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Critério para Atendimento a Forno a Arco

SUMARIO
1. FINALIDADE................................................................................................ 03

2. TERMINOLOGIA ........................................................................................ 03

3. O SURGIMENTO DOS FORNOS A ARCO ................................................ 04


3 –1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO AQUECIMENTO ELÉTRICO ........... 04

4. O ARCO ELÉTRICO ................................................................................... 04


4.1 – CARACTERÍSTICAS DO ARCO LIVRE ................................................. 05

5. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ........................................................... 05

6. COMPONENTES DE UM FORNO A ARCO ............................................... 07


6.1 – CARCAÇA ........................ ...................................................................... 06
6.2 – CUBA....................................................................................................... 06
6.3 - ELETRODOS............................................................................................ 06
6.4 – TRANSFORMADOR E REATOR............................................................. 06

7. TIPOS DE FORNOS A ARCO .................................................................... 07

8. CÁLCULO DA DEMANDA DE UM FORNO A ARCO ................................. 08


8.1 – DETERMINAÇÃO DA MÁXIMA POTÊNCIA ABSORVIDA PELO
FORNO ................................................................................................. 09
a) MÓDULO DA MÁXIMA POTÊNCIA ABSORVIDA ............................. 09
b) FATOR DE POTÊNCIA QUANDO DA MÁXIMA POTÊNCIA
ABSORVIDA ...................................................................................... 09
8.2 – DEMANDA DE UM FORNO A ARCO ..................................................... 10

9. EFEITO DEVIDO A OPERAÇÃO DE FORNO A ARCO NA REDE DE


ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................. 11

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9.1 – CÁLCULO DE UMA FLUTUAÇÃO DE TENSÃO..................................... 11


9.2 – CARACTERIZAÇÃO DO EFEITO FLICKER ........................................... 12
9.3 – QUANTIFICAÇÃO DOS EFEITOS ATRAVÉS DO PADRÃO DE
VARIAÇÃO DE TENSÃO (Vfg) ................................................................ 12
9.3.1 – OPERAÇÃO DE UM ÚNICO FORNO A ARCO .................................... 13
9.3.1.1 – MONTAGEM DA MATRIZ IMPEDÂNCIA – EXEMPLO ..................... 14
9.3.2 – OPERAÇÃO DE VÁRIOS FORNOS A ARCO ...................................... 17
9.3.2.1 – FORNOS CONECTADOS NA MESMA BARRA ................................ 17
9.3.2.2 – FORNOS EM BARRAS DIFERENTES.............................................. 18

10. CRITÉRIOS DE ATENDIMENTO .............................................................. 19


10.1 – CRITÉRIO DE CARREGAMENTO E NÍVEL DE TENSÃO.................... 19
a) DEMANDA DO FORNO (D) ............................................................... 19
b) FATOR DE POTÊNCIA DO FORNO (FP) ......................................... 19
10.2 – CRITÉRIO DE FLUTUAÇÃO DE TENSÃO E “FLICKER”...................... 20

11. MANEIRAS DE ATENUAR A FLUTUAÇÃO DE TENSÃO ........................ 20

12. FOLHA DE DADOS A SER FORNECIDA PELO CONSUMIDOR ............. 20

13. EXEMPLO DE APLICAÇÃO ...................................................................... 20


a) CIRCUITO COM UM FORNO A ARCO – CÁLCULO MANUAL............. 20
b) CIRCUITO COM DOIS FORNOS – RESULTADOS ATRAVÉS DO
MICROCOMPUTADOR ......................................................................... 32

ANEXO 1 - ........................................................................................................ 35

ANEXO 2 - ........................................................................................................ 37

ANEXO 3 - ........................................................................................................ 38

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1. FINALIDADE

A presente norma trata dos fornos elétricos a arco, especificamente aqueles


ligados em redes de distribuição primária, e tem como objetivos básicos :

- Estabelecer um modelo de cálculo para este tipo de carga, a fim de se


quantificar o padrão de variação de tensão causado pelo acionamento de um ou
mais fornos na rede de distribuição da CPFL;.
- Estabelecer o critério para atendimento destes fornos, objetivando assegurar a
manutenção da qualidade do fornecimento de energia elétrica a todos os
consumidores.

2. TERMINOLOGIA

A) Barra
Qualquer ponto significativo do sistema em que se queira destacar qualquer
grandeza elétrica.

B) Barramento Infinito
É uma barra do sistema que contém potência de curto-circuito infinita, na qual a
tensão e freqüência são invariáveis.

C) Tensão de Alimentação
É a tensão efetivamente recebida pelo consumidor, no ponto de entrega de
energia, em condições normais de operação.

D) Queda de Tensão
Qualquer redução verificada no nível de tensão de alimentação produzida pela
ligação de cargas no sistema.

E) Flutuação de Tensão
É uma série de variações na tensão, podendo ser regular ou não.

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F) Flicker
É a impressão visual de uma variação na luminosidade, regular ou não.
Podendo dependendo da intensidade, causar irritações à visão do ser humano.

3. O SURGIMENTO DOS FORNOS A ARCO

O agravamento da crise energética que gerou programas de conservação de


energia e de substituição de combustíveis líquidos por energia elétrica ao longo da
década de 80, aliado ao avanço tecnológico e as necessidades de produtos
metalúrgicos com características de qualidade cada vez mais rigorosas, tanto no
âmbito do mercado interno como a nível internacional, levaram ao surgimento e a
penetração de equipamentos que se utilizam do aquecimento elétrico de forma
crescente.
Estes equipamentos, se de um lado melhoram significativamente a performance
destes segmentos industriais, em contra partida provocam sérios distúrbios ao
sistema supridor de energia elétrica.

3.1 – Características Básicas do Aquecimento Elétrico

a) Eficiência
O aquecimento elétrico obedece a uma inquestionável lei da física. O
coeficiente de conversão da eletricidade em calor é de 100%, sendo exigido
sempre para os demais combustíveis a presença de ar, o qual após ser
aquecido expele gases perdendo calorias.
Em contra partida o forno elétrico pode trabalhar no vácuo.
No aquecimento elétrico são possíveis menores gradientes de temperatura
entre o elemento gerador de calor e o corpo aquecido, por conseguinte
menores perdas de calor por radiação.

b) Facilidade de Controle
A energia elétrica pode obedecer a um refinamento de controle incomparável.
Termostatos operando chaves liga-desliga realizam um comando preciso das
temperaturas, haja visto que é invariável o calor produzido pela eletricidade.
Essa invariabilidade de conversão da eletricidade em calor, permite segura
automação nos casos de operação intermitente.

