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Desenvolvendo e aprofundando uma ideia tentada j anos antes com as obras dedicadas
Gare Saint-Lazare, Monet pintou em srie as telas da Catedral de Rouen.
Para compreender a fundo o sentido destas obras, necessrio ver mais de um exemplo em
simultneo. S da comparao entre as diferentes verses emergem claramente as razes da
escolha de Monet.
A fachada da catedral transfigura-se, muda sensivelmente consoante as condies climticas e
as luzes que inundam a sua estrutura. Trata-se de uma viso subjetiva: a representao de
uma percepo, daquilo que os olhos do artista observam naquele momento.
Monet restituiu tela uma emoo, tangvel graas vibrante qualidade da cor.
Passa dos azuis dos dias de sol aos castanhos dos dias de chuva, da luz da manh s sombras
da noite, perseguindo sensaes que mudam rapidamente, como a pincelada que as captou.
A proximidade do ponto de vista que o pintor escolheu impele a fachada para o espectador,
que percebe a matria esculpida pela luz; e justamente a luz que transforma a mole da
catedral ou numa renda levssima ou num objeto de mrmore peso.
Monet pintou, durante um ano, cinquenta imagens, em horrios diferentes, da Catedral de
Rouen, reproduzindo a incidncia da luz. Assim, ele pretendia analisar as diferentes influncias
que a luz pode exercer sobre a percepo da realidade.