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O documento discute como a forma das edificações está relacionada ao conforto climático e sustentabilidade através de analogias. Ele critica a analogia de Le Corbusier que compara edifícios a máquinas e argumenta que edifícios interagem dinamicamente com o clima e usuários. Também explica como diferentes formas afetam a área de superfície e ganho/perda de calor, e como isso deve ser considerado no projeto arquitetônico de acordo com o clima.
Originalbeschreibung:
Excertos do texto com comentários realizados pela autora da resenha.
Originaltitel
ECOHOUSE – A CASA AMBIENTAVELMENTE SUSTENTÁVEL – CAP. 1 – SUSAN ROAF, MANUEL FUENTES E STEPHANIE THOMAS - A Forma da Casa: a Edificação como Analogia
O documento discute como a forma das edificações está relacionada ao conforto climático e sustentabilidade através de analogias. Ele critica a analogia de Le Corbusier que compara edifícios a máquinas e argumenta que edifícios interagem dinamicamente com o clima e usuários. Também explica como diferentes formas afetam a área de superfície e ganho/perda de calor, e como isso deve ser considerado no projeto arquitetônico de acordo com o clima.
O documento discute como a forma das edificações está relacionada ao conforto climático e sustentabilidade através de analogias. Ele critica a analogia de Le Corbusier que compara edifícios a máquinas e argumenta que edifícios interagem dinamicamente com o clima e usuários. Também explica como diferentes formas afetam a área de superfície e ganho/perda de calor, e como isso deve ser considerado no projeto arquitetônico de acordo com o clima.
CENTRO TECNOLGICO PROGRAMA DE PS GRADUAO EM ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLI NA: DOCENTE : DISCENTE : DATA:
Atributos dos Elementos Arquitetnicos e suas Relaes com
a Habitabilidade e Sustentabilidade ARQ 410002 Maristela Moraes De Almeida Marlise Paim Braga Noebauer 15.SET.14 RESENHA 02
ECOHOUSE A CASA AMBIENTAVELMENTE SUSTENTVEL CAP. 1
A Forma da Casa: a Edificao como Analogia ROAF, Susan, et al. A Forma da Casa: a Edificao como Analogia. In: Susan ROAF, Manuel FUENTES, Stephanie THOMAS. Ecohouse: A Casa Ambientalmente Sustentvel. 2 Edio, Porto Alegre: Bookman, 2006.
A palavra analogia, decorrente do termo grego , a relao entre
pares de elementos, termos, fenmenos ou objetos, aqui compreendidos como sujeitos. A analogia no contexto apresentado pelos autores do livro Ecohouse A Casa Ambientalmente Sustentvel, em seu primeiro captulo, objeto desta resenha, serve a um processo de transferncia de significado ou informao de um sujeito modelo conhecido - para outro sujeito em estudo ou projetao. Em especial, o captulo faz sua analogia no que tange s formas das edificaes. A arquitetura do Sculo XX, afirmam os autores, foi influenciada por uma nica analogia, postulada por Le Corbusier, proeminente arquiteto francs, que compara a edificao uma mquina de morar. Para os autores, nada mais inadequado do que esta analogia. Opinio que embasam atravs da explicao de que o conceito de mquina objeto inanimado que opera a partir do comando de um controlador que a liga e desliga no se aplica a uma edificao, seja qual for. De fato, embora os usurios possam ter em grande medida o controle de muitos aspectos de uma edificao, no o podem fazer em duas dimenses: o clima e o tempo. Estas duas dimenses so em grande medida a fora que age sobre a edificao, e com esta fora a edificao vai interagir para produzir conforto e abrigo. As mquinas so objetos fixos, avaliveis mais facilmente. As edificaes apenas podem ser analisadas, pensadas e mesmo compreendidas, na medida em que so relacionadas variveis bastante complexas: pessoas (s a relao entre as pessoas em si j bastante complexidade), edificaes, clima e meio ambiente.
