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k1
k2
k3
K4
1
2
3 4 5
Este grafo não é completo porque nem todo vértice é adjacente a todos os demais
vértices. Entretanto, os vértices podem ser divididos em dois conjuntos disjuntos, {1,2} e
{3,4,5} de tal forma que quaisquer dois vértices tomados no mesmo conjnto não sejam
adjacentes mas todos os vértices tomados em conjuntos diferentes sejam adjacentes .
Grafos deste tipo são chamados grafos bipartidos completos ou grafos bipartites
completos.
Um grafo é um grafo bipartido completo (ou grafo biparatite completo) se seus vértices
podem ser posicionados em dois conjuntos não-vazios N1 e N2 tais que dois vértices x e y
sejam adjacentes se, e somente se, x ∈ N1 e y ∈ N 2 . Se N1 = m e N 2 = n , este grafo é
denotado por k m ,n .
Planaridade de Grafos
Um grafo é planar quando pode ser desenhado em um plano, de tal forma que suas
arestas se interceptam apenas nos vértices. A palavra-chave na definição do grafo
planar é que ele possa ser desenhado de uma certa maneira (sem que as arestas se
interceptem ano não ser nos nós). Por exemplo, considere os dois grafos mostrados
isomorfos a seguir. O primeiro é planar. O segundo, embora tenha sido desenhado com
as arestas cruzadas, ainda continua sendo planar porque ele pode ser desenhado na
forma planar.
3
3 2 2
1 4
1 4
Grafo 1 Grafo 2
Um fato sobre os grafos planares foi descoberto por Euler, um matemático suiço do
século XVIII, Leonhard Euler percebeu que um grafo simples, planar (desenhado na
sua forma planar) e conexo divide o plano em um certo número de regiões, incluindo
regiões totalmente fechadas e a região infinita exterior. Euler estabeleceu uma relação
entre o número de arestas, o número de vértices e o número de regiões para tais gráficos
que é dada pela fórmula:
n–a+r=2
1 2 3
Vamos demonstrar a fórmula de Euler por indução.
n=1
a=0
r=1
Assumimos agora que a fórmula se verifica para qualquer grafo conexo, planar e
simples, com k arestas, e consideremos o grafo com k+1 arestas. Para dedução indutiva
devemos relacionar o caso de “k+1” com o caso de “k” arestas. Vamos considerar então
dois casos de “k+1” arestas.
Caso 1: O grafo tem um vértice de grau 1 como na figura 2. Eliminamos então a aresta
e vértice, que conecta o vertice de grau 1. Isto nos deixa com um grafo de k arestas,
algum número n vértices e algum número de regiões, r para os quais
n-a+r=2
No grafo original, antes de retirar a aresta e o nó deve também valer a fórmula, ou seja
(n + 1) – (a+1) + r = 2
Caso 2: O grafo não vértices de grau 1, como é o caso da figura 3 acima. Retiramos
então uma aresta que define uma região fechada. O resultado é um grafo planar simples
com k arestas, algum número n de vértices, da forma:
n – k + r =3 – 2 + 1 =2
n – k + r = n-(k+1)+(r+1)=3 - (2 + 1) + (1 + 1) = 2
Existem duas consequências da fórmula de Euler, se incluirmos mais duas restrições nos
grafos. Considere que, alem de ser conexo, simples e planar, impõe-se ainda que o grafo
tenha no mínimo 3 vértices. Neste caso qualquer aresta que divida uma região interna
(ou seja, qualquer aresta que esteja totalmente dentro da região) conta com duas arestas
para delinear as fronteira da região. Por exemplo considere o grafo
Traçando a fronteira desta região interior vamos contar 4 arestas mais duas vezes a
aresta interior (ida e volta), dando um total de 6 arestas para definir a fronteira interna
da região. Portanto arestas que separam regiões contam duas vezes e assim, se houver a
arestas, o número de arestas de regiões é 2a .
Note que como restrigimos o gráfico a ter no mínimo tres vértices ficam excluídos os
grafos constituídos por uma aresta ajacente e dois nós (adjacentes a região externa).
Ficam excluídos também os grafos que tenham apenas regiões com uma aresta
adjacente por que, sendo simples, o grafo não tem laços. Como o grafo é restrito a ser
um grafo simples, não há também regiões com exatamente duas arestas adjacentes. Por
isso:
2a ≥ 3r
2a ≥ 3 ( 2 - n+ a), ou seja
2a ≥ 6 - 3n + 3a → a ≤ 3n - 6
Impondo ainda uma restrição adicional, de que não haja ciclo de comprimento 3
teremos
2a ≥ 4r → a≤ 2n-4
n–a+r=2
• Se n ≥ 3, então
a ≤ 3n – 6
• Se n ≥ 3 e não existem ciclos de comprimento 3 então
a≤ 2n-4
Este teorema pode ser usado para demonstrar que certos gráficos não são planares.
Exemplo:
K5 um grafo conexo simples com 5 vértices com 10 arestas. Aplicando o teorema vemos que
O grafo é conexo, simples, com seis vértices e nove arestas, não possui ciclos de comprimento 3
Aplicando-se o teorema para checar se o grafo é planar ou não temos
a ≤ 3n – 6 → 9 ≤ 2.6 – 6
a ≤ 3n - 4 se n ≥ 3
9 ≤ 36 – 4
A segunda fórmula se verifica mas o grafo não é planar. Significa que esta
desigualdade é necessária mas não suficiente para a planaridade dos grafos.
Os grafos k5 e k3,3 acima ilustram uma regra básica de todos os grafos não-
planares. Para enunciarmos esta regra precisamos ainda de uma definição:
Dois grafos são homeomorfos se puderem ser obtidos a partir de um mesmo grafo
por subdivisões elementares, nas quais uma única aresta x-y é substituída por duas
novas arestas, x-v e v-y que se conectam a um novo vértice/
Exemplo:
a b c
Teorema de Kuratowski
e j
f b
g
i
h
d c