Sie sind auf Seite 1von 9

"Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho

do Deus. Repondeu-lhe Jesus: É como disseste; contudo vos digo que


vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e
vindo sobre as nuvens do céu.Então o sumo sacerdote rasgou as suas
vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de
testemunhas? Eis que agora acabais de ouvir a sua blasfêmia."

Mateus 26:63-65
Q
uando Jesus afirmou que ele é o "caminho, a verdade e a vida" (João 14:6)
e que ninguém chega até Deus a não ser através dele, ele estava
conscientemente dando início a uma luta sem tréguas no mundo.

Embora Jesus, também chamado O Príncipe da Paz, tenha afirmado que veio ao
mundo para que tenhamos vida e, ao partir para junto do Pai tenha deixado com
os seus seguidores a sua paz (João 14:27) , ele deixou claro, em Mateus 10:35-
37, que para que haja paz e vida verdadeiras no mundo, é necessário antes que
seja feita a distinção entre os filhos de Deus e os filhos do mundo:

"Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, a filha


contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim os inimigos do
homem serão os da sua própria casa.Quem ama o pai ou a mãe mais
do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha
mais do que a mim não é digno de mim."

Obviamente Jesus não estava com isto autorizando que seus seguidores
declarassem guerras santas contra os infiéis, nem qualquer tipo de perseguição
aos seus opositores. Ele apenas afirmou que essa distinção seria feita
naturalmente, através da livre escolha de cada um, pois quem não toma a sua
cruz e não o segue não é digno dele (Mateus 10:38).

Como é possível entretanto, em um mundo com tamanha diversidade cultural,


que uma única religião se imponha de modo absolutamente hegemônico como a
única verdadeira? Se dentro de uma mesma nação já é difícil conceber essa
hegemonia, como esperar que povos com histórias e culturas tão essencialmente
diversas da história e da cultura judaicas venham a reconhecer em Cristo o
único e verdadeiro Messias, o redentor do mundo? Como aceitar o fato de que
Deus tenha escolhido uma nação historicamente insignificante, nascida a partir
de longas pelejas contra os povos inimigos que a cercavam, para ser o berço da
redenção espiritual de todo o mundo?

A idéia de estar diante de uma única escolha possível é assustadora e


inquietante para a maioria das pessoas em nosso tempo, marcado por uma
cultura cuja característica principal é a multiplicidade de escolhas. Entretanto,
Deus se revelou ao homem uma única vez, através de Israel e por isso o
cristianismo é única expressão verdadeira desta revelação. O cristianismo é a
primeira e única doutrina verdadeiramente revelada por Deus ao mundo. Deus
falou ao mundo através de homens, que registraram a sua mensagem redendora
pela inspiração do seu Espírito, e não por inspiração filosófica ou de quaisquer
seres espirituais, como ocorreu com as religiões do mundo. Existem dois tipos
de fé: a fé humana, instável, estéril e subjetiva; e a fé genuína, que produz
salvação e conversão de vida, concedida livremente por Deus aos que
sinceramente o buscam. Esta fé verdadeira está ao alcance de todos os que se
humilham diante de Deus, reconhecendo a sua soberania e a sua perfeita
vontade, bem como a sua total dependência em relação a Ele:

Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu


tempo vos exalte.(1Pedro 5:6)

O cristianismo conseguiu ao longo dos séculos, realizar a façanha de se tornar


uma religião universal, sendo professada não apenas nos países do ocidente,
mas em vários países do oriente. Muitos se apressam em atribuir esta
hegemonia inicialmente à imposição política do cristianismo como religião
oficial do império romano por Constantino e depois pela igreja católica romana,
no auge de seu poder. Embora isto seja em parte uma verdade, sendo inegável o
fato de que várias "conversões" ao cristianismo se deram por motivos
puramente políticos (como no caso do próprio Constantino) ou de caráter social,
como ainda ocorre hoje, também é inegável que ocorreram e ocorrem muitas e
significativas conversões motivadas por uma autêntica manifestação de fé. A
maior parte das pessoas se lembra apenas da época negra da Igreja Católica
Romana, mas não dos benefícios legados pelo cristianismo para a civilização
ocidental. Thomas E. Woods, doutor em História pela Universidade de
Colúmbia, resgata em sua obra How the Catholic Church Built Western
Civilization (Regnery, 2005) esta memória, lembrando que o cristianismo foi o
responsável pelos fundamentos éticos que formaram a civilização ocidental,
como também pelos primeiros passos dados pela ciência e pelo ensino
acadêmico, pelos principios fundamentais do Direito e pela criação das
primeiras instituições assistenciais.

