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Levo aos fieis católicos, 5 artigos publicados no Site da CNBB no ano de 2010, que peço que divulguem por todos os meios. Penso que poderão ajudar muitos católicos que, em razão das tribulações presentes, são assaltados por dúvidas sobre em qual Igreja subsiste plenamente – continua – a Igreja querida por Cristoconforme ensino do Concílio Vaticano II: “Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (I Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele ...”. (Lumen Gentium, nº 8).
Levo aos fieis católicos, 5 artigos publicados no Site da CNBB no ano de 2010, que peço que divulguem por todos os meios. Penso que poderão ajudar muitos católicos que, em razão das tribulações presentes, são assaltados por dúvidas sobre em qual Igreja subsiste plenamente – continua – a Igreja querida por Cristoconforme ensino do Concílio Vaticano II: “Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (I Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele ...”. (Lumen Gentium, nº 8).
Levo aos fieis católicos, 5 artigos publicados no Site da CNBB no ano de 2010, que peço que divulguem por todos os meios. Penso que poderão ajudar muitos católicos que, em razão das tribulações presentes, são assaltados por dúvidas sobre em qual Igreja subsiste plenamente – continua – a Igreja querida por Cristoconforme ensino do Concílio Vaticano II: “Esta é a única Igreja de Cristo, que no Credo confessamos ser una, santa, católica e apostólica; depois da ressurreição, o nosso Salvador entregou-a a Pedro para que a apascentasse (Jo. 21,17), confiando também a ele e aos demais Apóstolos a sua difusão e governo (cfr. Mt. 28,18 ss.), e erigindo-a para sempre em «coluna e fundamento da verdade» (I Tim. 3,5). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como sociedade, subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele ...”. (Lumen Gentium, nº 8).
minha Igreja, mas estou repetindo a afirmao de Cristo dita a Pedro: Tu s Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja(cf Mt 16,13-19). Eu perteno e sirvo Igreja que de Cristo. Ora, se Cristo falou de Minha Igreja justo perguntar: onde encontrar a Igreja de Cristo? Ter ela evaporado, de modo que qualquer um pode agora fundar Igrejas a seu bel prazer. Voltemos ao texto de Mateus acima citado e transcrevamo-lo integralmente. Antes o contexto: Jesus havia perguntado aos discpulos: quem dizem os homens ser o Filho do Homem? Diante da variedade das respostas Ele insistiu: e vs quem dizeis que eu sou? Simo Pedro tomou a palavra e disse: Tu s o Cristo (messias), o Filho de Deus vivo. Jesus voltou-se para ele e disse: Bem-aventurado s tu, Simo, filho de Jonas, porque no foi carne ou sangue que te revelaram isto, e sim o meu Pai que est nos cus. Tambm eu te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecero contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Cus e o que ligares na terra ser ligado no cu, e o que desligares na terra ser desligado nos cus. Por hoje tentemos compreender o que significa Pedro (Ptros, em grego) e pedra (Ptra em grego). O evangelho de Joo, logo que Simo, este era seu nome de famlia Simeo, bar-Jona, que quer dizer,
filho de Jonas, apresentado a Jesus, conta que
