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1) O documento discute sete teses sobre agricultura camponesa de Jan Douwe van der Ploeg.
2) A agricultura camponesa é indispensável para a produção alimentar mundial e baseia-se no capital ecológico, diferente da agricultura empresarial baseada no capital financeiro.
3) A luta camponesa por autonomia envolve o desenvolvimento contínuo do capital ecológico.
1) O documento discute sete teses sobre agricultura camponesa de Jan Douwe van der Ploeg.
2) A agricultura camponesa é indispensável para a produção alimentar mundial e baseia-se no capital ecológico, diferente da agricultura empresarial baseada no capital financeiro.
3) A luta camponesa por autonomia envolve o desenvolvimento contínuo do capital ecológico.
1) O documento discute sete teses sobre agricultura camponesa de Jan Douwe van der Ploeg.
2) A agricultura camponesa é indispensável para a produção alimentar mundial e baseia-se no capital ecológico, diferente da agricultura empresarial baseada no capital financeiro.
3) A luta camponesa por autonomia envolve o desenvolvimento contínuo do capital ecológico.
1 - A agricultura camponesa constitui parte altamente relevante e
indispensvel da agricultura mundial Ploeg subdivide os sistemas agrcolas em trs arranjos polticos-econmicos, que so a produo capitalista, a agricultura empresarial e a agricultura camponesa. Para o autor a principal diferena entre essas formas de produo alimentar a relao delas com a natureza, que agricultura camponesa baseada no capital ecolgico e na agricultura empresarial de base capital financeiro e econmico. Em termos quantitativos indispensvel a contribuio da agricultura camponesa para a produo de alimentos, gerao de novos empregos e renda, sustentabilidade e desenvolvimento de modo geral, segundo Ploeg. 2 Coreografia da condio camponesa Para Ploeg, a condio camponesa hostil tanto em pases desenvolvidos como nos em desenvolvimento porem sob diferentes formas de presso sobre a agricultura, que leva luta por autonomia do desenvolvimento de uma base de recursos autogerida, envolvendo tanto recursos naturais como sociais, pois para ele a Terra o suporte para atingir esse nvel de independncia, de autonomia. Ele aponta diferentes formas de coproduo como tornar a terra mais frtil, construdo melhores instalaes de armazenagem e demais atividades nas relaes entre os seres humanos e a natureza que possibilitariam o crescimento da autonomia camponesa. 3 A luta por autonomia fundamentalmente implica e funciona como a construo, o uso e o desenvolvimento continuo do capital ecolgico No texto, Ploeg analisa que a produo camponesa baseada em uma relao de troca no-mercantilizada com a natureza que somente insere a troca mercantilizada para vender seus produtos finais, diferentemente a agricultura empresarial. A campenizao menos dependente do mercado pois utiliza de meios e insumos correlacionados com a natureza, sendo autossuficiente e no estando nas mos do mercado com a agricultura empresarial do capitalismo. 2
Assim a produo camponesa visa a otimizao do capital ecolgico, a produo
de excedentes comerciveis e a criao de redes de arranjo institucionais que que permitam tanto a produo como sua reproduo. 4 A centralidade do capital ecolgico ajuda a desenvolver (de forma sustentvel) a produo agrcola, mesmo sob condies altamente adversas. A agricultura camponesa est voltada para aumentar o quanto tanto possvel o valor agregado na unidade produtiva caracterizada pelo ambiente hostil que enfrentado por meio da gerao independente de renda no curto, mdio e longo prazo, e no pelo aumento da escala de produo, que o que distingue a agricultura camponesa dos outros tipos de agricultura. A produo capitalista centra-se na produo de lucro, mesmo que isso implique no valor agregado final, assim enquanto empresrios e capitalistas geram crescimento nos planos de suas unidades de produo mas com decrscimo do valor agregado, o progresso construdo pelo campons tambm em progresso para a comunidade. Uma outra caracterstica que distingue a agricultura camponesa a partilha dos recursos entre um nmero crescente de ncleos familiares; a agricultura camponesa almeja alcanar nveis mximos de sada com os recursos disponveis sem deteriorar a qualidade do produto. A produo camponesa tente a ser intensiva pois a produo por cada unidade de trabalho ser relativamente alta e a trajetria de desenvolvimento ser moldada com um continuo processo de intensificao baseada no trabalho. Uma outra caracterstica que diferencia a agricultura campesina das demais que os recursos matrias e sociais disponveis se articulam em uma unidade orgnica que pertence e controlada por aquele envolvidos diretamente no mercado de trabalho, assim como o investimento de trabalho, na natureza das tecnologias empregadas com o foco na habilidade em oposio a mecanidade. A agricultura camponesa esta tipicamente enraizada em uma produo relativamente autnoma e historicamente garantida, cada ciclo de produo apoia-se sobre os recursos produzidos e reproduzidos ao longo de ciclos anteriores, entrando assim em um processo como valor de uso, como meios e instrumentos de trabalho , como no 3
