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Portofólio Integra a proposta pedagógica

Após a constatação de que havia a necessidade de novos métodos que


contribuíssem para a melhor organização do cotidiano escolar, o grupo
pedagógico da escola apresentou ao corpo docente, no ano de 2002, o Manual de
Portfólio. Esta apresentação motivou a leitura do material pelos professores e, em
fevereiro de 2003, iniciaram-se os estudos teóricos acerca do uso do Portfólio. A
partir da análise das possibilidades oferecidas pelo portfólio, optou-se pelo uso de
fichas, registro de memórias de aula, amostra de trabalhos, observações sobre o
comportamento dos alunos, agenda escolar permanente. Tais estratégias
contribuem sobre- maneira na orientação e aproveitamento do tempo nas
atividades escolares.
Vale aqui ressaltar que o portfólio não é utilizado apenas no acompanhamento
do dia-a-dia de sala de aula, mas também na documentação das reuniões
pedagógicas realizadas pela escola. Outrossim, justifica-se a escolha do Portfólio
porque representa uma alternativa eficaz no acompanhamento dos alunos, o que
favorece o processo de avaliação feito pelo professor, bem como o envolvimento
da família através de estratégias como o portfólio particular do professor, onde se
registra o dia-a-dia, do aluno ou da agenda, permanente onde são comunicados
dados relevantes sobre o aluno e as atividades realizadas na ou pela escola,
envolvendo a comunidade escolar. Além disso, os pais têm a oportunidade de
acompanhar a cronologia da realização dos trabalhos pela organização de pastas
onde consta a seleção de trabalhos em seqüência, demonstrando a caminhada do
aluno no processo de aprendizagem. Desta forma, pode-se avaliar o portfólio
como sendo um instrumento importante e eficaz na organização do professor,
pois, de maneira geral, constitui-se em um histórico, um documento onde
constam dados fundamentais à prática docente.
Apresentamos a seguir uma síntese do Manual de Portfólio: coletânea de
trabalhos realizados e selecionados pelos estudantes durante um curso ou período.
No portfólio podem ser agrupados dados de visitas técnicas, resumos de textos,
composições, trabalhos artísticos, projetos, relatórios, anotações diversas, provas,
testes, auto-avaliações dos alunos, entre outros. A finalidade deste instrumento é
auxiliar o educando a desenvolver a capacidade de avaliar seu próprio trabalho,
refletindo sobre ele, melhorando. Ao professor, oferece a oportunidade de traçar
referenciais da classe como um todo, a partir das análises individuais, com foco
na evolução dos educandos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem. A
idéia é utilizá-lo seguindo seu propósito original, que é o de encorajar a reflexão e
o estabelecimento de objetivos a cada aprendiz e comprometendo os pais com a
avaliação por meio de comunicação variada e freqüente. O processo de montagem
de um portfólio em dez passos é projetado para permitir que professores e
administradores escolares implementem o uso desse recurso gradualmente. Pode-
se começar com um único e pequeno passo e complementar o processo dentro de
dois ou três anos letivos. O portfólio permite que cada um prossiga em seu
próprio ritmo; mostra como um professor pode se tornar mais bem capacitado e
mais eficiente e concentrar-se em descobrir como as crianças são diferentes ao
invés de provar que são iguais. O processo de montagem de portfólio em dez
passos encoraja: a instrução individualizada para crianças pequenas no contexto
de objetivos de aprendizagem amplos; o desenvolvimento profissional contínuo
para professores e afins e, o envolvimento completo da família no programa de
educação infantil.
Passos:
1 - Estabelecer uma política para o portfólio;
2 - coletar amostras de trabalhos;
3 - tirar fotografias;
4 - conduzir consultas nos diários de aprendizagem;
5 - conduzir entrevista;
6 - realizar registros sistemáticos;
7 - realizar registros de casos (ocorrências);
8 - preparar relatórios narrativos;
9 - conduzir reuniões de análises de portfólios em três vias;
10 - usar portfólios em situações de transição.

Livrando-se da dificuldade em preparar relatórios escritos


O processo de montagem de portfólio em dez passos, além dessas
possibilidades, ajuda profissionais de educação a se livrarem do obstáculo que
derruba muitos de nós: as anotações escritas. Uma das razões para esse impasse é
que muitos professores e administradores escolares consideram o ensino por um
lado e a avaliação por outro, como sendo atividades educacionais separadas. Os
relatórios escritos consomem muito tempo, e os professores não querem ocupar
“tempo demais” com a avaliação. Ainda assim, não podemos realmente separar
esses processos! Avaliação, estimativa e ensino são partes de um ciclo contínuo
de ensino e aprendizagem.

Envolva as famílias
O portfólio pode abrir o processo de ensino para pais, irmãos e outros
membros da família, encorajando-os a fazer parte da vida da sala de aula ou da
escola. Dessa forma, o portfólio torna-se uma ferramenta para um
desenvolvimento curricular centrado na família. Educadores e pais que já estão
rotineiramente se comunicando com as famílias percebem essa troca como sendo
uma oportunidade para desenvolver um círculo de aprendizado que se estende da
escola até o lar e vice-versa.