fitando-o, disse-lhe Jesus: Tu s Simo, filho de Jonas; chamar-te-s Kefa (que quer dizer pedra) ( Jo 1,42). Ou seja, quer no masculino (ptrus), quer no feminino(ptra), o grego est a traduzir a palavra aramaica Kefa (Kyf = pedra nobre)). Explico ao leitor(a) que at ento a palavra petros nunca fora usada na cultura grega como nome ou sobrenome de pessoa. O evangelista Joo faz questo de frisar que Jesus d a Simo um novo nome fitando-o. Este fitando-o traduz um verbo grego (blp) que significa ver profundamente, at o cerne. como se Jesus mudasse o cerne de Simo. Assim como a palavra Cristo se tornou o vocbulo que identifica Jesus na misso a ele confiada pelo Pai, assim Kefas, Ptrus , Pedro, se tornou o indicativo da identidade mais profunda de Simo, o filho de Jonas. Ao fit-lo, Jesus leu nas profundezas de Simo o desgnio do Pai a respeito de seu lugar na nova comunidade, na Igreja que Jesus estaria a construir no decorrer da histria. Alguns, talvez por pressentirem que a palavra de Jesus a Simo deveria se estender a seus sucessores, procuram diminuir a importncia do episdio no que diz respeito a Pedro, afirmando que Cristo, quando fala sobre esta pedra edificarei minha Igreja, estaria se referindo a si mesmo e no a Pedro:Sobre esta Pedra, a f que acabas de professar construirei minha Igreja. O que verdade: a Igreja se constri em Cristo, pela adeso pessoa de Cristo. Mas acontece que Jesus diz, penetrando as profundezas do ser de Pedro: Tu s Kefa, Petrus e s depois: sobre esta pedra... Portanto entre a construo que
Cristo far da Igreja no decorrer da histria e Pedro
h uma relao ntima. pela unio com Ele, Cristo, pela f, pelo batismo e pela eucaristia, que a Igreja edificada. Cristo o fundamento, o rochedo invisvel que alcanamos pela f e ao qual somos unidos pela graa. Mas afirma Jesus, mudando o nome de Simo: Tu s kefa, Pedra, Rocha. Ou seja, para que a Igreja que Jesus construir sempre de novo no curso da Histria - pois a Igreja construo permanente de Cristo - possa ser identificada e ser uma e una, Cristo d a Simo a misso de ser o sinal visvel desta unidade e unicidade. Onde est a igreja de Cristo? Como identific-la. Veja bem, leitor(a) a f em Cristo que faz a Igreja, mas a f em Cristo aquela professada por Simo, a ele revelada pelo Pai, conforme afirma Jesus: Bemaventurado s tu, Simo, filho de Jonas, porque no foi carne ou sangue que te revelaram isto, e sim o meu Pai que est nos cus. Ser kefa, Rocha, escolha do Pai, revelada a Jesus. No evangelho de So Joo o mesmo dito de outra forma, logo no primeiro encontro de Simo com Jesus: fitando-o, disse-lhe Jesus: Tu s Simo, o filho de jonas; chamar-te-s Kefas, que quer dizer Pedra( Jo 1,42). como se Jesus dissesse: eu te conheo bem e agora mudo teu destino, dou-te um nome novo: Rocha. Simo se tornou desde ento Simo-Rocha e, depois, simplesmente Kefas, Pedro. natural, pois, que Pedro aparea nos evangelhos como lder do grupo dos doze. A construo da Igreja ao de Cristo atravs da histria. A Igreja construda por Ele hoje. Este o sentido de sua afirmao com o verbo em futuro que
indica ao permanente: sobre esta pedra edificarei
minha igreja. Donde necessariamente a misso de Pedro dever continuar em seu sucessor. Minha Igreja (II) Continuamos hoje a reflexo sobre o lugar de Pedro na edificao da Igreja. A Igreja construo permanente de Jesus Cristo que, pelo Esprito Santo, suscita a f nEle, o enviado do Pai. Vimos tambm que esta f aquela professada por Pedro: Jesus o Messias-salvador e o Filho do Deus vivo. Esta o fundamento da Igreja. Por isso Pedro, quando professa essa f, se torna aquele ao qual a Igreja deve estar unida na sua visibilidade histrica. Donde