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4. O ARCO ELÉTRICO

O arco é formado pela passagem de uma corrente elétrica através do ar ionizado


que separa os dois pontos entre os quais o arco é formado.
O arco pode saltar de um eletrodo para outro, ou de um eletrodo para o material.
Com corrente alternada o arco se extingue ao final de cada meio ciclo. O instante
do reinicio da corrente a contar do começo de um ciclo para uma dada tensão
aplicada, depende da natureza do catodo, sua temperatura e da atmosfera
existente entre os eletrodos.
Um certo valor instantâneo de tensão é necessário para a partida da corrente. Este
atraso é praticamente zero quando a atmosfera que envolve os eletrodos é de
vapor metálico.

4.1 – Características do Arco Livre

De um modo geral, a tensão necessária para manter um arco elétrico num meio
ionizável a uma distância “L” constante, segue uma curva característica volt-
amperes negativa, isto é, a tensão decresce com o aumento da corrente. Vide
Figura 1.1.
A corrente crescente, aumenta o grau de ionização do meio e a resistência
consequentemente diminui. Em conseqüência, pode-se admitir, nos fornos a arco,
a variação linear da potência com a corrente para cada valor fixo da distância “L”.
Vide Figura 1.2.

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Assim fica justificada como conseqüência a variação, também linear, da potência


com a distância “L” do arco para valores fixos da corrente I. Vide Figura 1.3.
Para valores fixos de I, temos tensão de arco variando linearmente com a
distância. Vide Figura 1.4.
Estas características que são próprias das condições correntes dos fornos
industriais a arco mais comuns, conduzem a uma simplificação no processo de
controle de potência e controle de corrente nestes fornos.
O calor gerado no arco elétrico é obtido através do efeito joule

(q = r . I 2
)
. T com a ressalva de que o valor de " r " (resistência de arco) é variável segundo
aponta a Figura 1.1

A temperatura do arco é a própria de ebulição do material que constitue os


eletrodos. São considerados razoáveis :

- eletrodo de carbono - temperatura do arco – 3.413°C


- eletrodo de tungstênio - temperatura do arco – 3.000°C
- eletrodo de ferro - temperatura do arco – 2.430°C
- eletrodo de níquel - temperatura do arco – 2.365°C

Uma característica importante do arco é a grande concentração de potência num


pequeno volume. A temperatura média da câmara de calor se conserva muito
abaixo da temperatura do arco. O enorme gradiente de temperatura que se
estabelece entre o arco e a carga trabalhada não é prejudicial no processo de
fusão de metais.
São valores razoáveis de tensão de arco (Ea) :

- Ea = 50 volts para um arco de 5 cm


- Ea = 150 volts para um arco de 30 cm

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5. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Os fornos a arco funcionam através de ciclos distintos de operações, iniciando


como carregamento do forno e subsequente ignição do arco, terminando com a
corrida do metal fundido. Este ciclo, carga-fusão-descarga, é repetido várias vezes
num processo siderúrgico.
No ciclo de operação do forno a arco, observam-se fases distintas, caracterizando
comportamentos diversos do forno em relação ao sistema elétrico.
Dois períodos distintos de operação são destacados: o período de fusão e o
período de refino.
O período de fusão tem duração aproximada de duas horas, notando-se um sub-
período final de 40 minutos, denominado oxidação.
O período seguinte de refino ou redução, tem duração aproximada de uma hora e
meia.
Nos fornos que operam na produção de aço-liga, e que portanto trabalham com
sucata metálica, a fase inicial do ciclo de operação é caracterizada por inúmeros
curtos-circuitos entre os eletrodos ocasionados pelos pedaços daquele material,
provocando violentas e rápidas variações de carga, geralmente monofásicas e de
baixo fator de potência e trazendo como conseqüência, flutuações de tensão.
A freqüência de ocorrência destes curtos-circuitos é estimada de 0,5 a 2,0 Hz.
Atingindo o processo, a fase de refino ou redução, o metal já atingiu a forma
líquida, sendo possível manter uniforme o comprimento do arco nos três eletrodos,
mediante o uso de dispositivo de regulação automática.
Esta fase de operação é caracterizada por uma carga trifásica estável, de alto fator
de potência.

6. COMPONENTES DE UM FORNO A ARCO

Os fornos a arco são geralmente constituídos de :

6.1 – Carcaça

Construída com chapas de aço, contendo revestimentos internos, material


isolante térmico e refratários, geralmente toma a forma circular.

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6.2 – Cuba

Parte interna à carcaça.


A cuba é a parte mais atacada pelo calor do forno, se desgasta rapidamente, é a
parte do forno onde se aloja o material a ser fundido bem como os eletrodos.

6.3 – Eletrodos

Os eletrodos dos fornos industriais são geralmente fabricados com material


carbonáceo. Carbono e grafite suportam bem as altas temperaturas do arco
(cerca de 4000°C)

6.4 – Transformador e Reator

O transformador é usualmente imerso em óleo e refrigerado a água. O óleo é


bombeado através do transformador e da serpentina mergulhada em água.
Como o transformador do forno alimenta freqüentes curto circuitos, no seu projeto
tem que se prever os esforços mecânicos resultantes destes curtos. O seu
enrolamento secundário tem que ser forte e muito bem preso por braçadeiras
especiais. Contrariamente aos transformadores comuns, as bobinas de alta
tensão são colocadas próximas do núcleo.
O enrolamento primário fica aberto fora do tanque para permitir as mudanças de
ligação triângulo ou estrela.
Vários tipos de ligação primária são previstos.
Um transformador de um forno a arco pode ser exigido em até 130 interrupções
por dia, sobrecarregando também o disjuntor.
A reatância própria dos transformadores para fornos se situa entre 4% e 6%. Para
os transformadores pequenos, isto é, de potência abaixo de 7.500 kVA, há
necessidade de se adicionar reatores no forno, para prevenir exageradas
correntes de curto-circuito. Em geral pequenos transformadores recebem 30% de
reatância adicional.
Dependendo do tamanho e de justificativa econômica, o reator adicional pode ser
mantido dentro do próprio tanque do transformador.

