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MONDIN, Batista. Introdução à Filosofia – problemas, sistemas, autores e obras. Col. Filosofia, 15ª ed., SP:
Paulus, 2004.
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Lei de Diretrizes e Bases.
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praças e nas rodas de amigos e intelectuais de maneira formal e informal. Por isso, a filosofia
é encontro de vida e sobre a vida. Ela é diálogo reflexivo da condição humana na dimensão
subjetiva e intersubjetiva do ser.
A Filosofia é forma de saber fundamental para o desenvolvimento do homem. Ela se
faz necessária em toda cultura e possui condições de propor as grandes questões e construir
sistemas que fundamentem o problema epistemológico, metafísico e ético, mediante as
angústias humanas. Nessa perspectiva, a filosofia pode contribuir com a formação cidadã e
educacional do povo brasileiro. A filosofia é antes reflexão e depois concretização desse
pensamento por meio do agir humano. Destaco nesta pesquisa a contribuição da filosofia para
o Brasil no aspecto educacional, ou seja, a investigação filosófica versará na área da Filosofia
da Educação.
A educação é o primeiro e fundamental instrumento da formação humana. Ela
promove e liberta o homem de sua ignorância. No Brasil, a educação não é prioridade número
01 (um) da política. A formação dos docentes está em crise e como conseqüência, há pouca
motivação para exercer a função, pois carece de certas habilidades e conhecimentos para a
formação ensino-aprendizagem dos discentes. Um povo sem a devida formação educacional
torna-se “objeto” de fácil manipulação ideológica, pois não possuem consciência de seus
direitos e também de seus deveres. Por isso, a filosofia é instrumento capaz de pensar a
educação e refleti-la de forma global e sistemática. É necessário promover uma nação de
filósofos ou em tese que todo educador seja filósofo ou todo filósofo seja educador.
Para a concretização da devida reflexão sobre a Filosofia e o Brasil será utilizado
como metodologia o “Mito da Caverna” de Platão, como caminho capaz de pensar o
processo da educação como libertação da ignorância do indivíduo e transformá-lo no filósofo
(sábio), isto é, tornando-o agente de transformação da realidade política-social do Brasil. O
filósofo-educador poderá utilizar como elementos para concretizar a sua missão os sete
saberes apresentados pelo sociólogo e filósofo francês Edgar Morin no livro “Os sete saberes
necessários à educação do futuro”3. Por fim, será utilizada a imagem do filósofo como
“médico da civilização” pensada na obra “O livro do Filósofo” 4 de Nietzsche.
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aprisionada nas algemas de sua ilusão. É preciso libertá-la e conduzi-la para a verdade de sua
missão.
Há uma diversidade de objetos, imagens e símbolos8 que Platão utilizou para construir
a metáfora da Alegoria da caverna. A caverna corresponde em nossa análise filosófica a
situação da educação no Brasil, considerando a estrutura física. Ela é a nossa sala de aula,
nossas casas, o Ministério da Educação. Os prisioneiros simbolizam os responsáveis pela
educação, os discentes, os docentes e os pais, ou seja, aqueles que ainda estão aprisionados na
própria ignorância e, portanto na ilusão das sombras produzidas pelo sistema educacional em
vigor. Alguns prisioneiros já se libertaram e estão cumprindo a sua missão político-
pedagógica de transformar a realidade educacional do País. Para Platão, o homem nasce na
condição de caverna, portanto na ignorância. A tarefa do filósofo-educador é apontar o
caminho aos acomodados da caverna, para que estes superem seu estado de ignorância e de
alienação.
O interior da caverna é a realidade sensível marcada pelas sombras. É o nível do senso
comum. Há falta da crítica e da racionalidade perante as imagens. A verdade está oculta aos
olhos dos prisioneiros. A verdade precisa ser conhecida, pois ela é o caminho que irá
transformar o prisioneiro no sábio e, portanto no filósofo-educador. Há luzes e sombras em
nossa educação brasileira. É importante destacar as sombras, ou seja, as falsas imagens que se
apresentam como verdadeiras aos olhos dos alienados, para que sejam criticadas e superadas.