a palavra de Jesus: Tambm eu te digo que tu s Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecero contra ela ( 16,18). A expresso portas do inferno significa que atravs de Pedro que a atuao de Jesus fundamento invisvel da Igreja far-se- sentir como sustentao da unidade visvel da Igreja em sua caminhada histrica. Donde as palavras: Eu te darei as chaves do Reino dos Cus e o que ligares na terra ser ligado no cu, e o que desligares na terra ser desligado nos cus(Mt 16,19). Dar as chaves tornar algum plenipotencirio em todos os assuntos e questes da comunidade, O poder de ligar e de desligar, na linguagem rabnica, implica duas dimenses intimamente conexas: a)o poder de declarar proibido, impor uma obrigao (ligar, obligar=obrigar) ou declarar permitido (desobrigar, desligar); b) o poder de excluir(ligar por uma pena) e
o poder de readmitir na comunidade (desligar ou
liberar da pena, pela absolvio). A mesma misso dada tambm aos doze, quando Jesus acentua o sentido de governo e de autoridade dos apstolos, orientando como agir em relao a um irmo que est prejudicando a comunidade: caso no lhes der ouvido, dize-o Igreja. Se nem mesmo Igreja der ouvido, trata-o como gentio ou publicano. Em verdade vos digo: tudo quanto ligardes na terra ser ligado no cu e tudo quanto desligardes na terra ser desligado no cu.(cf. Mt 18,15-18). A suprema autoridade na Igreja , pois, conferida por Cristo aos doze como um todo e a Pedro pessoalmente, como aparece em outros textos. H dois textos que so especialmente significativos quanto autoridade de Pedro. O primeiro se encontra no evangelho de Lucas: Simo, Simo, eis que Satans pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porm, orei por ti, a fim de que tua f no desfalea. Quando, porm, te converteres, confirma teus irmos.(Lc 22,31-32). O segundo est no evangelho de Joo, quando Jesus pergunta por trs vezes: Simo, filho de Jonas, tu me amas mais do que estes? E por trs vezes d-lhe a misso apascenta minhas ovelhas.( cf. Jo 21,15-17). A trplice pergunta e a trplice entrega da misso explicitam de forma solene e irrecusvel a importncia da pessoa de Pedro para a nova comunidade, o rebanho de Cristo. Ele recebe as funes de Pastor: a garantia do alimento e da bebida a palavra e os sacramentos e a proteo contra ameaas vindas de dentro ou de fora da comunidade, a unidade. A importncia de
Pedro no grupo dos doze se manifesta de vrias
maneiras: a) Pedro o porta-voz do grupo (ex. : Mc 8,29); b) vem sempre citado em vrias passagens em primeiro lugar(ex.: Mt 19,1-4); c) sua posio de liderana no grupo se mostra nas muitas vezes em que Pedro citado nominalmente quando fala do grupo dos apstolos(ex.: Lc 9,32; Mc 16,7); d) era ele quem tomava as iniciativas de se dirigir a Jesus em ocasies especialmente significativas(ex.: Mc 10,28; 8,32; MT 14,24; Jo 6,68); e) os cobradores de impostos se dirigem a Pedro(Mt 17,18-31); f) Pedro o primeiro a ser citado nas aparies de Jesus ressuscitado, significando assim que ele a testemunha principal da ressurreio(Ex: I Cor 15,5). No Livro dos Atos dos Apstolos aparece evidente a autoridade de Pedro: ele est frente dos onze(1,13) e preside a eleio do substituto de Judas(1,15ss); inicia a misso junto dos gentios; preside o chamado concilio de Jerusalm, e d a palavra de orientao quanto liberdade dos convertidos do paganismo no que diz respeito legislao judaica. Ele est, pois, sempre frente das iniciativas. Era a personalidade de destaque em Jerusalm (Gal 1,18:; I Cor 15,3); o prprio confronto de Paulo com Pedro em Antioquia revela a importncia de Pedro que , por um momento, deixou-se levar pela fraqueza humana(Gal 2,11-14). A Igreja, desde o incio, entendeu que a misso, confiada por Cristo a Pedro, continua em seu sucessor, o Bispo de Roma, onde Pedro experimentou o martrio e foi sepultado. Porque com essa Igreja (de Roma), em razo de sua mais poderosa autoridade de fundao, que