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Nas maiores potências, o reator encontra-se em tanque separado. Quanto as


ligações, o reator pode ficar na linha, caso do transformador com o primário em
estrela ou ficar nas bobinas primárias, caso do transformador em delta.
A figura 1 do Anexo 1, apresenta o esquema de um forno a arco com seus
componentes.
A figura 2 do Anexo 1, apresenta o mecanismo para movimentação de cuba
basculante (usada para descarga do forno).
A figura 3 do Anexo 1, apresenta o dispositivo de vazamento da cuba.
A figura 4 do Anexo 1, apresenta o mecanismo para rotação da tampa da cuba,
usado para carga e descarga.
A figura 5 do Anexo 1, apresenta o esquema elétrico de alimentação do forno a
arco.
Para se quantificar aproximadamente o porte do forno, a Tabela 1 do Anexo 1
apresenta alguns valores relacionados a capacidade, produção, potência e
consumo dos fornos a arco direto.

7. TIPOS DE FORNOS A ARCO

Os tipos de fornos a arco utilizados em indústrias estão contidos no Anexo 2.


O arco indireto ou arco livre ou arco radiante é usado somente em fornos
pequenos. O arco sobre o metal, ou arco direto é usado nos grandes fornos das
aciarías (geralmente estes fornos se encontram no sistema de transmissão).
O arco mergulhado, ou submerso, ou arco-resistência é próprio dos fornos para
ligas ferrosas e eletroquímica, por exemplo, produção de fósforo e da lumina
fundida.
Este último tipo de arco é de muito baixo rendimento elétrico, comparado com o
arco sobre o metal.

8. CÁLCULO DA DEMANDA DE UM FORNO A ARCO

Fornos modernos trifásicos com os eletrodos colocados nos vértices de um


triângulo equilátero, podem ser considerados como sendo simétricos no que se
refere às condições elétricas.

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Quando se assume a simetria elétrica, o circuito trifásico pode ser dividido em três
circuitos monofásicos idênticos.
A resistência representada pela carga do forno vista pelos eletrodos é uma
combinação da ligação D (Delta) e a ligação Y (Estrela). No último caso, a corrente
flui entre os eletrodos e a carga fundida no fundo do forno, onde se forma o ponto
neutro da carga.
A resistência entre os eletrodos e o fundo do forno é variada, subindo ou abaixando
os eletrodos. A reatância indutiva de fase do sistema elétrico do forno pode ser
reduzida a uma reatância singela “XlL, que varia muito pouco. Na prática, as
variações de XL podem ser desconsideradas e o mesmo é geralmente conhecido
como a constante do forno.
As perdas resistivas em cada fase no transformador do forno, no barramento de
cobre e nos eletrodos, podem também ser juntadas para formar uma perda de
resistência singela “r” que para efeito prático, pode ser considerada constante.
A resistência de trabalho por cada fase Rf, define-se como a resistência
equivalente da carga do forno, entre o eletrodo e o fundo do forno, quando se
assume que toda a evolução de energia na fase do forno se processa nessa
resistência.

Assim, a resistência total do forno será :

R = Rf + r (1)
Consideremos o seguinte diagrama unifilar :

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Diante do exposto acima, o forno elétrico a arco será modelado de acordo com o
seguinte circuito equivalente :

Ou seja, o sistema elétrico, “enxergará” a instalação do forno como uma


impedância equivalente “Zeq” dada por :

Zeq = (Rf + r ) + jXl (2)

Ou, em módulo

Zeq = (Rf + r ) + XL2


2
(3)

Onde :

Rf = resistência entre o eletrodo e a carga, que representa a componente


geradora de energia térmica do forno.

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r = resistência do cabo alimentador somado a resistência do transformador do


forno.
Xl = reatância total do circuito do forno correspondendo ao transformador, cabo,
reator (se houver).

8.1 – DETERMINAÇÃO DA MÁXIMA POTÊNCIA ABSORVIDA PELO FORNO

a) Módulo da máxima potência absorvida


Os fornos elétricos a arco, desenvolvem a máxima potência no período de
fusão da carga, correspondendo a uma potência de curto circuito do eletrodo
para a carga, ou ainda uma potência de fusão.
Na maioria dos casos, a potência de curto circuito de um forno é dada na
placa de identificação do equipamento, e aqui chamaremos este valor de
Sccf.
Onde Sccf = potência de curto circuito do forno dada em kVA ou kW.

b) Fator de potência quando da máxima potência absorvida


De acordo com o circuito equivalente da Figura 4, tem-se :

V = (r + Rf ) I + jXl ou

V = RI + jXlI, com R = r

por outro lado : RI = V - jXlI , em módulo

RI = V 2 - (XlI) se multiplicarmos ambos os membros por I , vem :


2

RI 2 = V 2 - (XlI) . I = P
2

P = RI 2 = potência dissipada pela resistência equivalente do forno

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Para determinar a máxima potência ativa dissipada pelo forno, basta


fazermos a seguinte condição :

dP
= 0
dI

V 2 - (XlI)
d
.I = 0
2
ou seja :
dI

Derivando a equação acima, vem :

é1
V 2 - Xl 2 I 2 + ê x
( - 2Xl . I )2 ù
. I = 0
êë 2 V 2 - Xl 2 I 2

Resultando, para a validade da última expressão :

(V 2
- Xl 2 I 2 ) - X2 I2 = 0

V 2 - (XlI)
2
Como : RI = , temos :

(RI)2 - (XlI) = 0
2

R = X1 (4)

Desta forma, para o sistema, o forno desenvolverá a máxima potência quando


R = Xl, correspondendo a um ângulo do fator de potência igual a 45 graus,
ou seja :

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Fp = 0,707

Onde :

Fp = fator de potência geral da barra de instalação do forno vista pelo sistema

8.2 – Demanda de um Forno a Arco


Diante do exposto no item 8.1, um forno a arco será considerado para a CPFL, a
nível de demanda, como sendo :

Sccf ∗
If =
3 Vn ∗

Sccf ∠ - 45°
If =
3 Vn ∗

If = corrente absorvida pelo forno a arco (A)


Sccf = potência de curto circuito do forno (kVA)
Vn = tensão na barra de instalação do forno (kV)
* = sinal de conjugado

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Observação:

a) Na falta de informação do valor de Sccf, a relação :

Sccf = 2 x Snom pode ser utilizada


Onde : Snom = potência nominal do forno (kVA)

b) Se a potência de curto circuito do forno Sccf, for dada em kW, basta fazer:

Sccf (kW )
Sccf (kVA ) = (6)
0,707

c) Para o dimensionamento de redes e transformadores de S/E’s, no que diz


respeito a carregamento para um forno a arco, utilizar a equação (5).