mercadorias, que so usados para produzir mercadorias e ao mesmo tempo
reproduzir a unidade de produo. A peculiaridade da agricultura camponesa orientada primordialmente para a busca e a subsequente criao de valor agregado e emprego produtivo, j nas formas empresarias e capitalistas de agricultura, os lucros e os nveis de renda podem ser aumentados com a reduo do trabalho invertido, na produo camponesa a emancipao coincide necessariamente com a apliao do valor agregado total por unidade de produo. 5 O mercado global e os imprios alimentares geram crises agrarias e alimentares permanentes A atual crise agrria emerge a partir da interao entre (1) a parcial, ainda que progressiva, industrializao da agricultura, (2) a introduo do mercado global como princpio ordenador da produo e comercializao agrcola e (3) a reestruturao da indstria de processamento, de grandes empresas de comercializao e de cadeias se supermercados em imprios alimentares que exercem um poder monoplico crescente sobre as relaes que encadeiam a produo, o processamento, a distribuio e o consumo de alimentos. A industrializao da agricultura envolvendo modos empresariais e capitalistas de se produzir impem uma desconexo da agricultura e das localidades. So utilizados fatores artificiais, insumos externos e equipamentos tecnolgicos, deixando de lado a construo de capital ecolgico que pode garantir sustentabilidade para o processo de produo. A reestruturao de mercados sob a gide do projeto neoliberal provoca insegurana alimentar. Uma caracterstica nova para a agricultura e mercado mundial a deslocalizao dos sistemas agrcolas. Antes a produo de aspargos era tradicional em reas como Navarra, na Espanha, e hoje este sistema foi transferido para o Peru, provocado instabilidades para as duas regies. O mercado agrcola globalizado se tornou uma arena na qual diferentes grupos do agronegcio disputam sua hegemonia. Dessa forma, os imprios da agricultura monopolizam, sendo mais difcil para os pequenos produtores venderem seus 4
produtos e para os consumidores comprarem sua comida independente dos
circuitos controlados por eles. 6 Se de um lado os campesinatos do mundo esto sofrendo com as muitas consequncias do ordenamento imperial da produo de alimentos, por outro eles constituem a maio resposta At recentemente, a resistncia era considerada alheia as rotinas de trabalho e produo, como as lutas abertas: greves, protestos, bloqueio de estradas, ocupaes, etc. Porm, a luta tambm se d pela resistncia cotidiana, na interveno direta nos processos produtivos e de trabalho e est onipresente na agricultura de hoje. A resistncia encontrada nas prticas heterogneas e crescentes que interligam o campesinato. Em suma processos que envolvam a continuidade dos costumes camponeses podem ser considerados importantes formas de luta. 7 A resistncia camponesa a principal fora motriz da produo de alimentos Considerando a atual crise agrria a agricultura camponesa reage de forma diferentes dos produtores empresariais e capitalistas. Eles primeiramente tentam aumentar a sua produo, para isso a quantidade e qualidade de seu prprio trabalho (familiar) representam o fator-chave. Em segundo eles procuram reduzir custos enraizando o processo de produo no capital ecolgico. Em terceiro eles buscam formas de organizao que lhes ofeream maior segurana e acesso a insumos. Em quarto, devido a sua pluriatividade e multifuncionalidade procuram continuar produzindo mesmo em condies de extrema dificuldade. Ploeg pensa ser impossvel alegar que as pessoas em situao de misria sejam sempre ambientalistas, mas argumenta que frequentemente na distribuio dos conflitos ecolgicos, os pobres frequentemente esto do lado da conservao dos recursos e de um ambiente limpo. Ele destaca alguns mecanismos:
a. Em espaos organizados em termos da coproduo, est ser mais
alinhada aos ecossistemas locais, evitando tensionamentos inerentes s formas mais padronizadas e industrializadas de produo. b. Confrontados com um mercado que impem custos crescentes e preos baixos, muitos produtores respondem aumentando o enraizamento de seus processos produtivos no capital ecolgico. c. Os consumidores valorizam cada vez mais os produtos da agricultura familiar. d. As economias camponesas se estrutura na utilizao de recursos escassos (terra, gua, madeira, etc) ento h uma forte tendncia para sua conservao. e. medida que mais unidades de produo buscam a poliprodutividade, h uma maior necessidade de externalidades positivas.[ f. Os camponeses possuem a capacidade de elaborar mecanismos de converso que diferem das transaes comerciais. Por fim, chama ateno para o potencial que os camponeses possuem de alimentar o mundo.