deve necessariamente concordar toda igreja, isto ,
que devem concordar os fiis procedentes de qualquer parte, ela, na qual sempre, em benefcio dos que procedem de toda parte, se conservou a tradio que vem dos apstolos (Santo Ireneu (202)). Minha Igreja (III) Tu s Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja(cf Mt 16,13-19). Ora, se Cristo falou de Minha Igreja justo perguntar: onde encontrar a Igreja de Cristo? Se era necessria a autoridade de Pedro nos incios, no ser ela ainda mais necessria na complexidade da histria no futuro? Damos nesse artigo continuidade nossa reflexo sobre a Igreja de Cristo. Nos artigos anteriores sobre o tema em pauta havamos afirmado que entre a construo que Cristo far da Igreja no decorrer da histria e Pedro h uma relao ntima. pela unio com Ele, Cristo, pela f, pelo batismo e pela eucaristia, que a Igreja edificada. Mas quem Cristo? Como ficamos unidos a Ele? Isso o Pai nos revela pelas palavras de Pedro. A f em Cristo a ser professada e vivida aquela que sai da boca de Pedro: tu s o Messias, o Filho do Deus vivo. Duas verdades fundamentais so afirmadas nessa profisso de f: Jesus o Messias, o Salvador e o Filho do Deus vivo. O significado pleno da profisso de f de Pedro nos dado pelo conjunto das Escrituras Sagradas, sobretudo pelo Novo Testamento. A adeso a Cristo se faz pela adeso ao que as Escrituras revelam sobre Ele, sobre seus ensinamentos e sobre sua misso. A profisso de f
de Pedro abre-nos duas portas para compreender
Jesus. A primeira se refere diretamente sua misso e expectativa mais profunda do povo judeu: Tu s o Cristo( messias). Compreender a misso messinica de Jesus, reconhec-lo como redentor de Israel e entender o modo e o significado da redeno e seu alcance universal s foi possvel com a vinda do Esprito Santo. A segunda se refere sua relao com Deus: Tu s o Filho do Deus vivo. A primeira leva ao aprofundamento da relao de Jesus com a humanidade e prpria compreenso da condio humana, a segunda nos faz entrar no mistrio de Deus. Jesus a revelao do mistrio do homem e do mistrio de Deus. Ele Deus com o Pai e com o Pai nos envia o Esprito Santo que, por sua vez, Deus com o Pai e com o Filho, uma vez que pelo Esprito o Pai e o Filho se fazem presentes no ser humano como em sua morada. Ele revela quem o ser humano, sua origem e seu destino e Ele salva o ser humano tomando para si a condio humana e oferecendo sua vida, como Servo-filho, por ns. Jesus Deus e homem verdadeiro, nosso redentor que nos introduz na vida de Deus dando-nos a filiao divina. Tudo isso est contido como em uma semente na profisso de f de Pedro. E as Escrituras Sagradas nos falam disso e nos do acesso verdade de Jesus Cristo, Messias e Filho do Deus vivo. Estas verdades centrais de nossa f exigem uma constelao de outras verdades sem as quais elas no se sustentam. Por isso a Igreja as sintetizou no smbolo dos apstolos, o nosso Credo. Isso significa que no precisamos mais de
Pedro para termos segurana sobre o que cremos?