9. EFEITO DA OPERAÇÃO DOS FORNOS A ARCO NA REDE DE ENERGIA


ELÉTRICA
Como já vimos o forno a arco é uma carga causadora de variações violentas,
principalmente no período de fusão, causando flutuações rápidas de tensão, até ao
ponto de modular a onda de tensão da barra de instalação do forno ou demais
barras do sistema, dependendo de sua intensidade.

9.1 – Cálculo de uma Flutuação de Tensão


A flutuação de tensão causada pela entrada de uma carga com uma potência
S(kVA) numa barra cuja potência trifásica disponível é Scc(kVA), será :

x 100 (% )
S
Vf =
Scc

Para um forno a arco, temos :

Sccf
Vf = x 100 (7)
Scc

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Onde :

Sccf = potência máxima do forno a arco em kVA


Vf = flutuação de tensão ( % )
Scc = potência de curto-circuito trifásica disponível na barra de instalação do
forno

9.2 - Caracterização do Efeito “Flicker”


Qualquer carga variável, alimentada através de uma barra, irá provocar variações
de tensão nesta barra ou nas demais. O efeito de cintilação luminosa ou “Flicker”
torna-se perceptível se essas variações ultrapassarem um limiar, o qual é função
da freqüência e da forma dessas variações.
O limite alcança seu ponto mais baixo em torno de 10 Hz, correspondendo a
máxima sensibilidade visual do sistema olho-cérebro.
A caracterização do efeito “flicker” através da variação luminosa, particularmente
de lâmpadas incandescentes, decorre da elevada sensibilidade visual do homem
às variações luminosas. Flutuação de tensão com apenas 0,25% de amplitude, a
10Hz, produz efeito luminoso perceptível.

9.3 – Quantificação dos Efeitos através do Padrão de Variação de Tensão (Vfg)


Através de uma pesquisa realizada pela ERA – “Electrical Research Association”,
reuniu-se várias pessoas no interior de uma sala, lendo artigos quaisquer, sendo
a mesma iluminada por lâmpadas a tungstênio.
A partir de registros de flutuações de tensão gravados na operação de um forno a
arco, foi possível modular eletronicamente a tensão de alimentação destas
lâmpadas com a mesma forma de onda, quando da operação do forno.
A tensão de suprimento, cujo valor instantâneo é v, comporta-se como uma
portadora modulada pelas flutuações de tensão aleatórias, produzidas pelo forno.

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A figura 5 mostra a envoltória modulando a tensão (60 Hz) :

A envoltória agora será isolada, colocada num eixo imaginário e chamada de


flutuação de tensão, tendo a definicação de vf.

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Na lâmpada de tungstênio, é vf que é visto como cintilação.


Mas vf tem um valor rms, chamado de Vf, que é a medida de intensidade da
cintilação para o olho humano.
A partir daí, pesquisou-se qual o valor de Vf que poderia ser tolerado pelas
pessoas.
Dos testes, concluiu-se que para Vf maior que 0,25%, os níveis de flicker
trouxeram desconforto visual e até ás vezes foram intoleráveis.
Sabe-se que a cintilação é mais intensa em determinadas partes do ciclo de fusão
do que em outras. Assim sendo, um dado forno causa as piores flutuações por
apenas um curto período de tempo, durante uma corrida ou durante o dia.
Concebeu-se então a idéia de utilizar funções de probabilidades cumulativa.

Utilizou-se um equipamento para registrar os valores de vf, por exemplo, a cada


minuto o resultado foi plotado dando origem a uma curva chamada função de
probabilidade cumulativa. Essa curva mostra a proporção do tempo total durante
o qual o valor de Vf excede um dado valor da abcissa (Figura 7). Quando o forno
está operando, toda a curva é, de forma metafórica, levada aos olhos do público,
porém a parte inferior direita, é a mais significativa em termos de causar
reclamações. A medida que se avança para cima e para a esquerda, encontram-
se flutuações menores. Adotou-se a idéia de um ponto de avaliação que foi
aquele onde o valor da abcissa é excedido em 1% do tempo total. O ponto é
chamado de Padrão de Variação de Tensão (Vfg).

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9.3.1 – Operação de um Único Forno a Arco


Para a quantificação do Padrão de Variação de Tensão, será utilizado o
método analítico.
Definiu-se fator de severidade do forno como a relação entre o padrão de
variação de tensão, com a tensão numa determinada barra, ou seja :

Ks =
Vfg
(8)
Vf

Onde :

Ks = fator de severidade do forno, é um fator empírico que depende das


características do forno e regime de operação. Segundo experiências,
este fator tem sido fixado entre 0,09 e 0,15.

Vfg = padrão de variação de tensão ( % )

Vf = tensão na barra de instalação do forno a arco, em pu.

OBS: quando não for dado o valor de Ks, utilizar o valor médio, ou seja :
Ks = 0,12

Da equação ( 7 ) em ( 8 ) vem :

x 100 (% ) (9)
Sccf
Vgfi = ks .
Sccs

Onde :

Vfgi = padrão de variação de tensão na barra de instalação do forno

Para se calcular o padrão de variação de tensão em qualquer barra, basta


fazer :

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Zkj
V ′ fgi = . Vfgi (10)
Zkk

Onde :

Zkj = impedância de transferência entre o ponto de instalação do forno e a


barra em estudo

Zkk = impedância do sistema, vista do ponto de instalação do forno

Os valores de Zkj e Zkk, são obtidos da matriz impedância do sistema

9.3.1.1 – Montagem da Matriz Impedância – Exemplo

Para esclarecer esta montagem, faremos um exemplo explicativo :

- corrente de curto circuito na barra da SE : 8050 A.

a) Escolha e cálculos das grandezas de base

potência de base: SB = 100 MVA


tensão de base : VB = 13,8 kV
corrente de base :

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SB 100
IB = = = 4183,69 A
3 VB 3 13,8

VB 2 13,8 2
ZB = = = 1,9044 OHM
SB 100

b) Cálculo da impedância em pu dos trechos:

- TRECHO 0-1

Impedância do sistema de transmissão reduzida no barramento da SE.

