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Charron
Clandestine philosophy and the De la Sagesse of Pierre Charron
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I. Introduo
H cem anos atrs, um artigo de Gustave Lanson1 props
uma instigante reflexo sobre as origens das veementes crticas
filosficas que o sculo XVIII fez religio. Esse artigo foi
seminal para inaugurar o estudo de manuscritos clandestinos,
cujo exame convenceu o intrprete de que no h uma mudana
radical de contedo sobre o tema da irreligiosidade filosfica
entre o incio e final do sculo XVIII, mas sim uma nova ttica
adotada pelo discurso filosfico. Questionando se haveria antes
de 1750 razes filosficas do pensamento irreligioso, Lanson
concluiu que a incredulidade filosfica que surgir de modo
mais intenso e explcito aps a segunda metade do sculo XVIII
j estava presente em vrios textos anteriores, difundidos entre
uma aristocracia de homens eruditos por meio de manuscritos
marginais, via de regra annimos, com ttulos dissimulados e
encontrados em bibliotecas privadas. Esta literatura distante do
grande pblico discutia, sobretudo, temas antirreligiosos ou
mesmo promovia a defesa do desmo se valendo de argumentos
filosficos presentes no contexto de ento. Como argumenta
Antony McKenna, a despeito de no podermos supor uma noo
forte de evoluo das ideias antirreligiosas, bem provvel que
tenha existido certa continuidade dessa corrente de pensamento
e que o sculo XVIII tenha se pautado em argumentos presentes
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REFERNCIAS
A VIDA e o esprito de Baruch de Espinosa: Tratado dos Trs Impostores.
Trad. Regina Schopke. So Paulo: Martins Fontes, 2007. Autor
annimo.
Problemata: R. Intern. Fil. Vol. 04. No. 03. (2013), p. 233-249
ISSN 2236-8612
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NOTAS
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