0 Bewertungen0% fanden dieses Dokument nützlich (0 Abstimmungen)
59 Ansichten5 Seiten
O documento discute os problemas ambientais da região metropolitana de São Paulo, propondo uma análise "clínica" do local como se fosse um paciente. Os principais problemas identificados incluem poluição do ar, aumento da temperatura, problemas hídricos e desmatamento. O autor argumenta que mudanças climáticas, recursos hídricos e ocupação do solo devem ser abordados para melhorar a sustentabilidade da região.
Originalbeschreibung:
Resumo do texto de Saldívia sobre os problemas da cidade de são paulo sob o aspecto clinico
O documento discute os problemas ambientais da região metropolitana de São Paulo, propondo uma análise "clínica" do local como se fosse um paciente. Os principais problemas identificados incluem poluição do ar, aumento da temperatura, problemas hídricos e desmatamento. O autor argumenta que mudanças climáticas, recursos hídricos e ocupação do solo devem ser abordados para melhorar a sustentabilidade da região.
O documento discute os problemas ambientais da região metropolitana de São Paulo, propondo uma análise "clínica" do local como se fosse um paciente. Os principais problemas identificados incluem poluição do ar, aumento da temperatura, problemas hídricos e desmatamento. O autor argumenta que mudanças climáticas, recursos hídricos e ocupação do solo devem ser abordados para melhorar a sustentabilidade da região.
Disciplina Sade Ambiental. Aluno: Roger Wallace Gouveia de Melo RA 11035311
Fichamento CASO CLNICO: PACIENTE METRPOLE DE SO PAULO Sade, sustentabilidade e cidadania. Um observatrio de caso urbano tendo como cenrio a regio metropolitana de So Paulo. Sumrio de Evidencias. So Paulo, 2010. Autor Saldiva, P.; Vormittag, E. Argument O objetivo do artigo estimular a discusso de um caso clnico urbano, o / fazendo-se a analogia com a metodologia tipicamente utilizada no ensino temtica mdico, mas tendo como paciente a Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP), discutindo-se as evidncias epidemiolgicas, os achados clnicos e laboratoriais desse paciente, bem como solicitadas as condutas teraputicas a vrios especialistas os Doutores do Ambiente de notrio saber e influncia na tomada de decises complexas e intersetoriais. Sntese/ O autor procura expor as mazelas da regio metropolitana de So Paulo, contedos chamando o leitor para evidenciar a decadncia da qualidade de vida na cidade desde os anos 60. Ele prope que seja feita uma analise clnica, como as que so feitas em pessoas, mas tomando como paciente a cidade de So Paulo. Desta forma, correlaciona a constatao de deficincias no corpo do paciente com os problemas que atingem a cidade. Pelos ditos exames fsicos, so constatados problemas respiratrios, cardiovasculares, gastrointestinais, endcrinos, entre outros, so problemas presentes na cidade e regio metropolitana de So Paulo. Febre Progressiva, pelo aquecimento da Terra; dependncia qumica de petrleo; obesidade, por consumirmos energia em excesso; dispneia pela contaminao da atmosfera por poluentes; obstruo arterial difusa, por congestionamentos de trnsito interminveis; insuficincia renal, por no conseguirmos filtrar adequadamente os nossos resduos; diabetes, caracterizado pela incapacidade de aproveitar plenamente as fontes energticas que dispomos e outros diversos problemas so exemplos que podemos citar. Desta forma, alm destes exames fsicos, o autor prope exames laboratoriais, que so levantamentos de dados e estudos feitos por diversos rgos e pesquisadores. Ele aponta que na ltima dcada, a populao da cidade de So Paulo aumentou algo como 12%, enquanto a frota automotiva cresceu ao redor de 65% no mesmo perodo. Temos hoje cerca de um carro para cada dois habitantes, indicando que o nmero de sapatos e pneus circulantes aproximadamente igual em nossa cidade. Isso implica em problemas com partculas suspensas no ar, alm de concentrao de diversas ilhas de calor, que alm de afetarem diretamente a sade do cidado, afeta diretamente o equilbrio do meio ambiente. claro que alm de mudanas globais do clima, as emisses de automveis so responsveis por alteraes climticas em menor escala, responsveis por ilhas de calor no corao dos grandes conglomerados urbanos. Apesar da pequena escala de tais gradientes em temperatura e clima, a alta densidade de populao em reas metropolitanas 1
leva um grande nmero de indivduos a risco dentro de uma variao limitada