IB 4183,69
z = j = j = 0,51971 pu
Icc30 8050

- TRECHO 1-2

Três km de cabo A33 (r = 0,1740 OHM/km, x = 0,4040 OHM/km)

z =
(0,1770 - j 0,4040)3 = 0,27410 + j 0,63642 pu
1,9044

- TRECHO 2-3

Transformador z = 5% , 500 kVA

100
z = j 0,05 = j 10 pu
0,500

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c) Formação da matriz impedância :

Condições de Contorno :

• O sistema primário da CPFL é sempre radial


• A barra de referência (barra 0) é considerada como um barramento
infinito
• O primeiro trecho da matriz impedância sempre deriva da barra de
referência
• Os trechos subsequentes são obtidos aplicando as seguintes
equações:

Zqn = Zpn

Znq = Znp

Zqq = Zpp + Ztrecho p – q

Onde :

n = número da barra, variando de n = 1, 2, 3 ...., q – 1

q = número da nova barra

p = número da barra de onde se originou o trecho

Ztrecho p – q = impedância do trecho p-q, de acordo com o item b

Para o exemplo , temos :

- Inclusão do primeiro trecho

0 1
| - - - - - - - -| matriz = [ 0 + j0,51971 ]

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- Inclusão do segundo trecho

0 1 2
| - - - - - - - -| - - - - - - - -|

q = 2, p = 1, n = 1

Z 21 = Z11 Þ Z 21 = 0 + j 0,51971
Z12 = Z11 Þ Z12 = 0 + j 0,51971
Z 22 = Z11 Þ + Ztrecho 1 - 2 Þ Z 22 = (0 + j 0,51971) + (0,2741 + j 0,63642 )
Z 22 = 0,2741 + j 1,15613

é0 + j 0,51971 0 + j 0,51971 ù
matriz = ê
ë0 + j 0,51971 0,2741 + j 0,51971

- Inclusão do terceiro trecho

0 1 2 3
| - - - - - - - -| - - - - - - - -| - - - - - - - -|

q = 2, p = 1, n = 1

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Z 31 = Z 21 Þ Z 31 = 0 + j 0,51971
Z 32 = Z 22 Þ Z 32 = 0,2741 + j 0,63642
Z13 = Z12 Þ Z13 = 0 + j 0,51971
Z 23 = Z 22 Þ Z 23 = 0,2741 + j 0,63642
Z 33 = Z 22 Þ + Ztrecho 2 - 3 Þ Z 33 = (0,2741 + j 0,63642) + j10
Z 33 = 0,2741 + j 0,63642

é0 + j 0,51971 0 + j 0,51971 0 + j 0,51971ù


ê
matriz = ê0 + j 0,51971 0,2741 + j 0,63642 0,2741 + j 0,63642
êë0 + j 0,51971 0,2741 + j 0,63642 0,2741 + j 0,63642

Esta matriz é chamada de matriz impedância

9.3.2 – Operação de Vários Fornos a Arco

9.3.2.1 – Fornos Conectados na mesma Barra

A obtenção do padrão de variação de tensão para fornos conectados na


mesma barra será :

4
98 + N N
Vfgr = (Vfgi ) (11)
100 i =1

Onde :

N = número de fornos

Vfgr = padrão de variação de tensão na barra dos fornos

Para o cálculo do efeito destes fornos sobre qualquer barra do alimentador,


basta transferir o Vfgr para a barra considerada, através de uma relação de
impedância.

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Assim :

V ′ fgr =
Zkj
x Vfgr (12)
Zkk

Onde :

V ‘ fgr = padrão de variação de tensão referido à barra em estudo

Zkj = impedância de transferência entre o ponto de instalação dos fornos e a


barra em estudo

Zkk = impedância do sistema, vista do ponto de instalação dos fornos

Os valores de Zlj e Zkk, são obtidos da matriz impedância do sistema de


acordo com o item 9.3.1.1

9.3.2.2 – Fornos em Barras Diferentes

Este caso é para fornos conectados em pontos diferentes do mesmo


alimentador. O efeito dos diversos fornos sobre uma barra qualquer poderá
ser calculado, transferindo-se o Vfgi de cada forno, para tal barra, através de
uma relação de impedância. Portanto, o Vfgi referido à barra em estudo será:

V ′ fgi =
Zkj
x Vfgi (13)
Zkk

Utilizando a expressão (11), calcula-se o Vfg resultante.


Entretanto, se a barra em estudo já contiver fornos a arco, para estes
simplesmente calcula-se seus respectivos Vfgi, e aqueles existentes em
outros pontos do sistema. Serão referidos à barra em estudo através de seu
Vfgi como visto anteriormente, sendo o Vfg resultante, calculado por :

98 + N T S
Vfgr = (Vfgi)4 + (V ′ fgi)4 (14)
100 i =1 i =1

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Onde :

S = número de fornos distantes, transferidos para a barra em estudo

T = número de fornos já ligados à barra em estudo.

N = T + S = número total de fornos

10. CRITÉRIOS PARA ATENDIMENTO

Para os fornos a arco, são efetuados dois cálculos para a análise do atendimento.
São eles :

10.1 – Critério de Carregamento e Nível de Tensão

Este critério diz respeito aos limites de carregamento dos componentes do


sistema elétrico de suprimento, tais como: transformadores de SE’s, cabos,
chaves, bancos de capacitores, reguladores de tensão, etc..., bem como do nível
de tensão com a operação do forno.
Assim deverá ser considerado para o atendimento de um forno a arco, os
seguintes valores :

a) Demanda do forno ( D )

De acordo com o item 8.1.a, tem-se :


D = Sccf
Onde :
Sccf = potência de curto circuito do forno em kVA

b) Fator de potência do forno ( FP)


De acordo com o item 8.1.b, tem-se :
FP = 0,707

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Desta forma, no tocante ao carregamento e nível de tensão, o elemento


responsável pela análise técnica do atendimento , deverá considerar o forno
como uma carga normal que absorve da rede uma demanda D ( kVA ), com um
fator de potência de 0,707.

