vale ressaltar nestes dados que os ganhos/animal/dia foram satisfatrios somente nos capins tanznia e tobiat, com 450 g/dia e 520 g/dia, necessrios para um desempenho razovel do animal e do sistema. As disponibilidades de forragem nestas pastagens necessitam ser superiores a 1.000 kg de matria seca verde para que a oferta de forragem no seja o fator limitante do ganho de peso (Fig. 2). Isto resulta no fato de que as lotaes mais baixas possibilitam oferta satisfatria de forragem e, em conseqncia, melhores ganhos animais. Outra alternativa seria a aplicao de fertilizantes em algumas reas da propriedade onde esta prtica seja vivel economicamente, aumentando assim a disponibilidade de forragem. FIG. 2. Relaes entre os ganhos de peso dirios por animal (y) e as disponibilidades de matria verde seca (x) em pastagens dos gneros Panicum e Brachiaria. Fonte: Euclides (1997).
As produes obtidas nestas reas de Panicum e Brachiaria, aps a recuperao dos mesmos, com dois nveis de calagem e adubao, quais sejam, 1,5 t/ha e 3 t/ha de calcrio e 400 kg/ha e 800 kg/ha de 0-16-18 mais micronutrientes nos nveis 1 e 2, respectivamente, podem ser vistos nas Tabelas 13 e 14. Os aumentos de produo, mdia dos trs anos, foram expressivos em todas as forrageiras e nos dois nveis de adubao quando comparados com os dados do quarto ano constantes na Tabela 12. Isto foi mais marcante na adubao do nvel 2, mas tambm neste caso houve acentuada reduo de produo do primeiro para o terceiro ano (Tabela 14). Mas a produo no nvel de adubao mais alto (2), a produo no terceiro ano foi ainda idntica a do primeiro ano no nvel 1. Importante destacar que mesmo as lotaes mais elevadas, constantes na Tabela 13, de 3,6 novilhos/ha, equivalem a cerca de 1,9 U.A./ha.
TABELA 13. Mdias dos ganhos de peso por animal (g/nov./dia) e por rea (kg/ha), e taxas de lotao (n o de nov./ha), em trs cultivares de Panicum maximum (Colonio, Tobiat e Tanznia), Brachiaria brizantha cv. Marandu e B. decumbens cv. Basilisk, de acordo com os nveis de adubao (mdia de trs anos). Gramneas Nvel 1 a Nvel 2 b g/nov./dia nov. * /ha kg/ha/ano
420 3,60 600 *Novilho de 200 kg de peso vivo (equivalente a 0,54 UA). a 1,5 t de calcrio dolomtico e 400 kg da frmula 0-16-18/ha. a 1,5 t de calcrio dolomtico e 400 kg da frmula 0-16-18/ha. b 3 t de calcrio dolomtico e 800 kg da frmula 0-16-18/ha. Fonte: Adaptado de Euclides (1996).
TABELA 14. Mdias dos ganhos de peso e reduo do ganho (% ao longo do tempo) por rea (kg/ha/ano), de acordo com os nveis de adubao. Anos Nvel 1 a Nvel 2 b kg/ha % reduo
kg/ha % reduo 1991/92 430 100
660 100 1992/93 380 88
540 82 1993/94 340 79
440 67 a 1,5 t de calcrio dolomtico e 400 kg da frmula 0-16-18/ha. b 3 t de calcrio dolomtico e 800 kg da frmula 0-16-18/ha. Fonte: Adaptado de Euclides (1996).