de espao. As alteraes expostas levam ao longo dos anos a uma reduo da expectativa devida. O autor ento, citando outro autor, prope que uma soluo para o problema da poluio em So Paulo deve contemplar a adoo de medidas efetivas e integradas nas reas de consumo de energia para atividades industriais e comerciais, bem como na matriz energtica da frota de veculos, que levem a uma drstica reduo nas emisses de poluentes nos prximos 20 anos. Entre essas medidas se destacam: 1) a plena implementao do Projeto Integrado de Transporte Urbano (PITU) para a RMSP; 2) reduo gradual dos fatores de emisso para veculos leves, de acordo com a tendncia observada entre 1997 e 2000, at 2020, atravs da implementao das fases subsequentes do PROCONVE; 3) aumento significativo de coletivos a gs natural; 4) implantao plena do programa de inspeo e manuteno veicular; 5) aumento significativo dos caminhes com motores mais eficientes e consumindo diesel mais limpo ou o biodiesel, e; 6) aumento da utilizao do gs natural para a co-gerao de energia em setores industriais e comerciais. A combinao de todos esses fatores poder levar, em aproximadamente 20 anos, a uma reduo de at 100.000 atendimentos de pronto-socorro, internaes hospitalares e mortes por doenas associadas exposio aos poluentes do ar.O autor menciona que tamanha meta induz a conglomerao de diversas ONGs e empresas com objetivos afins, com o intuito de boicotar ou restringir aes de empresas poluidoras, mediante entraves judiciais. A partir deste panorama regional, o autor procura teorizar para dar embasamentos nas medidas que so necessrias para o alivio da saturao da cidade de So Paulo. Trs eixos, com mecanismos pertinentes a cada um deles, so apontados pelo autor como de grande importncia para o entendimento do caos atual que circunda os problemas de muitas grandes cidades: mudanas climticas, gua e ocupao territorial. Mudanas climticas so mudanas no clima e incluem uma srie de acontecimentos aos quais inevitavelmente esto expostas bilhes de pessoas, em especial as com baixa adaptao, mediante o aumento da subnutrio e de disfunes consequentes, como implicaes no crescimento e desenvolvimento infantil; o aumento de mortes; o surgimento de doenas e acidentes por causa dos eventos extremos; as consequncias como a diarreia e outras doenas transmitidas pela gua contaminada; o aumento da frequncia de doenas cardiorrespiratrias pela poluio atmosfrica e aeroalrgenos; e a alterao do padro de doenas infecciosas tropicais. As reas urbanas so mais afetadas que as rurais, por diversos fatores que incluem: a supresso da vegetao que poderia estabilizar os gradientes de temperatura, umidade e regime hdrico; o funcionamento de abundantes e concentradas fontes geradoras de calor, como os motores de veculos e diversos outros equipamentos; alm da criao de extensas superfcies que retm esse calor, tais como as fachadas de vidro, o concreto e o asfalto preto. Esse conjunto de fatores altera radicalmente o microclima urbano, gerando ilhas de calor ou desfiladeiros urbanos, que tm, dentre seus efeitos conhecidos, os de dificultar a disperso de poluentes e agravar os 2
episdios de seca e inundao, como ocorre na Regio Metropolitana de So
Paulo. Dada a intensidade desse calor, a extenso crescente das reas urbanas e de sua pegada ecolgica, seus efeitos na alterao direta e indireta do clima regional e global tem sido reportada em diversos estudos. Assim, por diversos mecanismos, as mudanas climticas acarretam diversos fatores presentes hoje nos que esto expostos diretamente aos seus efeitos: manifestaes em sade, j que mudanas do clima manifestam-se principalmente em termos de aumento no nmero ou na gravidade de condies bem definidas, tais como doenas cardacas, asma, cncer e Infeces. Vulnerabilidade, uma vez que os efeitos das mudanas climticas sobre a sade sero maiores naqueles com maiores dificuldades de adaptao. A vulnerabilidade algo inerente a uma determinada populao e varia de acordo com suas possibilidades culturais, sociais e econmicas e aqueles que possuem menos recursos sero os que mais dificilmente se adaptaro e, portanto, so os mais vulnerveis; Estresse trmico, que uma das condies classicamente associadas com efeitos sobre a sade. Em So Paulo, muitos fatores ajudam a explicar esse fenmeno como o desmatamento das reas verdes acelerado pelo intenso processo de urbanizao da cidade de So Paulo. Doenas infecciosas j que a mudana no clima pode levar doenas de clima quente para zonas mais temperadas, como acontece com a dengue. O aumento da faixa de clima tropical no planeta levar a um recrudescimento dos vetores de doenas mais comuns, causando pandemias. Estima-se que at 2080 o nmero de pessoas expostas dengue ser de cerca de dois bilhes. O aumento da faixa de clima tropical no planeta levar migrao e ao aumento dos vetores de doenas mais comuns, causando pandemias. Alm disso, o clima favorece o desenvolvimento do mosquito e prolonga sua estao de reproduo. O ciclo normal do mosquito de 10 a 12 dias. Temperaturas mais quentes diminuem o ciclo para 7 a 8 dias, elevam seus ndices de reproduo e aumentam o nmero de refeies de sangue, proporcionando um maior contato com o homem e a transmisso. A chuva acarreta o acmulo de gua em diversos locais, facilitando sua replicao e aumentando a populao do mosquito. Sobre a gua o autor expe sua importncia como recurso hdrico, e salienta que deve ser tratada como recurso finito e vulnervel, gerenciando-se com o cuidado devido os espaos e mecanismos que propiciam seu ciclo e renovao, para que sua disponibilidade e qualidade sejam mantidas ao longo do tempo, para responder ao desenvolvimento das cidades e para assegurarem nveis aceitveis de qualidade de vida e sobrevivncia dos ecossistemas que a sustentam. Aponta que a demanda de gua para as atividades humanas cresceu principalmente por causa do crescimento populacional, pelo maior consumo per capita e pelas atividades econmicas. Desde 1940, o consumo de gua aumentou 2,5% ao ano. Essa situao torna-se mais crtica com o aumento da poluio dos recursos hdricos e com a no uniformidade da distribuio, refletindo, acima de tudo, que as polticas gerais e locais e os padres de uso e consumo que apoiam esto muito distantes de respeitarem as condies inerentes a cada regio ou bioma. 3
