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Trabalho de Grupo
“Os Tesos”
Módulo: Desenho e organização de programas e actividades de animação
Constituído por: Ana Canelas; Rui Paula; Jorge Santos; Eduardo Santana.
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Índice
Bibliografia pág. 6
Anexos pág. 7
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Resumo do projecto
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Apresentação do projecto
O principal objectivo na execução deste projecto, visa dar a conhecer a origem e a história fálica
das Caldas da Rainha, reforçar a sua promoção tendo em conta a sua importância, não só ao
nível económico como também ao nível cultural.
Não obstante, reza a voz do povo, que a tradição fálica das Caldas da Rainha, remonta aos
finais do séc.XIX., tendo sido impulsionada através do então Rei D.Luís e mais tarde imortalizada
por Bordalo Pinheiro, dando assim alma e popularidade à nossa cidade.
Infelizmente a tradição já não é o que era e a imagem de marca das Caldas da Rainha está com
um reduzido vigor.
Este grupo de trabalho entende, que este Roteiro poderá ter uma importância significativa na
revitalização desta tradição pois, através deste, pretende reforçar e excitar o fabrico e comércio
deste tipo de artesanato.
Não permitindo que este mito, que foi criado no seio da nossa cidade, deixe de ter a
consideração que lhe foi em tempos conferida, aspirando desta forma devolver-lhe os seus
tempos áureos. Até porque, poderá haver quem no mapa não consiga identificar a cidade da
Excelentíssima Rainha D. Leonor mas que certamente saiba associar o seu nome a estas
malandrices.
O visitante irá receber um roteiro, com a forma fálica, onde consta a história da origem dos falos
na antiguidade assim como também a sua origem nas Caldas da Rainha. Deste fazem também
parte palavras-cruzadas para que, através deste jogo cultural, possam ficar a conhecer alguns
termos utilizados na nossa cidade e na produção deste tipo de cerâmica, assim como a sua
origem. Terá também o caminho ao conhecimento do comércio desta cerâmica e a oficina do Sr.
Agostinho, onde poderão ainda visualizar a produção da cerâmica fálica.
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Fundamentação teórica
Caldas da Rainha fica situada no distrito de Leiria na região do Oeste, fazendo parte da Costa de
Prata, com cerca de 29 000 habitantes.
Caldas da Rainha é uma Cidade Termal, fundada nos finais do século XV pela Rainha D.
Leonor, mulher do Rei D. João II, centro de uma Região e sede de um concelho depositário de
um valioso património histórico-cultural. As suas termas de águas sulfurosas são reputadas
desde os tempos remotos, pois já os Romanos as utilizavam como testemunham documentos
arqueológicos.
Mal estudada e pouco valorizada, a cerâmica das Caldas é uma prodigiosa arca de surpresas.
Há fábricas, museus, lojas, fachadas e mesmo tabuletas, todo um mundo de loiça à espera de
ser descoberto. Um património cerâmico que, assegura um excelente guião para visitar a cidade
fundada pela rainha D. Leonor.
Loiça fálica
A loiça erótica das Caldas é um emblema da cidade, um factor de identidade. A louça
humorística serve de decoração, embora nem toda sirva para o efeito como a louça fálica, que
apresenta seios descobertos, pénis erectos, figuras nuas e peças de humor relativas à higiene
pessoal. Nos últimos tempos, no entanto, as peças fálicas perderam artesãos e já só restam dois
ceramistas que as fabricam. Artesanato grosseiro ou arte provocatória, a verdade é que as
"malandrices" são uma espécie de louça em vias de extinção mas emblemática da cidade das
Caldas da Rainha. A louça caricatural originariamente apresentava profissões (padres,
pescadores, agricultores) ou estereótipos sociais duma maneira sarcástica e depreciativa. Hoje
em dia as figuras representam políticos ou celebridades, mas a mais popular é sem dúvida o Zé
Povinho, que serve como estereótipo de povo português e é usado como símbolo de Portugal e
do povo português.
Melhor é não reduzir a cerâmica das Caldas às formas fálicas. Estamos a falar de uma
actividade documentada desde 1488, quando se estabeleceu o povoado em torno do hospital
termal mandado construir por D. Leonor. Uma actividade que conhece um pronunciado salto
qualitativo nos últimos dois séculos, projectando-a muito para além da louça utilitária indistinta.
É, porventura, um dos sectores mais criativos da arte portuguesa recente que ainda não foi
devidamente estudada, nem tão-pouco é valorizada como atracção turística.
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Bibliografia
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Anexos