Pode-se descrever a realidade da caverna no contexto educacional brasileiro. No Brasil
há um modelo de educação que ainda só transmite conhecimento aos discentes. Outro que se
preocupa somente em conseguir o diploma. Alguns reduziram a educação à mercadoria. Para
outros o mais importante é a nota e não o aprendizado. O aluno se aliena, pois ele acredita ser
vantajoso ter o diploma, mas não deseja superar os desafios que o próprio processo ensino-
aprendizagem lhe impõe. De quem é a culpa da educação estar de forma generalizada na
sombra e, portanto na caverna? O problema não é encontrar um culpado, mas adaptar-se aos
novos tempos e também às novas tecnologias e demandas da sociedade atual. Por outro lado,
deve-se buscar aqueles que são responsáveis pela educação no país e verificar a ilusão de seus
métodos e propostas.
Na continuidade do Mito da Caverna, eis que de repente um desses prisioneiros é
libertado e forçado a sair da caverna e enfrentar o desconhecido, o novo e a luz da verdade,
isto é, do verdadeiro conhecimento a respeito da realidade. Nessa perspectiva, há duas formas
de sofrimentos, isto é, a física e a psicológica. Deslocar-se da caverna é desafio, pois é
necessário quebrar paradigmas e superar a opinião (doxa). Nesse sentido, a educação consiste
numa provocação e num questionamento. O educador é aquele que provoca o educando,
forçando a sua desinstalação de seu comodismo perante a falsa realidade em que ele está
inserido. Assim, a educação está atrofiada e presa à ilusão de números e notas, mas o
verdadeiro resultado da educação é aquele que promove o indivíduo e o conduz para ao
verdadeiro significado de sua existência, ou seja, consciência do seu ser e senhor de seu
destino.
A saída da caverna representa o processo de metánoia, isto é, a conversão de
mentalidade e, portanto uma mudança radical de vida. A educação brasileira deverá passar por
essa transformação. Ela está na ilusão de metodologias de três séculos passados. A realidade é
outra! A questão é o interesse pelo ser humano. O problema fundamental é a política
educacional que deseja dar escola, livros, carteiras, porém não dá oportunidades para que os
professores e alunos deixem a prisão. Tornem-se pensadores e não meros repetidores de
informações.
A imagem do Mito da Caverna ilustra que a maior parte dos discentes e docentes estão
aprisionados e alienados nas cavernas de nossos espaços acadêmicos. Deixar a caverna é sair
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BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia – histórias de deuses e heróis. 19ª edc., RJ: Ediouro, 2001,
pp. 19 – 26.
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Apostila de Filosofia do Grupo Positivo, Vol. II, 2007, p. 10.
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da alienação de nosso ser e reconhecer que nós podemos exigir a verdade e melhores
condições de trabalho e salários. O educador que se transforma no filósofo volta à caverna
para anunciar aos companheiros que existe uma nova realidade, ou seja, a mudança é possível,
porém é necessário passar pelo processo da metánoia.
O prisioneiro que se transforma no sábio, na verdade se transforma no filósofo-
educador, pois ele assume uma missão político-pedagógica, isto é, de contribuir para que a
realidade seja modificada em vista do verdadeiro Bem e da Justiça. O filósofo-educador
possui uma consciência crítica que incomoda os alienados e o que desejam manter a alienação
na educação. Um povo educado é um povo que sabe cumprir seus deveres e exigir seus
direitos. A porcentagem do PIB que é investida na educação é ilusória! Os governantes
procuram outras prioridades e deixam a educação em segundo plano. A educação deve estar
como projeto número do governo. Assim, somente educadores-filósofos ou filósofos-
educadores poderão contribuir de forma mais relevante para as mudanças. E para cumprir essa
missão, o filósofo-educador ou educador-filósofo poderá utilizar como ferramenta de trabalho
os sete saberes necessários à educação do futuro.