Entre os fatores impactantes, contribuindo com a crescente taxa de poluio
neste ecossistema, esto: a disposio inadequada de resduos slidos, lanamento de efluentes sem tratamento adequado em cursos dgua, os dejetos domsticos (esgoto), agrotxicos, fertilizantes agrcolas e efluentes industriais, diretamente despejados ou percolados em direo aos cursos hdricos (rios e lagos). Desta forma, aponta que demonstra que os principais pilares de importncia seriam o abastecimento de gua e esgotamento sanitrio, tratamento de esgoto e qualidade da gua. Para estes apontamentos, exemplifica e demonstra com dados e grficos concernentes a regio metropolitana do estado de So Paulo. Sobre a ocupao territorial, as polticas oficiais de produo habitacional e infraestrutura, associadas a interesses econmicos ligados especulao imobiliria, aceleram a expanso do uso e ocupao urbanos das terras paulistanas, promovendo a excluso da populao de baixa renda das reas centrais para reas menos servidas de infraestrutura e servios. O padro de ocupao determinado por essas foras econmicas representadas no aparelho do Estado promove a impermeabilizao crescente das terras do municpio, com a ocupao de vrzeas e cabeceiras, e outra questo muito preocupante. Acarretam assoreamento, enchentes e deslizamentos, causando inclusive mortes, perda de biodiversidade (mortandade de peixes), doenas de transmisso hdrica, vetores transmissores de doenas e aumento da temperatura local (alterao do microclima). Alm do fato do municpio de So Paulo pertencer a uma das maiores metrpoles do mundo, aproximando-se da marca dos 20 milhes de habitantes, a mesma regio tem sofrido com alguns fenmenos que tendem a agravar os problemas ambientais e sociais j existentes. Entre estes, destaca-se o esvaziamento populacional dos distritos centrais, de um lado, e o intenso aumento da populao permanente (e da densidade populacional) nos distritos e municpios perifricos, de outro. Desta forma, seguindo a analise clinica de So Paulo, o autor constata que a maior parte dos danos provocados sade de nossa paciente so crnicos, e que ser muito difcil de reverter o quadro. Logo, sero necessrias aes de reabilitao, preventivas, adaptao e/ou mitigao e teraputicas, para que a mesma proporcione uma melhor qualidade de vida s seus bilhes habitantes. Assim, prope-se uma gesto voltada para o desenvolvimento sustentvel inclui a democratizao do processo de reflexo permanente sobre os diferentes modelos de desenvolvimento que esto sendo adotados e as direes a serem priorizadas na atualidade. O movimento de transformao do conceito da sade coletiva une-se sustentabilidade de forma clara. As proposies desse movimento incluem uma profunda modificao na concepo de sade e seu entendimento como direito de cidadania e dever do Estado. Postula mudanas no modelo gerencial, organizativo e operativo do sistema de servios de sade, na formao e capacitao de pessoal no setor, no desenvolvimento cientfico e tecnolgico nesta rea e, principalmente, nos nveis de conscincia sanitria e de participao crtica e criativa dos diversos atores sociais no processo de reorientao das polticas econmicas e sociais no pas, tendo em vista a 4
melhoria dos nveis de vida e a reduo das desigualdades sociais.
O autor conclui dizendo que a sociedade deve priorizar transformaes em seus hbitos. A preveno primria implica em modificaes de hbitos humanos, tais como o consumo de produtos e padres de energia e transporte, uma transformao que muitos especialistas acreditam que traria incontveis benefcios para a sade e para o meio ambiente e que poderia ajudar a estabilizar o clima. Mesmo se todas as fontes humanas de emisso de gs de efeito estufa fossem interrompidas imediatamente, os impactos da mudana climtica continuariam por 50 anos. (UNESCO, 2009) A natureza no negocia. No entanto, a interrupo das fontes de poluio do ar e da gua causam efeitos imediatos para a sade. Devemos nos unir, o povo, a sociedade civil, os profissionais de sade, as instituies, o governo e os Doutores do Ambiente. O artigo prope a intersetorialidade, convida-nos a lutar pela sade, pela preservao ambiental e reduo das desigualdades sociais. Essas so algumas das providncias que se sugerem na tentativa de se desenvolver uma sociedade mais saudvel e garantida em seu futuro, cabendo a cada um de ns contribuirmos para que isso ocorra, j que o futuro da humanidade depende da criao de uma nova sociedade; de uma nova filosofia de vida, sem a qual a raa humana estar fadada a sucumbir. Vamos todos lutar pela sade do povo brasileiro em face aos desafios ambientais. Autores citados