Absolutamente no. Uma interpretao livre das Escrituras por um indivduo ou por um grupo de indivduos est sujeita a desvios. Assim foi desde o princpio. Uma primeira interpretao equivocada da Escritura atingia o corao da f crist. Foi de um sacerdote, chamado Ario. Sua doutrina ficou na histria com o nome de Arianismo. Jesus Cristo, segundo Ario, no seria Deus com o Pai. O Verbo, o Logos, que se fez um de ns em Maria, teria sido criado por Deus e, atravs dele, Deus teria criado o mundo. Estava a negada a f na divindade de Cristo. O Verbo , embora perfeitssimo, criatura do Pai, no s distinto, mas dissemelhante. Os bispos reunidos em Niceia (ano 325), com a aprovao do Papa Silvestre I, garantiram a verdadeira interpretao da Escritura definindo que o Filho o Verbo ou Logos era consubstancial ao Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, conforme rezamos at hoje no smbolo chamado NicenoConstantinopolitano. Portanto, Jesus de Nazar o Verbo de Deus feito um de ns, nascido da Virgem Maria por ao do Esprito Santo. Mais tarde, um bispo, Nestrio, dar tambm uma interpretao equivocada sobre o mistrio da encarnao que levaria a afirmar que Jesus no pessoalmente o Verbo, mas um homem no qual o Verbo habita de forma especial. Maria me do homem Jesus e no propriamente me do Verbo-Deus que nela se faz homem.
O Papa Celestino I apoiou So Cirilo que combatia
Nestrio e, em 431, um Conclio de bispos em feso, aprovado pelo Papa, afirmou a unidade de pessoa em Cristo, declarando ainda que Maria Me de Deus (teotokos). A segunda parte da Ave Maria a afirmao desta verdade. Aquele que nasceu de Maria Deus. Maria , pois, me de Deus, que dela nasce como homem. Imagine, leitor amigo, o que seria da revelao contida nas Escrituras, se no tivssemos na Igreja de Cristo uma instncia que nos garantisse sua autntica interpretao.(continua) A Minha Igreja (IV) A Igreja Catlica tem firme convico de que a misso confiada ao Colgio dos doze e, de forma singular, pessoa de Pedro, continua atravs dos tempos no Colgio dos bispos, sucessores, enquanto colgio ou grupo, dos apstolos, e na pessoa do sucessor de Pedro, o bispo de Roma. Trata-se especialmente do Magistrio da Igreja, dom do Esprito Santo para garantir para os fieis a autntica interpretao das escrituras sagradas. Foi assim que no decorrer da histria o contedo da revelao crist pde ser transmitido em sua totalidade com segurana, sem riscos de desvios. Eis a respeito o ensinamento do Conclio Vat. II: Assim como, por instituio do Senhor, S. Pedro e os outros Apstolos formam um colgio apostlico, assim de igual modo esto unidos entre si o Romano Pontfice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apstolos. A natureza colegial da ordem episcopal se manifesta de modo especial na reunio de Conclios, nos quais se decidiram em
comum coisas importantes depois de ponderada a
deciso pelo parecer de muitos( LG 22). Ainda: os Bispos... anunciam, porm, infalivelmente a doutrina de Cristo sempre que, embora dispersos pelo mundo, mas unidos entre si e com o sucessor de Pedro, ensinam autenticamente matria de f ou costumes concordando em que uma doutrina deve ser tida por definida. O que se verifica ainda mais manifestamente quando, reunidos em Conclio Ecumnico, so doutores e juzes da f e dos costumes para toda a Igreja, devendo-se aderir com f s suas definies... Desta mesma infalibilidade goza o Romano Pontfice em razo do seu ofcio de cabea do colgio episcopal, sempre que, como supremo pastor dos fiis cristos, que deve confirmar na f os seus irmos (cfr. Lc. 22,32), define alguma doutrina em matria de f ou costumes. E continua: Pois, nesse caso, o Romano Pontfice no fala como pessoa privada, mas expe ou defende a doutrina da f catlica como mestre supremo da Igreja universal, no qual reside de modo singular o carisma da infalibilidade da mesma Igreja. A infalibilidade prometida Igreja reside tambm no colgio episcopal, quando este exerce o supremo magistrio em unio com o sucessor de Pedro. A estas definies nunca pode faltar o assentimento da Igreja, graas ao do Esprito Santo, que conserva e faz progredir na unidade da f todo o rebanho de Cristo(LG 25). A Igreja de Cristo, pois, enquanto Povo de Deus, historicamente identificvel, uma Instituio de origem divina, e, enquanto
