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RESUMO
Este trabalho aborda a gnese social do controle penal como mecanismo de poder,
inclusive simblico, a partir do que chamamos de caso Taquaral. Mostra como o
controle penal seletivo em uma dimenso que reproduz as assimetrias e as
desigualdades sociais, principalmente em relao classe e raa. Desconstri a lgica
liberal que o preconceito, nestes termos, algo meramente do indivduo e que,
inclusive, ele prprio o constri. Recorre aos estudos da criminologia do Sculo XIX
para demonstrar, genealogicamente, como havia uma negociao e uma disputa da
seletividade do controle penal, no qual, o negro e o mulato eram postos como
degenerados, criminosos e bandidos.
ABSTRACT
This work addresses the social genesis of criminal control as engine power, even
symbolic, from what we call "case Taquaral". Shows how criminal control is selective
in a dimension that reproduces the asymmetries and social inequalities, particularly in
relation to class and race. Deconstructs the logic that liberal bias in these terms, is
something merely of the individual and even the building itself. It will draw on studies
of criminology nineteenth century to demonstrate, genealogically, as there was a
negotiation and dispute the selectivity of penal control, in which the black and mulatto
were placed as degenerates, criminals and thugs.
Este trabalho opera na interface sociologia e direito. Como tal, atesta para a vital
necessidade
de
interdisciplinaridade
na
produo
do
conhecimento
na
Cf. Michel Misse (2010: p.17.): O mais conhecido desses tipos o sujeito que, no Brasil, rotulado
como bandido, o sujeito criminal que produzido pela interpelao da polcia, da moralidade pblica e
das leis penais.
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