Edgar Morim a pedido da UNESCO elaborou um livro intitulado “Os sete saberes
necessários à educação do Futuro”. Esses saberes devem ser utilizados pelo filósofo-
educador ou educador-filósofo para cumprir a sua missão na realidade educacional brasileira.
Na verdade, seria sete instrumentos para transformar a nossa forma de educar tanto regional
quanto global. A reflexão elaborada deve-se converter em um instrumento que conduza o
discente a um diálogo criativo com as dúvidas e interrogações do tempo presente, condição
fundamental para uma formação cidadã e, portanto libertação da caverna.
Platão elaborou uma filosofia com dimensões teóricas e práticas. Os sete saberes
estariam a serviço da dimensão prática de sua filosofia, pois o prisioneiro ao se tornar sábio
volta à caverna para libertar seus companheiros da alienação, mesmo correndo risco de ser
rejeitado e pagar com a própria vida. O filósofo-educador é aquele que expõe a sua própria
vida para a realização de sua missão. Assim, há muita omissão e medo em denunciar ou
colocar em prática as novas posturas pedagógicas que irão abalar o sistema vigente.
O filósofo-educador deve ajudar a curar as cegueiras do conhecimento que levam os
discentes e a sociedade ao erro e a ilusão. O processo educativo deve conduzir o ser humano
para a autocrítica e descobrir as idéias lúcidas para nos possuir ao bem e à verdade do sentido
de nossa existência. Em outras palavras, “o dever principal da educação é de armar cada um
para o combate vital para a lucidez”9. Na caverna só há erro e ilusão! É preciso criticar as
características cerebrais, mentais, culturais do conhecimento.
Os princípios do conhecimento pertinente é o segundo instrumento da missão do
filósofo-educador. O conhecimento tornou-se fragmentado e, portanto passou a oferecer ao
homem uma visão parcial da realidade. A função da escola é organizar o conhecimento e a
missão do filósofo-educador é organizar o conhecimento de forma crítica, global e
sistemática. É pertinente organizar o conhecimento num mundo marcado pela complexidade
planetária. Nessa perspectiva, “é preciso situar as informações e os dados em seu contexto
para que adquiram sentido”10. A situação da caverna simboliza de forma parcial a realidade,
pois o conhecimento está no nível apenas dos sentidos. A visão global do conhecimento está
na transformação do prisioneiro no sábio, pois a filosofia é uma visão do todo.
O filósofo-educador deve ensinar a condição humana. A educação deve situar o
humano no universo e buscar a profunda compreensão do seu ser. Hoje, não basta oferecer a
infra-estrutura para o processo ensino-aprendizagem é necessário descobrir a condição
humana e seus grilhões. A condição humana implica compreender que, “todo
9
MORIN, op. cit., p. 33.
10
Idem, p. 36.
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desenvolvimento verdadeiramente humana significa o desenvolvimento conjunto das
autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à
espécie humana”11. Na caverna a condição humana sem educação está no nível da ignorância.
Quando o prisioneiro conhece a verdadeira condição humana ele se transforma no sábio.
A educação não deve ensinar apenas conteúdos, mas ensinar também a identidade
terrena. O filósofo-educador deve conduzir os discentes à formação de quatro consciências:
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instrução para construção antropológica do milênio. Os elementos que serão descritos abaixo
são fundamentais para despertar uma nova imagem do homem brasileiro frente ao mundo
globalizado. O caminho para a construção dessa nova imagem de homem deverá realizar as
seguintes práticas:
Esses elementos não são receitas prontas, mas caminhos que visam estabelecer na
educação brasileira e planetária uma nova consciência, ou seja, iluminada pela razão-
consciente e fundada na idéia do Bem, como princípio absoluto da existência humana. Para
Platão, contemplar o Bem era alcançar o caminho da sabedoria e da verdade.
Portanto, os sete saberes necessários à educação do futuro deverão ser assumidos pelo
filósofo-educador em sua missão político-pedagógica. A educação deve ser um compromisso
de todos e, principalmente dos governantes que possuem o poder para governar o país e
administrar o dinheiro público, fruto de nossos impostos.