As edificaes, objetos aparentemente fixos, podem ceder espao para
diversas anlises tcnicas, como a iluminncia artificial, ventilao mecnica, entre outras. Os autores destacam porm, que compreender as facetas dinmicas deste complexo sistema que a edificao e sua relao com os usurios, exige muito mais do pesquisador. As pesquisas sobre ambientes construdos e o conforto para as pessoas tem ento, componentes visveis e mais palpveis, calculveis, e componentes menos visveis, mas igualmente importantes. Tanto os componentes visveis quanto os no visveis corroboram para o saber fazer arquitetnico que embasa o processo de projeto. Para tornar mais compreensvel esta questo, os autores apresentam por exemplo, imagens termogrficas de diversos casos, com edificaes diferentes, com e sem pessoas, e at com objetos de materiais diferentes. Estas imagens desnudam aos olhos do leitor fatores no visveis em realidade, mas nem por isso, no verdadeiros. Os materiais, os corpos fsicos apresentam comportamentos trmicos diferentes, conduzindo e dissipando calor de modos distintos. Desnuda-se ento a compreenso de que se os projetistas conhecessem o comportamento dos elementos, os que vem e os que no vem, projetariam edificaes mais compromissadas com as diretrizes que eles mesmo destacam como boa arquitetura: adequao ao clima, ao meio social e fsico e para o seu tempo e uso, bem como para tempos e usos futuros. O texto destaca o aspecto climtico como um dos mais determinantes de um projeto, e indica que as formas so relacionadas s muitas funes climticas de uma edificao, que se configura como um abrigo, proteo do calor ou do frio. Atravs de vrios desenhos que exemplificam diferentes formas e suas relaes perimetrais, os autores demonstram que quanto maior o volume de uma edificao, maior a rea de superfcie que ela ter para ganhar ou dissipar calor. Conhecer essa caracterstica de vital importncia. Assim, o projetista pode alongar as edificaes que cria em ambientes climticos quentes, ampliando a proporo entre a rea da superfcie e volume, no esquecendo claro, de proteger por varandas, brises, beirais, as paredes que recebem maior insolao. Pode ainda optar por dispor de alguns pavimentos num projeto a ser construdo em clima muito quente, sabendo que os pavimentos superiores, por estarem amplamente expostos insolao, sero bem mais quentes, e visando criar junto ao solo, com suas temperaturas mais estveis, ambientes mais frescos. E poder tambm contando com esse e outros conhecimentos, criar edificaes mais compactas para climas mais frios, que se aquecero e mantero o calor mais facilmente, podendo elas ter ou no vestbulos, ambientes de transio entre os ambientes usveis da edificao e a rua. Vrias analogias so feitas ao longo do texto, por exemplo, a do depsito de gelo, muito utilizado em muitos pases at a inveno do refrigerador. Consistia em uma cavidade no solo, isolada da terra por duas camadas de tijolos, onde pedaos de gelo retirados dos lagos e tanques durante o inverno eram armazenados para serem utilizados no vero, na conservao dos alimentos. O texto enriquecido ainda por outras analogias, como a do
abafador de ch, a estufa, a andorinha e suas migraes, o esquema dos
iglus, das tendas nmades, do trocador de calor, das casas de banho romanas, do periscpio, entre outras. O exemplo apresentado junto analogia do periscpio, o Empreendimento Solar do Prof. Georg Reinberg, em Sagedergasse, Viena, de geometria singular e aberturas estratgicas orientadas para a otimizao solar, que belo!!! As ilustraes muitas vezes so belas formas, quase poticas, de ensinar profundas, importantes verdades. As analogias feitas no texto so exatamente isso ilustraes - parbolas. Em seu conjunto visam e conseguem - tornar mais facilmente compreensveis os aspectos que relacionam forma, materiais e o conforto climtico das edificaes. Em linguagem simples, com exemplos do dia a dia, da prpria natureza e de arquiteturas vernaculares, so desmistificados importantes saberes. Lembram os j projetistas e ensinam os projetistas futuros que pensar numa edificao que da maneira mais natural possvel, ou seja, passivamente, oferea um bom nvel de conforto climtico mais que uma meta. Deve ser e em realidade sempre foi, um compromisso, uma misso desses profissionais.