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JusBrasil - Notcias
04 de janeiro de 2015
A Primeira Seo do Superior Tribunal de Justia (STJ) garantiu a aprovao, nomeao e posse de
candidata reprovada em fase de investigao social de concurso para o cargo de procurador da
Fazenda Nacional. O relator, ministro Benedito Gonalves, entendeu que fere o princpio da presuno
de inocncia a deciso que excluiu a candidata do concurso em razo de ela ter respondido a
inqurito policial por falsidade ideolgica, o qual foi arquivado por prescrio.
Em 2002, a candidata teria assinado o livro de advogados em delegacia de polcia enquanto ainda
era estagiria, lanando um nmero fictcio de inscrio na OAB a fim de visitar e representar
presos. Houve instaurao de inqurito policial, que tramitou por vrios anos sem o oferecimento de
denncia. Em 2008, o inqurito acabou arquivado por causa da prescrio.
Anos mais tarde, concorrendo a uma vaga no concurso para a Procuradoria da Fazenda Nacional, o
fato surgiu na fase de sindicncia de vida pregressa. A candidata ingressou no STJ com mandado de
segurana contra ato do advogado-geral da Unio, que em 2013 homologou o resultado do concurso e
confirmou sua desclassificao naquela fase em virtude de o inqurito ter sido arquivado por
prescrio e no por falta de provas da materialidade do delito ou de indcios de autoria.
Conduta moral
Liminarmente, o ministro Benedito Gonalves j havia determinado a reserva de vaga candidata at
o julgamento definitivo do mandado de segurana. A Advocacia-Geral da Unio (AGU) sustentou que
a anlise da vida pregressa no se encontra limitada s infraes penais praticadas, mas tambm
conduta moral e social, visando aferir o futuro comportamento do candidato frente aos deveres do
cargo.
No entanto, o ministro relator afirmou que no h nos autos elementos que indiquem que a candidata
possua um padro de comportamento social ou moral reprovvel a ponto de impossibilit-la de exercer
o cargo para o qual concorreu e foi devidamente aprovada, especialmente porque os fatos a ela
imputados ocorreram em 2002.
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04/01/2015
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O ministro ainda observou que no h prova da alegada falsidade ideolgica, tampouco informao de
reincidncia ou cometimento de qualquer outra conduta desabonadora no decorrer desses anos. A
candidata apresentou certides de "nada consta" de diversos rgos pblicos. A deciso da Primeira
Seo foi unnime.
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