A reflexão filosófica defende que a filosofia pode ajudar o Brasil a superar diversas
deficiências sociais e uma delas é a educação. Uma sociedade alienada e apática da
transformação social pode ser curada por meio da filosofia, isto é, por meio da dialética. Por
isso, abordo nesse item a partir do filósofo Nietzsche, o filósofo como médico da
civilização15. Uma cultura massificada, dominada ideologicamente e alienada só pode ser
curada pela educação e, portanto pela presença da filosofia enquanto saber crítico e dialético
no desvelamento do ser e da realidade.
Para Nietzsche a “filosofia não tem nada em geral: ela é ora ciência, ora arte”16. A
filosofia deve seguir a mediação entre os princípios apolíneo e dionisíaco, ou seja, ela é
logos, discurso, racionalidade, reflexão, porém deve ajudar o homem a desvelar a base vital
da existência que passa pelo sentimento, os mitos, a imaginação, a paixão, a poesia, a música,
etc. O homem enquanto filósofo deverá ser guiado com base no logos e no eros.
O processo educativo deve superar pura a racionalidade e trabalhar também as
potencialidades vitais do próprio ser. Para Nietzsche a arte é uma forma de possibilitar ao
homem a comunhão com ser. Há muitas escolas espalhadas pelo Brasil que estão adotando a
música como princípio da educação. A música é capaz de curar e integrar o ser humano.
Qual é o poder de um filósofo no tocante à civilização de seu povo? Para Nietzsche, o
filósofo parece:“a) um solitário indiferente; b) o senhor das cem cabeças mais espirituais e
mais abstratas; c) ou então o odioso destruidor da civilização nacional”17. O filósofo não é
um solitário e ilhado do mundo civilizado. Ele encontra na solidão do ser, o tempo oportuno
para a reflexão filosófica, mediante a condição humana imposta pelo tempo presente. Ele
pode até ficar solitário e abandonado devido às idéias defendidas, porém a sua obra ficará
para a posteridade. A filosofia antes de ser uma prática é uma reflexão, antes de se tornar
resposta é interrogação, por isso o filósofo é o homem que valoriza o espírito, enquanto
capacidade racional e, portanto metafísica.
Conforme Nietzsche, pode-se questionar se o filósofo é necessário ao seu tempo? Se
ele tem uma relação necessária com seu povo? Haverá uma teleologia do filósofo? Nietzsche
14
Idem.
15
NIETZSCHE, op. cit., pp. 69 – 77.
16
Idem, p. 70.
17
Idem, p. 72.
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afirma o seguinte: “ele não pode criar uma civilização, mas prepará-la, suprimir sempre os
entraves ou moderá-la e assim apenas conservá-la ou destruí-la negando”18. O filósofo é útil
quando há muito para destruir em épocas de caos e de regeneração. No Brasil, o filósofo se
faz necessário para contribuir na crise educacional que afeta todas as instâncias da educação
do homem. A crise afeta o conjunto dos fatores responsáveis pela educação no Brasil
(Família, Escola e Estado). O filósofo-educador pode contribuir para a quebra de paradigmas
ultrapassados e que não respondem mais aos novos tempos. A dialética pode ajudar a superar
a visão da educação reduzida a nota, pois a grande motivação dos discentes é tirar a nota
mínima para passar de série.
A filosofia para Nietzsche é valorativa na capacidade de “purificação de todas as
representações confusas e supersticiosas. Contra o dogmatismo das ciências”19. A filosofia
não aceita verdades prontas e, portanto inquestionáveis. Na medida em que é ciência, ela é
purificadora e esclarecedora, na medida em que é anti-científica, é obscurantista à maneira
religiosa. A filosofia é ciência aberta do espírito alimentado por meio da argumentação e não
da violência ou dominação.
