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http://dn.sapo.pt/2008/04/15/sociedade/professores_garantem_a_luta_continua.html

Professores garantem que a luta


vai continuar

MARIA JOÃO CAETANO

"O entendimento é importante para os professores mas não resolve as questões de fundo, pelo que
deverá manter-se uma forte acção sindical e reivindicativa" - é isto que a Plataforma Sindical dos
Professores, que reúne vários sindicados, vai dizer hoje aos professores em reuniões a decorrer em
escolas de todo o País. No chamado "Dia D", a plataforma propõe a aprovação de uma moção de apoio
às negociações que têm vindo a decorrer com o Ministério da Educação, mas onde se ressalva que a luta
não terminou: "Os professores continuam a considerar a política educativa do Governo muito prejudicial
ao exercício da sua profissão, das aprendizagens dos seus alunos e do trabalho nas escolas".

Manuel Rolo Gonçalves, da plataforma, desvalorizou, assim, as críticas de alguns movimentos de


professores, que lamentaram o recuo dos sindicatos. "O que nós tentámos fazer com este acordo foi
salvaguardar o interesse dos alunos, não podíamos prejudicar os trabalhos e as avaliações do terceiro
período, mas sabemos que não está ali tudo o que nós queríamos". Por isso, hoje, as reuniões com os
professores servirão não só para esclarecer os docentes sobre o acordo, como para discutir novas formas
de luta e ainda o Estatuto da Carreira Docente, o regime de direcção e gestão escolar ou o encerramento
de escolas.

Sem negar ter recebido críticas ao acordo, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acredita que a
maioria dos docentes é favorável à sua assinatura. "Os professores sabem que [o acordo] não resolve os
problemas do sistema educativo, não revoga a sua avaliação, mas a sua não assinatura também não",
diz, esclarecendo: "Só admitimos não assinar se durante o dia de amanhã [hoje] os professores nos
disserem que não se revêem no entendimento". Para este dirigente sindical não assinar seria uma
"atitude autista" e que não protegeria os professores. Álvaro de Almeida Santos, presidente do Conselho
de Escolas, considera que o entendimento é positivo, não tanto pelo seu conteúdo - "há alguns aspectos
com os quais não concordamos" - mas por devolver "a tranquilidade e a serenidade às escolas".

Escolas já com avaliação

Quanto aos estabelecimentos que já iniciaram o processo de avaliação dos professores contratados,
inclusive com a observação de aulas, Álvaro Santos não considera que tenha sido um trabalho
totalmente perdido. Ao menos, disse, essas escolas puderam já testar os modelos de avaliação e ganhar
experiência para o que se segue, no próximo ano lectivo.

Em Amarante, o processo de avaliação dos professores já decorria a bom ritmo e agora, depois do
acordo, Ercília Costa, presidente do Conselho Executivo da Escola da Aboadela, daquele agrupamento,
refere que apenas mudará o número de itens a avaliar, passando a ser apenas quatro: serviço
distribuído; assiduidade; auto-avaliação; participação em acções de formação.

"De resto mantém-se tudo na mesma", assegura, afirmando que o trabalho já feito não se perde porque
servirá como experiência para o próximo ano.| Com ROBERTO BESSA MOREIRA

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