A participação familiar baseada em um portfólio pode ocorrer em três estágios:


Estágio 1 – Os familiares ajudam com recursos para centro de ensino ou para
classe, fornecendo materiais, informações e apoio voluntário para investigação de
tópicos selecionados pelo professor (a criança escreve no seu diário sobre sua
ajuda na montagem de uma cadeira para seu avô –a professora convida-o para
demonstrar a arte da carpintaria na sala de aula).
Estágio 2 – Os familiares participam no planejamento de estudos sobre história
local, ecologia local, artistas locais, governo local ou outros tópicos (convidam
familiares ou pessoas da comunidade para falar de determinados assuntos que
tenham conhecimento mais aprofundado).
Estágio 3 – Os pais tornam-se “intermediários entre o currículo e os
estudantes”(uma aluna traz fotos do cachorro para mostrar aos colegas e falar
sobre ele e conta o que sabe a respeito desse animal).

Reflexão
O processo de montagem de portfólio em dez passos não pode ser um
substituto para uma avaliação padronizada em ampla escala. Ele não pode garantir
esse tipo de avaliação sem uma quantidade imensa de trabalho por parte dos
professores e dos administradores escolares.Graves (1992) sugere que os
portfólios sejam “uma idéia simplesmente boa demais” para serem limitados a
coleções padronizadas de itens com o propósito de comparar crianças umas com
as outras ou com padrões de desempenho. Infelizmente, existe pressão para
obtenção de dados mensuráveis. A avaliação com portfólio pode enfatizar a
preocupação com o progresso das crianças em caminhos limitados ou na ção entre
elas. Ao mesmo tempo, deveríamos trabalhar mais para educar os pais a respeito
dos benefícios e das limitações de diferentes estratégias de avaliação, de modo a
fazer com que eles entendessem que um teste padronizado não irá revelar nada de
novo sobre seus filhos, e um portfólio não irá dizer como seu filho se compara em
relação a outras crianças da sala de aula, do estado país ou do país em que vive.
Vamos preservar os portfólios como sendo a base e o contexto para o
aprendizado, como sendo o registro das experiências e das realizações únicas de
cada criança!

O conhecimento das crianças individualmente


Os encontros individualizados entre crianças pequenas e seus familiares são
oportunidades de aprender mais sobre o modo como as crianças aprendem, assim
como sobre suas habilidades, seus interesses e suas necessidades particulares.
Desta maneira, você acrescenta novas informações ao seu conhecimento sobre a
criança, e assim, tomará decisões precisas de como direcionar o seu trabalho. A
montagem do portólio irá fortalecer seu relacionamento com cada criança e com
sua família. Observar, conhecer e entender as crianças como indivíduos é a base
do ensino e da avaliação afetiva, até mesmo do envolvimento familiar. No ensino
fundamental, os benefícios são maiores, quando os professores engajam as
crianças e suas famílias em verdadeiras comunidades de ensino.

O conhecimento sobre desenvolvimento infantil


Ao implantar o uso do portfólio, os profissionais continuamente observam e
avaliam eventos nos programas de educação infantil: Tal atividade foi efetivada
com todas as crianças? Por que certas crianças não responderam à atividade? Por
que determinadas crianças estão preocupadas com uma atividade específica?
Como eu deveria reagir? Quanto mais o profissional observa o desenvolvimento
de crianças pequenas, mais ele precisa entendê-lo.

O conhecimento sobre diversidade


Um envolvimento familiar efetivo automaticamente garante diversidade
cultural no programa de educação infantil, pois as famílias são todas diferentes –
na estrutura familiar, nos seus passa-tempos, nas suas ocupações e em suas
habilidades físicas. A coleta de amostras de trabalho, fotografias dedemonstração,
ou os trabalhos gravados em vídeo, garantem que se observem as diferentes
inteligências (lingüísticas, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica,
interpessoal e naturalista). Desenvolvimento profissional: como os portfólios
ajudam os professores a aprender?
O professor necessita do conhecimento do desenvolvimento infantil, de uma
ampla variedade de técnicas de entrevista e de observação, da habilidade de
adaptar ambientes de aprendizagem para suprir as necessidades individuais de
certas crianças. Os métodos de desenvolvimento curricular estão centrados na
criança e nas técnicas para envolver as famílias na vida de seus filhos, no centro
de ensino ou na escola, trazendo sua vivência para a sala de aula.
Bibliografia:

- SHORES, Elizabeth. GRACE, Cathy. Manual de


Portfólio: um guia passo a passo para o professor.
Porto Alegre: Artmed, 2001.
Obs: Os dados constantes na reportagem são fruto de resumo de partes da obra.
As fichas modelo, encontram-se no Manual Portfólio.

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