Mesmo em solos de alta fertilidade natural e adubados os ganhos no so to expressivos. Euclides (1994) cita dados de lotaes de 2,1 U.A./ha em B. brizantha e cv. Colonio implantadas em Latossolo Roxo, rea de mata, aps o cultivo de soja com adubao de 250 kg/ha de fosfato de Yoorin. As duas forrageiras apresentaram comportamento semelhante como consta na Tabela 15. TABELA 15. Ganho de peso de novilhos em pastagens de capim-marandu e capim- colonio implantadas em solo Latossolo Roxo, em Dourados, MS. Gramneas
Ganho de peso
Taxa de lotao
g/cab./dia kg/ha/ano
(U.A./ha) Marandu
440 484
2,2 Colonio
432 460
2,1 Fonte: Euclides (1994). J a adubao nitrogenada pode resultar em ganhos de produo, como se observa na Tabela 16, onde as pastagens foram implantadas aps a aplicao de 2,7 t/ha de calcrio, 500 kg/ha de 0-20-20 e 50 kg/ha de FTE-BR-16. Este nutriente tem grande efeito na produo de forragem e proporciona aumento na capacidade de suporte da pastagem, mas o seu custo em geral muito elevado, inviabilizando, portanto, a sua utilizao em larga escala. Vale ressaltar que a adubao nitrogenada pode ser vivel apenas em reas restritas dentro da propriedade, com solos e forrageiras que proporcionem boa resposta, e para animais com bom propriedade, com solos e forrageiras que proporcionem boa resposta, e para animais com bom potencial de ganho que possam proporcionar retorno rpido com bom ganho de peso, ou boa produo de leite. TABELA 16. Ganhos de peso por animal e por rea em pastagens de Panicum maximum cvs. Mombaa e Tanznia-1, com e sem adubao nitrogenada, implantadas em solos LVE, em Campo Grande, MS, sob pastejo rotacionado de sete dias de utilizao e 35 dias de descanso. Cultivares Ganho de peso Taxa de lotao (nov.*/ha) U.A. /ha g/nov./dia kg/ha/ano Mombaa 410 700 3,76 2,4 Tanznia-1 440 710 3,61 2,3 Tanznia-1 + 100 kg N/ha 465 830 3,85 2,5 *Novilho de 250 kg de peso vivo. Fonte: Euclides et al. (1997). As lotaes e desempenhos animais apresentados nas Tabelas de 8 a 16 so resultados de experimentos de pastejo conduzidos com critrios e com todos os controles sobre a pastagem e os animais. Esses nveis de produo so difceis de serem obtidos em fazendas comerciais. Em sistemas reais de produo pode-se esperar desempenho de no mximo 80% do obtido em experimentos. As lotaes normais em fazendas de MS seriam de cerca de uma cabea por hectare em torno de 0,5 U.A./ha a 0,7 U.A./ha, como tambm foi observado por Corsi citado por Yassu et al. (1997), que considera, para o Brasil, lotaes mdias de 0,5 U.A./ha e para o Estado de So Paulo 0,7 U.A./ha. Em um bom manejo de pastagem e do animal necessrio considerar um equilbrio entre o ganho por unidade de rea e o ganho por animal como demonstrado na Fig. 3. Isto mais relevante em pastagens tropicais, que em geral so de baixa qualidade, onde passa a ser relevante a utilizao de lotaes mais baixas que proporcionaro ao animal uma maior seletividade de forragem consumida, com conseqente aumento no desempenho individual. A lotao para cada local, cultivar forrageira e poca do ano, necessita ser ajustada para obter este equilbrio e de preferncia no incio da faixa tima para evitar a degradao da pastagem. Para MS e Brasil Central Pecurio pode-se afirmar que pelo menos cerca de 80% das fazendas esto com excesso de lotao nas pastagens e se esta fosse reduzida implicaria em ganhos substanciais em desempenho animal e produtividade. A produtividade dos rebanhos de bovinos de corte no pode ser medida apenas pelo nmero de animais e taxa de lotao, mas devem ser consideradas taxa de concepo, taxa de natalidade, quilogramas de bezerro produzidos por vaca, ganho de peso vivo por animal e por hectare de forma equilibrada e quilogramas de carne produzidos por hectare.
FIG 3. Relaes entre presso de pastejo (n), ganho de peso por animal (g) e ganho de peso por unidade de rea (G). Fonte: Mott (1960). sumrio captulo anterior prximo captulo