10.2 – Critério de Flutuação de Tensão e “Flicker”

As flutuações de tensão, bem como os níveis de flicker provocados pelo forno a


arco, serão mensurados através do padrão de variação de tensão (Vfg), de
acordo com o item 9.3. Para a elaboração dos cálculos utilizar o programa
“FARCO”.

Será definido como máximo valor :


Vfgmax = 0,25%

11. MANEIRAS DE ATENUAR A FLUTUAÇÃO DE TENSÃO

Como vimos no item 9.1, o módulo da flutuação de tensão numa determinada barra
é inversamente proporcional à potência de curto circuito disponível na mesma
barra, ou seja, é diretamente proporcional à impedância equivalente entre esta
barra e a barra da S/E da concessionária.
Assim, para diminuirmos a flutuação de tensão provocada por um forno, basta
diminuirmos a impedância entre o forno e a S/E. Para atingir tal objetivo, pode-se
tomar as seguintes providências :

- recondutoramento do alimentador por cabos de bitola maior

- atendimento ao forno via alimentador expresso

- instalação do forno o mais próximo possível da S/E

- instalação por parte do consumidor, de condensadores síncronos na barra de


suprimento do forno e instalação de um reator série com o circuito do
alimentador (para minimizar a corrente)

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12. FOLHA DE DADOS A SER FORNECIDA PELO CONSUMIDOR

Ver anexo 3.

13. EXEMPLO DE APLICAÇÃO

a) Circuito com um forno a arco

Calcular o padrão de variação de tensão para o circuito abaixo.


Neste exemplo, faremos os cálculos passo a passo e manualmente

Dados :

- corrente de curto circuito trifásica do barramento de 13,8 kV da S/E :


Icc30 = 9000 A

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- características dos condutores

A40 : R = 0,3184 OHM/km x = 0,4237 OHM/km


A10 : r = 0,6375 OHM/km x = 0,4505 OHM/km

- características do forno

potência nominal : Snom = 900 kVA


potência de curto circuito : Sccf = 1800 kVA
fator de severidade : KS = 0,13
transformador do forno : ST = 1000 kVA
Z = 5%

Solução :

1) Escolha e cálculo das grandezas elétricas de base

potência de base : SB = 100 MVA

tensão de base : VB = 13,8kV

SB 100
corrente de base : IB = = = 4183,69A
3 VB 3 13,8

VB 2 13,8 2
impedância de base : ZB = = = 1,904 OHM
SB 100

2) Determinação da impedância em pu dos trechos

- TRECHO 0-1

Impedância do sistema de transmissão reduzida no barramento da S/E.

IB 418,69
z = j = j = j 0,465 pu
Icc30 9000

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- TRECHO 1-2

2 km de cabo A40

z =
(0,3184 + j 0,4237 )
. 2 = (0,334 + j 0,445) pu
1,904

- TRECHO 2-3

0,5 km de cabo A10

z =
(0,6375 + j 0,4505)
. 0,5 = (0,167 + j 0,118) pu
1,904

- TRECHO 2-4

1 km de cabo A40

z =
(0,3184 + j 0,4237 )
. 1 = (0,167 + j 0,223) pu
1,904

- TRECHO 4-5

1,2 km de cabo A10

z =
(0,6375 + j 0,4505)
. 1,2 = (0,402 + j 0,284) pu
1,904

- TRECHO 4-6

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1 km de cabo A40
Idem ao trecho 2-4, já calculado

- TRECHO 3-7

Transformador do forno

SB x 1000 100 x 1000


z = j 0,05 . = j0,05 . = j 5 pu
1000 1000

3) Montagem da matriz impedância


- Inclusão do primeiro trecho

0 1
| - - - - - - - -|

matriz = [0 + j 0,405 ]

- Inclusão do segundo trecho

0 1 2
| - - - - - - - -| - - - - - - - -|
q = 2, p = 1, n = 1

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Z 21 = Z11 = Þ Z 21 = 0 + j 0,465
Z12 = Z11 = Þ Z12 = 0 + j 0,465
Z 22 = Z11 + Ztrecho 1 - 2 Þ Z 22 = 0 + j 0,465 + 0,334 + j 0,445
Z 22 = 0,334 + j 0,910

é0 + j 0,465 0 + j 0,465ù
matriz = ê
ë0 + j 0,465 0,334 + j 0,910

- Inclusão do terceiro trecho

0 1 2
| - - - - - - - -| - - - - - - - -|
------
|
|
|
---------- 3

q = 3, p = 2, n = 1 e 2

Z 31 = Z 21 Þ Z 31 = 0 + j 0,465
Z 32 = Z 22 Þ Z 32 = 0,334 + j 0,910
Z13 = Z12 Þ Z13 = 0 + j 0,465
Z 23 = Z 22 Þ Z 23 = 0,334 + 0,910
Z 33 = Z 22 + Ztrecho 2 - 3 Þ
Z 33 = 0,334 + j 0,910 + 0,167 + j 0,118 = 0,501 + j 1,028

é0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 ù


matriz = êê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
êë0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 1,028

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- Inclusão do quarto trecho

0 1 2 4
| - - - - - - - -| - - - - - - - -| - - - - - - - - |
------
|
|
|
---------- 3

q = 4, p = 2, n = 1, 2 e 3

Z 41 = Z 21 Þ Z 41 = 0 + j 0,465
Z 42 = Z 22 Þ Z 42 = 0,334 + j 0,910
Z 43 = Z 23 Þ Z 43 = 0,334 + j 0,910
Z14 = Z1 Þ Z14 = 0 + 0,465
Z 24 = Z 22 Þ Z 24 = 0,334 + j 0,910
Z 34 = Z 32 Þ Z 34 = 0,334 + j 0,910
Z 44 = Z 22 + Ztrecho 2 - 4 Þ
Z 44 = 0,334 + j 0,910 + 0,167 + j 0,223 = 0,501 + j 1,133

é0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 ù


ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,190
matriz = ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028 0,334 + j 0,910
ê
ë0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133