Para Nietzsche, o filósofo “deve reconhecer o que é necessário [...] deve simpatizar o
mais profundamente possível com a dor universal”20. A causa primeira é a busca objetiva da
filosofia, por isso o filósofo em sua missão de médico da civilização deverá refletir o que é
necessário para a cultura, ou seja, descobrir a causa que pode levar à cura da civilização em
seus momentos de crises, de caos e de dores. Qual a causa da crise da educação brasileira?
Essa interrogação se impõe sobre o filósofo, pois ele pode contribuir realizando uma reflexão
global, profunda e sistemática no desvelamento da verdade que está oculta e provoca a
desestruturação da educação brasileira.
O prisioneiro ao se transformar no sábio, isto é, no filósofo-educador ele passou por
duas metamorfoses, ou seja, ultrapassou a agnose (ignorância) e a doxa (mera opinião) para
alcançar o logos, a ciência e, portanto o conhecimento. Esse processo foi uma das metas da
filosofia socrática, ou seja, “homem conhece-te a ti mesmo”. Por isso, Nietzsche afirmava que
“o homem conhece o mundo na medida em que se conhece: sua profundidade se desvenda a
ele à medida que se espanta de si mesmo e de sua complexidade”. A realidade é uma efusão
consciente ou inconsciente do mundo interior do homem. Em primeiro lugar o homem deve
conhecer a si mesmo. Ele deve entender a sua complexidade, ou melhor, a sua alma. O
processo ensino-aprendizagem no Brasil deve conduzir os discentes e docentes para o
despertar do ser. É necessário espantar-se diante de si mesmo e mergulhar na geografia da
natureza humana, descobrindo suas potencialidades e habilidades. Por isso, o filósofo-
educador é a voz que deve provocar a revolução do interior da alma do educando para que ele
faça a revolução exterior.
Por fim, pode-se concluir que em Nietzsche,
“o filósofo não procura a verdade, mas a metamorfose do mundo nos homens: luta
pela compreensão do mundo com a consciência de si. Luta em vista de uma
assimilação: fica satisfeito quando consegue colocar algo de antropomórfico. Do
mesmo modo que o astrólogo vê o universo a serviço dos indivíduos particulares,
assim também o filósofo vê o mundo como sendo um ser humano”21.
18
Idem.
19
Idem, p.73.
20
Idem, p.17.
21
Idem, p. 63.
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necessários à educação do futuro, depois que se tornou no filósofo-educador, pois abandou a
falsa realidade alienante da ignorância e conquistou a ciência que promove a transformação
política-pedagógica de uma cultura em crise e aprisionada num jogo de interesses e sem
preocupação com processo educativo consciente e crítico.
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brasileira. Ela nasceu com a declarada intenção de buscar o Verdadeiro, o Belo, o Bom.
Filosofia sempre teve conexões íntimas e duradouras com os resultados das ciências e das
artes e, no esforço de pensar seus fundamentos. Ela possui uma vocação para a totalidade. A
Filosofia é uma forma de conhecimento capaz de promover a cidadania conforme a Lei de
Diretrizes e Bases, conforme a Lei 9394/96.
A Filosofia poderá contribuir para a formação cidadã dos educandos seguindo três
princípios filosóficos:
2 – Do ponto de vista ético: a cidadania deve ser entendida como consciência e atitude de
respeito universal e liberdade na tomada de posição.
• [...] a capacidade de reconhecer o outro em sua identidade própria e a admissão da
solidariedade como forma privilegiada da convivência humana;
• [...] a liberdade de tematizar e criticar normas;
• [...] decidir sobre o que fazer da própria vida [...];
A cidadania, portanto exercita a identidade autônoma (PCN, p. 332).
Referência bibliográfica
BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia – histórias de deuses e heróis. 19ª ed, RJ:
Ediouro, 2001.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12ª ed., SP: Cortez, 2007.
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MARCONDES, Danilo. Textos básicos de Filosofia – dos pré-socráticos a Wittgenstein. 3ª
ed., Rio de Janeiro: Zahar, 2000.
TEIXEIRA, Evilázio F. Borges. A educação do homem segundo Platão. 2ª ed., SP: Paulus,
1999.
Créditos:
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