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O que faz algumas cidades terem sucesso e outras oscilarem no limbo econômico entre a letargia tecnológica, a obsolescência intelectual e a violência urbana? Sob taxas aceleradas de transformação global, não ter sucesso é um eufemismo para evasão das capacidades produtivas e para limitadas habilidades de financiar proyetos de investimento.
O que faz algumas cidades terem sucesso e outras oscilarem no limbo econômico entre a letargia tecnológica, a obsolescência intelectual e a violência urbana? Sob taxas aceleradas de transformação global, não ter sucesso é um eufemismo para evasão das capacidades produtivas e para limitadas habilidades de financiar proyetos de investimento.
O que faz algumas cidades terem sucesso e outras oscilarem no limbo econômico entre a letargia tecnológica, a obsolescência intelectual e a violência urbana? Sob taxas aceleradas de transformação global, não ter sucesso é um eufemismo para evasão das capacidades produtivas e para limitadas habilidades de financiar proyetos de investimento.
Diretor do CeTRIS, Coordenador do Curso de Relaes Internacionais da FACAMP. razas@cetris.com.r O que faz algumas cidades terem sucesso e outras oscilarem no limbo econmico entre a letargia tecnolgica, a obsolescncia intelectual e a violncia urbana? Sob taxas aceleradas de transformao global, no ter sucesso um eufemismo ara evaso das caacidades rodutivas e ara limitadas !abilidades de financiar ro"etos de investimento# $ erda de qualidade de vida resultante evidencia%se na forma de ruas esburacadas, servios &blicos deficientes geridos or uma burocracia let'rgica e, rincialmente, ela degradao da segurana &blica# (e acordo com a $nistia )nternacional, a taxa de "ovens menores de *+ anos assassinados no ,rasil de +*#* ara cada -.. mil !abitantes, duas vezes maior do que a taxa de mortes em acidentes de tr/nsito, contra -0#* nos 12$ e *#- na )t'lia# Somente 34 dos +.#... crimes violentos que ocorrem or ano no ,rasil so submetidos a um rocesso "udicial comleto# 5etade dos seq6estros do mundo ocorre na $mrica 7atina# (esse total, segundo a emresa analista de seguros 8roll de 9ova )orque, o ,rasil resonde or mais de -#... desses crimes# :alores bem sueriores aos registros oficiais# ;ro"eta%se que, dentro de -. anos, mantidas as condi<es atuais, cidades brasileiras do orte de =aminas abrigaro cerca de 0#... "ovens organizados em gangs urbanas de extrema violncia >as maras % o flagelo da globalizao defeituosa?# 1sses n&meros no devem estar muito errados, "' que, de acordo com esquisa internacional indeendente, s o ;== arece contar com uma rede de -@. mil essoas# O ,anco 5undial aonta que essa situao custa ara a $mrica 7atina mais de 0. bil!<es de dlares or ano# ;ara o ,rasil, isso custa !o"e a bagatela de A bil!<es de dlares cada ano# 1 tende a iorar# 1sse cen'rio tem ocuado a mente de gestores &blicos >elo menos de alguns?, que imulsionam analistas internacionais na busca da identificao de cadeias de causalidades resons'veis ela romoo do sucesso econmico de outras regi<es metroolitanas, e que ossam servir de um referencial de lane"amento ara suas rrias regi<es# 1ssa esquisa, desde longo temo, tem indicado que a soluo do roblema no est' centrada no assistencialismo oulista iedoso demaggico, mas, sim, na combinao de liderana olBtica, emreendimento econmico e caacidade de inovao# Sendo essa <ima, a inovao, o motor das duas rimeiras# (entro dessa lgica, algumas cidades do mundo, Cas!ington (#=#, or exemlo, que semre foi uma cidade DcomlicadaE e que "' conta com mais de +#... membros de gangs urbanas, est' trabal!ando com o rosito de reconfigurar%se como um lo atrator de fora de trabal!o criativa# 1ssa olBtica est' escorada em uma remissa simlesF a romoo do desenvolvimento econmico deende da caacidade de inovao e esse assa ela caacidade de atrair e fixar essoas criativas na regio >afinal, essoas so os agentes criativos, no m'quinas G elo menos ainda noH?# 1ssa idia fora transforma%se em realidade atravs de ro"etos arquitetnicos e de engen!aria na fronteira das ossibilidades tcnicas, visando criar esaos urbanos marcados ela diversidade cultural, social e tnica# O mesmo mecanismo intelectual que a"uda a desenvolver caacidades de toler/ncia I diversidade o motor cognitivo da caacidade !umana de inovar# $ articulao desses esaos efetuada dentro de corredores de inovao or meio de uma viso de futuro coerente e consistente que romove o desenvolvimento de um sentimento de DertencenaE a um local din/mico que valorize a autonomia e autenticidade das formas de ensar# 1 isso no caroH (emanda, basicamente, um redesen!o dos maas mentais com que ercebemos nosso entorno e atravs dos quais criamos os critrios que iro a"uizar nossas rioridades# 1instein estava certoF Dcriatividade mais imortante do que con!ecimentoE# $ funo do gestor &blico nesse rocesso o de ordenar uma constelao de interesses em torno dessa viso de futuro % encasulada em um lano diretor % que romova a transio da regio metroolitana como um todo ara est'gios sueriores de desenvolvimento econmico# $ verdadeira liderana olBtica desenvolve%se em torno de uma viso de futuro intencionalmente construBda, caaz de articular claramente metas de governo e de atrair investimentos ara essas metas# $ construo dessa viso de futuro deende da caacidade de transor barreiras organizacionais, intelectuais e culturais ara aerfeioar rodutos e rocessos existentes, ara desenvolver rodutos e rocessos inovadores que atendam a requisitos de efic'cia distintos dos existentes, e ara conceber ambientes cognitivos e estratgicos ainda no integrados I exerincia !umana# )novao con!ecimento em transformao# Se aceitarmos esses rincBios, as erguntas que se seguem soF temos um lano diretor que romova a transformao da J5= nessa direo? Kual a lgica articulante desse lano diretor? Kuais cometncias definiro a Jegio? =omo essas cometncias esto alin!adasLintegradas a outros corredores de exortao nacionais e globais? Kuem est' ensando tudo isso? Sem resostas ara essas quest<es, a noo de criar condomBnios tecnolgicos, simlesmente transforma as refeituras em sofisticadas agncias de incororaoLcorretagem de imveis# )ncentivos or reduo de imostos atraem mais eseculadores do que inovadores# ;lanos de desenvolvimento roduzidos or intelectos asteurizados levam a lugar nen!um# ;ode arecer doloroso, mas o sucesso da J5= no ainda um fato consumado# M uma realidade em construo# ;ara agregar exectativas de sucesso, necessitamos, urgentemente, ligar o motor do design de inovao na J5=, alimentado%o no manancial criativo que as faculdades aqui instaladas oferecem# =abe ao gestor &blico criar o ambiente e condi<es ara tal, deixando as foras criativas emergirem or si sH