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- Inclusão do quinto trecho

0 1 2 4
| - - - - - - - -| - - - - - - - -| - - - - - - - - |
------ ------
| |
| |
| |
---------- 3 ----------- 5

q = 5, p = 4, n = 1, 2, 3 e 4

Z 51 = Z 41 Þ Z 51 = 0 + j 0,465
Z 52 = Z 42 Þ Z 52 = 0,334 + j 0,910
Z 53 = Z 43 Þ Z 53 = 0,334 + j 0,910
Z 54 = Z 44 Þ Z 54 = 0,501 + j 1,133
Z15 = Z14 Þ Z15 = 0 + j 0,465
Z 25 = Z 24 Þ Z 25 = 0,334 + j 0,910
Z 35 = Z 34 Þ Z 35 = 0,334 + j 0,910
Z 45 = Z 44 Þ Z 45 = 0,501 + j 1,133
Z 55 = Z 44 + Ztrecho 4 - 5 Þ
Z 55 = 0,501 + j 1,133 + 0,402 + j 0,284 = 0,903 + j 1,417

é0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 ù


ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
matriz = ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133 0,501 + j 1,133
êë0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133 0,903 + j 1,417

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- Inclusão do sexto trecho

0 1 2 4 6
| - - - - - - - -| - - - - - - - -| - - - - - - - - | - - - - - - - - - |
------ ------
| |
| |
| |
---------- 3 ----------- 5

q = 6, p = 4, n = 1, 2, 3, 4 e 5

Z 61 = Z 24 Z 61 = 0 + j 0,465
Z 62 = Z 42 Z 62 = 0,334 + j 0,910
Z 63 = Z 43 Z 63 = 0,334 + j 0,910
Z 64 = Z 44 Z 64 = 0,501 + j 1,133
Z 65 = Z 45 Z 65 = 0,501 + j 1,133
Z16 = Z14 Z 65 = 0 + j 0,465
Z 26 = Z 24 Z 26 = 0,334 + j 0,910
Z 36 = Z 34 Z 36 = 0,334 + j 0,910
Z 46 = Z 44 Z 46 = 0,501 + j 1,133
Z 56 = Z 54 Z 56 = 0,501 + j 1,133
Z 66 = Z 44 + Ztrecho 4 - 6
Z 66 = 0,501 + j 1,133 + 0,167 + j 0,223 = 0,668 + j 1,356

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Critério para Atendimento a Forno a Arco

é0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 ù


ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028 0,334 + j 0,910
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
matriz = ê
ê
ê 0 + j 0,465 0 + j 0,465
ê 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê 0,501 + j 1,133 0,501 + j 1,133
ê 0,903 + j 1,417 0,501 + j 1,133
ê
ë 0,501 + j 1,133 0,668 + j 1,356

- Inclusão do sétimo trecho

0 1 2 4 6
| - - - - - - - -| - - - - - - - -| - - - - - - - - | - - - - - - - - - |
------ ------
| |
| |
---------- 3 ----------- 5
|
|
----------- 7

q = 7, p = 3, n = 1, 2, 3, 4, 5 e 6

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Z 71 = Z 31 Z 71 = 0 + j 0,465
Z 72 = Z 32 Z7 = 0,334 + j 0,910
Z 73 = Z 33 Z 33 = 0,501 + j 1,028
Z 74 = Z 34 Z 74 = 0,334 + j 0,910
Z 75 = Z 35 Z 75 = 0,334 + j 0,910
Z 76 = Z 36 Z 76 = 0,334 + j 0,910
Z 17 = Z 13 Z 17 = 0 + j 0,465
Z 27 = Z 23 Z 27 = 0,334 + j 0,910
Z 37 = Z 33 Z 37 = 0,501 + j 1,028
Z 47 = Z 43 Z 47 = 0,334 + j 0,910
Z 57 = Z 53 + Z 57 = 0,334 + j 0,910
Z 67 = Z 63 + Z 67 = 0,334 + j 0,910
Z 77 = Z 33 + Ztrecho 3 - 7
Z 77 = 0,501 + j 1,028 + 0 + j 5 = 0,501 + j 6,028

é0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465 ù


ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028 0,334 + j 0,910
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
ê
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,133
ê0 + j 0,465 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028 0,334 + j 0,910
ê
matriz = ê
ê 0 + j 0,465 0 + j 0,465 0 + j 0,465
ê
ê 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910
ê
ê 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 1,028
ê 0,501 + j 1,133 0,501 + j 1,133 0,334 + j 0,910
ê
ê 0,903 + j 1,417 0,501 + j 1,133 0,334 + j 0,910
ê 0,501 + j 1,133 0,668 + j 1,356 0,334 + j 0,910
ê
êë 0,334 + j 0,910 0,334 + j 0,910 0,501 + j 6,028

a matriz acima, é chamada matriz impedância

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4) Cálculo da potência de curto circuito na barra onde esta instalado o


forno

A potência de curto circuito de uma barra é dada por :

Scc =
SB
(MVA ) (15)
Rkk 2
+ Xkk 2

Onde :

Rkk, Xkk são obtidas da matriz impedância

k = índice da matriz que indica o número da barra

SB = potência de base (MVA)

Neste caso tem-se :

R77 = 0,501 pu (linha 7, coluna 7)


X77 = 6,028 pu (linha 7, coluna 7)

100
Scc = Scc = 16,53 MA
0,501 2
+ 6,028 2

5) Cálculo do padrão de variação de tensão para a barra onde está


instalado o forno

x 100% - equação (9)


Sccf
00Vfg7 = Ks x
Scc

1,8
Vfg7 = 0,13 x x 100% Vfg7 = 1,415%
16,53

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6) Cálculo do padrão de variação de tensão para as demais barras do


sistema

O cálculo de V ‘ fg7 referido às demais barras do sistema é calculado à


partir da equação ( 10 )

Zkj
V ′ fgi = x Vfgi
Zkk

Neste exemplo temos : i = 7; j = 1,2,3,4,5 e 6; k = 7

- Padrão de variação de tensão na barra 1 – V ‘ fg71

Z71
V ′ fg71 = x Vfg7
277

da matriz impedância vem : Z71 = 0 + j0,465


Z77 = 0,501 + j6,028

0 + j 0,465 j 0,6580
V ′ fg71 = x 1,415 = tranformando em
0,501 + j 6,028 0,501 + j 6,028

coordenada polar, vem :

0,6580 90
V ′ fg71 = resultando em módulo :
6,0488 85,24

V ′ fg71 = 0,109%

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- Padrão de variação de tensão na barra 2 – V ‘ fg72

