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http://dn.sapo.pt/revistas/ns/interior.aspx?content_id=1476186
Foi também no Egipto que se mediu o perímetro da terra a partir de uma ideia
engenhosa auxiliada pela geometria: em 255 a.C. Eratóstenes, já consciente de que a
Terra era esférica e dividida em 360 graus, mediu a distância de uma vala em Siena
(Itália) com o ângulo exacto dos raios solares no solstício de Verão – de forma a que
não houvesse sombra nesse local –, a sombra de uma estaca colocada em Alexandria
(Egipto), e a distância entre ambos os locais. Socorrendo-se da trigonometria,
calculou em aproximadamente 46 250 quilómetros o perímetro do círculo maior da
terra, valor próximo do correcto: 40 076 quilómetros.
Expressa na fórmula matemática A:B = (B+A):B, resulta num número irracional e por
isso aproximado, o famoso 1,618…, apelidado de Phi por ter sido profusamente
utilizado por um escultor grego, Phídias (Fídias), autor da célebre estátua de Atenas
que adornava o Pártenon, na Acrópole, em Atenas.
Phi permite, entre outras, a criação da espiral logarítmica, que é a base de um padrão
criativo universal, presente em formas de crescimento orgânico como búzios ou a
uma escala cósmica, galáxias. A universalidade de Phi permite ainda a união de
opostos, como a combinação de espirais de crescimento em direcções opostas. É este
o padrão de crescimento das sementes de um girassol, por exemplo, e uma escala
ainda mais pequena, o código de algumas partes da estrutura molecular do ADN
humano.
Entre os criadores fascinados com estas proporções conta-se Leonardo da Vinci, que
no seu desenho Homem de Vitrúvio inscreveu uma figura masculina num quadrado e
num círculo, e todas as proporções do corpo estão numa relação phi, isto é, a razão
entre estas partes é de 1,618…
A Geometria também terá servido para criar Portugal. O país com as fronteiras mais
antigas da Europa terá nascido de um plano templário de fundar um país e esta
Mitogeometria teria sido selada na configuração e medidas do território, que podem
ser inscritas num duplo quadrado de lado 9 – defende o arquitecto e artista Carlos
Calvet. De facto, tanto o número 9 como o duplo quadrado podem ser facilmente
encontrados na história e edificações templárias, defendem muitos autores.
O padrão futuro