O historiador David Lindberg porém afirma claramente em Medieval Science


and Religion, que “não houve guerra entre ciência e igreja” e os historiadores em
geral são unânimes em afirmar, como ele, que a suposta batalha entre ciência e
religião é uma invenção do século 19. Entre os forjadores desta inexistente
batalha estão William Draper, em sua obra History of the Conflict between
Religion and Science, de 1874 e Andrew D. White, primeiro reitor da
universidade de Cornell, que escreveu, em 1896, The History of the Warfare of
Science with Theology in Christendom. Ambas as obras estão repletas de
inverdades e embustes, mas são lidas ainda hoje. Dinesh D’Souza lembra a esse
respeito em A Verdade Sobre o Cristianismo, que “até hoje, muitos pensam que
a igreja medieval acreditava que a Terra era plana, até a ciência moderna ter
demonstrado a um clero exasperado que o globo era redondo.” Sabe-se que
tanto os antigos gregos quanto os cristãos medievais tinham conhecimento de
que a Terra era redonda. Isto transparece até mesmo na cosmologia de Dante,
que está baseada em uma concepção esférica da Terra.

Christian Smith ao escrever sobre a história da secularização das instituições


americanas, defende que o modelo de conflito do relacionamento entre ciência
e religião foi um exagero deliberado utilizado tanto por cientistas quanto por
líderes do ensino no final do século XIX para minar o controle da Igreja sobre
essas instituições e fortalecer seu próprio poder cultural. O modelo "guerra
declarada" da ciência e da razão foi menos o produto de uma necessidade
intelectual e mais uma estratégia cultural específica.

Na realidade, Copérnico nunca foi perseguido pela igreja. Giordano Bruno foi
condenado à morte, mas não por questões de disputa entre suas idéias
científicas e a teologia da igreja, mas sim por heresia, conforme afirma o
historiador Thomas Kuhn: “Bruno não foi executado por causa do
copernicanismo, mas por causa de uma série de heresias teológicas que se
centravam em sua visão da trindade.”

O caso Galileu na verdade não passou de uma exceção no histórico harmonioso


que sempre marcou o relacionamento entre a igreja e a ciência, conforme afirma
o historiador Thomas Lessl. Na verdade, não há outro exemplo na história da
igreja católica, de condenação de uma teoria científica. Não caberia à igreja,
evidentemente havê-lo julgado, mas este julgamento ocorreu de forma
absolutamente sensata e humanitária. Ainda assim, este incidente é narrado nas
escolas primárias de forma totalmente distorcida. O verdadeiro conflito ocorrido
entre Galileu e o Papa Urbano VIII surgiu na verdade em decorrência do fato de
Galileu anunciar como comprovada uma teoria que ainda não era amplamente
aceita, pelo fato de a Igreja Católica estar endurecendo a sua vigilância sobre a
sua doutrina para fazer frente à Reforma Protestante; e o mais grave, o de
Galileu haver questionado os métodos empregados pela igreja para o estudo e
interpretação da Bíblia.
Os cientistas islâmicos trouxeram sem dúvida grandes contribuições para a
ciência no passado, sobretudo para a matemática e a física ótica. Entetanto,
estas contribuições começaram a declinar a partir do século XI, pela pressão das
dinastias doutrinariamente ortodoxas, que consideravam a ciência como
inimiga de Deus. Para os muçulmanos, Deus é absolutamente transcendental.
Sua vontade não está ligada a nenhuma de nossas categorias, nem sequer à
razão". Conforme afirma o teólogo muçulmano Ibn Hazn, do século X, Deus
sequer se submete à sua palavra "e nada o obriga a nos revelar a verdade". Isto
diferencia essencialmente o Deus islâmico do Deus bíblico, que tudo criou com
base na razão e com ela dotou o homem, para o conhecimento da natureza. O
cristianismo não pode portanto ser visto como um oponente da razão, pois foi
através do incentivo ao uso da razão que a Igreja Católica contribuiu de modo
tão expressivo para o surgimento da ciência moderna.