Z72
V ′ fg72 = x V g7
Z77

0,334 + j 0,910
V ′ fg72 = x 1,415
0,501 + j 6,028

V ′ fg72 = 0,227%

- Padrão de variação de tensão na barra 3 – V ‘ fg73

Z73
V ′ fg73 = x V fg7
Z77

0,501 + j 1,028
V ′ fg73 = x 1,415
0,501 + j 6,028

V ′ fg73 = 0,267%

- Padrão de variação de tensão na barra 4 – V ‘ fg74

Z74
V ′ fg74 = x V fg7
Z77

0,334 + j 0,910
V ′ fg74 = x 1,415
0,501 + j 6,028

V ′ fg74 = 0,227%

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- Padrão de variação de tensão na barra 5 – V ‘ fg75

Z75
V ′ fg75 = x V g7
Z77

0,334 + j 0,910
V ′ fg75 = x 1,415
0,501 + j 6,028

V ′ fg75 = 0,227%

- Padrão de variação de tensão na barra 6 – V ‘ fg76

Z76
V ′ fg76 = x V g7
Z77

0,334 + j 0,910
V ′ fg76 = x 1,415
0,501 + j 6,028

V ′ fg76 = 0,227%

- Resumo dos Valores Obtidos

BARRA ( i ) 1 2 3 4 5 6 7
Vfg71 ( % ) 0,109 0,227 0,267 0,227 0,227 0,227 1,415

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CONCLUSÃO 1 :

O forno deste exemplo poderá ser atendido normalmente, haja visto que o padrão
de variação de tensão para as barras (exceto a 3 e 7) está dentro do limite máximo
admissível (ver ítem 10) – Vfgmax = 0,25%
Na barra 3, encontramos Vfg73 = 0,267, portanto maior que o limite máximo
admissível.
Como esta barra é o primário do transformador do consumidor, recomendamos que
seja previsto no contrato de fornecimento do consumidor em análise, uma cláusula
que, qualquer correção necessária das flutuações de tensão devido a operação do
forno, é de inteira responsabilidade do consumidor.
Quanto a barra 7, não há problemas, haja visto que esta barra é interna ao
consumidor, portanto, a análise deve ser feita por ele próprio.

b) Circuito com dois fornos a arco – Resultados através do microcomputador

Calcular os padrões de variação de tensão para os fornos do circuito a seguir :

Dados : corrente de curto-circuito trifásica no barramento de 13,8 kV da S/E :


Icc30 = 9000 A

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FORNO 1 – Potência nominal: Snom = 500 kVA


Potência de curto-circuito Sccf = 500 kVA
Fator de severidade : Ks = 0,10
Transformador do forno: Z = 3%

A seguir será mostrada a folha de resultados gerada pelo programa “FARCO”

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RESULTADOS OBTIDOS

------------------------------------------------ C. P . F. L -----------------------------------------------------
DEQ / DEQQ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA - DE -
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ANÁLISE PARA FORNO A ARCO

Local : Campinas - SE : BARÃO GERALDO - 11,9 kV - 25 MVA


Consumidor :

PADRÃO DE VARIAÇÃO DE TENSÃO - PVT

BARRA Vfg ( % )
*
1 0.054
2 0.082
3 0.097
4 0.099
5 0.140
6 0.130
7 0.130

* Limite máximo admissível : Vfg ( % ) = 0.25


Potência de curto circuito na barra da SE (MVA) 185.5026

BARRA FORNO K s Pccf Pccs


( MVA ) ( MVA )
5 1 .1 .5 37.16
7 2 .11 .9 36.06

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Ks = fator de severidade do forno


Pccf = potência de curto circ. do forno
Pccs = potência de curto circ. no consumidor.

CONCLUSÃO 2 :
Neste exemplo, a única barra com o padrão de variação de tensão fora do limite
estabelecido é a barra 7. Como a mesma é interna ao consumidor, cabe aqui a mesma
conclusão do exemplo anterior.

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ANEXO 1

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ANEXO 1 (Continuação)

TABELA 1 -
CARACTERÍSTICAS DOS FORNOS A ARCO DIRETO PARA AÇO
E FERRO FUNDIDO

CAPACIDADE PRODUÇÃO POTÊNCIA CONSUMO (kWh/t)


(t) (t/h) (kVA) (a 1550ºC)
0,7 0,7 600 590
2,3 1,35 1 500 -1 800 770
3 1,80 1 500 545
5–7 2,80 2 500 – 3 00 625
6–3 4,88 3 200 – 4 200 460
10 6,30 5 000 480
20 9,23 7 000 460
15 – 20 12,00 7 200 420
35 14,48 10 000 440
40 17,14 12 500 435
26 – 29 21,30 15 000 – 18 000 490
65 26,00 17 500 420
80 30,00 20 000 420
100 37,5 25 000 420
72 – 77 49,8 31 500 – 38 000 440
120 53,3 35 000 420
150 62,1 40 000 420
80 – 95 70,0 44 800 450
125 – 141 90,1 50 000 – 60 000 390

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ANEXO 2

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ANEXO 3

FOLHA DE DADOS DO CONSUMIDOR

CONSUMIDOR: ...............................................................................................................
ENDEREÇO: ....................................................................................................................
CIDADE: ...........................................................................................................................

- Potência de curto circuito (kVA), absorvida pelo forno, quando os eletrodos estão
imersos no banho de massa fundida : ...........................................................................

- Potência nominal do forno (kVA) : ..................................................................................

- Fator de severidade (Ks) do forno. Fator que depende do projeto do forno, tipo de
sucata e ciclo de operação.
O consumidor deverá entrar com o fabricante do forno, afim de obter o valor desse
fator.
Ks = ...............................................

- Catálogo dos equipamentos utilizados na instalação do forno (quando houver) :

- Tensão de operação do forno ( k V ) : ..........................................................................

- Potência do transformador do forno : ............................................................................

- Impedância ( % ) do transformador : .............................................................................

- Cabos de alimentação do forno (do transformador até o forno)


Bitola dos cabos : ..........................................................................................................
Comprimento (m) : ........................................................................................................

- Impedância ( % ) do reator série (quando houver) entre o transformador


e o forno : .....................................................................................................................

OBS. : Existindo mais de um forno, preencher esta folha para cada unidade
...................................................................
RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES
Nome :
Telefone : Ramal :

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