instituio, est organizada em torno dos sucessores
dos Apstolos, tendo no sucessor de Pedro seu princpio visvel de unidade. A Infalibilidade da Igreja no ato crer obra do Esprito Santo e se manifesta de forma especial no ensinamento dos Conclios ecumnicos e nos atos definitrios do sucessor de Pedro, o bispo de Roma, o Papa. Entende erroneamente a infalibilidade aquele que pensa se tratar de um atributo da pessoa do papa presente em todos os seus pronunciamentos. No a pessoa do Papa que infalvel; Ele - tambm os Conclios, por ele convocados e aprovados, - no pode errar quando em seu ensinamento trata de interpretar , de forma definitiva, as Escrituras em questes relativas f e moral, sobretudo em momentos de controvrsias. A Ele cabe o governo da Igreja e seu servio o de guard-la na unidade. A infalibilidade da Igreja no ato de crer tem no ensinamento do Magistrio um referencial permanente, sendo este um dom de Cristo sua Igreja que deve permanecer indefectvel na f recebida dos apstolos. Tambm os ministros do batismo de outras confisses crists quando batizam validamente obtm infalivelmente o efeito de sua ao independentemente da santidade pessoal do ministro. Assim a graa do batismo garantida infalivelmente para aqueles que com reta inteno o recebem. nesta mesma linha que deve ser entendida a infalibilidade papal quando declara como divinamente revelado um ensinamento da Escritura, transmitido e explicado pela Tradio da Igreja. Mas, como ensina o Conclio Vat. II, o ensinamento do Magistrio da Igreja deve ser
generosamente acolhido tambm quando orienta os
catlicos em pronunciamentos em que a prerrogativa da infalibilidade no est em causa. o que acontece com a maior parte dos documentos do papa e dos bispos ao proporem de forma ordinria orientaes doutrinrias e pastorais para os fieis. Procede retamente quem segue o ensinamento do Bispo de Roma, sucessor de Pedro. Rezemos por Bento XVI, pois sua responsabilidade de confirmar seus irmos na f lhe pesa muito sobre os ombros. O prprio Cristo quis orar por Pedro, pois sabia-o fraco e necessitado da graa do Pai para exercer tal misso: eu orei por ti, afim de que tua f no desfalea. Quando, porm, te converteres, confirma teus irmos( cf. Lc 22, 31-34). Artigo Conclusivo Igreja Santa Em nome do Senhor Jesus, que nos remiu com sua morte, ns vos pedimos e suplicamos que procureis diligentemente informar-vos acerca do motivo e do modo como sofremos tribulaes e angstias da parte dos inimigos da religio crit. Desde que, por disposio divina, a Me Igreja me colocou no trono apostlico, apesar de me sentir indigno e contra a minha vontade, disso Deus testemunha, procurei com o mximo empenho que a Santa Igreja, esposa de Deus, senhora e me nossa, voltando primitiva beleza que lhe prpria, permanecesse livre, casta e catlica. Mas como isso desagrada muitssimo ao antigo inimigo, este armou seus sequazes contra
ns, para que tudo sucedesse ao contrrio. Por isso,
ele fez tanto mal contra ns, ou antes, contra a S Apostlica, como ainda no pudera faz-lo, desde os tempos do imperador Constantino Magno. Nem de admirar muito, porque, quanto mais o tempo passa, tanto mais ele se esfora para extinguir a religio crist. Agora, pois,, meus carssimos irmos, ouvi com muita ateno o que vos digo. Todos os que no mundo inteiro tm o nome de cristos e conhecem verdadeiramente a f crist, sabem e crem que So Pedro, o prncipe dos apstolos, o pai de todos os cristos e o primeiro pastor, depois de Cristo, e que a Santa Igreja Romana a me e mestra de todas as Igrejas. Se, portanto, acreditais nessas coisas e as afirmais sem hesitao, eu, vosso humilde irmo e indigno mestre, rogo-vos e recomendo-vos pelo amor de Deus onipotente, que ajudeis e socorrais este vosso pai e esta vossa me, se desejais alcanar por seu intermdio a absolvio de todos os pecados, a bno e a graa, neste mundo e no outro. Deus onipotente, de quem procedem todos os bens, sempre ilumine a vossa alma e a fecunde com seu amor e o amor do prximo. Assim, pela vossa constante dedicao, mereceis a recompensa de So Pedro, vosso pai na f, e da Igreja, vossa me, e chegareis sem temor sua companhia. Amm. (Palavras de So Ggregrio VIII, Papa de 1073 a 1085, que trabalhou intensamente na Reforma da Igreja e, perseguido, morreu no desterro, em Salerno).