A maioria das pessoas discute religião como discute filosofia,ou seja, com base
em um conhecimento apenas superficial. Poucos são os que se dão ao trabalho
de aprofundar o conhecimento das diversas religiões e da história do
cristianismo. A ignorância espiritual do homem o leva instintivamente a
repudiar a idéia da hegemonia cristã. Independentemente do conflito ideológico
causado pelo evangelho cristão, que aponta as tendências naturais humanas,
produzidas pelo egocentrismo e pelo hedonismo como frontalmente contrárias à
salvação espiritual, o homem sempre julgou absurda a noção da existência de
uma verdade absoluta. Assim, a hegemonia cristã, inerente à sua própria
doutrina, é sempre vista com antipatia pelos adeptos de outras religiões e
também por aqueles que afirmam não professar religião alguma.

Entretanto, essa antipatia é em grande parte equivocada, pois em nenhum


momento um cristão verdadeiro afirma ser o "dono da verdade", mas apenas
que o evangelho de Cristo e todas as Escrituras são a expressão da verdade
absoluta acerca da vida espiritual, revelada por Deus aos seus profetas. A
compreensão desta verdade é um processo de iluminação que todo cristão
experimenta em sua caminhada espiritual. Ao anunciar o Evangelho, o cristão
não está sendo tacanho, arrogante ou intolerante, está apenas cumprindo a
chamada "grande comissão", deixada por Cristo aos seus discípulos, registrada
nos evangelhos de Mateus (28:19), Lucas (24:47) e Marcos (16:15): "Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo." O que se pode questionar, portanto, é a maneira
como é praticado o evangelismo, mas não o mérito do evangelismo em si.
Como se não bastassem estes motivos, o homem, ainda em sua imaturidade
espiritual, é incapaz de compreender o Deus bíblico, que do ponto de vista
humanista e materialista, parece um Deus injusto, arrogante, contraditório,
discriminador e cruel. Afinal, como poderia um Deus que afirma amar o mundo
destruir a sua própria criação, condenar pessoas ao sofrimento eterno e negar a
salvação àqueles que não ouviram falar de Cristo? Até mesmo a idéia de um
Deus pessoal soa tacanha para a maioria dos indivíduos cultos, que preferem a
complexa concepção de Deus presente nas religiões orientais, como um Ser
abstrato, absolutamente inacessível à razão humana, uma espécie de energia
subjacente a toda a criação.

Segundo estas religiões, Cristo foi apenas mais um entre os grandes mestres
espirituais que vieram ao mundo ensinar aos homens um único caminho de
realização espiritual. Isso não é verdade. O caminho que Jesus mostrou aos
homens é essencialmente diferente de todos os outros caminhos espirituais
ensinados pelos mentores espirituais das religiões do mundo. Na verdade, Jesus
não ensina um caminho espiritual, mas ele disse que ele próprio era o caminho e
que nenhum homem poderia chegar a Deus a menos que fosse levado por ele
(João 14:6). Isto significa que mesmo que um dos grandes mestres espirituais
do mundo houvesse ensinado exatamente a mesma mensagem de Jesus, ainda
assim este ensinamento não poderia salvar um único de seus discípulos.
Somente Jesus tem o poder não só para ensinar, para curar e para libertar da
escravidão do mal, mas acima de tudo, tem o poder para perdoar os pecados e
para salvar os quebrantados, porque só ele é o Salvador.

O egocentrismo e o orgulho humano impedem os que abominam o único Deus


verdadeiro, revelado ao homem através de Israel; de reconhecer que é por causa
da dureza de seu coração que se tornaram incapazes de compreender a natureza
de Deus e a sua verdade, manifesta ao homem através das Escrituras. O orgulho
humano, que impediu que os judeus reconhecessem em Cristo o Messias,
sempre foi ; depois do pecado, a maior barreira entre o homem e Deus. Como
afirmou Paulo:

"Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se


perdem que está encoberto,nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz
do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus."
2 Coríntios 4:3-4
A maioria das pessoas vê o cristianismo pela fachada de suas igrejas, e o julga
pelo que vêm nelas. Entretanto, as milhares de denominações cristãs existentes
não são a verdadeira expressão do cristianismo. A verdadeira igreja de Cristo na
Terra é formada pelos seus discípulos aprovados, que se encontram espalhados
por estas denominações, em meio a falsos cristãos. Ainda que uma determinada
igreja fosse composta apenas por discípulos autênticos de Cristo, ela não seria
perfeita. Ela teria ainda muitas falhas, pelo simples fato de que seria ainda
composta por seres humanos. O cristão não é santificado em um único dia. Da
mesma forma que a compreensão da mensagem de Deus nas Escrituras é um
aprendizado contínuo; e por isso nenhuma denominação cristã em particular
pode reivindicar haver alcançado a plena compreensão da Verdade, a
santificação de cada cristão é também um processo contínuo; e somente vai se
completar no mundo espiritual, quando será possível alcançar a plena estatura
de Cristo.

O cristianismo é um caminho totalmente diverso em sua essência, dos demais


caminhos espirituais apontados pelas religiões do mundo. Existem em sua
doutrina três conceitos básicos, entre outros, que o tornam absolutamente único
e distinto de todas as outras doutrinas espiritualistas: o princípio da queda
espiritual do homem; o princípio do pecado e o princípio de uma única
existência para cada indivíduo. Estes princípios fundamentais contrariam
essencialmente os ensinamentos das demais religiões, para as quais os homens
não estão irremediavelmente condenados à morte espiritual por causa do
pecado, mas apenas separados do Todo ou da Unidade, ao qual devem se unir
novamente. O cristianismo afirma ainda, na contramão das demais doutrinas,
que cada homem vive uma única vida, após a qual virá o julgamento de seus
atos e a sua ressurreição e não um ciclo indeterminado de existências, ao longo
do qual evolui espiritualmente até a perfeição.

Cristo afirma que apenas aquele que crê nele pode ser salvo. Isto significa que
não podemos, por nossos próprios atos, conquistar a nossa realização espiritual;
mas que apenas pela graça de Deus, através do sacríficio vicário de Jesus,
podemos receber a salvação e nos realizarmos espiritualmente. Este é um
conceito totalmente estranho a todas as outras religiões; que afirmam que o
indivíduo deve construir, através de suas obras e da devoção a seus deuses, o
caminho de sua própria realização espiritual. Fica claro portanto que a idéia de
que todos os caminhos levam a Deus é absurda. Ou é Cristo que reconcilia o
homem com o Criador ou são as religiões do mundo que conduzem o homem a
Deus. Esta é uma conclusão que produz uma grande tensão existencial, cultural
e até mesmo política e por isso a ideologia humanista que rege o mundo prefere
ignorá-la, insistindo na isonomia das doutrinas religiosas.
Esta atitude conciliadora, ecumênica e universalista entretanto não subsistirá
por muito tempo. Cristo demanda de cada homem uma decisão, um
posicionamento com relação à sua vida espiritual. Não existem posições de meio
termo, a escolha é clara: com Cristo ou contra Cristo, como ele afirmou: "Quem
não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha." (Mateus
12:30). Crer que Jesus é o único caminho para Deus implica crer na Bíblia, de
forma integral. Não se pode crer em algumas coisas que estão escritas nela e não
em outras. Não se pode mutilar o Evangelho como fazem várias doutrinas
espiritualistas e ecumênicas. Ou cremos que Deus é poderoso o bastante para
preservar a integridade de sua mensagem ao longo dos séculos, apesar da
interferência humana, ou vamos nos tornar ateus, agnósticos ou o que é
pior,buscar falsos caminhos espirituais ou ainda, como fazem muitos, inventar o
nosso próprio Deus e a nossa própria religião.

O Reino de Deus já chegou ao mundo e no fim dos tempos o anjo do Senhor fará
a colheita e a separação entre o joio e o trigo. Os cidadãos do Reino de Deus
reinarão com Cristo, mas os cidadãos do mundo perecerão, por sua própria
escolha, com o Príncipe deste mundo.

Autor: Washington Montez de Noronha

Visite o blog: Portas Abertas - http://portaparacristo.blogspot.com/

Das könnte Ihnen auch gefallen