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O Banco Central e os Mercados Financeiros

O setor financeiro da economia é constituído por quatro segmentos, definidos pelos


tipos de operações que os caracterizam e pelos fins a que se destinam.
O termo mercado é usualmente empregado na designação destes segmentos. Esta
designação resulta da própria essência da intermediação financeira: os intermediários
financeiros estão entre os tomadores de recursos, aqueles que exercem a procura por
ativos financeiros e os poupadores, que detêm recursos excedentes e exercem a oferta
destes excedentes de ativos financeiros. Temos, portanto, a situação típica de um
mercado constituído pelas forças da oferta e da procura. Assim, os quatro segmentos do
setor financeiro correspondem a quatro mercados:
• Mercado monetário
• Mercado de crédito
• Mercado de capitais
• Mercado de câmbio

Mercado Monetário
É neste mercado que se estabelece o nível de liquidez geral da economia, definido pelo
suprimento de moeda, em seu conceito estrito e convencional constituída pelo papel-
moeda e pela moeda escritural, esta última correspondendo aos depósitos à vista no
sistema bancário. O Banco Central, na qualidade de autoridade monetária é o regulador
do nível de estoques monetários. Para compatibilizar, no dia-a-dia o nível de estoques
com a desejada liquidez da economia, as autoridades monetárias operam neste mercado
junto a uma rede de intermediários financeiros, através da qual injeta ou retira recursos.
Neste mercado, de alta sensibilidade, e de grandes montantes negociados, as operações
são de curtíssimo prazo, lastreados por títulos emitidos ou repassados pelo Banco
Central. As operações do Bacen no mercado monetário são denominadas operações no
Mercado Aberto, como se verá.

Mercado de Crédito
As operações neste mercado têm prazos curto, médio e longo, têm por finalidade o
financiamento do consumo das pessoas físicas, do capital fixo e do capital de giro das
empresas. Este processo envolve concessores de crédito, ou seja, as instituições
financeiras, e tomadores finais, isto é, as pessoas físicas e jurídicas, com normas
preestabelecidas tais como: valor da operação, destino do uso, custo do crédito, prazo,
garantias oferecidas e formas de liquidação.
Como vimos anteriormente, define-se spread como a diferença entre o custo de captação
(percentual que a instituição financeira remunera o poupador) e os juros cobrados na
concessão do crédito.

Mercado de capitais
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o
propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu
processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e
outras instituições autorizadas.
Valores mobiliários são títulos emitidos pelas empresas do tipo sociedades
anônimas, que representam para aqueles que os adquirem um investimento com
determinado grau de risco.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do
capital de empresas – as ações – ou de empréstimos tomados, via mercado, por
empresas – debêntures – e commercial papers – que permitem a circulação de capital
para custear o desenvolvimento econômico. O mercado de capitais abrange, ainda, as
negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificado de
depósitos de ações e demais derivativos autorizados à negociação.
Pelo próprio conceito econômico de capital, não se transacionam neste mercado direitos
e obrigações financeiras. Transacionam-se “pedaços” das empresas, representados por
cotas de participação no capital, ou adquirem-se títulos representativos de direito de
crédito contra a empresa. Neste mercado compra-se participação no empreendimento,
através da aquisição de títulos e valores mobiliários (ações, debêntures, etc.). Desta
forma, a participação no mercado de capitais pressupõe risco.
Como em qualquer mercado de títulos, temos no mercado de capitais dois segmentos:
Mercados primário e secundário.

Mercado primário – é nele que ocorre a colocação de ações ou outros títulos


provenientes de novas emissões. As empresas recorrem ao mercado primário para
completar os recursos de que necessitam, visando ao financiamento de seus projetos de
expansão ou seu emprego em outras atividades. Se pretender adquirir ações de emissão
nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um banco, uma
corretora ou uma distribuidora de títulos e valores mobiliários, que participem do
lançamento das ações pretendidas.

Mercado secundário – no qual ocorre a negociação dos títulos adquiridos no mercado


primário, ou seja: onde o investidor que adquiriu novos títulos lançados no mercado
primário os revende a outro investidor, que os revende posteriormente a outrem e assim
por diante. Para operar no mercado secundário de ações é necessário que o investidor se
dirija a uma corretora, membro da Bovespa, ou a uma distribuidora de títulos e valores
mobiliários para negociar no mercado de balcão.

Mercado de câmbio
É o mercado onde ocorrem as operações com moedas conversíveis, em que as operações
são à vista, além de curtíssimo, curto, médio e longo prazos, que tem por finalidade a
transformação de valores de moeda estrangeira em moeda nacional ou vice-versa; sua
intermediação se dá através do sistema bancário e auxiliar (corretoras e distribuidoras,
casas de câmbio, agências de viagem, etc.).
Quando se fala em moeda conversível deve-se entender que são as moedas aceitas nos
mercados internacionais, tais como, Dólar, Euro, Iene Japonês, Libra Esterlina e outras.
Além disso, como se verá, centraliza as operações de exportação, importação, câmbio
manual, ordens de pagamento do e para o exterior.

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