Sempre, no decorrer da histria, haver aqueles
que, dentro e fora da Igreja, se investiro contra ela. Uns lhe fazem mal pela traio aos compromissos assumidos, outros pelo dio sua profecia que fere seus interesses. Entretanto, as palavras de Jesus: Tu s Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno no prevalecero contra ela(cf Mt 16,13-19) continuam verdadeiras. A Igreja jamais ser corroda por dentro, como vem sendo gritado todos os dias por aqueles que no a conhecem, pois seu dentro o mistrio de Deus, Pai, Filho e Esprito Santo, seu fundamento Cristo, sua fora o Esprito que a conduz pelos caminhos da histria. O pecado no vem de seu interior, vem de fora, de cada um de ns que, no obstante a purificao do batismo, continuamos sujeitos s humanas misrias. O pecado como um verme que corroi o ser humano por dentro. Nossos pecados desfiguram o rosto da Igreja santa, impedem que sua luz brilhe no mundo. So sete os pecados que capitaneiam o mal no mundo: Soberba, Avareza, Luxria, Inveja, Gula, Ira e Preguia. So patrimnio de toda a humanidade. A Igreja rene em seu seio uma multido de pecadores que desejam banhar-se nas guas da redeno. O combate contra o mal, dentro e fora de ns, s ter fim com nossa morte e com o desfecho final da histria humana. preciso ouvir sempre de novo a parbola do joio e do trigo ( cf. Mt 13,24-30) e aquela dos peixes sos e dos peixes corrompidos, apanhados na mesma rede do pescador(cf. Mt 13,47-30). Mas preciso sobretudo louvar a Deus
pela Igreja, presente no mundo, sinal permanente de
seu amor misericordioso. Quantas coisas bonitas vivemos nesses ltimos dias: a Pscoa do Senhor, Pentecostes, a festa da Santssima Trindade! E esto a chegar as festas de Corpus Christi, do Sagrado Corao de Jesus, de Santo Antnio, de So Joo Batista, de So Pedro e So Paulo. A luz de Cristo brilha intensamente em nossa vida e seu amor se manifesta de muitas formas em sua Igreja. Neste ms de junho, no prximo dia 11, encerra-se o Ano Sacerdotal em que ns, sacerdotes, fomos convidados a espelhar-nos na fidelidade de Cristo para sermos igualmente fieis vocao a que fomos chamados. O Senhor nos falou a ns, sacerdotes, de muitos modos, s vezes atravs de acontecimentos dolorosos, mas sempre com muito amor. As palavras de So Gregrio, acima citadas, nos fazem compreender que tentando atingir a cabea que se pensa destruir a Igreja. Como sua cabea Cristo, a Igreja continuar seu caminho e o Esprito continuar a fazer santos no decurso da histria. Voc, cristo(), voc, sacerdote, voc pode e deve ser um deles, sinal de Deus para os homens e mulheres de nosso tempo.