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PROFESSOR
BRAGA
Ano lectivo 2009/2010
ACÇÃO DE FORMAÇÃO
Foi partindo deste princípio, no qual alicerço toda a minha actividade docente, que,
mais uma vez, procurei formação e me inscrevi na acção em destaque, da qual tomei
conhecimento real através de um amigo. Na verdade, longe de saber da sua
existência na Casa do Professor, o nome dos formadores e a sua dinâmica em
comunidades/redes sociais ligadas à Web 2.0 já me eram familiares. Foi durante um
período áureo da minha vida pessoal (licença de maternidade) que, da
janela/computador com vista para o mundo, descobri um sítio - mi-lp.net - que me
cativou pela quantidade e qualidade de projectos no âmbito da Língua portuguesa.
Nesta perspectiva, esta oficina de formação foi uma benesse e, com certeza, que as
lacunas sentidas na minha formação profissional e na minha prática, ao nível da
produção de conteúdos, concepção de estratégias de dinamização na aula e práticas
metodológicas, se hão-de desvanecer paulatinamente. Esta demanda inicial já me
abriu caminhos e horizontes que procurarei explicitar de seguida, tendo o cuidado de
refrear o entusiasmo advindo desta experiência única, não só devido à sua natureza,
mas também às suas implicações/consequências: criação e aplicação no terreno do
PILP (Plano Interactivo de Língua Portuguesa) no âmbito da leccionação da disciplina a
alunos de 7º ano da Escola Básica Integrada Arnoso Santa Maria .
Desta feita, estruturarei esta exposição, com base numa visão e vivência da
professora-aprendiz (auto-denominação intemporal e nem sempre entendida, nesta
actividade que desempenho). Assim, de forma tripartida, atendendo ao(s) local(ais)
onde experimentei e experienciei todo o processo, surgirá a dinâmica implícita e
explicita relativa à formação, bem como uma metalinguagem do domínio
digital/tecnológico, metodologias e actividades/trabalhos. Enfim, os elementos
constituintes do processo começado na Casa do Professor a 9 de Novembro e aí
finalizado a 11 de Janeiro, para ser prosseguido na escola onde trabalho, bem como
no meu domicílio.
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I
1- Situação inicial;
2- Caminhos apontados e seguidos;
3- Ensinamentos.
1- Situação inicial…
Não foram, pois, os créditos o valor que mais alto se “alevantou”, nem é pelo número
que me rejo, “nada do que é humano me é indiferente”, mas sim um saber fazer, uma
experiência vivida para ser partilhada. Este investimento pessoal/profissional
enquadra-se no reconhecimento dos contributos das ferramentas digitais numa escola
de competências, afastando passadas atitudes de resistência, de renitência, ansiedade
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e até cepticismo (Teresa Almeida d’Eça, “Integrar ou não as novas tecnologias, eis a
questão!”).
… Na escola
Existência de uma realidade – desenvolvimento das competências essencias: Ler e
Escrever – que a professora pode e deve patrocinar e desenvolver em ambiente
educacional, já que todas as salas de aula assim o possibilitam.
… No domicílio
Investimento em horas de intentos e inventos num conjunto de aplicações apontadas
pelos formadores na Casa do professor, em que, como pontos dominantes deste agir
se referem:
- o desfasamento entre tempo cronológico (aparentemente promissor e produtivo,
ainda que exíguo) e psicológico (rápido devido à intensidade, ao significado dos
momentos de aprendizagem significativa);
- a aplicação de conhecimentos, a inscrição em determinadas aplicações, as
tentativas e os erros;
- o entusiasmo e a vontade de tudo experimentar e experiênciar, o que se tornava,
algumas vezes, incompatível com as solicitações pessoais.
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2 - Caminhos apontados e seguidos…
Web 2.0
Mosaico de aplicações da 2ª geração Web; sociedade da comunicação, mas também
sociedade-espectáculo.
Neste repositorium, saliento, desde já, o blogue criado, à luz do portefólio digital
realizado pelo formador e seus alunos e intitulado Língua Portuguesa -Projecto de
Intervenção no domínio da Língua Portuguesa dos alunos da Escola Básica Integrada
de Vila Cova – Barcelos. Surge como estratégia promotora de competências da Língua
Portuguesa e competências digitais que como uma bússola orienta quer a mim como
formanda/professora, quer os seus alunos de 7º ano.
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Metalinguagem
Tags; hiperligação/link, URL; HTML; redimensionar imagem; full; feed; e-book; share,
embed; post, avatar… eis algumas das palavras que, ao longo das oito sessões
presenciais, deixaram de ser estranhas para mim e fazem parte, agora, da minha
bagagem para poder seguir, nesta viagem, mais auto-confiante e autónoma.
… Na escola
PILP – Blogue-mãe
(http://lerescrevernet.blogspot.com/)
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escola e professores. Dai o investimento meios/recursos cativantes, sendo a escrita
colaborativa e os fóruns de leitura actividades a propor.
… No domicílio
Tikatoc – A prenda de Natal dos meus sobrinhos, com idades compreendidas entre os
5 e 10, foi a descoberta/divulgação desta aplicação. Entusiasmados e com a apreensão
rápida de todo o processo de confecção, começaram a fazer um e-book aproveitando
desenhos que já tinham feito e dando largas à criatividade e imaginação na história
escrita.
Photobuchet – Os postais de Natal enviados este ano foram todos digitais, tendo
utilizado este suporte magnífico e a explorar, posteriormente, no domínio do arquivo e
efeitos de fotografias da família e amigos, quando a disponibilidade para estes fins
aumentar.
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Passo a enumerar elementos constituintes desta aventura de ler e escrever numa
geração web: a leitura de alguns textos do Manual de Ferramentas da Web 2.0
para Professores que se encontra na Plataforma de Aprendizagem Ning; as dúvidas
resultantes das iniciativas e tentativas de inscrição e exploração de aplicações
constantes no quadro de recursos Web 2.0 e a passagem inexorável do tempo,
aquando da navegação cibernauta, em paralelo com disponibilidade limitada por
circunstâncias pessoais.
3- Ensinamentos…
… Na escola
Incentivo para o trabalho com metodologia de projecto, com sistematicidade,
coordenando actividades, procurando, através do PILP, demonstrar que os meios não
valem por si sós, mas pelos fins a que dão acesso.
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II
Fernando Pessoa
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características e potencialidades que entram na nossa prática quotidiana, quando esse
acesso é vedado sinto insatisfação, impotência e uma certa nostalgia de um
“paraíso”de informação e diversão perdido. A pergunta dos formadores remete-me
para o mito de Pandora, sendo, neste caso, o mundo aquele que protagoniza a
abertura da caixa, entenda-se, Internet. A partir daqui é irreversível, já não podemos
fechá-la, ou melhor, fazer de conta que não existe, mesmo que nos digam que não lhe
devemos “tocar”.
A título conclusivo, considero que o que atrás escrevi corrobora o princípio que me
move e que retomo, remetendo, de forma circular, à introdução de todo este trabalho.
Trata-se de uma contínua aprendizagem e receptividade perante a melhoria do meu
papel de educadora empenhada e implicada, ainda que consciente e algo
inconformada com tempos em que o que mais importa é o chegar, os resultados finais,
os produtos, as evidências mensuráveis. Uma excelência a atingir sem olhar os meios,
sem os valorizar, sem os valorar com peso e medida, mas sim com pressas e bem
(co)medidos.
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11 de Janeiro de 2010
A Formanda,
Maria José Morais Silva
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